PROJETO EDUCAção gaúcha conectada
CACHOEIRA DO SUL - RIO GRANDE DO SUL
CACHOEIRA DO SUL - RIO GRANDE DO SUL
Conheça os relatos selecionados do projeto Educação Gaúcha Conectada, implementado em escolas da rede estadual e municipal do município de Cachoeira do Sul.
Neste registro você vai ver:
estratégias de Ensino Híbrido nos processos de alfabetização e uso de tecnologias para a Educação Inclusiva.
Curso: Ensino Híbrido
Nome: Paula Brendler Camargo
Ano: 1° ano do Ensino Fundamental
Componente curricular: Língua Portuguesa
Tema da aula: Alfabetização
Escola: Escola Municipal de Ensino Fundamental Manoel Carvalho Portella
(EF01LP05) Reconhecer o sistema de escrita alfabética como representação dos sons da fala.
(EF01LP07) Identificar fonemas e sua representação por letras.
(EF01LP09) Comparar palavras, identificando semelhanças e diferenças entre sons de sílabas iniciais.
Identificar as letras do alfabeto.
Montar seu nome e os nomes das crianças do grupo.
Materiais
Notebooks
Quebra-cabeça com letras do alfabeto
Alfabeto móvel
Fantoches
Livro O aniversário do Seu Alfabeto
Recursos digitais
Softwares da coleção Fono na Escola
Para promover a alfabetização e a inclusão, e criar vínculo entre as alunas e os alunos de uma sala de 1º ano, Paula Brendler Camargo, professora da sala de recursos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Manoel Carvalho Portella, de Cachoeira do Sul, RS, planejou uma atividade em que fez uso de Metodologias Ativas e tecnologias. “Tecnologias e estratégias diferenciadas na sala de aula me interessam muito. Optei por fazer o curso pensando em contribuir com atividades que favorecessem a interação de alunos com deficiência em sala de aula”, conta Paula.
A turma tem dezoito estudantes, dois deles com deficiência: uma menina com transtorno do espectro autista (TEA) associado a um quadro de hiperatividade e um menino com deficiência intelectual. O objetivo de Paula com esses alunos era fazer com que ambos pudessem identificar as letras do alfabeto e, principalmente, interagir com os colegas durante a realização de atividades. As estratégias que ela escolheu para a aula foram o modelo de Rotação por Estações e o uso de recursos digitais, como um software para alfabetização, e de materiais como o alfabeto móvel.
Durante a aula, a professora contou, usando fantoches, a história O aniversário do Seu Alfabeto, de Amir Piedade. Depois ela dividiu a turma em três grupos e montou três estações na sala. Na primeira havia três notebooks em que estavam instalados o software da coleção Fono na Escola, com uma atividade para que as crianças completassem palavras com as letras iniciais. Na segunda estação havia cartões com as letras do alfabeto desenhadas, e recortes em formato de letras, para que os alunos fizessem o pareamento entre as versões impressas e as recortadas. Na terceira ficaram disponíveis letras móveis para a montagem dos nomes das crianças. Em sistema de rodízio, os grupos passaram pelas três estações.
Para que realizassem as atividades, os alunos com deficiência foram acompanhados por uma monitora.
Paula afirma que a dinâmica interessou às crianças e promoveu a interação entre elas. “Vi a alegria e a euforia da turma envolvida em uma abordagem diferenciada; todas e todos participaram das estratégias e práticas lúdicas trabalhadas naqueles espaços”, comemora. Ela afirma, porém, que foi desafiador pôr em prática a Rotação por Estações, considerando a preparação prévia, a organização dos materiais para todas as rodadas e a comunicação com os alunos sobre o tempo disponível para realizar as atividades de cada estação.
Atividade de Rotação por Estações
Ações prévias
Paula montou na sala três estações e, em cada uma, colocou os materiais necessários para a atividade.
Aquecimento
A professora usou fantoches para contar história do livro O aniversário do Seu Alfabeto, de Amir Piedade. A narrativa aborda os preparativos para uma festa em homenagem ao personagem central da obra para a qual todas as letras são convidadas. Depois separou a turma em grupos de seis integrantes e os convidou a passar pelas estações. Foi estipulado o tempo de quinze minutos para cada estação. Terminado o tempo, os alunos que tinham concluído se dirigiam à estação seguinte. Alguns demoraram um pouco mais, pois queriam concluir a atividade.
Atividades
Estação 1
Em três notebooks em que estava instalado o software Fono na Escola, as crianças tinham de arrastar as letras iniciais do nome de algumas figuras para o local indicado.
Estação 2
Com imagens das letras desenhadas em cartões e recortes no formato dessas letras, os alunos deveriam fazer o pareamento entre as duas formas de representação da mesma letra.
Estação 3
Com um alfabeto móvel, as alunas e os alunos deveriam montar seu próprio nome e o dos colegas.
Enquanto cada grupo trabalhava nas estações, a professora se deslocava entre eles observando, incentivando a interação entre as crianças e sanando as dificuldades apresentadas.
A avaliação se deu por meio da observação durante as atividades. Paula considerou a participação das alunas e dos alunos, a interação entre eles e os conhecimentos demonstrados por cada um no que se refere à identificação das letras e à escrita dos nomes.
