EXECUÇÃO SUMÁRIA (LIVRO DE ARTISTA)
Instalação apresentada na III Bienal de Gravura, em 2005, evento do XI FENART (Festival Nacional de Arte - Espaço Cultural José Lins do Rêgo em João Pessoa - Paraíba).
EXECUÇÃO SOMÁRIA é um livro desmontável, instalável e espectável, reprint de um trabalho apresentado (pelo artista) em 1981 na XVI Bienal Internacional de São Paulo
O uso do asfalto dissolvido – material ordinário, sujo e malcheiroso reflete o caráter sumário da impressão que revela-se mais pela ação mordente do solvente e pela expansão dos componentes oleosos do que por alguma RELEVÂNCIA. Repete-se insistente. Contrasta com a diversidade dos papéis que agregam valores cromáticos, de textura e formato às páginas.
A imagem/texto traz ordenados (poema fabricado) os nomes próprios dos papéis que, por razões técnicas dos fabricantes ou pelo uso a que destinam-se, aglutinam os mais variados significados que remetem o leitor/espectador a uma condição de parte integrante do contexto, desde que considere-se qualquer escala de relação como satisfatória para a semelhança.
Pretende-se que os INDÍCIOS alinhavem um AUTO-RETRATO PENSADO ainda que inconsciente (o leitor/espectador) da relação que o CELOFANE, por exemplo, possa ter com alguma coisa, ou ainda, o que existe no PAPEL DE CARNE que possa refletir alguém, sem antes considerar o valor dos traços pretendidos pelo uso comum que possa ter feito desses materiais . Para esta questão, vale lembrar que o caráter espectável é definitivo na consolidação desse processo de leitura.
Chico Dantas
2005