Integração currículo-avaliação

Post date: Sep 11, 2008 1:30:29 AM

Resumo do artigo:

Alonso, L. (2002). Integração currículo-avaliação. Que significados? Que Constrangimentos? Que implicações?. In P. Abrantes e F. Araújo (Coord.), Reorganização Curricular do Ensino Básico. Avaliação das Aprendizagens - Das concepções às práticas. Lisboa: Ministério da Educação / Departamento da Educação Básica.

A avaliação deve ser contínua, formativa, diferenciada e multidimensional.

Deve-se utilizar uma variedade de modos e instrumentos de avaliação.

Avaliar implica analisar e interpretar os resultados.

Diz-me como avalias, dir-te-ei como ensinas.

A avaliação só poderá ser considerada formativa, construtiva, quando:

  • Os alunos se tornam responsáveis pelo seu processo de aprendizagem/avaliação através da realização de contratos pedagógicos e da auto-avaliação;
  • A construção de conhecimentos é realizada em contextos significativos que permitem ligar o pensar e o agir, o saber e o saber-fazer.

Se aprender é acumular conhecimentos descontextualizados, faz todo o sentido que a avaliação se sustente prioritariamente na realização de testes, que medem a capacidade do aluno para reproduzir, com lápis e papel, num tempo e espaço artificialmente delimitados, conhecimentos divididos em fatias (disciplinas, temas e sub-temas) que, à medida que se vão completando, podem ser esquecidos porque já foram dados e não voltarão a entrar nos próximos testes. Mas, se aprender é dar sentido e significado à realidade, isto é, compreender, relacionar e sentir para poder aplicar e agir, a avaliação não pode se sustentar prioritariamente na realização de testes.

Avaliar competências, isto é, apreciar a capacidade dos alunos para resolver problemas mais ou menos complexos, em que tenham que mobilizar conhecimentos, procedimentos e atitudes (seja a nível disciplinar ou transversal), implica uma mudança substancial, tanto na forma de organizar os contextos de avaliação como na procura dos dispositivos metodológicos mais adequados. Diversificar e diferenciar os processos de ensino-aprendizagem (metodologias, interacção pedagógica, formas de agrupamento, organização do espaço e do tempo, materiais…) é o caminho imprescindível para poder promover o desenvolvimento de competências, o que requer também diversificar os contextos e formas de avaliação.