PROJETO EDUCAção sergipe conectada
LAGARTO - SERGIPE
Conheça os relatos selecionados do projeto Educação Sergipe Conectada, implementado em escolas da rede estadual e municipal do município de Lagarto.
Índice
Anos Iniciais do Ensino Fundamental
Neste registro você vai ver:
uso de recursos educacionais digitais (REDs) e estratégias de atendimento individualizado para a promoção da aprendizagem sobre sólidos geométricos.
Curso: Alfabetização e letramento por meio do Ensino Personalizado
Nome: Wanessa Santana Lima
Ano: 2° ano do Ensino Fundamental
Componente curricular: Matemática
Tema da aula: figuras geométricas
Escola: Escola Rotary Clube (rede estadual)
(EF01MA13) Relacionar figuras geométricas espaciais (cones, cilindros, esferas e blocos retangulares) a objetos familiares do mundo físico.
Identificar objetos com formas arredondadas e não arredondadas.
Conhecer os nomes e as características das figuras geométricas não planas (sólidos geométricos espaciais) – cubo, paralelepípedo, pirâmide, cone, cilindro e esfera.
Relacionar as figuras não planas (sólidos geométricos espaciais) aos diversos objetos existentes na natureza, em casa e em construções, entre outros.
Materiais
Celular com acesso à internet
Livro didático
Tesoura
Cola
Lápis
Borracha
Recursos digitais
WhatsApp
A adaptação para o ensino remoto exigiu que Wanessa Lima, professora da Escola Rotary Clube, em Lagarto, SE, usasse diferentes estratégias para promover a aprendizagem da turma de 2º ano. No início das aulas remotas, ela criou um grupo de WhatsApp com a família das alunas e dos alunos. O canal foi usado para o envio de atividades e dúvidas em geral. A comunicação individual foi o meio usado pelas crianças para compartilhar suas respostas e receber outras orientações relacionadas às atividades.
Para que os estudantes reconhecessem as figuras geométricas espaciais no dia a dia, a professora gravou um áudio explicando as comandas de atividades previstas e compartilhou-o com as famílias. A primeira delas era a construção de uma pirâmide, presente no livro didático.
Em outro momento, em uma videochamada realizada no Google Meet, ela apresentou um desafio à turma: achar peças em casa que se assemelhassem a figuras geométricas espaciais. Como muitas crianças não puderam participar no horário combinado, a estratégia foi enviar um novo áudio com as orientações para essa tarefa. Em seguida, a turma toda respondeu a questões sobre o tema elaboradas no Google Formulários.
Para Wanessa, um dos desafios desse período foi adaptar as atividades e fazer com que as crianças e as famílias usassem recursos digitais. Já o grande aprendizado foi utilizar as ferramentas digitais com intencionalidade pedagógica clara e específica. “É preciso ter clareza dos objetivos que se deseja alcançar e foco para trilhar os caminhos até esses objetivos. O novo e o desconhecido inicialmente trazem medo, mas, com o passar do tempo e através da prática, tudo se torna mais fácil de executar”, afirma a professora.
Primeira etapa
Atividade assíncrona
No grupo de WhatsApp da turma, a professora enviou áudios com as orientações referentes a todas as atividades a ser desenvolvidas. A primeira era a montagem de uma figura geométrica espacial, a pirâmide, com base em uma atividade do livro didático da coleção Aprender Juntos - Matemática - 2º ano.
Atividade síncrona
Em uma videochamada no Google Meet, da qual participou uma parcela da turma, a professora propôs um desafio: encontrar em casa objetos relacionados a cada sólido geométrico que ela solicitava. Quem mostrasse primeiro o objeto correto era o ganhador da rodada. Os sólidos solicitados foram: paralelepípedo, esfera, cubo e pirâmide.
Na finalização do encontro ao vivo, a professora enviou aos estudantes e a seus familiares um link com uma atividade criada no Google Formulários. Os exercícios foram elaborados em forma de teste. Depois que os alunos sinalizavam uma alternativa, eles já tinham acesso à devolutiva para saber se haviam acertado. As questões pediam, por exemplo, o reconhecimento de figuras planas e não planas, e a relação entre objetos do cotidiano e suas formas geométricas (como uma casquinha de sorvete).
Como muitas crianças não participaram da atividade síncrona, Wanessa gravou um novo áudio em que explicava aos demais estudantes a dinâmica proposta e como suas famílias poderiam apoiar na realização.
