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O tema PRINCIPAIS DOENÇAS AVÍCOLAS é extenso e complexo, vamos ser o mais abrangente possível sem perder a didática, o bom entendimento e a compreensão.
Observação: Não temos a intensão de esgotar o assunto, logo, não falaremos de todas as doenças.
O tema Doenças em Galinhas é um dos mais complexos na avicultura do Brasil, muitos sintomas são comuns em várias doenças avícolas diferentes, o que dificulta um diagnóstico de precisão em diversas ocasiões. Outra questão é caso da falta de recursos técnicos no meio rural e quando no meio urbano embora mais fácil de encontrar tais recursos, os exames de laboratório, mesmo das instituições como universidades e ONGs, não são baratos para um diagnóstico preciso de qualquer doença avícola..
Outro fator que pode pesar ainda mais é a viabilidade dos exames de diagnóstico de doenças avícolas em face do tamanho do projeto, embora numerosos, o tamanho da maioria dos plantéis é pequeno, são projetos domésticos e grande parte não passa de 20 ou 30 aves, quase sempre a título de subsistência.
Não deveria ser assim, mas essa carência leva os criadores e produtores de aves, no desespero causado pelas situações, a tomarem medidas e agirem em função do contexto. E, como desconhecem a prática correta de identificação e tratamento das doenças avícolas acabam sendo induzidos a fazerem uso de medicamentos sem a recomendação técnica adequada para tratar as principais doenças avícolas e com isso, vez ou outra acabam contribuindo com a criação de bactérias e vírus mais resistentes aos tratamentos, tornando-os cada vez mais comuns e mais difíceis de controlar.
Considere ainda as principais doenças (de galinhas) por região geográfica, outro identificador que personaliza os tipos de tratamento. Isso pode ser um agravante. Histórico regional tem muita relevância na escolha da substância mais apropriada para cada caso em cada ocasião que um surto aparecer.
Esse fato se deve principalmente a dificuldade citada acima: A falta de recursos e apoio para os pequenos criadores, principalmente para os projetos com finalidade de subsistência e isso é lamentável. Esses projetos quando vistos por outra ótica podem ser comparados a uma escola para esse produtor, que pode no futuro ser um incremento de renda para a família e um gerador de recursos para a sociedade.
Do grupo "Principais Doenças Avícolas", a doença de NewCastle é uma das mais perigosas, ela é altamente contagiosa e afeta aves em qualquer idade. Também conhecida como pseudo peste aviária, causada por um vírus pertencente à família Paramyxoviridae, gênero Rubulavirus, sorotipo APMV¹.
A literatura data o vírus da doença de newcastle a partir do ano de 1926 na Europa - Grã-Bretanha, provindo de lotes de aves selvagens, mas estudos mais recentes revelam que ele pode ter se originado bem antes dessa data em função da forma e do contexto em que se desenvolve e se instala no plantel.
Não é nada fácil erradicar ou controlar a Doença de Newcastle em função do tipo de evolução do vírus e sua virulência, a preocupação não pode se limitar a vacinação, mas englobar toda uma série de cuidados na disseminação que pode representar 60% de mortalidade no total do lote.
Forma de Contágio
Como é virótica, a doença se propaga pelo ar e por contato com animais doentes e fezes.
Sintomas
• Na forma respiratória reduzem o consumo de alimentos e apresentam espirros, dificuldade em respirar, conjuntivite e, às vezes, inchaço da cabeça.
• Aves em produção de ovos reduzem bruscamente a produção.
• Diarreia com presença de sangue
• Mortes repentinas sem nenhum sinal
• Lesões no sistema digestivo caracterizando-se, principalmente, por úlceras e hemorragias.
• Paralisia de pernas e asas, incoordenação, torcicolo e opstótomo².
