Em regra todas as aves necessitam de proteínas animais, ou seja, na sua grande maioria, as aves, gostam e necessitam de alimentos vivos (pequenos insectos) para complementar a sua alimentação base e também para um bom desenvolvimento das crias. Mas tal como em todas as regras existem excepções como as famílias Psitacidae (aves de bico curvo) e Colombidae (pombos e rolas), e ainda os Canários, aves estas que não apreciam e não necessitam de alimentos vivos.
Existem variadíssimos tipos de insectos que é possível fornecer às nossas aves. Há insectos que é possível adquirir em lojas e há inclusive insectos que é possível fazer criação para ter sempre disponível em stock.
Eis alguns exemplos:
Insecto
Informação
São moscas em estado larvar.
Para quem pesca em água doce este nome não é, de certeza, estranho uma vez que é dos iscos mais apreciados pelos peixes.
Apercebi-me há bem pouco tempo que também é bastante apreciado pelos Exóticos e sobretudo pelos Melros.
Além disso, torna-se uma boa opção pois é fácil adquiri-lo em qualquer loja de pesca (por vezes pode ser necessário encomendar), é relativamente barato e não é necessário qualquer tipo de cuidado adicional. Basta guardar numa caixa na gaveta do frigorífico.
Nota: caso as aves não comam todas as larvas e estas fiquem no recipiente e sequem, ficando com uma cor negra e aparentando estar mortas, devem ser removidas pois após alguns dias eclodem as moscas.
Os bichos-da-farinha são dos alimentos vivos mais conhecidos pois são frequentemente usados para alimentar répteis de estimação e como isco para pesca.
Podem ser adquiridos em lojas de animais e colocados num recipiente tipo aquário, em plástico, para que possamos ter, em casa, a nossa própria reserva de bichos.
No recipiente onde colocamos os bichos da farinha devemos colocar, de vez em quando, alguns bocados de pão duro pois é o seu alimento.
Tal como os bichos da farinha, os grilos, são igualmente conhecidos por também serem um dos alimentos vivos que se usam na alimentação de repteis e aracnídeos de estimação.
Podem também ser adquiridos em lojas de animais e o modo de criação é idêntico ao dos bichos da farinha com uns cuidados extra: estes necessitam de um pequeno recipiente com água e em termos alimentares é necessária uma atenção quase diária.
há ainda a desvantagem de serem insectos um pouco irrequietos (saltam) e como tal serão mais indicados para aves de maior porte como melros, gaios e afins pois estas têm maior destreza na captura de insectos.
No que respeita a estes insectos a sua criação pode ser feita do seguinte modo:
A primeira fase é a construção de uma caixa de madeira em que um dos lados é de rede (malha muito fina) com as dimensões mínimas de 30x30x50 cm.
Para iniciar a sua criação é necessário capturar uma quantidade considerável destes insectos no campo (a melhor época do ano para o fazer será o verão) e em seguida coloca-los naquela caixa com uma disposição diária de verduras e mistura de farelo.
Numa criação de gafanhotos é aconselhável ter três grupos diferentes de caixas: uma para a reprodução, outra para a eclosão e um terceira para colocar os gafanhotos que vão ser utilizados na alimentação das aves.
Foto
Asticot
Bicho da Farinha
Grilos
Gafanhotos
Formigas de Asa
Vermes Brancos
Conhecidas pelos passarinheiros como isco para as armadilhas no outono, são as formigas com asas que surgem no outono, a quando das primeiras chuvas, e que têm a função de se dissipar com o intuito de formar novas colónias de formigas.
Todas as aves adoram este alimento e é comum ver-se as aves selvagens persegui-las em pleno voo chegando a capturar centenas.
Em construção...
Em construção...
Em construção...
Em construção...
São difíceis de criar. No entanto podemos apanhá-las no outono e acondiciona-las em condições semelhantes ás dos bichos da farinha, numa caixa de plástico, com uma mistura de serradura e farelo e algumas rodelas de cenoura e um pequeno recipiente com agua. Nestas condições, é possível durarem vários meses e, acima de tudo, manterem as asas.
Todas as aves africanas adoram estas formigas. E os tecelões chegam mesmo a sincronizar o seu ciclo reprodutivo com o aparecimento destas formigas, iniciando a construção do ninho quando começam a alimentar-se destas.
São vermes de forma cilíndrica, de pequenas dimensões cujo habitat é a matéria vegetal em decomposição. São fáceis de criar.
Inicialmente podemos obtê-los procurando por baixo de uma árvore morta ou de um vaso.
Em seguida, para mantê-los, basta dispormos de um balde ou vaso com terra de flores (substrato vegetal), colocar sobre essa terra uma fina camada de farelo e ir colocando semanalmente uma fatia de pão embebida em leite.
Os vermes reproduzir-se-ao muito rapidamente e é fácil remover alguns com uma colher para dar às aves.
Em construção...
Mosca da Fruta
A criação destes insectos é bastante fácil uma vez que se alimentam , tal como o seu nome indica, de fruta. É bastante comum a o aparecimento deste insecto nas nossas fruteiras.
Para a sua captura pasta colocar uma tira de fruta dentro de um frasco de vidro e de preferência exposto ao sol. Quando observar-mos, as pequenas moscas, no interior do frasco, tapamos o mesmo com uma gaze e deixamos ficar assim durante uma semana.
No decurso dessa semana, as larvas depositadas pelas moscas na fruta vão desenvolver-se e originar moscas. Em seguida basta abrir o frasco no viveiro.
Este método apresenta um inconveniente que é o facto de muitas das moscas fugirem e por isso poucas são capturadas pelas aves.
Em viveiros exteriores é ainda possível fazer uma cultura maior numa caixa de plástico tapada com uma rede cuja dimensão da malha permita a saída das moscas adultas, assim existe sempre um stock contínuo a disposição das aves no viveiro.
Frutas como pêra, banana ou casca de banana e melão são óptimas para criar estas moscas.
Em algumas situações podemos mesmo ter as caixas descobertas e deixar que as aves procurem as larvas e moscas no interior das mesmas, contando que para tal não podemos deixar a fruta criar bolores e outros tipos de fungos.
Em construção...