CPRMSSA

3.- CPRM - Salvador

3.1.- REDUÇÃO DE VELOCIDADE

Sylvio Seixas, o geólogo das mãos limpas ( assim conhecido porque lava as mãos a toda hora e por qualquer motivo), viajava para mais uma etapa de campo com o motorista chamado Acyoli, aquele que tomou um esporro do Erasmo (geoquímico que fala rindo) por rir quando ele lhe contava um caso triste.

O Acyoli, muito solicito, perguntou:

- Doutor Sylvio, tem geólogo que gosta de correr, outros não, qual a velocidade que devo imprimir ao carro?

Sylvio respondeu:

- 60 km/h!

Depois de percorridos alguns quilômetros, o Acyoli estava desenvolvendo uma velocidade de 65 km/h, então, Sylvio chamou a atenção do motorista exigindo qeu ele reduzisse a velocidade em 5 km/h!

3.2.- QUEREM APEAR

Algumas palavras do vocabulário português usadas pelas populações interioranas brasileiras nem sempre tem seu significado entendido por muitos habitantes das cidades grandes e daí podem surgir confusões.

Esta história, cujo protagonista foi o geólogo Sylvio da CPRM de Salvador, está inserida neste contexto.

Em certo ano da década de 80, o Sylvio acompanhado de outro geólogo baiano, fazia seu levantamento geológico. Ao chegarem numa fazenda pararam o carro para tomar algumas informações junto a uma casa defronte da qual estava seu proprietário. Permanecendo no interior do veiculo, iniciaram um dialogo com o morador que convidando os geólogos para descer, disse:

-Querem apear?

Daí o Sylvio virando-se para o companheiro, questionou:

- Como é que ele sabe que queremos mapear?

3.3.- CARBONATITO

O Nelson Custódio sempre foi um geólogo idealista e muito estudioso. Uma de suas paixões era os carbonatitos. Trabalhando na CPRM em salvador, lá pelo ano de 1987, recomendou para o farina no Rio de Janeiro o requerimento de algumas áreas no sul da Bahia, indicando elevado potencial geológico-econômico para terras raras, em função da presença de algumas anomalias geoquímicas e a ocorrência de rochas carbonatadas associadas a ultramafitos.

As áreas foram efetivamente requeridas e o Nelson passou a admitir, com ardente entusiasmo, que as rochas carbonatadas eram carbonatitos.

O Farina, incrédulo sobre a presença de carbonatitos na região, afirmava para o Nelson que poderia tratar-se apenas de calcários.

- Nelson, não é carbonatito, é calcário!

Tal discussão tornou-se freqüente e muito conhecida dos geólogos da CPRM de Salvador que a repetiam muitas vezes.

O geólogo Odon, amigo do Nelson, adorava esta historia, sendo que até seu filho Tiago com apenas cinco anos de idade já a tinha escutado diversas vezes.

Um belo dia o Nelson ligou para a casa do Odon e quem atendeu o telefone foi o Tiago, sobrinho do Nelson.

- Alô! Quem fala?

- Aqui é o Nelson!

-Oi, tio Nelson! Não carbonatito, é calcário!

3.4.- MEU LADO FEMININO Ë SAPATÃO

Durante um dos cursos sobre seqüências sedimentares ministrados no CIEG (Centro Integrado de Estudos Geológicos) de Morro do Chapéu-BA, reuniram-se duas dezenas de geólogos da CPRM, provenientes de diversas partes do Brasil. De Salvador destacava-se Pedreira, o Gugu, defensor ferrenho das ferramentas da litoestratigrafia, matéria em que se tornou especialista e instrutor. Certo dia, após as aulas, reunidos em torno da mesa de um bar, Pedreira destacando a importância de sua especialização, em detrimento das demais, chegou a afirmar que a geoquímica era uma ciência menor, ocupação de “viados”. Na discussão levantada sobre o assunto, Luiz Fernando comentou:

- Gugu esta tua implicância com os geoquímicos pode estar encobrindo o teu lado feminino enrustido. Aí Pedreira retrucou:

- É não, colega. Meu lado feminino é sapatão.

3.5. - GABRO, COM SOTAQUE INGLÊS.

Um grupo de geólogos da CPRM de Salvador realiza uma excursão de campo, acompanhado de um geólogo americano que tentava aprender português. Tratava-se de encontrar afloramentos de rochas básicas potencialmente portadoras de mineralizações.

Os terrenos eram dominados por gnaisses e ainda não tinham encontrado nenhuma básica.

Foi quando o gringo, apontando para uma colina, falou:

- “Cabro”! “cabro”!

Ao aproximar-se do objeto, lá estava uma cabra e não o um gabro como pensaram os baianos.

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