1 - "Vírus da Doença de Newcastle (NDV) é um membro da família Paramyxoviridae. Várias cepas múltiplas de NDV têm sido identificadas. Todos vírus de NDV isolados, independentes da origem são inibidos em uma prova de Inibição da Hemaglutinação com anti-soro policlonal de NDV, anti-soro preparado contra uma cepa referencial de NDV. Suas semelhanças antigênicas são a base para a classificação como membros do sorotipo Paramixovirus aviário do tipo 1 (APMV-1). A diferenciação das cepas de vírus entre os sorotipos PMV1 se faz com anticorpos monoclonais (Alexander et al., 1997) e análise da sequência de nucleotídeos (Collinset.al., 1994; Lomniczi et.al.1998; Seal et al., 1995, 1998). Os vírus de ND isolados podem ser diferenciados com anti-soro policlonal proveniente dos outros oito sorotipos de paramixovirus aviários (APMV-2 a APMV-9), existe alguma reação cruzada entre APMV1 e APMV3, um sorotipo encontrado freqüentemente em perus (Alexander, 1998)" Nelva Grando
2 - Opstótomo
MEDICINA
espasmo, típico do tétano, em que a coluna vertebral e as extremidades se curvam para diante e o corpo, em arco, fica apoiado sobre a parte de trás da cabeça e os calcanhares.
Prevenção
• Vacinação
• Isolamento dos casos e higiene impecável
Tratamento
Não há tratamento
Atenção: Zoonose (Pode ser transmitida dos animais para o homem).
O vírus da Newcastle pode provocar conjuntivite no ser humano, portanto cuidado ao manusear aves suspeitas, doentes ou vacinas.
A Bronquite Infecciosa é uma doença que afeta somente galinhas e apresenta a forma respiratória em aves jovens, apresentando mortalidade elevada e sinais respiratórios semelhantes à Doença de Newcastle. Na galinha adulta em produção a forma preocupante é a genital, pois afeta a postura tanto em qualidade como em quantidade dos ovos que se apresentam com casca mole, sem casca, perda de cor da gema e a clara mostra-se liquefeita.
Forma de Contágio
O vírus da Bronquite Infecciosa pode ser transmitido horizontalmente via aerossol (espirros), por meio de materiais orgânicos contaminados, pela água de bebida e por equipamentos. Até o momento, a transmissão vertical (da galinha para sua progênie pelo ovo) não tem demonstrado ser um fator importante.
Sintomas
• As galinhas jovens ficam deprimidas e concentram-se sob fontes de calor
• Dificuldade respiratória, tosse, descargas nasais e estertor
• Depressão, indisposição e camas úmidas
• Galinhas em período de postura pode apresentar uma queda na produção de ovos, com diminuição da qualidade externa e interna dos ovos, afetando a economicidade da produção
• A dificuldade para o diagnóstico, é devido a semelhança dos sintomas com outras doenças, podendo confundir com a Doença de Newcastle, devido à dificuldade respiratória e em relação a redução na produção de ovos e na qualidade destes, esta é menos específica ainda. Logo, o isolamento e a identificação do agente causal são necessários para o diagnóstico, dada a ampla distribuição da doença
Prevenção
A melhor forma para evitar/combater a bronquite infecciosa ainda é prevenindo a doença através da vacinação. Você pode escolher entre usar vacinas vivas, que contêm o vírus atenuado, ou vacinas inativadas, com vírus mortos.
Tratamento
Não existe um tratamento especifico para a bronquite infecciosa. É comum o uso de antibióticos para evitar infecções secundárias (outras doenças), diminuindo assim as perdas na criação. Muitas vezes esse tratamento pode ficar muito caro e para a doença em questão (bronquite infecciosa) pode não resolver o problema.
A Bouba Aviária é uma doença que afeta todas as aves e em qualquer idade. Também conhecida por epitelioma contagioso, varíola das aves, difteria, “caroço”, “pipoca” e “bexiga”.
Forma de Contágio
A Bouba Aviária é uma doença que ocorre com maior frequência no verão devido à proliferação de mosquitos que disseminam o vírus de local para local, picando e sugando as aves.
Sintomas
• Quando a bouba aviária infecta a pele, aparecem os nódulos nas regiões desprovidas de penas (crista, barbelas, em volta do bico e dos olhos).
• Quando a bouba aviária afeta a garganta (forma diftérica), há formação de placas que podem se alastrar causando dificuldades para respirar, perda de apetite, prostração e mortalidade elevada.
• Causa febre, tristeza e penas arrepiadas, lesões ao redor das narinas, que podem levar a produção de catarro; lesões sobre as pálpebras que podem produzir lacrimejamento.
Prevenção
Vacinação
Tratamento
O único medicamento que se propõe a tratar a Bouba Aviária não garante sua eficiência ou eficácia, este tratamento é longo, relativamente caro e sem garantia de sucesso.
