o manual de avaliação é o resumo das práticas de registo, análise e avaliação implementadas pelo estúdio na perspectiva das direções ( criativa e operacional ) na leitura dos recursos humanos;
é através da metodologia de avaliação que a evolução profissional e/ou incremento das competências individuais e de grupo são registadas, desde bases de informação explícitas;
pelo rigor resultante da recolha dos dados factuais ( todos eles originados pelas ferramentas studium, como relatórios mensais, lista de tarefas feitas/por fazer, deadlines, etc ) a avaliação assume um papel fundamental na classificação e clarificação do perfil individual da equipa, sendo por isso uma ferramenta crucial para a evolução do grupo de trabalho;
este manual contém considerações estratégicas da direção criativa em interação com os valores e posicionamento do estúdio;
o manual é um dos capítulos do Sistema Metodológico(1).
A avaliação é utilizada como metodologia que se debruça sobre a forma inteligível de analisar e interpretar dados concretos, desde o seu input ao seu output final. Curado. Verdadeiro.
Na ótica da direção criativa, a avaliação define critérios ordenados pela necessidade de consolidar um coletivo profissional que se rege por um método, um mote, uma hierarquia e uma visão. Esses critérios resumem a performance de um conjunto de pessoas, experiências e perfis que, apenas através de avaliações cíclicas, repetitivas, constantes, sólidas e intencionalmente de caráter positivo fornecem um panorama geral e individual de competência, ritmo e capacidade de produção.
Na ausência da responsabilidade das instituições profissionais e educativas garantirem metodologias e ferramentas que enquadram a proficiência dos profissionais que formam, é essencial que a entidade particular crie mecanismos compensatórios para as lacunas evidenciadas. Desta forma, o sistema avaliativo toma um caráter de responsabilidade ética da prática profissional. Garante os melhores padrões de performance e nivelamento das competências inatas à profissão. Refiro o ambiente doméstico tanto quanto a participação/ativação sócio-económica, onde cada estúdio criativo deve responsavelmente privilegiar as melhores práticas individuais e de grupo, replicáveis pela colectividade e categoria profissional.
A metodologia usada, matemática, crua e abjeta a quem vê a prática criativa como um ato incompatível com a racionalização do tempo, das expectativas e do resultado, garante a auto-consciência do profissional, seja ele um indivíduo ou um coletivo.
Assim, acredito que este é o percurso mais eficaz para questionar, evoluir e consolidar um coletivo que se pretende reflexo de uma manifestação de profissionalismo, brio, responsabilidade e auto motivação. Atribuo à avaliação a função da equidade, valorização e evolução daqueles que se dedicam a um percurso profissional exímio, que parte do indivíduo, que deve ser regulado pelo próprio, pelo estúdio e divulgado como modelo crítico do que significa praticar uma profissão e procurar sempre ser um melhor exemplo para os outros.
a avaliação consolida a análise factual de 02 entidades estruturais do estúdio : a direção criativa e a direção de operações ( na qual se inclui o production manager ); este ato de convergência ( ainda que de visões diferentes e complementares ) define os critérios que interessam (re)conhecer e identificar nos recursos
responsabilidades ( 30% )
com um rácio de importância de 30%, este capítulo corresponde a tudo aquilo que é esperado do perfil do recurso, em especial no que toca à sua autonomia, implementação e fomentação da metodologia e capacidade de gestão
competências ( 15% )
com visibilidade imediata nas ações do dia-a-dia, as competências refletem a capacidade de recolha, gestão e implementação das melhores práticas no projeto
objetivos ( 30% )
a equipa studium é claramente formada e orientada para a gestão ( seja ela o tempo, os recursos ou dados de projeto ); assim, este critério dedica-se a avaliar a capacidade de gestão autónoma e por consequência a criação de conteúdo valioso para as direções
alinhamento e crítica / outros temas ( 25% )
o quarto ponto da avaliação dedica-se ao comportamento profissional e à correta utilização das ferramentas disponíveis desde a metodologia implementada; representa também os critérios de avaliação que definem a maior ou menor proximidade à filosofia do estúdio
regularidade ou frequência
ativada trimestralmente, a avaliação comporta o espaço temporal que se relaciona não só com a necessidade de “amostragem de tempo” como também com os ciclos de faturação e gestão financeira
a frequência trimestral permite uma efetiva evolução do recurso, desde os pontos de pior performance, garantindo uma supervisão e análise justa, competente e focada na melhoria do indivíduo
o contexto da gestão do estúdio, nomeadamente os seus ciclos de faturação e fecho de contas são outro critério que impulsionam o crescimento do recurso uma vez que lhe permitem concretizar os objetivos do projeto
escala de classificação
a escala de 05 níveis permite identificar padrões de comportamento dos recursos
0 — não cumpre/ não faz
1 — cumpre raramente
2 — cumpre ocasionalmente
3 — cumpre frequentemente
4 — cumpre sempre
consolidado
a avaliação é constituída pelo consolidado de 04 entidades
o recurso - auto-avaliação
a direção criativa e direção de operações
o production manager
nº de variantes
o modelo de avaliação comporta apenas 01 variante, utilizada indiferenciadamente pelas diferentes áreas de atuação do estúdio ( arquitetura e design - gráfico, produto e web )
