manual de tendências

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manual de tendências

2015-2018

refere-se ao período de investigação studium . creative studio dedicado à pesquisa e à integração de novos conceitos e tendências no discurso estratégico e visual do estúdio;

as trends nasceram da necessidade da direção criativa integrar novas linguagens ( algumas transversais a todas as área de atuação studium : ARQ DSN WEB PRD, outras específicas de cada área ) de forma a consolidar a linguagem autoral do estúdio e acompanhar o status quo;

entre 2015-2018 foram implementadas abordagens adaptadas às necessidades de comunicação de cada ciclo de investigação. Houveram projetos dedicados em pleno à investigação de trends, houveram investigações da direção criativa, houveram trends mais e menos específicas, mais e menos conceptuais, mais e menos utilizadas mas SEMPRE existiram e agora ganham novo corpo;

o manual de tendências é um dos capítulos do Sistema Metodológico(1).


(1) De base procedural, o Sistema Metodológico visa a ativação de um conjunto de premissas, implícitas e explícitas, na perspectiva da auto-verificação e sempre através do caminho da irrefutabilidade. Neste sistema, o gosto e a estética são apenas o resultado da abordagem do autor e nunca os fatores últimos de avaliação de uma solução. Assumir a presença de um algoritmo aberto nesta metodologia, permite que o sistema utilize a progressão matemática como auxílio ao desenvolvimento do projeto e é este apoio sustentado, proporcional e percentual, que gera a análise tão ou mais importante que a atividade criativa, bem como a noção concreta do seu resultado. Sem limitar direciona, aponta e orienta, seja o rumo ou o ritmo pretendido e sempre dentro do contexto em que se aplica o binómio tempo e custo. O sistema metodológico foca-se na estrutura e progressão do processo, no raciocínio cumulativo e procedural que pode ser aplicado a tudo aquilo o que pretendermos, precisarmos ou procurarmos e pela sua universalidade atual, a um largo e complexo espectro de atividades.

o que é uma trend

Uma trend studium é repensar a forma como abordamos uma metodologia de investigação que procura uma maior consolidação e eficácia da sua implementação. Estas propostas do estúdio refletem a proatividade da direção criativa no direcionamento da equipa e dos projetos para linguagens e discursos que garantem, a par das estratégias de comunicação e divulgação, um estúdio ativo, atual, capaz de se auto criticar e auto avaliar numa abordagem íntima.

É importante considerar os pontos-chave que definem cada trend e colocar em análise alguns critérios que garantam a exequibilidade e aplicabilidade da investigação.


  1. transversalidade

    1. projetos internos

    2. projetos de investigação

    3. projetos comissionados

    4. projetos que englobam as áreas de atuação studium

      1. ARC

      2. DSN

      3. WEB

      4. PRD

  2. atualidade

    1. capacidade de ser atual

    2. capacidade de se manter atual amanhã sem no entanto se parecer com uma mera expressão extemporânea

  3. durabilidade

    1. é o ciclo de vida da tendência

    2. refere-se ao período de tempo em que a trend nasce, experiência-se, evoluí
      e morre

  4. capacidade de renovação

    1. implementação, análise, evolução e reativação da trend


O ajuste proposto à abordagem da investigação da trend relaciona-se com a necessidade de prolongar no tempo a sua implementação, de forma a permitir uma exploração mais densa, mais aprofundada e mais séria, como também de otimizar o seu processo de criação.

O contexto comercial é colocado na equação e por isso a otimização da abordagem à trend em diferentes processos representa uma eficácia e rentabilidade que ultrapassam o processo criativo, chegam ao processo financeiro. Investigar e pensar trend é criar um caso de estudo, com múltiplas aplicações, que vão desde as diferentes áreas de trabalho até aos diferentes tipos de projetos. O retorno deste investimento é encontrado pela maior intensidade dada a cada trend e a posterior diluição na equipa de trabalho e projetos. Devemos agora considerar os critérios que definem a validade da trend.


  1. o que procuro obter da trend?

  2. porque procuro esta abordagem?

  3. o que estou a investigar

    1. conceito

    2. técnica

    3. abordagem visual

    4. narrativa

  1. como investigo

    1. metodologia de pesquisa e referenciação das tendências ( este dossier serve o propósito de concretizar a investigação das trends )

  2. como implemento

    1. no desenvolvimento dos projetos internos ou de investigação

    2. no desenvolvimento dos projetos comissionados

Assim, defino ajustes à abordagem anual de trend studium, a implementar a partir de 2020


  1. transversalidade

    1. a trend deve abranger o maior número de áreas de atuação possível, de forma a consolidar uma linguagem testada, aplicada, analisada, criticada e evoluída num espectro de contextos, condicionantes, técnicas e premissas específicas e diferentes entre si

      1. ARC

      2. DSN

      3. WEB

      4. PRD

    2. a transversalidade relaciona-se com a capacidade da trend em gerar um reconhecimento social/universal/dos pares e por isso assumir uma estratégia generalista, como se de uma célula estaminal se tratasse

  2. atualidade

    1. mais importante do que ser atual quanto ao reconhecimento social/universal/dos pares do tema, a trend deve discursar de forma reconhecível e atual à data; isso significa por exemplo que a trend deve auto-avaliar-se de forma a garantir que o seu tema, discurso e abordagem mantêm uma ligação direta com o projeto onde está a ser aplicada, isto é, mantém-se válida, atual, credível, tangível

  3. durabilidade

    1. o ciclo de vida da trend um fator de grande importância; a extensão no tempo é essencial, a aplicação em diferentes projetos de diferentes contextos e com diferentes expectativas é crucial para fazer valer uma tendência de forma efetiva; não há interesse em manter linguagens prematuras que se esgotam no momento em que são criadas