A Doença de Marek é uma Enfermidade neoplásica causada por um vírus, que afeta nervos, pele, baço, rins, fígado, ovários, testículos, olhos e as demais vísceras do organismo das aves.
• Doença de Marek Clássica ou Neurolinfomatose: causa paralisia assimétrica de um ou mais membros. Quando acomete o nervo vago, podem ocorrer dificuldade respiratória e dilatação das culturas. Frequentemente, há também lesões dos nervos periféricos, infiltração linfomatosa, tumores (pele, músculo esquelético e órgãos viscerais).
• Doença de Marek Aguda: é uma epidemia que acomete animais previamente vacinados ou infectados, levando à depressão, paralisia e morte de grande parte dos animais. Afeta animais muito jovens numa faixa etária de quatro a oito semanas de vida.
• Linfomatose ocular: leva à infiltração linfocitária da íris, anisocoria e cegueira.
• Doença de Marek Cutânea: gera lesões arredondadas, firmes, junto aos folículos de penas.
• Arterosclerose: induzida experimentalmente em animais afetados.
• Imunossupressão: há um impedimento da resposta imunológica por parte do linfócito T, tornando as aves mais susceptíveis a outras doenças.
Forma de Contágio
A doença de marek é transmitida horizontalmente, contato de uma ave com outra.
Sintomas
O diagnóstico da doença de marek é feito baseado nos sinais clínicos, além da observação de um alargamento de nervo (geralmente o isquiático). A presença de nódulos em órgãos internos, também pode indicar esta enfermidade, mas se faz necessária a realização de exames histológicos. Os sintomas de quase todas as formas levam a ave à prostração, paralisia e morte elevada.
Prevenção
A melhor prevenção é a Vacinação, porém, o uso da vacina não impede a transmissão do vírus para animais não infectados.
Tratamento
Não há tratamento para a doença de marek.
O isolamento também não é possível de ser feito, pois o VDM (vírus da doença de marek) está presente em todos os ambientes avícolas.
A Leucose Linfóide é assemelhada à Doença de Marek, apresenta tumores internos de tamanhos variados e cor esbranquiçada, afetando aves adultas e com baixa mortalidade.
Forma de Contágio
• A transmissão da Leucose Linfóide pode ser vertical da galinha para a progênie, através do ovo;
• Ou horizontal de ave para ave, por contato direto ou indireto;
• A infecção congênita da Leucose Linfóide é a forma mais importante de transmissão, uma vez que produz tolerância imunológica nas aves;
• A leucose linfóide por ser virêmica é a com maior possibilidade de desenvolver linfomas e diferentes tumores e em aves imunocompetentes.
Sintomas
Os sintomas apresentados pelos animais, em quase todas as formas da leucose linfóide são a prostração, paralisia e morte elevada. Em aves adultas apresenta baixa mortalidade.
Prevenção
• Sacrifício do animal contaminado como reprodutor
• Vacinação
Tratamento
Não há tratamento
A Encéfalomielite Aviária afeta e infecta aves adultas e jovens, mas somente as jovens, até 8 semanas de idade desenvolvem-na.
Forma de Contágio
VERTICAL
Galinhas com infecção subclínica podem carrear os vírus, dentre outros.
HORIZONTAL
• Fezes de aves infectadas
• Excreção por 2 a 3 semanas após infecção
• Fômites e Homem – Ex.: Alimentos, água, calçados, equipamentos
Sintomas
• Queda leve e temporária na produção de ovos
• Catarata
• Ataxia progressiva
• Tremor de cabeça e pescoço
• Algumas aves recuperam ou sobrevivem com persistência dos sinais clínicos
Prevenção
Vacinação, principalmente para indivíduos destinados à reprodução.
Tratamento
Não há tratamento para a Encefalomielite Aviária
Observação
Teste de prova para eliminar a possibilidade das Doenças de Marek e Newcastle
A Doença de Gumboro é uma enfermidade que afeta inúmeros projetos de avicultura, causa muitos prejuízos financeiros e econômicos, uma vez instalada é de difícil controle e de imediato, causa muitas mortes no lote e diminui a produtividade e eficiência de ganho de peso.
Causada pelo patógeno Birnavírus, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (IBD) ela é altamente contagiosa em aves jovens, que quando contaminadas, apresentam quadros de imunossupressão praticamente irreversíveis.