a caraterística generalista do modelo permite avaliar, não só diferentes recursos, como diferentes estados ( júnior e profissional ) e diferentes áreas de atuação
recursos
avaliados independentemente da sua formação ou área de especialização
estados
se o profissional deve, por regra cumprir exemplarmente os critérios de avaliação, o júnior ambiciona chegar a esse ponto; desta forma, com um modelo único é possível
analisar a performance do profissional
identificar os pontos fortes ( existentes ou potenciais ) e os pontos fracos ( para os quais deve ser direcionado o esforço do recurso ) do júnior
áreas de atuação
os critérios são amplos, são generalistas e facilmente aplicados a qualquer área de trabalho do estúdio
responsabilidades ( 30% )
compreender, fomentar e utilizar a metodologia existente com autonomia e qualidade visível
procurar e interpretar de forma individual e autónoma todas as questões legais/técnicas aplicáveis a projetos em curso
propor soluções, através da pesquisa individual de conhecimento técnico, conceptual e de produção aplicável aos projetos em curso
organizar o trabalho, distribuir tarefas e garantir o processo normal do projeto desde a metodologia existente
colaborar com a gestão na elaboração de propostas pela apresentação clara e objetiva da informação necessária ao melhor fornecimento
reunir e identificar necessidades específicas do projeto
comunicar através do production manager a proposta de orçamento, recursos e planeamento
gerir e desenvolver projetos autonomamente
gerir cliente e equipa interna/externa, focado no planeamento e proatividade necessários ao projeto de qualquer complexidade ou escala
partilhar o máximo de conhecimento com o grupo de trabalho pela atualização de conhecimento sobre sistemas e métodos necessários à elaboração de projetos de qualidade o mais eficazes possíveis, graças à sua formação cimentada na área de especialização
atualizar constantemente conhecimentos sobre legislação e processos burocráticos, técnicas, materiais e outros aspetos relevantes, para a consideração enquanto especialista na área em que desenvolve a profissão descrita como seu perfil e assim garantir a consultoria técnica necessária ao trinómio projeto/cliente/obra
acompanhar o projeto em que desenvolve a sua atividade com especial cuidado nos recursos necessários para a correta ssistência técnica
apresentar, com qualidade visível, interna e externamente os projetos que desenvolve sempre que convocado pela direção criativa
selecionar e aplicar o melhor canal de comunicação disponível para o projeto/cliente por forma a garantir o meio adequado à transmissão da informação que determina a irrefutabilidade do processo de decisão interno e apresentação externo
agendar reuniões internas e externas, dentro das práticas de tempo e recursos estritamente necessários ao acompanhamento da progressão do projeto em que foi convocado a participar, garantindo a eficácia e o retorno máximo do orçamento definido para o projeto
competências ( 15% )
supervisionar o desenvolvimento de projeto com recurso às ferramentas existentes
supervisionar a gestão de cliente e garantir o relatório atualizado do desenvolvimento do projeto na relação de fornecimento definido em proposta
compreender os requisitos e necessidades de forma a fornecer uma extensão intelectual capaz ao cliente sob a forma de consultoria técnica especializada, implementando diretamente na prática todos os conhecimento sobre sistemas e métodos necessários para garantia da qualidade técnica individual do profissional
acompanhar os processos burocráticos implicados no desenvolvimento interno/externo do projeto
elaborar processos burocráticos de qualquer nível de complexidade
recolher o máximo de informação, de nível técnico, legal e conceptual
apresentar soluções criativas e originais decorrentes da sua constante procura de conhecimento e inspiração criativa
iniciativa na procura de notícias, eventos e oportunidades interessantes como concursos, seminários, apresentações e workshops
apresentar oportunidades de negócio e investigação com a preparação de orçamento, planeamento e recursos possíveis para o desenvolvimento de cada ação proposta
objetivos ( 30% )
gerir de forma autónoma : projeto
gerir de forma autónoma : cliente
gerir de forma autónoma : equipas de projeto internas/externas
partilhar com a equipa informação adquirida em eventos e oportunidades como concursos, seminários, apresentações e workshops
procurar oportunidades de negócio e/ou desenvolvimento de processos de investigação com autonomia, ativando assim outros colegas para o efeito
registar informação relevante na perspetiva da gestão
criar informação relevante para direção criativa na perspetiva do processo de decisão e desenvolvimento do projeto
alinhamento e crítica / outros temas ( 25% )
cumprimento dos templates existentes
clara e esclarecida composição de e-mails
utilização das corretas ferramentas para comunicação interna
ferramentas internas : configuração, cumprimento das tarefas, clareza e assertividade da composição do relatório mensal e final do projeto, registo diário de horas, entre outros
assiduidade e pontualidade
zelo pela boa conservação das instalações, equipamentos e máquinas, comunicando as anormalidades notadas
procura de feedback junto da direção criativa
ambição quanto ao posto de trabalho e progressão nos quadros da empresa
evolução profissional
controlo individual de insegurança, ansiedade e stress
confiança sobre o trabalho desenvolvido individualmente
apresentação interno de projetos
participação na crítica enquanto valor base do estúdio
cumprimento do manual de boas práticas como o não uso de telefone e redes sociais