Riqueza vai, o prejuízo fica
GARIMPO NO BRASIL
A prática da garimpagem é antiga, no Brasil teve início ainda no período colonial, desempenhando um importante papel na formação econômica e social do país. Nos anos de 1700 e 1800, o ouro era minado principalmente em Minas Gerais e em Mato Grosso, o que afetou diretamente a formação econômica dos estados.
Com a instituição da República, no final do século XIX, o garimpo foi regulamentado, fato que dividiu as opiniões, pois enquanto alguns perceberam a oportunidade de progresso, outros temiam seus impactos ao meio ambiente.
Em meados dos anos 80, o garimpo ganhou força na Amazônia e em outras regiões do país. Porém, a atividade passou a ser uma das principais preocupações ambientais do país, principalmente devido aos danos que ele causa ao meio ambiente e à saúde das pessoas. A atividade também está associada a problemas sociais e conflitos fundiários.
Após a sanção da Lei de Proteção da Mata Atlântica (Lei nº 12.651, de 31 de agosto de 2012), o garimpo na região tem sido mais restrito e a sua legalização tem sido debatida pelo governo federal e por organizações ambientalistas.
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Foto Mapa 01
Por ser uma terra rica em minérios, o potencial extrativista coloca o território brasileiro em destaque no cenário mundial. Nesse contexto, é possível observar que a área explorada no país saltou de 31 mil hectares, em 1985, para 206 mil hectares, em 2020. Fato é que a garimpagem está associada a uma série de questões complexas, como desmatamento, poluição de rios e degradação dos solos, devido às técnicas de extração.
O problema maior se dá quando entendemos que o aumento na produção da mineração industrial, licenciada, não seguiu o mesmo índice do aumento nacional, sendo assim, é possível constatar um aumento considerável da prática do garimpo ilegal.
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Foto Garimpo 01
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Foto Garimpo 02
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Foto Garimpo 03
GARIMPO ILEGal
O garimpo ilegal é uma das principais preocupações relacionadas à exploração mineral no Brasil, especialmente em regiões protegidas e em territórios indígenas, gerando tensões entre garimpeiros e locais, além de problemas ambientais. Isso porque é uma prática que não segue as leis, dessa forma não se sabe a quantidade de ouro retirada, também não há restrições quanto ao tamanho da área explorada, além de não haver nenhum tipo de fiscalização, então o impacto é enorme.
Essa prática é especialmente grave na Amazônia, com uma série de impactos ambientais, como a contaminação das águas dos rios, prejudicando a vida aquática; destruição da vegetação natural, devastada para achar os minérios; erosão, pois durante a mineração, acontece a remoção da primeira camada do solo, levando à degradação; poluição do ar gerada pelo uso de maquinaria pesada e explosivos poluentes, afetando a qualidade do ar e a saúde humana.
Além dos impactos ambientais citados, há também prejuízos sociais como o deslocamento forçado das comunidades locais, muitas vezes obrigadas a deixar áreas tomadas ilegalmente para extração. O êxodo traz consigo o aumento da pobreza e da marginalização. Outra questão importante que deve ser avaliada é o fato de que a ilegalidade é a causa da exploração dos trabalhadores, que atuam em condições precárias, recebendo baixos salários, mesmo se sujeitando a trabalhos perigosos.
Além de todas as consequências negativas elencadas, esse crime está associado a outras práticas ilegais, como a grilagem de terras, a exploração ilegal de madeira e a caça furtiva.
Disponível em: https://www.greenpeace.org/brasil/blog/garimpo-ilegal-quais-sao-os-impactos-e-prejuizos-deste-crime/
Foto garimpo 04
Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/garimpo-ilegal-aproveita-falta-de-fiscalizacao-do-governo-brasileiro-para-expandir-atividades/
Foto garimpo 05
Regulamentar o garimpo e combater a extração ilegal tem sido uma prioridade do governo federal, visando conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental e o respeito aos direitos das comunidades indígenas e locais. No entanto, a luta contra essa atividade continua a ser um desafio, devido a diversas dificuldades, como a extensão territorial em que acontece e o envolvimento de grupos criminosos.