Forma de Contágio
A transmissão da doença de gumboro é horizontal, via oral, respiratória ou ocular. Em 24 horas após a contaminação o vírus já se instalou, está se replicando e já pode ser disseminado; uma vez na corrente sanguínea, ocupa todo o organismo do animal que poderá transmiti-lo por um período de 10 a 14 dias por meio das fezes.
Os vetores da doença de gumboro são inúmeros e eles é que são responsáveis por levar o vírus para projetos que ainda não tinham sido contaminados.
Sintomas
A dificuldade para identificar a doença de gumboro é justamente porque os primeiros sinais clínicos visíveis externamente são comuns a muitas doenças, tais como: diarreia, prostração, desidratação e inapetência, ao longo do tempo não apresentam desenvolvimento adequado, além de infecções secundárias. Internamente as aves acometidas pela doença de gumboro terão lesões no intestino, fígado, rins e Bolsa de Fabrícius, estas lesões se apresentam na forma de inchaço, cor esbranquiçada nos órgãos, hemorragia e edemas.
Prevenção
Vacinação, assepsia do galpão com "vassoura de fogo" e cal virgem ou amônia quaternária, cremação das aves mortas e isolamento das aves contaminadas,eliminação das esterqueiras e aumento da distância atual do galpão para a nova esterqueira.
Tratamento
O tratamento é base de antibiótico específico para o vírus da doença de gumboro, com bom índice de salvamento, no entanto, o tratamento não é barato e a produção de ovos estará toda comprometida durante a carência porque não é permitido o consumo humano.
A Colibacilose é uma doença comum na avicultura, causando grandes prejuízos de forma generalizada.
Forma de Contágio
A bactéria da colibacilose encontra-se nos intestinos de aves e mamíferos, sendo eliminada com as fezes, portanto, higiene é fundamental como sempre nos ambientes de criação para evitar a propagação da doença. Os pintinhos podem nascer contaminados devido à contaminação das cascas dos ovos ou ainda, contaminar-se no pinteiro.
Sintomas
Os principais sintomas da colibacilose são: Onfalite, aerosaculite, pericardite, perihepatite e peritonite. Os sintomas também podem estar localizados nas articulações, causando artrite e ou no oviduto, causando salpingite. Pela gravidade e difusão de sintomas, é doença que pode causar grande mortalidade.
Prevenção
A higiene e desinfecção periódica das instalações é a melhor maneira de prevenir esta doença.
Tratamento
Vários antimicrobianos podem ser utilizados no tratamento de colibacilose, como por exemplo, tetraciclina, cloranfenicol, ampicilina, neomicina, nitrofuranos, gentamicina sulfa/trimetropim, ácido nalidíxico, espectinomicina, sulfas e fluoroquinolonas.
A Salmonelose, dentre as doenças avícolas é uma das mais preocupantes, pois pode representar problemas para o ser humano, as salmonelas infectam tanto mamíferos quanto aves, apesar de haver salmonelas específicas para cada caso, havendo, entretanto, salmonelas consideradas não específicas. As principais são a pulorose, que afeta aves jovens, e o tifo aviário, que afeta principalmente aves adultas.
As salmonelas não específicas causam o paratifo aviário. As salmonelas são altamente patogênicas para mamíferos e aves, causando alta mortalidade. Seus sintomas se confundem com outras bacterioses, como a colibacilose e a diferenciação é feita com o isolamento e identificação da bactéria.
Forma de Contágio
• Via respiratória, via oral (Fezes contaminadas)
• Casca do ovo: contaminação fecal Sintomas
• Desenvolvimento retardado
• Canibalismo
• Fezes verde/branco-amareladas
Prevenção
O controle e prevenção da Salmonelose não é diferente e mais uma vez envolve higiene rigorosa e eliminação dos focos (aves portadoras da bactéria).
• Controle de Fatores Predisponentes
• Promotores de crescimento
• Probióticos, prebióticos, simbióticos
Tratamento
Uso de antibióticos e antimicrobianos
• Enrofloxacina
• Norfloxacina
• Danofloxacina
• Sulfas • Sulfas + Trimetoprim
• Eritromicina
• Tetraciclinas
• Ampicilina/Amoxicilina
A Micoplasmose é uma doença altamente contagiosa, afeta aves de todas as idades apesar da baixa mortalidade.