Segunda etapa
Atendimento individualizado
Ao analisar a atividade respondida por meio do formulário, Wanessa verificou que uma aluna não havia apresentado bom desempenho. Para apoiar em suas dificuldades, a professora fez uma chamada de vídeo e passou atividades de reforço de forma individual.
Anos Finais do Ensino Fundamental
Neste registro você vai ver:
uso de aplicativos e de um jogo virtual em aula para trabalhar habilidades motoras e capacidades físicas durante as atividades remotas.
Curso: Melhoria dos Índices de Letramento a Partir da Aula Enriquecida com Tecnologia
Nome: Juliana Silva Leite
Ano: 6º ano do Ensino Fundamental
Componente curricular: Educação Física
Tema da aula: jogos eletrônicos
Escola: Escola Estadual Doutor Evandro Mendes
(EF67EF01) Experimentar e fruir, na escola e fora dela, jogos eletrônicos diversos, valorizando e respeitando os sentidos e significados atribuídos a eles por diferentes grupos sociais e etários.
(EF67EF02) Identificar as transformações nas características dos jogos eletrônicos, em função dos avanços das tecnologias, e nas respectivas exigências corporais colocadas por esses diferentes tipos de jogos.
Compreender o significado de tecnologia e jogos eletrônicos e os benefícios e os malefícios que eles podem trazer para a sociedade.
Vivenciar jogos eletrônicos em casa, compartilhando-os com os colegas da escola de forma virtual.
Materiais
Computadores, notebooks ou smartphones com acesso à internet
Cartolinas ou tapetes coloridos, ou outros materiais para criar placas usadas num jogo
Recursos digitais
Jogo do movimento
WhatsApp
Atenção, concentração, agilidade, coordenação e ritmo. Essas são as habilidades necessárias para vencer o Jogo do Movimento, jogo eletrônico criado pela professora Juliana Silva Leite e por alguns colegas. Além desse game, ela apresentou aos estudantes do 6º ano uma sequência de atividades como forma de estimulá-los a fazer exercícios físicos, discutir diferentes usos dos jogos eletrônicos e repensar o uso das tecnologias durante o ensino remoto.
Juliana se comunica com as alunas, os alunos e suas famílias pelo grupo de WhatsApp. Por lá, ela pediu a eles que assistissem a uma videoaula sobre jogos eletrônicos – disponível no repositório de aulas on-line do governo de Sergipe – e respondessem a perguntas feitas no Google Formulários. A correção coletiva dessa atividade de aquecimento ocorreu em uma aula síncrona, ministrada por meio do Google Meet. A professora compartilhou um quadro virtual feito no Padlet, no qual as alunas e os alunos deram sua opinião sobre os benefícios e malefícios dos jogos, além de falarem sobre os recursos digitais e aplicativos a que têm acesso.
Após essa problematização, chegou a hora de experimentar o Jogo do Movimento. Pelo WhatsApp, a professora mandou as instruções sobre o game, que consiste em uma sequência de atividades mostradas em vídeo e baseadas em cores e comandos, como “pule com a cor amarela”. Segundo Juliana, as alunas e os alunos compreenderam o conteúdo e participaram ativamente da aula. Com a experiência, além de criar games, a professora aprendeu a utilizar diversos recursos metodológicos. Os estudantes, por sua vez, se exercitaram de forma consciente. “O jogo virou febre. Um dos alunos que fizeram a atividade tem transtorno do espectro autista. As famílias também participaram e até estudantes do 9° ano”, comemora a professora.
Ações prévias
A professora Juliana e colegas das redes pública e particular de Lagarto desenvolveram um game, batizado de Jogo do Movimento, para estimular as atividades físicas em casa, durante o isolamento social. O jogo é uma sequência de ações mostradas em vídeo, realizadas com a utilização de um tipo de tabuleiro, que pode ser confeccionado com cartolinas ou tapetes coloridos.
Sensibilização
Para introduzir o tema sobre jogos eletrônicos, Juliana passou via WhatsApp o link de um vídeo disponível no repositório de aulas on-line do estado de Sergipe. Nele são abordados o conceito de jogos e seus benefícios e malefícios. Para avaliar a compreensão da turma, a professora elaborou um formulário no Google Formulários.
Aula síncrona
Durante uma aula no Google Meet, Juliana abriu um mural no Padlet, no qual fez a correção coletiva da atividade enviada pelas alunas e pelos alunos via Google Formulários. Depois a turma discutiu sobre os prós e os contras dos jogos eletrônicos.
Feito isso, a professora propôs o desafio: o Jogo do Movimento. Dividido em fases, o jogo propõe aos estudantes que eles façam atividades físicas e movimentos à medida que avançam de fase. No vídeo a seguir, a professora explica os procedimentos e como jogar em casa.