      1. ciclo de investigação

      2. ciclo de prototipagem

      3. ciclo de aplicação

      4. ciclo de análise

      5. ciclo de renovação

      6. ciclo de eternidade ( nem sempre aplicável )

    2. a trend, por regra deve estar ativa de 01 a 02 anos

  4. capacidade de renovação

    1. significa prolongar ou não no tempo a tendência

  5. conclusão

    1. garantir SEMPRE a metodologia cíclica


INVESTIGAR >

PROTOTIPAR >

APLICAR >

ANALISAR >

RENOVAR >

ETERNIZAR .

trends 2020/2021

#01 layerED

  1. palavras-chave

    1. layer

    2. camada

    3. ecossistema

  2. resumo

    1. compreender as camadas de informação é um exercício de interpretação e análise de cada uma das partes do todo

    2. a identificação e percepção de cada um desses elementos permite trazer ao objeto em estudo uma densidade e riqueza que ultrapassa o seu aspecto final formalizando e afirmando antes a sua origem, complexidade, composição e forma

    3. as camadas aplicadas a um objeto de estudo representam o toolkit do projeto, manifestando o comportamento coletivo das decisões tomadas

    4. layer ou layered enquanto ato consciente de composição, acessibilidade, descoberta e surpresa; o conceito pode ser desdobrado em diferentes leituras e estratégias

      1. in

        1. quando um objeto se integra num outro permitindo uma multiplicidade de leituras, planos, percepção e alcance visual

        2. uma layer de informação dentro de outra refere-se quase sempre a um volume dentro de outro, a uma realidade que absorve outra e que, quando descoberta, representa um cenário único e distinto

      2. over

        1. quando um objeto se sobrepõe a outro e gera uma nova forma, forma essa mais complexa, mais completa e necessariamente mais ciente da sua importância individual e coletiva

        2. a dança entre dois objetos simples complexifica o resultado, permitindo no entanto garantir a autonomia individual

        3. a composição conjunta representa uma relação de complementaridade, proporcionalidade e equilíbrio

      3. around

        1. entender e utilizar as layers como camadas justapostas ou em proximidade é outra das abordagens desta trend

        2. a leitura do conjunto é uma leitura de camadas, desta vez numa tensão que provoca uma sensação de apropriação e densificação do espaço visual

    1. referências

      1. layerED in

        1. Villa Savoye de Le Corbusier, 1929-1931

          1. um volume que integra um outro, formando um conjunto único, distinto e intemporal

      1. layerED over

        1. Knoll de Massimo Vignelli, 1967

          1. sobreposição e densidade como forma de representar um conjunto ainda que passível de reconhecimento das partes

      1. layerED around

        1. Rest Energy de Marina Abramović & Ulay, 1980

          1. dois vultos em plena tensão, quase tocam, quase desencadeiam uma catástrofe e no entanto são os precursores de renascimento

  1. implementação

    1. layerED in

      1. projeto de amplificação da ordem dos arquitetos de Lisboa ( OA_SRS )

      2. edifício público GKN

      3. salas de reuniões HBK

    2. layerED over

      1. website SAMS Gold

      2. website PVC 2020

      3. banner website PT Made

      4. identidade GEPA

    3. layerED around

      1. website PVC 2020

      2. posters MASS perfumarias

      3. posters the UNbuilt series

#02 brutalismo

  1. palavras-chave

    1. simplicidade ( despojamento )

    2. crueza

    3. função

  2. resumo

    1. o brutalismo consolida a essência das formas pela redução ao máximo da ornamentação ou acessórios dispensáveis ao entendimento da mensagem

    2. desta forma é possível exaltar uma linguagem simples, crua, direta e extremamente focada no caráter funcional do objeto, ainda que posteriormente complementada com elementos de apoio ( estético ) à referida função

    3. o brutalismo enquanto trend proporciona uma simplificação formal que indicia o foco na estrutura do objeto sem no entanto ignorar a expressão autoral

    4. a tendência desdobra-se em diferentes objetivos

      1. estruturar informação

        1. permitir um claro, intuitivo e fácil acesso à estrutura da informação ainda antes de se focar no aspecto gráfico/físico/visual do objeto

        2. priorizar a perspectiva funcional, ergonómica e prática do objeto definindo bases sólidas e sustentáveis

        3. gerar inovação e crítica, utilizando o mínimo de elementos compositivos, gerando assim o minimalismo brutal

      2. ler e interpretar informação

        1. após o reconhecimento da estrutura, do espaço e da função, a tendência absorve a estética própria que o projeto e o seu contexto definem

        2. os elementos acessórios tornam-se numa seleção criteriosa e curada que enaltecem e projetam a relevância do objeto em construção

  1. referências

    1. estruturar informação

      1. Silo Auto de Alberto José Pessoa ( com João Abel Bessa ), 1964

        1. estrutura imponente, funcionalidade primordial, aspeto secundário

  1. ler e interpretar informação

    1. Pregnancy Photos de Serena Williams de Annie Leibovitz, 2017

      1. a composição minimalista e detalhada significa a curadoria de cada pormenor, numa atitude que complexifica o objeto em destaque

  1. implementação

    1. estruturar informação

      1. identidade #01 MONSTRUKTOR

      2. identidade Portographic

      3. identidade 1P1

    2. ler e interpretar informação

      1. projeto de amplificação da ordem dos arquitetos de Lisboa ( OA_SRS )

      2. auditório HBK

      3. website SAMS Gold

#03 contorno

  1. palavras-chave

    1. moldura

    2. distinção

    3. nicho

  2. resumo

    1. o contorno simboliza o destaque dado a um objeto, identificando-o como elemento chave de uma composição

