Sobre a Orquestra de Câmara

A Orquestra  de Câmara DoMus surgiu no âmbito da disciplina Literatura e Apreciação Musical II ofertada aos cursos técnicos da Escola de Música da UFPA, especialmente para o curso de Orquestra, no segundo semestre de 2022, por iniciativa dos(as) discentes, que demonstraram interesse pelo repertório de função religiosa praticado outrora na região.

O repertório inicial dos Motetos de Passos compostos por Vicente Ferrer de Lyra (Lisboa, ca. 1796 - São Luís, 1857) logo foi ampliado para um O Salutaris, de Marcelle Guamá (Marcelle Gabrielle Lainiez - Paris, 1892 - Rio de Janeiro, 1978), com instrumentação para cordas e flauta por Fernando Lacerda. O primeiro convite para um concerto ocorreu por ocasião das festividades da Igreja Matriz de Sant'Ana, no bairro da Campina, na capital paraense. Assim, o repertório foi acrescido de hinos dedicados à padroeira da Matriz que são cantados no presente. Já a segunda apresentação ocorreu na capela do Colégio Santo Antônio, antiga igreja do convento da Ordem dos Frades Menores, gerida posteriormente pelas Irmãs de Santa Doroteia da Frassinetti e, hoje, pelas mesmas em parceria com a Comunidade Maíra. O vínculo do repertório com o espaço foi estabelecido por meio da inserção de uma obra, Cor Jesu, da Madre Júlia Cordeiro (Belém, 1867 - Recife, 1947), religiosa da congregação de Santa Doroteia. Embora não se trate de obra religiosa, o Mini Concerto Grosso, do amazonense Claudio Santoro (1919-1989) também integra o repertório do grupo, uma vez que guarda relação com a memória das práticas musicais da região amazônica e dos sujeitos que com ela guardam vínculos.

A orquestra se vincula ao projeto de pesquisa "Fontes e acervos relativos à produção e práticas musicais de função religiosa na Amazônia: estudo histórico e difusão do patrimônio musical" (PRO-4231-2020/UFPA), sendo considerada, portanto, uma atividade de pesquisa aplicada. A vinculação dos discentes se dá, então, de maneira voluntária, como cumprimento de  carga horária em atividades complementares aos cursos técnicos de nível médio da EMUFPA.

Para o futuro, espera-se ampliar o alcance dos concertos, bem como a ampliação do repertório no que tange à diversidade religiosa inerente ao território amazônico. Igualmente, espera-se aumentar gradativamente o protagonismo discente na gestão da orquestra, de modo que, no futuro, ela possa ter um(a) tutor(a), do corpo docente, mas funcionar de maneira autônoma, inclusive em relação ao projeto de pesquisa com o qual atualmente se vincula, podendo vincular-vincular-se, no futuro, a outros projetos e/ou grupos de pesquisa.

No 49º Encontro de Artes de Belém / ENARTE Acadêmico, a OrCam/DoMus foi tema de um trabalho, construído com a colaboração de todos(as) os(as) integrantes. Para acessar os anais do evento com o trabalho completo, CLIQUE AQUI (em breve). Há ainda um artigo na revista re[Design] acerca da orquestra de câmara e sua relação com a pesquisa em Música na EMUFPA. Para acessá-lo, CLIQUE AQUI. O artigo foi apresentado no V SEMUCE - Seminário Nacional sobre Música, Cultura e Educação, tendo sido escolhido um dos 15 melhores trabalhos, razão pela qual foi publicado em um periódico científico.

Para conhecer os integrantes da Orquestra de Câmara DoMus, CLIQUE AQUI, e para acessar as apresentações realizadas ou programadas para o futuro, CLIQUE AQUI.

Link para o canal do Laboratório no YouTube, onde estão os vídeos das apresentações da Orquestra (ver playlists): https://www.youtube.com/@domus-lab .