Forma de Contágio
Transmissão da micoplasmose se dá de ave para ave em contato direto e de granja para granja
Sintomas
• Leves estertores respiratórios e dificuldade de locomoção quando da ocorrência de sinovite.
• Sinais respiratórios são exacerbados pelos vírus da bronquite infecciosa e da doença de Newcastle.
• As lesões macroscópicas verificadas frequentemente são edemaciação e acúmulo de exsudato nas bolsas sinoviais e opacidade dos sacos aéreos Porém não são raros os quadros sem lesão macroscópica alguma.
Prevenção
Higiene e eliminação dos portadores da micoplasmose.
Tratamento
Antibióticos – De forma criteriosa, uma vez que poderão estar selecionando os grupos de resistência.
Pasteurolse, doença também conhecida como septicemia hemorrágica e cólera aviária, infecta aves com mais de 6 semanas, provocando alta mortalidade.
Forma de Contágio
As carcaças de aves que morreram da doença pasteurolose são o principal meio de infecção pois os roedores e outros animais levam a bactéria e a disseminam entre as criações. A bactéria da pasteurolose pode permanecer na carcaça e no solo por até 3 meses.
Sintomas
Febre, sonolência, congestão ou cianose de cristas e barbelas e morte repentina
Prevenção
• Vacinas aplicadas entre 10 / 16 semanas de idade (duas aplicações com intervalo de 2 – 4 semanas) podem ajudar na prevenção da pasteurolose, mas os resultados não são 100% garantidos, portanto mais uma vez a prevenção da doença consiste em muita higiene e controle de entrada de novos indivíduos no plantel (quarentena).
• Combate aos ratos e roedores silvestres pois são considerados seus vetores
Tratamento
A pasteurelose não tem cura. A bactéria é eliminada por muitos antibióticos, porém são resistentes a Ampicilina e a Tetraciclina.
Botulismo é uma doença causada pela toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, é muito frequente nas criações de fundo de quintal devido ao hábito de fornecer sobras de comida caseira para as aves.
Forma de Contágio
Alimentação contaminada com a bactéria que causa o botulismo.
Sintomas
As aves que ingerem a toxina existente na matéria orgânica em decomposição apresentam um quadro de paralisia flácida e morte repentina.
Prevenção
No controle da doença deve-se evitar exatamente fornecer alimentação passível de desenvolver essas bactérias.
Tratamento
• Em galinhas e perus, deve-se diferenciar de intoxicações por ionóforos e da doença de Marek.
• Não existe tratamento prático e economicamente viável contra o botulismo.
A estafilocose aparece na forma difusa (septicemia) com mortalidade elevada, ou, na forma localizada, caracterizada por artrite e abscesso no coxim plantar, podendo afetar aves em qualquer idade.
Forma de Contágio
Cama, alimento, água, pele, vias respiratórias e digestivas, aerossóis, fezes e secreções contaminadas
Sintomas
Os animais perdem o apetite, apresentam prostração, febre, diarreia fétida, dificuldade de locomoção, artrite e edema na planta dos pés e pus amarelado nas articulações.
Prevenção
Higiene e desinfecção são as formas de controle mais eficazes contra a estafilococose.
Tratamento
Medicamentos à base de antibióticos
Borreliose é uma doença transmitida por carrapatos comum em criações de aves caipira. Doença infecciosa causada por espiroquetas do gênero Borrelia.
Forma de Contágio
Picada de carrapato da espécie Ixodes dammini
Sintomas
Palidez, anorexia, fezes esverdeadas e morte. O controle da doença consiste em eliminar os ectoparasitas, principalmente os carrapatos.
1º estágio ou fase aguda da doença, com lesões predominantemente cutâneas;
2º estágio da doença, no qual podem ocorrer manifestações articulares, neurológicas, cardíacas e oftalmológicas;
3º estágio doença, com quadros reumatológicos, neurológicos, oftalmológicos e cutâneos crônicos
Prevenção
Higiene e limpeza afim de eliminar a bactéria e os carrapatos causadores da doença.
