DIVERSOS

8.- DIVERSOS

8.1.- COBRA DO IGARAPÉ

Em junho de 1962 Bernardo foi fazer um estágio na Petrobrás em Apucarana , PR e o geólogo da sonda era o Sylvio Zembrusky. Um gaúcho boa gente, que gostava muito de geometria descritiva, aquela dos diedros, lembra. Estava sempre desenhando uns blocos diagramas muito bem desenhados e fazendo todo tipo de cálculos. Era seu passatempo. Ele contou o seguinte fato: estava ele furando um poço na Amazônia, quando chegou um braçal (Seu Zé) apavorado, porque tinha visto uma cobra enorme no Igarapé onde o pessoal da sonda tomava banho. As descrições eram tão alarmantes que o Sylvio resolveu pedir detalhes, e então perguntou:

- Diga lá seu Zé que tamanho tinha essa cobra e seu Zé.

- Bem não deu paRa ver o tamanho, porque ela estava dentro d'água, mas a cabeça da bicha era maior do que a de uma anta.

- Pera aí seu Zé, o senhor não está exagerando?

- Não, não senhor Doutor , a bicha tinha uma venta de uns três palmos e as narinas maior que uma lata de banha de dois litros.

Nesse momento o Sylvio pegou sua HP Científica e começou a fazer cálculos (Sen x +Cos Y ) e ficou mais de 10 minutos calculando. Quando terminou, olhou para o Sr. José e disse: - Olha seu Zé, pelos meus cálculos essa cobra não cabe nesse Igarapé...

8.2.- MÃO NA BUNDA

Era uma festa de encerramento de um congresso de geologia. Em pleno coquetel Guilherme, o Pateta, sempre muito sacana, tirou o chapéu do João Bizu e colocou-o na cabeça do Moacyr Vasconcellos (Diretor de Operações da CPRM).

Um geólogo que muito bem conhecia o João e seus trajes, chegou por trás e passou a mão na bunda do Moacyr que estrilou, soltando um grito de espanto...

8.3.- AQUI NÃO TEM FÓSSIL

O Prof. Beurlen lecionava paleontologia na Escola de Geologia de Recife.

Esta história envolve o velho e famoso professor numa excursão realizada com os alunos, lá por volta dos anos sessenta.

Pararam num grande afloramento para examinar alguns fósseis.O Beurlen dava suas explicações, enquanto os alunos prestavam atenção e faziam suas anotações.

Tinha um aluno que não largava o pé do professor. Aonde ele ia o aluno ia atrás. Quando o professor olhava, o aluno estava bem perto.

8 .4.- COBRAS DO DUDA

Estava o geólogo Cezar fazendo uma identificação prévia das características geotécnicas dos materiais ao longo da rodovia BR-470, na subida da serra entre Pouso Redondo e Lajes, ainda não implantada, ao longo de uma picada que cortava a Mata Atlântica intocada, e para tanto a empresa em que trabalhava mandara um sondador, Duda, típico malandro de morro carioca, que pela primeira vez em sua vida pisava na mata densa. No primeiro reconhecimento que se fazia ao longo do eixo, de repente o geólogo ouviu atrás de si um gaguejar sem nexo. Era o Duda que apontava uma cobra cruzeiro enrodilhada, junto à picada em que teria que passar. Cobra morta, segue a expedição. À noite, no acampamento, a turma se dedicava a um joguinho de cartas antes de dormir, após o que o Duda afastou-se um pouco para tirar a água do joelho, e dirigiu-se ao seu catre. Tudo escuro, com a lamparina na mão, mal quebrando a escuridão, Duda divisa um volume sobre sua cama; quando levanta a lamparina vê que se trata de outra cobra, calmamente aninhada onde iria deitar. Foi duro convencer o Duda a não voltar de imediato para o Rio de Janeiro, para seu morro onde o bicho mais perigoso que existia era um ou outro traficante...

8.5.- INDUMENTÁRIA PARA MOSQUITO

Em 1966 o geólogo Cezar fiscalizava por conta da Comissão do Plano do Carvão Nacional as pesquisa das ocorrências de lignito no Rio Jutaí, afluente do Solimões, perto da fronteira peruana, que era realizada por uma empresa contratada gaúcha, cujo geólogo-chefe era o nosso velho Eurico Rômulo Machado. A empresa consultora era a alemã Otto Gold, que para tanto mandou dois velhos geólogos, um oriundo da Colômbia e outro, Wolf, vindo do Paquistão. Após dois dias de viagem em uma grande lancha, finalmente aproximamo-nos da locação onde era feita a sondagem, e o Wolf, cabelos bem brancos, apronta-se para a chegada vestindo um conjunto de bermudas largas, camisa solta com quatro bolsos (um "pijânio"), tênis e meias 3/4, tudo branco e folgado, faltando apenas o capacete de cortiça para estar a rigor em um safári muito britânico. Quando a lancha aportou apresenta-se densa nuvem de piuns, que como é sabido prefere o "sangue novo" e as áreas expostas. Em quinze minutos o Wolf estava louco, retorna à lancha e, quando reaparece, estava de calças e camisa comprida e uma mascara de esquiar, expondo apenas pequena área junto aos olhos, indumentária que utilizou o resto do tempo em que permanecemos na locação, enquanto o Machadinho ria, falava com seu vozeirão despropositado e bebericava seu uisquinho maneiro, que ninguém é de ferro...

8.6.- OCTAVIO BARBOSA

Esta foi recolhida pelo famoso Octavio Barbosa, dizendo tratar-se do folclore cearense:

VINTE VEZES EU ME CASEI

VINTE HOMENS EU CONHECI

E NO ENTANTO ME CONSERVEI

VIRGEM COMO NASCI

SE ESSA HISTÓRIA NÃO É PETA

ISSO LOGO SE EXPLICA

OU VOCÊ NÃO TEM BUCETA

OU ESSES HOMENS NÃO TINHAM PICA