    2. o termo “contorno” representa uma variedade de formas/formatos e métodos capazes de enaltecer e trazer para primeiro plano um pormenor selecionado
      ( de maior ou menor escala, com maior ou menor estranheza )

    3. o contorno, é utilizado para subverter o que a maior partes das vezes identificamos porque é preenchido/está cheio e por isso, sem grande margem para outras interpretações e construções visuais

    4. a importância desta trend prende-se com a sua subtileza, trazendo o caráter crítico e estranho do studium para o objeto

    5. nesta tendência, o “contorno” foca-se na capacidade de inverter um raciocínio completamente consolidado, e garantir a possibilidade de interpretação, sensibilização e apropriação de quem interage com o objeto

    6. a trend manifesta-se através dos conceitos-chave

      1. o nicho

        1. definir e criar um nicho, uma zona nobre, um objeto inusitado, uma sensação única

        2. o nicho é o pormenor, o detalhe a descobrir e que, apesar das suas diferentes materializações, é facilmente reconhecido como especial

        3. quando é criado um nicho é também criada uma experiência sensorial, física e imaterial que ficará marcada na memória do utilizador

      2. a apropriação

        1. a apropriação é um condição humana que reflete a necessidade de nos identificarmos com objetos, sons, cores, etc

        2. a apropriação proposta nesta trend significa a inclusão do humano na interação com o elemento de destaque, com a forma peculiar, com a exceção

        3. quando o utilizador se apropria de um objeto também ele passa a fazer parte da composição e, nessa relação de complementaridade, curiosidade e estranheza, o studium assenta uma narrativa de descoberta e consolidação das suas capacidades críticas e analíticas

  1. referências

    1. o nicho

      1. Gateway de Joana Vasconcelos, 2019

        1. um lugar especial, um autêntico estranho no meio de normais

    1. apropriação

      1. Milly : Color Lover de Jessica Walsh

        1. ser parte do cenário como forma de experimentar a apropriação entre elementos

  1. implementação

    1. o nicho

      1. direção de arte SPACV 2020-2024

      2. pavimento mosaico GKN

    2. a apropriação

      1. N/A

#04 colorização

  1. palavras-chave

    1. ausência

    2. contraste

    3. complementaridade

    4. monotonia

  2. resumo

    1. a cor tem cada vez um papel mais importante nos projetos studium pelo que a sua integração no manual das trends se torna fundamental

    2. a expressão dada à palete cromática e através dela é um facto incontornável que se transporta para lá de qualquer resultado visual

    3. a cor toma em consideração os espaços, a psicologia que lhe está associada e o seu efeito físico/emocional perante os objetos onde é aplicada

    4. esta tendência diverge nas abordagens

      1. ausência/presença

        1. a ausência é na maior parte das vezes uma simulação de si mesma

        2. ausência é tudo aquilo que é aparente, que parece inexistente mas que na verdade é presente na assunção dos materiais, da expressão própria da estética dos componentes e da forma

        3. a ausência é o somatório do que não vemos e é por isso um cumulativo com todas as cores

      2. harmonia

        1. a harmonia cromática pode ser feita através de diferentes escolhas

          1. complementaridade

            1. por contraste gerar equilíbrio

            2. por contraste gerar desequilíbrio

          2. semelhança

            1. por semelhança definir um padrão cromático reconhecível e calmo

      3. mono(tonia)

        1. descrita como “invariabilidade e uniformidade de tom”, a mono(tonia) representa a uniformidade por semelhança no que diz respeito à cor

        2. esta mono(temática)/mono(tonia) permite enaltecer o objeto em si sem que seja necessário qualquer outro acessório que não a sua própria expressão, o tal minimalismo brutal

  1. referências

    1. ausência/presença

      1. N/A de N/A, N/A

        1. a aparente ausência é na verdade o somatório das texturas, cores, ambiente, luz e estado de espírito

  1. harmonia

    1. A Party for All de Leta Sobierajski, 2019

      1. por excesso, por máximo contraste, por semelhança e por saturação, a cor assume o papel chave na interpretação do objeto

  1. mono(tonia)

    1. Vila Além de Valerio Olgiati, 2014

      1. simplicidade e harmonia pela uniformidade do todo e onde a cor plena de coerência matifica um espaço

  1. implementação

    1. ausência/presença

      1. website POPKISS

      2. Santo Tirso a cores

    2. complementaridade/destaque

      1. edifício público GKN

      2. website SAMS

    3. mono(tonia)

      1. projeto de amplificação da ordem dos arquitetos de Lisboa ( OA_SRS )

#05 stupopium

  1. palavras-chave

    1. pop

    2. cultura

    3. universal

  2. resumo

    1. a cultura popular como a única cultura universalmente aceite pela sua transversalidade e intemporalidade

    2. a trend foca-se no lato conceito do termo popular, termo esse que faz parte do contexto cultural, social e histórico de qualquer um de nós

    3. o popular, enquanto símbolo de uma realidade transversal e imediata pode facilmente ser confundido com aquilo que é trending hoje; assim, considero que a nossa exploração, procura encontrar, desde a cultura popular definições profundas e sustentáveis, selecionando e limitando por isso a abordagem a um toolkit que afirma as principais ferramentas a explorar como o som, a figuração, continuum entre outros

    4. a tendência é essencialmente estudada e utilizada sob 02 pontos de vista

      1. a perspectiva semiótica

        1. através da interpretação dos símbolos culturais, atuais e universalmente aceites, é selecionada uma abordagem que se manifesta pelo reconhecimento generalizado de um determinado contexto ou conceito

        2. a semiótica como ciência que estuda e caracteriza a interpretação do significado é fundamental para a correta aplicação da tendência, já que permite definir a capacidade de interpretação do utilizador pela repetição, semelhança, simbolismo ou até metáfora