Tratamento
A infecção pela B. burgdorferi pode evoluir para a cura espontânea ou para manifestações dos estágios iniciais da borreliose e/ou quadros tardios, com distúrbios neurológicos, cardíacos, oftalmológicos, articulares e cutâneos. Antibióticos auxiliam no tratamento
A mesma doença é chamada de psitacose quando afeta psitacídeos (papagaios, etc.), clamidiose quando afeta o homem ou outros mamíferos e de ornitose quando afeta aves não psitacídeas. A doença é muito grave de diagnóstico e tratamento difícil.
Forma de Contágio
Picadas de insetos como pernilongos e contato com fezes contaminadas.
Sintomas
Dificuldades respiratórias, gastroenterite e morte. Exige o máximo de cuidados no manuseio dos cadáveres e carcaças pois é altamente contagiosa.
Prevenção
• Cremação das carcaças contaminadas
• Via respiratória, por meio da aspiração de poeira contaminada por dejetos dos animais doentes ou portadores. Apesar de rara, é possível a transmissão via respiratória, de pessoa a pessoa, na fase aguda da doença.
Tratamento
Antibióticos a base de Doxiciclina e Eritromicina
A Tuberculose é causada pelo Mycobacterium avium, afetando principalmente aves adultas, principalmente as de criação caipira e de zoológico, sendo os suínos a fonte de contaminação da doença para as aves.
Forma de Contágio
Como os bacilos são eliminados nas fezes e nos ovos, podem constituir um grave problema de saúde pública.
Sintomas
Dificuldade respiratória, palidez e manqueira.
Prevenção
As aves identificadas como positivas para a contaminação da doença devem ser eliminadas e incineradas.
Tratamento
Não há tratamento
A Aspergilose é uma doença infecciosa das aves jovens em geral, provocada por fungos (mofo) e capaz de causar grande mortalidade.
Forma de Contágio
A contaminação pode ocorrer durante a eclosão dos ovos, nos ninhos, nas criadeiras ou até nas granjas (cama e alimentos).
Sintomas
Dificuldades respiratórias, respiração ofegante, sonolência, problemas do sistema nervoso, perda de apetite, perda de peso e aumento da sede.
Prevenção
O cumprimento rigoroso de procedimentos sanitários durante a incubação dos ovos irá minimizar os primeiros surtos. Ovos muito sujos ou quebrados não devem ser colocados para incubar. Isso evita o crescimento de bactérias e fungos.
Ovos sujos também podem explodir e espalhar esporos por todas as peças da chocadeira. Deve-se evitar qualquer vestígio de fungos nas instalações e principalmente na sacaria de ração ou cereais de alimentação.
Procure sempre comprar ração dentro do prazo de validade indicado na sacaria e armazene sempre em lugares isentos de umidade. Em caso de suspeita de contaminação, não forneça a alimentação às aves.
Tratamento
Não há um tratamento realmente eficaz para a doença, já que a grande maioria das vezes é fatal. Costuma-se tentar realizar o tratamento com antifúngicos, porém, na maioria das vezes não se tem sucesso.
A Coriza Infecciosa é uma doença respiratória aguda ou sub aguda que causa severa enfermidade respiratória em aves sobretudo quando a criação não conta com abrigo ou proteção adequada contra adversidades climáticas mais comumente em ambientes úmidos e com correntes de ar.
Forma de Contágio
Horizontal de ave para ave, aerossóis, moscas, água contaminada, fômites e animais portadores, a propagação é rápida e os sintomas não são imediatos, o que dificulta a contenção.
Sintomas
A coriza aviária é caracterizada pela ocorrência de secreção nos olhos e orifícios nasais dos animais, morbidade, mortalidade, diarreia, inapetência, balançar de cabeça, espirros, queda brusca de postura e em estágios avançados é comum o inchaço na cabeça com formação de bolhas de pus de cor esbranquiçada e endurecido.
Prevenção
Vacina, proteção das aves quanto a intempéries e condições impecáveis de higiene e sanidade e adoção do sistema "All in all out"(tudo dentro, tudo fora), ou seja não misturar lotes de animais.
Tratamento
O tratamento se dá por meio de antibióticos e quando feito adequadamente o resultado é 100% satisfatório.
A Coccidiose é uma doença causada por parasitas que provocam lesões nos intestinos, podendo variar desde pequenas irritações até lesões mais graves, com hemorragias e necrose, além de alta mortalidade. A coccidiose aviária é uma enfermidade causada por um protozoário do gênero Eimeria, que parasita as células intestinais destes animais.
