Outreach
O que são supercondutores?
O que são imãs inusitados?
Em parte de meu trabalho, busco um entendimento microscópico acerca do funcionamento de imãs inusitados. Todos estados habituados com os imãs tradicionais, como por exemplo o imã de geladeira, que são atraídos por superfícies metálicas. Por trás dessa curiosa propriedade, está a exquisita sincronia na direção em que apontam os seus constituintes microscópicos. Podemos pensar no imã macroscópico como uma coleção muito grande de imãs microscópicos todos apontando uma mesma direção.
Em nosso grupo de pesquisa, buscamos entender imãs nos quais seus constituintes infinitesimais não apontam necessariamente em uma mesma direção no espaço. Se essas direções não mudam com o tempo, temos uma situação parecida com a de imãs tradicionais, embora sem uma manifestação macroscópica óbvia pois esses materiais não serão, de modo geral, atraídos por superfícies metálicas. Neste caso, precisamos desenvolver diagnósticos mais sofisticados para investigarmos qual alinhamento microscópico ocorre. Parte de nosso esforço se dá tanto no entendimento do padrão espacial desse alinhamento, quanto no desenvolvimento desses diagnósticos.
Uma outra classe de imãs também muito interessante, e ainda pouco explorada, é aquela na qual a direção dos imãs microscópicos muda no tempo mesmo para temperaturas próximas do zero absoluto. Esse é um comportamento intrigante porque essa constante mudança de direção, ou dinâmica, não pode ser entendida focando-se no comportamento independente de cada constituinte, mas precisamos entendê-la como um movimento sincronizado que depende de vários fatores como a temperatura e o material em questão. Esses sistemas são conhecidos como "imãs líquidos". Grande parte de nosso esforço está no seu entendimento microscópico e no desenvolvimento de diagnósticos para sua visualização em laboratório.