A CASA

A casa que abriga o Museu foi construída por volta de 1820 pelo Vereador Francisco Xavier da Luz para servir como morada de sua família. Tem arquitetura tipicamente luso-açoriana.

As paredes externas, com cerca de 50 centímetros de espessura, foram construídas com pedaços de pedra grês em tamanhos variados. As paredes internas com a técnica de “estuque” ou “pau-a-pique”, que é a madeira trançada e preenchida com barro, podendo ser vista na visitação em função de sua exposição planejada quando da reforma da casa.

Em 1873, o magistrado de carreira Francisco Antônio Vieira Caldas foi nomeado Juiz municipal de Santo Antônio da Patrulha, vindo de Sergipe com a família e nesta casa fez sua residência. Foi aqui que seu filho Francisco Antônio Vieira Caldas Júnior cresceu e aprendeu as primeiras letras.

Todas as janelas da construção têm características da época, ou seja, as aberturas de madeira ficam para dentro e são complementadas por duas partes de pequenos vidros por fora. A casa também possui o assoalho totalmente de madeira.

Ao fundo o Museu abriga o Jardim do Imperador, um espaço agradável e convidativo. Possui exemplares de diversas árvores nativas da região. Local ideal para receber grupos e realizar atividades educativas a céu aberto. Em destaque, a majestosa “Palmeira Imperial”. Conta-nos a lenda que essa espécie com mais de 20 metros de altura foi presente do Imperador D. Pedro I que teria plantado a palmeira como símbolo de sua passagem por Santo Antônio da Patrulha. Também em destaque o “anão de jardim”. Referência em arte na região, essa obra representa a figura de um guarda para avisar que a casa é bem guarnecida. Típico costume de época das tradicionais famílias.