![](https://www.google.com/images/icons/product/drive-32.png)
Nem todos os estudantes participaram da aula síncrona, por falta de acesso à internet. Através de mensagens no grupo de WhatsApp, porém, quem perdeu a aula no Google Meet teve acesso às regras do jogo e sanou dúvidas com a professora.
A partir dessa experiência, os estudantes jogaram individualmente e com as famílias, utilizando materiais que tinham em casa. Os vídeos e instruções do jogo também foram compartilhados com outras turmas e com a comunidade escolar, fazendo com que o Jogo do Movimento se espalhasse, engajando muitos alunos.
Neste registro você vai ver:
uso de aplicativo para revisão e verificação de aprendizagem em atividade de língua inglesa.
Curso: Melhoria dos índices de letramento a partir da Aula Enriquecida com Tecnologia
Nome: Sandra Costa Pereira
Ano: 6º ano do Ensino Fundamental
Componente curricular: Língua Inglesa
Tema da aula: revisão de personal language e personal presentation
Escola: Escola Estadual Dom Mario Rino Sivieri
(EF06LI17) Construir repertório lexical relativo a temas familiares (escola, família, rotina diária, atividades de lazer, esportes, entre outros).
Relacionar perguntas e respostas e reproduzir falas.
Desde o início das atividades remotas, a professora Sandra Costa Pereira, da Escola Municipal Adelina Maria de Santana Souza, em Lagarto, SE, trabalhou com a turma de 6° ano usando o WhatsApp para enviar atividades e conteúdos das aulas de língua inglesa. Ao planejar a revisão e a verificação da aprendizagem sobre personal language e personal presentation, ela elaborou exercícios usando a ferramenta Flippity.
Pelo WhatsApp, Sandra enviou às alunas e aos alunos as orientações para a realização da tarefa e o link para acessá-la. A professora também disponibilizou um vídeo com as explicações necessárias, que ela gravou usando o aplicativo Google Play Games. No exercício feito no Flippity, organizado em flashcards, ela incluiu perguntas como “What’s your first name?” (Qual é o seu primeiro nome?) e as respostas correspondentes. A turma podia ouvir as perguntas, responder a elas no caderno e verificar se haviam respondido corretamente quando viravam o flashcard.
A professora destaca seu aprendizado no uso dos recursos tecnológicos durante a realização da atividade. “Foi um desafio aprender a utilizar as ferramentas em um curto espaço de tempo.” Quando as aulas presenciais retornarem, Sandra acredita que vai usar as tecnologias de maneira mais efetiva. “Em contato direto com a turma, será mais simples dar as orientações para a realização das atividades.”
Ações prévias
Antes de propor a atividade, Sandra assistiu a vídeos que explicavam o funcionamento das ferramentas que utilizaria. Depois, elaborou os exercícios e gravou um vídeo explicativo, usando o Google Play Games. Ela usou o WhatsApp para enviar às alunas e aos alunos as orientações e o link para acessar a atividade.
Cartões no Flippity
A turma já conhecia o Flippity, usado durante a aprendizagem de outros conteúdos, como o verbo to be. Usando flashcards, ela criou dez cartões que continham perguntas como “What’s your first name?” (Qual é o seu primeiro nome?) e “What’s your nickname?” (Qual é o seu apelido?) e as respostas correspondentes. Os estudantes podiam escutar os áudios com as perguntas quantas vezes fosse necessário.
Sandra deu oito dias de prazo para a realização dos exercícios e solicitou aos estudantes que enviassem áudios das perguntas e respostas a fim de que ela verificasse a pronúncia e a estrutura das frases. Nesse período, ela ficou disponível pelo WhatsApp para tirar dúvidas e receber os áudios. Eles também mandaram pelo WhatsApp seu feedback sobre a atividade.
Ensino Médio
Neste registro você vai ver:
estudo do conteúdo de citologia por meio da Rotação por Estações.
Curso: Protagonismo do Aluno e Distorção da Idade-Série por Meio do Ensino Híbrido
Nome: Hugo Fraga de Almeida
Ano: 3º ano do Ensino Médio
Componente curricular: Biologia
Tema da aula: citologia
Escola: Escola Estadual Doutor Evandro Mendes
(EM13CNT201) Analisar e discutir modelos, teorias e leis propostos em diferentes épocas e culturas para comparar distintas explicações sobre o surgimento e a evolução da vida, da Terra e do Universo com as teorias científicas aceitas atualmente.