Forma de Contágio
As aves se contaminam ao ingerir ovos (oocistos) maduros através da cama, ração ou água contaminados. Os oocistos são introduzidos na criação por equipamentos, homem, animais e insetos.
Sintomas
• Perda de peso, despigmentação e diarreia que varia de mucoide à sanguinolenta, penas arrepiadas e prostração.
• É considerada uma das doenças mais importantes na avicultura industrial, pois causa diarreia e enterite, resultando em uma diminuição da absorção de nutrientes. A galinha doméstica (Gallus gallus) é parasitada por sete espécies de Eimeria.
Prevenção
• Para controle e prevenção desta doença, além de um manejo adequado, desinfecção e limpeza do ambiente, é necessário o uso de anticoccidianos nas rações, ou então, utilização de vacinas.
• Existem dois tipos de vacinas, as vivas atenuadas e a virulenta, sendo que a primeira opção oferece maior segurança em relação à segunda opção.
Tratamento
Uso de drogas coccidiostáticas (Antibióticos específicos)
A Entero-Hepatite é uma doença é também chamada de cabeça negra dos perus ou histomoníase. Afeta principalmente perus jovens causando lesões necróticas nos cecos e fígado, com mortalidade elevada.
Forma de Contágio
Apesar de ser doença dos perus é importante estar alerta no caso de haver contato com essas aves e o plantel de galinhas.
Sintomas
Lesões necróticas (cianose) nos cecos e fígado em perus jovens, sangue nas faces de galinhas, com mortalidade elevada; apatia, falta de apetite, fraco desenvolvimento, diarreia.
Prevenção
Higiene, evitar misturas espécies, piso concreto e anti-histomonas.
Tratamento
Medicamentoso - Antibióticos
As verminoses são provocadas por diferentes formas de vida (parasitas) que usam os seus hospedeiros para retirar deles o seu sustento, afetando o desenvolvimento e a produção e levá-los até a morte.
Forma de Contágio
As endoparasitoses mais comuns pertencem a dois grandes grupos chamados cestódeos e nematódeos, este último é o que representa o maior impacto e também o mais frequentemente encontrado.
As ectoparasitoses mais frequentes são causadas por dermanissos, ornitonissos, sarna, carrapatos, percevejos, moscas e mosquitos.
Sintomas
Debilidade, morbidade, inapetência, palidez, sonolência, diarreia, atraso no crescimento, baixa postura, etc.
Prevenção
A Ectoparasitose pode debilitar as aves e predispô-las a outras doenças, portanto um controle efetivo deve ser feito pulverizando-se as instalações com inseticidas que tenham boa ação residual, evitando-se também a superpopulação de aves.
Tratamento
Um programa de vermifugação deve ser instituído periodicamente e, no caso de dúvidas, encaminhar as fezes ou o parasita para identificação.
A Diátese Exudativa é uma doença caracterizada pela deficiência nutricional
Forma de Contágio
A doença está relacionada com deficiência de vitamina E selênio.
Sintomas
As aves mostram-se com edemas e hemorragia de tecido subcutâneo nas regiões baixas do corpo.
Prevenção
Pode ser controlada adicionando-se antioxidante às rações e a reposição desses elementos.
Tratamento
Suplementação de Vitamina E e Selênio
A Encefalomácia Nutricional é uma doença caracterizada pela deficiência nutricional
Forma de Contágio
Deficiência de Vitamina E
Sintomas
As aves afetadas mostram-se com incoordenação motora, prostração e morte. As lesões se encontram principalmente no cerebelo, que pode estar aumentado de tamanho e com hemorragia.
Prevenção
A principal causa da doença é a deficiência de vitamina E que deve ser adicionada à água de beber e melhorar a qualidade de alimentação fornecida.
Tratamento
Suplementação de Vitamina E
O Raquitismo é uma doença causada por deficiência de cálcio, fósforo ou vitamina D
Forma de Contágio
Deficiência nutricional
Sintomas
Pode afetar o esqueleto como um todo, apresentando deformidades e baixa consistência.
Prevenção
Alimentação balanceada e suplementos minerais evitam esses sintomas. O sol também ajuda na recuperação e prevenção do raquitismo por favorecer a produção de vitamina D.
