Diretrizes para orientações

A engenharia tem mantido uma tradição de bons projetos de conclusão de curso. Não é incomum TCCs nossos originarem artigos e projetos junto a empresas. Temos também linhas de pesquisa em áreas aplicadas em cooperação com algumas empresas locais. Para isso ocorrer uma coisa, no entanto, é fundamental: tempo. O TCC é o cartão de apresentação do ex-aluno. Assim é do maior interesse tanto dele quanto do seu orientador fazer um trabalho bem feito.

Como também somos poucos professores orientadores na EE achei por bem colocar essa página para dar algumas dicas para quem quiser me procurar como orientador.

  1. Em primeiro lugar é importante deixar claro as áreas em que posso orientar: microeletrônica, aplicações de processamento de sinais e imagem, aquisição e condicionamento de dados, equipamentos de telecomunicação e, em certa medida, instrumentação (mais recentemente o foco tem sido em biomédica) são minhas áreas de maior atuação. Em muitos casos tenho sido procurado para aplicações de processamento de sinais a outras aplicações onde não tenho maior experiência. Nesses casos a única hipótese de se fazer o trabalho é em coorientação com outro docente que seja da área.

  2. Em segundo lugar é importante falar do prazo. Sob nenhuma hipótese irei orientar alguém que me procure no semestre de formatura. Quem tiver interesse deve me procurar no semestre anterior, para que se façam testes preliminares da ideia antes da matricula e para que aja tempo de se providenciar toda a infra estrutura que possa porventura ser necessária. Um único equipamento que se precise adquirir ou conseguir por empréstimo pode levar mais de um ano para estar disponível. Um semestre também não é o bastante para o aluno se habituar com alguma ferramenta (linguagem de programação, plataforma de desenvolvimento) necessária ao trabalho.

  3. Em terceiro lugar vem a questão das eletivas. Nosso curso prove uma gama significativa delas que podem ajudar muito ao aluno na sua formação para o trabalho final (microeletrônica, Prototipação, DSP, etc.). Assim, se você quer fazer um PFC em área na qual temos eletiva ofertada, vou esperar que você tenha cursado ou esteja cursando a disciplina relevante. Sempre.

  4. Temos diversos convênios e projetos de longo prazo, isso demanda planejamento e significa que existe um número limitado de orientações possíveis por semestre. A partir do sexto semestre o curso começa a direcionar os alunos para as diversas áreas. Nessa época é interessante que o aluno busque se informar sobre as atividades de pesquisa. É muito fácil para os orientadores do grupo indicar disciplinas que podem vir a auxiliar um trabalho futuro na área. Quanto antes se informar, maior a chance de sucesso.

Forma de trabalho

Os alunos que eu orientam tem de marcar um encontro semanal comigo durante o semestre final. Esse encontro é habitualmente em um dos meus períodos de pesquisa. Espero do aluno capacidade de pesquisa em literatura técnica em língua inglesa. Isso inclui a capacidade de pesquisar em bases de artigos e patentes. Em alguns projetos o auno terá de trabalhar em laboratórios sob os quais precisam assinar termos de confidencialidades. Praticamente em todas as minhas orientações alguns requisitos desejáveis são:

  • Tranquilidade no uso de MATLAB ou ferramenta similar (R, Python, por exemplo, também servem para algumas aplicações)

  • Programação de sistemas embarcados (por exemplo Freescale, STM, Raspberry, Arduino, ESP32, ....)

  • Autodidatismo no aprendizado das ferramentas e plataformas de trabalho (não importa quais tu saiba, sempre haverão mais a aprender no andamento do trabalho).

  • Capacidade de leitura em inglês de literatura técnica e pesquisa em bases de patentes (vocês veem isso nos Projetos Integradores, não esqueçam)

  • Escrita e documentação usando LATEX

  • Trabalho online usando ferramentas de nuvem.

Notem que nem todas são necessárias para todos os projetos, mas são todas capacidades úteis a todos vocês no futuro.