      2. interpretação e exponenciação

        1. a partir de um ponto de ignição básico, isto é, genericamente reconhecido, despoletar variadas interpretações, narrativas e discursos criativos

        2. exponenciar o potencial de um objeto a partir da sua popularização torna-se numa ferramenta extremamente poderosa porque o “investimento” necessário é meramente especulativo e tendencioso

  1. referências

    1. a perspectiva semiótica

      1. Ballon Dog de Jeff Koons, 1994

  1. interpretação e exponenciação

    1. Manicure by Billie Eilish, 2020 + manicure by Rosalía, 2019

      1. apropriação de tendência cultural e exponenciação ( pelo excesso ) do seu significado, aplicação e significado

referências

  1. layerED

    1. in

      1. nome

        1. Villa Savoye de Le Corbusier, 1929-1931

      2. fontes

        1. https://en.wikipedia.org/wiki/Villa_Savoye

      3. imagem

        1. https://www.behance.net/gallery/71146685/VILLA-SAVOYE

      4. legenda

        1. um volume que integra um outro, formando um conjunto único, distinto e intemporal

    2. over

      1. nome

        1. Knoll de Massimo Vignelli, 1967

      2. fontes

        1. https://collection.cooperhewitt.org/objects/18734823/

      3. imagem

        1. https://collection.cooperhewitt.org/objects/18734823/

      4. legenda

        1. sobreposição e densidade como forma de representar um conjunto ainda que passível de reconhecimento das partes

    3. around

      1. nome

        1. Rest Energy de Marina Abramović & Ulay, 1980

      2. fontes

        1. https://publicdelivery.org/marina-abramovic-rest-energy/

      3. imagem

        1. https://publicdelivery.org/marina-abramovic-rest-energy/

      4. legenda

        1. dois vultos em plena tensão, quase tocam, quase desencadeiam uma catástrofe e no entanto são os precursores de renascimento

  2. brutalismo

    1. estruturar informação

      1. nome

        1. Silo Auto de Alberto José Pessoa ( com João Abel Bessa ), 1964

      2. fontes

        1. https://www.publico.pt/2012/01/29/jornal/o-colosso-de-betao-da-baixa-ja-nem-para-estacionamento-serve-23878962

      3. imagem

        1. https://www.evasoes.pt/local/silo-auto-galeria-vertical/

      4. legenda

        1. estrutura imponente, funcionalidade primordial, aspeto secundário

    2. ler e interpretar informação

      1. nome

        1. Pregnancy Photos de Serena Williams de Annie Leibovitz, 2017

      2. fontes

        1. https://www.vanityfair.com/style/2017/06/serena-williams-cover-story

      3. imagem

        1. https://www.vanityfair.com/style/2017/06/serena-williams-cover-story

      4. legenda

        1. a composição minimalista e detalhada significa a curadoria de cada pormenor, numa atitude que complexifica o objeto em destaque

  3. contorno

    1. o nicho

      1. nome

        1. Gateway de Joana Vasconcelos, 2019

      2. fontes

        1. https://nit.pt/coolt/teatro-e-exposicoes/nova-obra-arte-joana-vasconcelos-esta-piscina-colorida

      3. imagem

        1. https://www.msn.com/pt-pt/noticias/sociedade/escoceses-esgotam-bilhetes-para-nadar-em-piscina-de-joana-vasconcelos/ar-AAENQO4#image=AAENQNV|3 ( caderno )

        2. http://www.ceramicarchitectures.com/gateway-joana-vasconcelos/

      4. legenda

        1. um lugar especial, um autêntico estranho no meio de normais

    2. apropriação

      1. nome

        1. Dreamspace V de Maurice Agis, 1996

      2. fontes

        1. https://publicdelivery.org/maurice-agis-dreamspace/

      3. imagem

        1. https://publicdelivery.org/maurice-agis-dreamspace/

      4. legenda

        1. alucinação cromática, intensidade e ser absorvido pelo cenário

          ou

      5. nome

        1. Milly : Color Lover de Jessica Walsh

      6. fontes

        1. https://www.behance.net/gallery/83620419/Milly-Color-Lover

      7. imagem

        1. https://www.behance.net/gallery/83620419/Milly-Color-Lover

      8. legenda

        1. ser parte do cenário como forma de experimentar a apropriação entre elementos

  4. colorização

    1. ausência/presença

      1. nome

        1. N/A de N/A, N/A

      2. fontes

        1. https://deliciousdimension.tumblr.com/

      3. imagem

        1. https://deliciousdimension.tumblr.com/

      4. legenda

        1. a aparente ausência é na verdade o somatório das texturas, cores, ambiente, luz e estado de espírito

    2. harmonia

      1. nome

        1. A Party for All de Leta Sobierajski, 2019

      2. fontes

        1. https://letasobierajski.com/A-D-O-A-Party-For-All

      3. imagem

        1. https://letasobierajski.com/A-D-O-A-Party-For-All

      4. legenda

        1. por excesso, por máximo contraste, por semelhança e por saturação, a cor assume o papel chave na interpretação do objeto

    3. mono(tonia)

      1. nome

        1. Vila Além de Valerio Olgiati, 2014

      2. fontes

        1. https://www.archdaily.com/615171/villa-alem-valerio-olgiati

      3. imagem

        1. https://www.archdaily.com/615171/villa-alem-valerio-olgiati

      4. legenda

        1. simplicidade e harmonia pela uniformidade do todo e onde a cor plena de coerência matifica um espaço

  5. stupopium

    1. a perspectiva semiótica

      1. nome

        1. Ballon Dog de Jeff Koons, 1994

      2. fontes

        1. http://www.jeffkoons.com/artwork/celebration/balloon-dog-0

      3. imagem

        1. http://www.jeffkoons.com/artwork/celebration/balloon-dog-0

        2. https://arrestedmotion.com/2017/08/jay-z-performs-with-jeff-koons-balloon-dog-v-festival/

