AS CAVALHADAS

As Cavalhadas são uma demonstração de habilidade, agilidade e destreza de cavaleiros; uma encenação de lutas entre mouros e cristãos. Originam-se nos torneiros medievais, onde nos períodos de paz os cavaleiros organizavam jogos de passatempo que eram altamente apreciados pela nobreza, em terras próximas ao castelo.

Conforme a tradição oral, as Cavalhadas vêm de Carlos Magno e os torneios que os “Doze Pares de França”, realizavam nos momentos de descanso, entre lutas empreendidas.

Fazem parte das Cavalhadas dois grupos cada (azuis - Cristãos e vermelhos - Mouros): dois Máscaras ou Palhaços, um Espia e sua Mulher, a Sofia (um homem vestido de mulher), dois Porta-estandartes, um Mouro e outro Cristão (menino entre 9 a 13 anos), a Princesa Moura (menina de 9 a 11 anos) e os Pajens (ajudantes). Os Máscaras correm assustando as crianças dentro e fora do campo, o Espia e a Sofia fazem o reconhecimento da praça. Os demais cavaleiros tomam posição básica na praça. Cada grupo enfileirado coloca-se, num extremo do campo, em seus respectivos Castelos: à direita, os corredores Mouros, com um Embaixador, um Guia, um Contra Guia, o Porta-estandarte e a Princesa Floripa; à esquerda, corredores Cristãos também com um Embaixador, um Guia, um Contra Guia e o Porta-estandarte.

O auto em si consta de dois grandes momentos:

No Brasil, correm Cavalhadas, desde 1564, com características peculiares. Em geral acontece durante as festas do Divino e do Padroeiro local.

As Cavalhadas são registradas em vários Estados da nossa Federação, sendo que, aqui no Rio Grande do Sul, esta não se apresenta da mesma forma, pois há grupos que se apresentam pilchados e não com o vestuário original desse auto.

No fim do período da Revolução Farroupilha, por volta de 1845, já se corriam Cavalhadas em Santo Antônio da Patrulha. Este fato folclórico era realizado na Cidade Alta (hoje Avenida Borges de Medeiros e na praça Júlio de Castilhos).

Uma das características marcantes das “Cavalhadas” é que esta apaixona os seus conhecedores, encanta e fascina, os que a veem, pela primeira vez.

Texto acervo da Fundação Museu Antropológico Caldas Júnior. 

Extraído de “Cavalhadas em Santo Antônio da Patrulha” de Lézia Maria Cardoso de Figueiredo e Ruth Maria Bueno Bernardes.

Museu e SECTE lançam Exposição Virtual sobre Cavalhadas

Organizadores esperam receber imagens de corredores ou personagens das Cavalhadas

Com a expectativa de realização do evento CAVALHADAS no mês de dezembro, o Museu Caldas Júnior e a Secretaria da Cultura, Turismo e Esportes estão lançando uma Exposição Virtual junto ao endereço eletrônico gg.gg/museusap (site do Museu).

Para que a exposição atinja o seu objetivo de resgate histórico-cultural, serão recebidas imagens de corredores e/ou personagens das CAVALHADAS pelo e-mail: museucaldasjunior@gmail.com ou pelo Whatsapp (51) 99160-3549. Como há necessidade de imagens com boa resolução, o Museu Caldas Júnior coloca-se à disposição para digitalização, se for o caso. 

Segundo a presidente do Museu, Rosalva Rocha “esta exposição servirá não somente para relembrar os personagens que fizeram história no município, como também para enriquecimento do acervo”.

A Lei Municipal nº 9.758, de 22 de agosto de 2023, declara as Cavalhadas integrante do Patrimônio Cultural do município de Santo Antônio da Patrulha.

A exposição poderá ser visitada a partir do endereço https://sites.google.com/polosap.com.br/museuantropologicocaldasjunior/exposi%C3%A7%C3%B5es-virtuais/corredores-personagens-das-cavalhadas/fotos?authuser=1

CAVALHADAS

Torneio hípico. Encenação de lutas entre mouros e cristãos. Conforme tradição oral, a Cavalhada vem de Carlos Magno e dos torneios que os “Doze Pares de França” realizavam, nos momentos de descanso entre as lutas empreendidas. O município de Santo Antônio da Patrulha é reconhecido pela riqueza, esmero e fidelidade à indumentária usada pelos guerreiros. Fazem parte das Cavalhadas dois grupos de doze cavaleiros cada, mais a Floripa (única mulher na Cavalhada), mais a Sofia (mulher do Espia) e os dois palhaços.