Tratamento
É uma doença carencial causada por deficiência de cálcio, fósforo ou vitamina D, podendo afetar o esqueleto como um todo, apresentando deformidades e consistência de borracha. Suplementos minerais além de boa alimentação evitam esses sintomas. O sol também ajuda na recuperação e prevenção do raquitismo.
As Micotoxicoses são doenças causadas por ingestão de alimentos contaminados por micotoxinas.
Forma de Contágio
A principal fonte de micotoxina para a ave é o milho e/ou a ração. As micotoxinas são produzidas por fungos, portanto qualquer aparência de contaminação (porções azuladas ou mofadas) no milho ou ração devem ser imediatamente descartadas;
Sintomas
As aves apresentam sintomas de palidez, pouco crescimento, diarreia, hemorragia, alteração nos ovos e morte.
Prevenção
Controle do aparecimento e proliferação de qualquer tipo de fungo. O desenvolvimento fúngico pode ser controlado pela secagem e armazenamento adequado do alimento e evitar oferecer alimentos vencidos ou úmidos.
Tratamento
• Remoção do alimento contaminado.
• Tratamento de infecções secundárias.
• Suplementação de proteínas, vitaminas e minerais.
A Ascite é uma doença que caracteriza-se por acúmulo de líquido na cavidade abdominal, relacionada com lesões hepáticas, cardíacas ou pulmonares
Forma de Contágio
Todas as condições que direta ou indiretamente reduzem o suprimento de oxigênio ou que aumentem a necessidade desse pelas aves, predispõem à ascite.
• Linhagens com rápido ganho de peso inicial
• Aves do sexo masculino
• Altitudes elevadas no local de criação
• Grandes oscilações de temperatura
• Ventilação inadequada nos galpões
• Estresse excessivo
• Elevados níveis de amônia e gás carbônico dentro dos aviários
• Doenças respiratórias
• Alimentos que promovam o aumento a pressão sanguínea, como o Cloreto de Sódio
• Elevados níveis nutricionais na ração.
Sintomas
• Os quadros de ascite nas criações caipiras estão associados com processos neoplásicos (doença de Marek ou Leucose Linfóide) ou com lesões de fígado por micotoxina.
• As aves mostram-se apáticas, apresentando crista e barbela arroxeadas e penas eriçadas.
• Com a evolução do processo, observa-se distensão do abdome e acúmulo de líquido claro (seroso), na cavidade abdominal.
• As aves apresentam dificuldade de locomoção, perda de peso e em poucos dias morrem.
Prevenção
Evitar todo processo que exija grande gasto metabólico excessivo de oxigênio (como por exemplo super-rações, muito comum na alimentação de Índio Gigante) e favorecer boa oxigenação do ambiente onde a ave está alojada, além de manter em dia o calendário de vacinação mínimo para sua região.
Tratamento
O controle da ascite, baseia-se em reduzir todas as condições que predisponham às aves a um quadro de deficiente oxigenação, seja pelo aumento da demanda ou pela redução do suprimento de oxigênio nos tecidos. Sendo assim, recomenda-se os seguintes cuidados:
• Não alojar frangos de corte machos em locais de altitudes elevadas, (acima de 1.500 metros)
• Não estimular excessivamente o crescimento corporal dos frangos, nas duas primeiras semanas de vida
• Observar o nível de Sódio na dieta. Na água são toleráveis níveis de até 50 ppm de Sódio para 14 ppm de Cloro, já na ração, deve permanecer de 0,16% a 0,20%
• Evitar o excesso de poeira no aviário, mantendo adequada ventilação
• Manter uniforme e adequada a temperatura interna do aviário, principalmente durante as três primeiras semanas das aves, evitando-se variações acima de 2oº C. Para tanto podem ser utilizadas as chamadas “estufas” ou cortinas suplementares. A temperatura ambiente junto aos pintainhos na primeira semana, deverá ser de 32º C, reduzindo-se 30º C a cada semana, até atingir 20º C na quinta semana de vida
• Reduzir as causas de comprometimento pulmonar tais como doenças respiratórias, aspergiloses, excesso de poeira, alta concentração de amônia (níveis abaixo de 11,00 ppm) e de monóxido de carbono (níveis abaixo de 70 ppm)
• Utilizar rações de boa qualidade
• A redução da densidade energética da ração também é recomendada, porém mudanças nos valores nutricionais devem ser analisados quanto ao ganho de peso final desejado, pois essa medida acarretará menor desempenho do lote.