Género Lonchura

Introdução: este género conta, segundo as minhas pesquisas com mais de 30 espécies (cerca de 38 mais propriamente). No entanto a maioria delas é provavelmente desconhecida e se calhar algumas nem serão criadas em cativeiro ou nem existiram em número suficiente na natureza para que seja possivel coleter grande informação sobre as mesmas. Não obstante, o que me proponho com a criação desta pagina é divulgar, numa só página e de forma organizada, a máxima informação que me seja posivel adquirir sobre as espécies que compõem este género.

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classse: Aves

Ordem: Passeriformes

Família: Passeridae

Género: Lonchura

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Nome comum: Bengalim do Japão

Nome científico: Lonchura domestica

Origem: Domestica

Dimensões: 11/12cm

Ø Anilha: 2,5

Maturidade Sexual: 1 ano

Longevidade: ?

Distinção entre sexos: É uma tarefa, que em nada é fácil uma vez que não apresentam diferenças físicas entre os sexos. A melhor forma é tomar atenção a quando da muda da pena (aos dois meses de idade) pois durante este período os machos começam a experimentar as suas vocalizações; outra das formas é o teste da agulha; ou então só por ADN.

Características sociais: São aves extremamente pacatas que convivem em harmonia com outras aves independentemente do porte e da espécie. No entanto, devido ao facto de serem muito pacíficas, não é aconselhável mantelas em convivência com aves oportunistas e/ou conflituosas.

São aves muito sociáveis e como tal adoram viver em colónia, contudo, para fins de criação acaba por nem sempre dar bom resultado uma vez que todas as aves escolhem um só ninho de maiores dimensões onde se acomodam todos. Assim, para fins de criação é aconselhável manter casais separados em gaiolas de criação.

Alojamento: Uma vez que são aves que se adaptam com extrema facilidade podem ser mantidas em todo o tipo de espaços desde gaiolas de criação até aos amplos viveiros. São bastante resistentes as variações de temperatura e como tal podem passar os Invernos num aviário exterior necessitando apenas de dispor de um ninho para pernoitar. A vegetação, embora não seja indispensável, é apreciada e em certos casos podem mesmo construir o seu próprio ninho nesta.

Alimentação: A sua alimentação base é igual a maioria dos exóticos do seu porte. Consiste numa mistura de sementes para exóticos pequenos que deve ser complementada com espigas de milho paínço, papas à base de ovos, verduras e pequenos insectos vivos (em especial durante a criação). E como é imperativo para todas as aves o arenito para que posam satisfazer as suas necessidades digestivas.

Criação: Para os que pretende criar esta espécie, a melhor forma de o fazer é, tal como referido anteriormente, separa os casais e coloca-los em gaiolas de criação. Contudo num viveiro também se podem obter bons resultados desde que nele apenas exista um casal desta espécie em conjunto com outras espécies diferentes. No que toca à escolha de ninho, em regra tendem a optar pelo de maiores dimensões que tiverem à disposição. Os materiais utilizados na construção do ninho são as fibras de côco e fios de sisal. A postura é constituída por 5 a 7 ovos que são chocados, durante 14dias, por ambos os progenitores. Ao fim deste período os ovos eclodem e as crias são alimentadas por ambos os progenitores. Ao fim de aproximadamente 4 semanas a plumagem esta completa, e ao fim de 6 semanas de vida as crias estão já aptas a alimentarem-se sozinhas, podendo por isso ser separadas dos pais. Por estas altura os pais já estarão atarefados com a próxima ninhada sendo por isso aconselhável remover os jovens da gaiola uma vez que estes tendem a frequentar o ninho com regularidade o que pode estorvar a incubação da ninhada seguinte. .

Mutações: Esta espécie apresenta uma enorme panóplia de mutações quer cromáticas quer de plumagem. Nas cromáticas temos aves com marcas no ventre, aves sem marcas no ventre, e aves com marcas. No que respeita à plumagem, surgem aves com crista ou ainda aves de penas eriçadas.

No que respeita às mutações mais comuns é possível encontrar-se em quase todas as lojas de animais que possuam exóticos. Contudo no que respeita a mutações de maior qualidade, a melhor forma de as obter será contactando uma associação de criadores e procurar um criador da espécie.

Curiosidades: Esta espécie, resulta do cruzamento entre vários Lonchura, realizado, há décadas, por criadores japoneses. Este trabalho pode sem duvida ser louvado, uma vez que originou uma ave com uma característica pouco vulgar e ao mesmo tempo muito útil para muitos criadores de outras espécies de exóticos que é o facto de ser uma espécie capaz de adotar e criar, de forma irrepreensível, os ovos e/ou crias de outras aves que sejam colocadas no seu ninho.

Esta espécie é por isso conhecida pelos criadores como “madrasta”; muitos possuem-na apenas com esta finalidade: criar as aves de espécies que são mais despreocupadas com as suas crias ou que são muito desconfiadas com as movimentações nas imediações do ninho e que por isso o abandonam com facilidade.

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