Com o preto e branco e todas as gamas de cinza, porém, posso me concentrar na densidade das pessoas, suas atitudes, seus olhares, sem que estes sejam parasitados pela cor”.

 Sebastião Salgado

Sebastião Salgado

 “Compramos a câmera e eu peguei aquela câmera e quando eu coloquei nos olhos, eu vi a relação que eu comecei a ter com todas as coisas através da lente e eu te juro que a minha vida mudou naquele momento”  

Salgado

 

Sebastião Salgado é um renomado fotógrafo que iniciou sua carreira em 1970, com a câmera fotográfica de sua esposa Lélia, “quando eu encontrei a fotografia fez uma invasão na minha vida, a primeira fotografia que eu fiz foi a Lélia sentada em uma janela em uma casa que foi emprestada pra gente no mês de junho de 1970”.

O fotógrafo iniciou sua carreira como fotojornalista na agência  Sygma. Posteriormente, trabalhou nas agências Gamma e Magnum,  e no jornal New York Times. Um marco em sua carreira foi ser o único profissional a fotografar o atentado ao presidente norte-americano Ronald Reagan, o que lhe deu destaque internacional. A partir do reconhecimento por seu trabalho, passou a registrar diversas realidades ao redor do mundo. 

 Em 1986, Salgado publica o livro ”Outras Américas”, com fotografias que representavam as condições de vida dos camponeses e indígenas da América Latina. No mesmo ano publicou a obra “Sahel: O homem em Agonia”, com retratos da região Sahel, na África, com registros da devastação causada pela seca. Entre 1986 e 1992, o fotógrafo produziu a série “Trabalhadores”, em que documentou o trabalho árduo de homens e mulheres no exercício de sua atividade com poucas ou, muitas vezes, nenhuma condição de saúde, direitos ou mesmo dignidade. Nessa obra encontramos a série: Trabalhadores de Serra Pelada, que, mais tarde, se transformou em: GOLD. 

O ano de 1994 foi marcado pela fundação da agência de imprensa fotográfica “Amazonas Images”, por Sebastião e Lélia, com o intuito de gerenciar e publicar seus trabalhos. As obras “Êxodos” e “Gênesis” foram lançadas entre os anos 2000 e 2013. Em seguida, Sebastião Salgado trabalhou em um projeto em conjunto  com a UNICEF e OMS, obra em que documentou uma campanha mundial para a erradicação da poliomielite.

Um de seus últimos projetos foi a obra que retrata os indígenas na "Amazônia", título dado à obra.