Reconhecer a célula como unidade básica estrutural e funcional dos seres vivos.
Identificar a estrutura básica das células.
Distinguir os principais tipos de célula.
Materiais
Celulares
Quadro branco
Apagador
Canetas
Lápis grafite e de colorir
Caderno
Folhas de papel sulfite
Livros didáticos:
Biologia - Série Novo Ensino Médio, Wilson Paulino, Editora Ática, 2010; Biologia - Ensino Médio, volume único, J. Laurence, Editora Nova Geração, 2008
Biologia, volume único, César da Silva Junior e Sezar Sasson, Editora Saraiva, 2011
Recursos digitais
Fontes de pesquisa: Infoescola (Citologia), Toda Matéria (Citologia: resumo, células e organelas) e Educa Mais Brasil (Citologia)
A Rotação por Estações foi a metodologia escolhida pelo professor de biologia Hugo Fraga de Almeida, da Escola Estadual Doutor Evandro Mendes, em Lagarto, SE, para trabalhar, com a turma de 3º ano do Ensino Médio da Educação de Jovens e Adultos, o que são as células, suas estruturas e seus principais tipos.
O professor começou explicando aos estudantes como funciona a metodologia. Os alunos foram divididos em três grupos. Nas três estações montadas pelo professor, as tarefas eram as seguintes: pesquisar o tema em sites confiáveis, pesquisar em livros e desenhar uma célula. Depois de passarem pelas três estações, as alunas e os alunos, individualmente, apresentaram suas descobertas aos colegas.
Hugo observou que o uso da metodologia resultou em maior participação da turma. “A troca de informações e conhecimento entre as alunas e os alunos aumentou de forma prática e contextualizada.” O professor destaca, além de maior socialização e interação, o fato de as alunas e os alunos terem sido protagonistas de seu aprendizado, capazes de resolver, sozinhos ou coletivamente, situações postas em seu dia a dia.
Ações prévias
Ao trabalhar as células, suas estruturas e os principais tipos, o professor Hugo planejou uma atividade de Rotação por Estações. Para tanto, selecionou sites confiáveis e livros para pesquisa.
Aula presencial
Hugo explicou a metodologia e as atividades às alunas e aos alunos, e lhes disse como eles seriam avaliados: pela produção de um desenho que reproduzisse uma célula e suas funções e pela explicação dessas funções aos colegas. O professor então dividiu a turma de 45 estudantes em três grupos e informou a todos que eles passariam pelas três estações, permanecendo em cada uma delas por dez minutos. As atividades eram as seguintes:
Estação 1: realizar pesquisas em sites confiáveis, indicados pelo professor ou pelos membros do grupo, usando os próprios celulares. Discutir com os colegas as informações obtidas e anotá-las no caderno.
Fontes sugeridas:
Infoescola: Citologia
Toda Matéria: Citologia: resumo, células e organelas
Educa Mais Brasil: Citologia
Estação 2: realizar pesquisas sobre citologia em livros, discutir com os colegas as informações obtidas e anotá-las no caderno.
Livros disponibilizados pelo professor:
Biologia - Série Novo Ensino Médio, Wilson Paulino, Editora Ática, 2010.
Biologia - Ensino Médio, volume único, J. Laurence, Editora Nova Geração, 2008.
Biologia, volume único, César da Silva Junior, Editora Saraiva, 2011.
Estação 3: fazer o desenho de uma célula em papel sulfite, com base nas imagens dos sites e dos livros.
Hugo passava nos grupos orientando e fazendo intervenções quando necessário. Depois que todos realizaram as atividades previstas nas três estações, o professor pediu a eles que fossem à frente da sala e mostrassem os desenhos aos colegas, trocando informações sobre as descobertas feitas.
O professor avaliou a apresentação, observando se os desenhos tinham todas as estruturas celulares e se os estudantes conseguiram explicar quais eram suas funções.
TODAMATÉRIA. Lana Magalhães. Citologia. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/citologia/#:~:text=A%20Citologia%20ou%20Biologia%20Celular,do%20microsc%C3%B3pio%20s%C3%A3o%20fatos%20relacionados
EDUCA+BRASIL. Citologia. 2018. Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/citologia
PAULINO, W. R. Biologia. Série Novo Ensino Médio. Volume único. São Paulo: Ática, 2010.
LAURENCE, J. Biologia. Ensino Médio. Volume único. São Paulo: Nova Geração, 2008.
SILVA JUNIOR, C.; SASSON, S. Biologia. Volume único. São Paulo: Saraiva, 2011.