      4. legenda

    2. interpretação e exponenciação

      1. nome

        1. Manicure by Billie Eilish, 2020 + manicure by Rosalía, 2019

      2. fontes

        1. https://www.vogue.com/article/brit-awards-red-carpet-beauty-billie-eilish-burberry-nails

        2. https://us.hola.com/health-and-beauty/gallery/20191230fj9a81o23y/rosalia-2019-nail-art/1

      3. imagem

        1. https://www.vogue.com/article/brit-awards-red-carpet-beauty-billie-eilish-burberry-nails

        2. https://us.hola.com/health-and-beauty/gallery/20191230fj9a81o23y/rosalia-2019-nail-art/1

      4. legenda

        1. apropriação de tendência cultural e exponenciação ( pelo excesso ) do seu significado, aplicação e significado

trends 2022/2023

introdução

As trends são formas de provar o improvável. São designações experimentais que definem a abordagem crítica, próprias de um estúdio criativo que se pretende inovador e apto ao desenvolvimento de novas formas de representação. São processos dedicados à especulação integrando paralelamente uma prática real, realista, tangível. Neste incrível equilíbrio de massas definem-se novas estratégias conceptuais que tão relevantes se provam no ato da criação e na prática da direção criativa.
2022 representa um marco importante no studium, não apenas por chegarmos aos 20 anos de atividade, como também pelo facto de ser um ano refletivo, um ano introspetivo e altamente exposto. As trends aqui propostas referem-se a diferentes contextos do studium, mais ou menos teóricos, mas que são objetivamente parte de um processo responsável.
Os idiomas português e inglês são usados em simultaneidade porque deve ser ignorado um limite entre aquilo que é escrito ou descrito, independentemente da sua origem. O uso complementar de ambos, prova uma vez mais a universalidade das práticas criativas e a sua independência formal de um resultado único ou expectável. Falemos assim português, entendamos assim em inglês, um dia entrará o francês.

trend #01

communication is by far more important than my name, my face

palavras-chave

#identidade #comunicação #ferramentas #poster

porquê?

While corporate identity was developed in the early 20th century, it was during the 1960s and 70s that it began to become a necessity for all corporations. The industrial revolution made way for a new generation of corporations across the world and they adopted varying approaches to presenting their brand identities. Not only were logos developed but brand standards became a part of the daily life of employees and described, down to the most minute detail, how the company was to present itself to the public.

in DESIGN HISTORY

No contexto histórico, a criação de uma identidade visual apresenta-se como uma necessidade de distinção entre corporações, marcas, produtos e serviços. Esta assunção clara da importância do desenho enquanto símbolo representativo dos valores, estratégia e posicionamento de uma marca, abriu portas àquilo que identificamos como identidade e comunicação visual; abriu caminho a novas atividades como o marketing e a publicidade.

É incontornável conhecer este contexto, já que é da máxima importância entender a forma como designers, ilustradores, tipógrafos, copywriters e outros criativos participam hoje no desenvolvimento de novas identidades visuais, e como afetam a percepção que cada um de nós tem sobre o que nos rodeia, seja esse um contexto comercial ou cultural. A realidade dos anos 60 e 70 é radicalmente diferente da realidade contemporânea, a qual proporciona um sem fim de ferramentas, softwares, canais e meios de exploração de conceitos e narrativas. Esta trend prova que NADA SE EXTINGUE NO MOMENTO EM QUE É APRESENTADO.

O grande ponto de viragem para os criativos contemporâneos apresenta-se: o acesso interminável a novas ferramentas alternativas e complementares ao desenvolvimento do discurso, da narrativa, da comunicação; é possível também identificar os fatores de mudança sendo eles positivos e simultaneamente perigosos

  1. a ( des ) regra completa, uma espécie de anarquia que pode tomar contornos mais ou menos evidentes e que dependem essencialmente da formação e dos inputs do criativo em causa; essa ( des ) regra é evidentemente problemática quando distorce os objetivos do desenvolvimento de uma identidade visual e, prioriza o objeto como resultado estético em detrimento da narrativa, da história, da irrefutabilidade intrínseca, implícita

  2. uma maior capacidade de resposta ao maior complemento da identidade visual - a comunicação; hoje, a identidade não é por si suficiente para demonstrar tudo o que a marca representa, somos consumidores ávidos, sedentos de mais e mais, precisamos de marcas que falem connosco, que nos perfilem, que nos façam chegar aquilo que desejamos consumir; os designers têm assim de comunicar com um público heterogéneo e diversificado

aplicabilidade

Em todos os projetos de criação de identidade visual é plausível e necessária a implementação estratégica de uma realidade muito mais lata do que a mera representação simbólica de valores e ideais através de um logótipo. Esta proposta sugere que adjacente à criação, exista a estratégia - essa que define o posicionamento da comunicação da marca - ainda antes de ser concretizado um moodboard, esboço, esquema ou desenho que apoiam um potencial resultado.

Enquanto tendência, devo procurar o claro esclarecimento de que a comunicação é de longe mais importante do que o meu nome, a minha cara; como?

como ( instruções )?