Como fechamento da atividade, a professora pediu às crianças que fizessem uma roda para compartilhar suas impressões sobre a atividade e falar sobre o que mais gostaram. Ela propôs também uma autoavaliação, na qual as crianças comentaram como lidaram com os desafios e as dificuldades durante a realização das tarefas.
Neste registro você vai ver:
elementos do Ensino Baseado em Projetos para trabalhar conversão de números em porcentagens e construção de gráficos sobre Covid-19 no município durante o ensino remoto.
Curso: Ensino Baseado em Projetos e Introdução à Cultura Maker
Nome: Márcio Ricardo da Silva Haetinger
Ano: 8° ano do Ensino Fundamental
Componente curricular: matemática
Tema da aula: porcentagem, razão e proporção e regra de três
Escola: Escola Estadual de Ensino Médio Coronel Ciro Carvalho de Abreu
(EF08MA12) Identificar a natureza da variação de duas grandezas, diretamente, inversamente proporcionais ou não proporcionais, expressando a relação existente por meio de sentença algébrica e representá-la no plano cartesiano.
Verificar se o avanço de casos de Covid-19 é direta ou inversamente proporcional à passagem do tempo e identificar se há uma constante de proporcionalidade.
Interpretar dados e construir gráficos relacionando grandezas.
Materiais
Computadores e celulares
Calculadoras
Papel tamanho A1
Réguas
Canetas
Marcadores
Tesouras
Recursos digitais
Vídeos Razão, proporção e porcentagem e Razão e proporção - parte II
Textos A matemática do coronavírus e Decifrando o Coronavírus, entenda os gráficos e dados sobre a pandemia
Ferramentas Google (Sala de Aula e Meet)
A pandemia causada pelo novo coronavírus serviu de mote para uma atividade de matemática proposta por Márcio Ricardo da Silva Haetinger, da Escola Estadual de Ensino Médio Coronel Ciro Carvalho de Abreu, em Cachoeira do Sul, RS. Aproveitando que a turma do 8º ano estava estudando porcentagem, razão e proporção e regra de três, o professor pediu às alunas e aos alunos que construíssem um gráfico que mostrasse o avanço no número de casos de Covid-19 no município.
As informações tiveram como base informativos da prefeitura divulgados na conta do Instagram @prefeituradecachoeiradosul. Previamente ao encontro síncrono, para que os estudantes se familiarizassem com o tema razão e proporção, o professor pediu a eles que assistissem a dois vídeos do YouTube. Eles também leram dois textos que relacionavam a matemática ao coronavírus. Todos os materiais foram disponibilizados no Google Sala de Aula e deixados em versão física na escola (para os alunos sem acesso à internet).
Durante a aula, Márcio explicou aos estudantes como converter razão em porcentagem e como transformar os números que mostravam a variação na quantidade de casos em porcentuais. Eles fizeram algumas atividades desse tipo e criaram gráficos simples a fim de praticar a técnica. Depois, cada um construiu um cartaz com um gráfico que relacionava as informações sobre o avanço da Covid-19 no município com o intervalo de tempo analisado, indicando, no plano cartesiano, se havia proporcionalidade entre as grandezas.
O professor considerou um desafio possibilitar às alunas e aos alunos produzirem o gráfico e o cartaz a distância, mas comemora os resultados. “A turma aprendeu a fazer a conversão de valores em porcentuais e a interpretar e criar gráficos, e se mostrou motivada a produzir materiais visuais sobre um tema tão atual e que afeta a vida de todos.”
Ressalta-se, por fim, na atividade desenvolvida, a concentração de elementos relevantes do Ensino Baseado em Projetos: abordagem de tema de interesse dos alunos, uso de problemas reais e autênticos, criação de um artefato (cartaz) e etapa de avaliação do trabalho com feedback do professor para aprimoramento do artefato.
Ações prévias
Ao planejar a aula, o professor Márcio reuniu dados referentes aos números de casos de Covid-19 no município. Além disso, pesquisou vídeos sobre razão e proporção e textos que abordavam a matemática e o coronavírus. Antes da aula síncrona, Márcio também pediu às alunas e aos alunos que assistissem aos vídeos Razão, proporção e porcentagem e Razão e proporção - parte II e lessem os textos A matemática do coronavírus e Decifrando o Coronavírus, entenda os gráficos e dados sobre a pandemia. Os materiais foram postados no Google Sala de Aula.
Atividades síncronas
Em uma aula realizada por meio do Google Meet, o professor trabalhou o tema porcentagem, razão e proporção e regra de três. Márcio explicou às alunas e aos alunos como converter razão em porcentagem e como transformar os números em porcentuais. Os estudantes fizeram algumas atividades desse tipo e criaram gráficos simples com exemplos da aula, a fim de praticar a técnica.
Márcio apresentou à turma, então, informes oficiais com os números de casos de Covid-19 em Cachoeira do Sul para que cada um construísse seu cartaz com o gráfico. Mais um encontro síncrono foi realizado, durante o andamento do projeto, para que os estudantes pudessem sanar dúvidas.
Para concluir, os cartazes, chamados de portfólios neste projeto, foram apresentados ao professor em uma última aula síncrona, quando as alunas e os alunos receberam feedbacks individuais sobre o trabalho desenvolvido. Márcio ainda aproveitou o momento para verificar a aprendizagem dos estudantes com perguntas sobre o tema estudado. Suscitado pela turma, o tema sobre fake news e a confiabilidade das informações também foi discutido.