  1. 2021

    1. criar 01 poster representativo de uma identidade visual exemplo

    2. criar 01 poster representativo da narrativa associada à comunicação da marca ( a memória descritiva, o manifesto ou outra forma de explicação do conceito e estratégia associado ) + o software utilizado

  2. 1960/70

    1. criar 01 poster representativo de uma identidade visual exemplo

    2. criar 01 poster representativo da narrativa associada à comunicação da marca ( a memória descritiva, o manifesto ou outra forma de explicação do conceito e estratégia associado ) + o software utilizado

  3. Apresentar as diferenças entre ambos os conjuntos

    1. 2021

      1. a identidade apresentada revela-se como uma imagem mutável, adaptável e flexível associada a um outro poster com uma descrição exaustiva sobre a narrativa, os suportes de comunicação onde foi aplicada e a descrição do software utilizado

        1. identidade Fluxo-Tempo, studium . creative studio 2021/2022

    2. 1960/70

      1. a identidade apresentada revela-se como uma imagem rígida, regrada, perfeita associada a um outro poster com uma descrição simplificada sobre as regras de utilização do logótipo

        1. identidade IBM, Paul Rand 1972

Como conclusão é possível perceber que de facto, hoje, tão ou mais importante do que a identidade visual de uma marca é a sua comunicação, a forma como se expõe e se apresenta em diferentes meios, canais e contextos. Corremos no entanto o maior risco de todos - O DESCOMPROMISSO COMO FATOR DE DECISÃO OU COMO O PERIGO DE NUNCA O ASSUMIR.

referências

  1. A heráldica ( refere-se simultaneamente à ciência e à arte de descrever os brasões de armas ou escudos, que foi desenvolvida na Europa a partir do século XII ) é a referência primária da logomania, são representações evoluídas da distinção de grupos, ações ou facções. São o exemplo máximo da identidade individual e da forma como pode ser clara a identificação de caráter etnográfico ou cultural, tornando-se em alguns casos concretos a base “gráfica” de uma sociedade. A heráldicas e os brasões consolidam um estudo referencial que importa usar como argumento ilustrativo desta trend.
    quote in
    WIKIPEDIA

  2. I interpret between clients and their customers, making the world understandable and a little more beautiful. - Erik Spiekermann
    in WHAT DESIGNERS DO
    Nesta tese de bacharelado em design de comunicação ( 2021 ), Karin Fischnaller apresenta um compêndio sobre as atividades do designer e do consumidor sobre a atividade criativa, revelando uma dicotomia, por vezes complementar por vezes disruptiva entre designer/não designer; entre designers e a percepção do seu próprio trabalho.

  3. How can brands make themselves heard without having to shout? Visual identity alone is not enough. The brand language has to be incorporated into the development process. It encompasses all of the verbal elements of a brand, from the product name to the press release. The tone of voice is part of the brand language. At Stan Hema, we use it as a strategic tool to define our language.
    in STANHEMA

  4. Brands were constantly inventing and reinventing their visual image to adapt to a society that was focused on new technological innovations and modern means of communication, travel and entertainment. Brand identities can be done well, or not, and the success of the company often depends on the effectiveness of the visual materials that represent it. Although during the 60s brand identity was something that only major corporations placed much importance on, through the development and spread of graphic design it has found a place in the development of almost every business in every field of modern society.
    in DESIGN HISTORY

  5. IBM’s president, Thomas Watson Jr., was one of the earliest believers in the role of design as a functional tool in the modern business landscape. Over the next decade, Rand created what was perhaps the first design system for a corporate identity. Starting with the redesign of the IBM logo—a years-long process of strategic incremental changes—Rand created a central design language that informed all applications of the IBM identity across the entire company.
    in CEROS

materialização

  1. 02 conjuntos de posters ilustrativos da trend

  2. 01 poster explicativo e referencial



trend #02

new models of test

new models of printing

new models of presenting

new models of exhibiting

palavras-chave?

#teste #impressão #apresentação #exposição #futuro #impressão 3d #online #vídeo #animação #chat

porquê?

Because they can’t out-metaphor this image. Cross-disciplinary or cross-functionality only works if you don’t need to cross if you can fuse the disciplines (or blow them up, to use a friend’s expression.) The Ark is at once a way of selecting a team (I think of the Group as Noah’s Ark. Two of each so that we can procreate intellectually speaking), but it was also built as a vessel to save the representatives of all species from the [divine] flood.

Similarly, I like to think of both the team and our work as a prototype for a new kind of design practice that can approach critical crises (e.g. global warming, poverty, cancer, and now COVID-19) through design without being reductive. What are the kinds of materials and structures we need to survive the set of crises (ecological, cultural, technological) that surround us?

in 52 INSIGHTS ( NERI OXMAN )

As novas formas de produzir design e arquitetura sofrem evoluções gigantes em períodos de tempo relativamente curtos : semestrais, anuais. Parte dessa progressão deve-se ao desenvolvimento tecnológico e científico que, invariavelmente influenciam o potencial do exercício-protótipo que alimenta estas duas vertentes criativas. Se por um lado as oportunidades se multiplicam, por outro, o crescente acesso a novas formas de produção garantem pelo menos o posicionamento ( cada vez mais ) focado na sustentabilidade, na autenticidade, na distinção e na autonomia.

O exercício proposto a designers e arquitetos é transversal às várias práticas que fazem parte do seu dia-a-dia, nomeadamente o teste, a impressão, a apresentação e a exposição. Estes 04 momentos transforma-se em experiências claras que enaltecem aquilo que carateriza a prática contemporânea

  1. teste

    1. a tentativa, o erro, o processo, todos eles parte do teste, a parte fundamental do design e da arquitetura; não pela falha ou pela ausência/dificuldade da decisão mas pela necessidade de experimentar diferentes media, diferentes suportes e diferentes formas de exprimir um conceito gráfico e conceptual

    2. o teste identifica uma parte importante do desenvolvimento criativo já que permite associar práticas que podem posteriormente ser utilizadas noutros projetos e contextos

    3. teste, sempre o teste como se de uma mão extra se tratasse na hora de definir a estratégia da materialização

  2. impressão

    1. 2D, o tipo de impressão “clássica” que apresenta de forma simples objetos, textos, conceitos, intenções entre pares ou ao cliente; este tipo de impressão deixou desde há muito tempo ser um papel secundário na demonstração do exercício em causa; a impressão 2D permite resultados diametralmente opostos quando lhe é atribuído uma caraterística personalizada como tipo de suporte ( acetato, folha de cor, textura ), dimensão ( fora de norma, dentro de padrões universais ), técnica ( impressão monocromática, serigrafia, estampagem ) ou acabamento ( brilho, corte, vinco, etc )

    2. 3D, a forma de impressão que permite a visualização realista, tridimensional do objeto, conferindo-lhe uma expectativa de concretização real, como se de uma maquete se tratasse; este tipo de impressão, radicaliza a forma como a peça de design ou de arquitetura podem ser apresentados, configurados e testados

  3. apresentação

    1. a radicalização da forma como comunicamos virtualmente teve a pandemia COVID-19 como maior argumento; passamos a estar constantemente presentes ( online ) e constantemente ausentes ( de uma presença física, da interação social ) criando as oportunidades certas para regredirmos na imensa dificuldade em progredirmos os nossos comportamentos, hábitos e vontades; com esta mudança, todos os contextos virtuais e individuais ganharam uma presença incontornável, através do áudio, vídeo ou chat - migramos de um contacto formal entre Humanos para uma atividade constante atrás de ecrãs

    2. esta radicalização reforçou novas formas de apresentação, também elas acessíveis pelo meio digital, como o caso da plataforma Google, a qual disponibiliza ferramentas como o Google Slides - universal, gratuita, livre, acessível

    3. https://docs.google.com/presentation/d/1u4wY7XRn68ciOURQ4-BAjAFrDKLlTbw8tIADQyQaKHw/edit

      1. portfólio DAZZLE STUDIO

  4. exposição

    1. tal como no ponto anterior, também as exposições sofreram radicais alterações à forma como apresentam as suas exposições; o canal digital ganha uma forma violentamente presente, deixando para segundo plano a interação física

    2. o studium . galeria teve uma prática expositiva até 2020, altura em que foram exploradas novas formas de comunicação de conteúdos curatoriais, através do website e de novas páginas que permitem um acesso claro a esta programação

    3. https://artsandculture.google.com/

      1. a experiência imersiva no contexto “museu” e “exposição”

aplicabilidade

Os processos studium são invariavelmente afetados pela necessidade de comunicar de forma explícita entre pares e com os clientes, e portanto foram adotadas algumas práticas acima identificadas. É aplicável a todos os projetos de arquitetura e design gráfico, permitindo a exploração dos canais, meios e suportes mais adequados.

como ( instruções )?

  1. Desenvolver um vídeo-audio ( clip 15-20 segundos ) constituído por

    1. ecrã preto + aúdio de notificações ( Microsoft teams, chat Google, etc )

    2. navegação no Google arts

    3. filmagem impressora 3D

  2. Projeção do vídeo nos canais digitais studium

    1. youtube

    2. facebook

    3. blog

referências

  1. In an increasingly technological world, there is ever-more demand to make something digital appear physical – apps that “turn” iPhone photographs into 35mm film are a prime example of this. Rarely do we find ourselves changing things in the opposite direction, but that is exactly what Masashi Murakami has been exploring in his latest exhibition, affects.
    in IT’S NICE THAT

  2. Since 2009, coders have created thousands of amazing experiments using Chrome, Android, AI, AR and more. We're showcasing projects here, along with helpful tools and resources, to inspire others to create new experiments. Here are collections of experiments to explore, with new ones added every week. Have fun.
    in EXPERIMENTS WITH GOOGLE

  3. We prioritize difference over repetition and customization over mass production. Cross-scale hierarchical design integrates design workflows in which matter is consumed through the ecosystem which sprouted it. Programmed decomposition is the framework in which decay is designed by encoding materials to rejoin an ecosystem’s resource cycle in order to fuel new growth. This, in turn, empowers ecosystem resource cycles rather than depleting them - Neri Oxman
    in DEZEEN

materialização

  1. 01 vídeo-audio

  2. 01 poster explicativo e referencial

trend #03

breaking up the decision process - the coming of age for the creative structures

palavras-chave

#sistema #metodologia #grupo #indivíduo #ciclo #loop

porquê?

The act of designing in architecture is a complex process. Many designers, when probed for reasons to explain their actions, are either unable to answer questions, or provide explanations that are not true descriptions of their actions. Frequently the designer will answer that his or her reason for making a particular design decision is based on 'feeling' or 'intuition.' Under this model the design process assumes a 'mystical' aura. Architectural designers can create, yet are unable to say how they do so. Often that which can be explicitly discussed by the designer is the least significant part of his or her design process. It is unlikely that designers are 'channeling' information from cosmic sources. Rather, they are working with knowledge that is largely tacit. This thesis attempts to de-mystify the process of architectural design. Through a close scrutiny of existing literature, incorporation of personal experience as an architect, and testing of theories with lay, novice, and expert designers a theory of design methodology is proposed.

in MIT EDUCATION ( GLENN E WIGGINS )


A metodologia é, enquanto compromisso do criativo com o seu trabalho, a forma mais clara que este tem de aceder à estabilidade e à razoabilidade do processo de decisão. Como explica o exemplo acima, a prática criativa pode ser extremamente descomprometida e pode tornar-se num ato de quase intuição. Ora, se de uma mera intuição se tratasse, esta prática estaria condenada ao fracasso. Tratar-se-ia de um conjunto de pessoas inspiradas por uma fórmula irracional e divergente de definir a sua carreira; tratar-se-ia de uma ação lunática e irreflectida, incapaz de trazer precedência ou definir uma estratégia clara e inequívoca. Este é um processo muito difícil para grande parte dos criativos, e só o é porque, contrariamente aos estudos científicos, matemáticos, a objetividade é endeusada como a matéria última da indecisão. Não é promovida a responsabilização do criador, é sim inventada uma espécie de metamorfose psicológica que incita ao profissional uma atitude de rebeldia, de intuição, de descompromisso.


Então como é possível alcançar a tangibilidade da prática real?


A minha proposta é a assunção da metodologia como ponto de partida e de chegada para a realidade diária do criativo, seja ele parte de um grupo ou apenas um ator isolado. Militarmente recuso que seja possível criar dentro do caos sem que esse seja o resultado prático de um ato inconsequente e errático; confio na forma como o processo criativo pode ser fragmentado, segmentado, partido em diferentes estruturas orbitais a uma estrela maior - o método.


Esta trend reflete sobre a forma como os criativos são formados, bem como sobre a classe alheada à decisão, que é, para todos os efeitos, o objetivo final associado ao compromisso da profissão. Desde 2009 que o studium utiliza um guia, uma chave mestra que sofreu uma grande evolução em 2020 com a integração de novos temas, capítulos e abordagens - o Sistema Metodológico. Este objeto escrito afirma inequivocamente o processo que o estúdio utiliza, refere-se a rotinas, práticas, estados, ações e permite a sustentabilidade e sanidade de um grupo de trabalho multidisciplinar e heterogéneo.


Como fazer desse manual uma trend é o termo mais complexo de aplicar, não porque não faz parte de uma potencial realidade mas apenas porque damos aos outros o acesso a uma forma de trabalhar e criar que se pode encontrar no espectro diametralmente oposto do seu. Não procuro um ato de convencimento ou de conversão, é a forma responsável e eminentemente crítica que permito desenvolver sobre aquilo que é a minha carreira e a carreira dos contemporâneos designers, arquitetos, ilustradores, animadores, etc.

aplicabilidade

A aplicabilidade desta tendência é absolutamente universal, ela deve ser vista como uma constante peça em desenvolvimento e crítica interna mas deve também ser posicionada, cada vez mais, para a sua integração em contextos externos. As faculdades e outras instituições de ensino são um dos focos de partilha bem como os pares e outros agentes que participam desta atividade.

como ( instruções )?

através de uma apresentação pública e direcionada/personalizada, o Sistema Metodológico é apresentado a diferentes comunidades, nomeadamente

  1. responsáveis de ensino

    1. professores ou tutores

      1. através de uma sessão de trabalho no studium . galeria

      2. disponibilização do Sistema Metodológico

  2. pares

    1. criativos

      1. através de uma apresentação formativa no studium . galeria

      2. disponibilização do Sistema Metodológico

referências

  1. É o conjunto de informações, aplicadas a um método, de relevância teórica e prática, construído a partir do desenvolvimento racional de um processo sequencial, em qualquer meio, tema ou ambiente de trabalho. É a descrição da minha abordagem metodológica, sobre a implementação dos fatores autonomia e decisão, tanto a grupos como a indivíduos que assentam a sua atividade em estruturas de conteúdo crítico e criativo. Esta é a abordagem que permite estabilizar uma forma de estar, pensar, projetar, criar e produzir. É em si, uma forma de ser. De base procedural, o sistema metodológico visa a ativação de um conjunto de premissas, implícitas e explícitas, na perspectiva da auto-verificação e sempre através do caminho da irrefutabilidade. Neste sistema, o gosto e a estética são apenas o resultado da abordagem do autor e nunca os fatores últimos de avaliação de uma solução. Assumir a presença de um algoritmo aberto nesta metodologia, permite que o sistema utilize a progressão matemática como auxílio ao desenvolvimento do projeto e é este apoio sustentado, proporcional e percentual, que gera a análise tão ou mais importante que a atividade criativa, bem como a noção concreta do seu resultado. Sem limitar direciona, aponta e orienta, seja o rumo ou o ritmo pretendido e sempre dentro do contexto em que se aplica o binómio tempo e custo. O sistema metodológico foca-se na estrutura e progressão do processo, no raciocínio cumulativo e procedural que pode ser aplicado a tudo aquilo o que pretendermos, precisarmos ou procurarmos e pela sua universalidade atual, a um largo e complexo espectro de atividades.
    in SISTEMA METODOLÓGICO

  2. On this page you can see three illustrations of a design process. The first describes how some imagine the design process to be like, the second how it is and the third how it should be. The third process is a loop, instead of a linear process. The designers become not just the creators of the visual identity but as well as their companions, evaluating if the previous defined still works.
    in FLEXIBLE VISUAL SYSTEMS - The design manual for contemporary visual identities
    ( MARTIN LORENZ )

  3. O trabalho de um arquiteto tem regra geral 6 fases, podendo contudo variar dependendo do grau complexidade deste

in COMO TRABALHAR COM UM ARQUITETO - OA

materialização

  1. sessão de apresentação no studium . galeria

conclusão

As trends apresentadas para 2022/23 descrevem um processo de regresso à exploração inicial, de 2015, altura em que a perspectiva investigativa se focou bastante na abordagem conceptual, e pouco no exercício prático da apresentação visual da tendência. Este regresso às origens deve-se à necessidade de demonstrar o potencial crítico studium sob o ponto de vista da criação de matéria de investigação. O resumo a três tendências é também sinal de uma análise bastante orientada para temas cruciais da prática, como são os temas da metodologia, da posição do criativo sobre a sua carreira e as novas formas de apresentação, teste e resultado. Este documento que cobre o período de dois anos propõe uma perspectiva reflexiva e calma, próprias de um processo que precisa do tempo correto para se provar efetivo.

outras referências