Grande Oeste SC - P01

A região turística conhecida como Grande Oeste é uma das mais selvagens de Santa Catarina, território que se estende até a fronteira com a Argentina e tem como base econômica a agropecuária. A paisagem campeira, adornada por cascatas e cachoeiras predomina em praticamente todos os municípios, onde a maioria da população é inferior a 10 mil habitantes. Chapecó é o principal centro urbano e polo econômico da região, colonizada por filhos e netos de imigrantes italianos e alemães, oriundos principalmente do Rio Grande do Sul. As atrações são variadas, desde o turismo rural, a variedade gastronômica e as festas típicas, à museus e atividades ligadas aos esportes de aventura. 

Observatório do Turismo de SC

O projeto Abraçando SC estava parado desde junho de 2020... pandemia, mudanças, outras viagens, acabei dando uma pausa grande. Mas tudo sem sua hora, e agora retornei.

Já de saída vou dizer que não foi uma boa hora, verão!!! Não é de perto a minha melhor estação para viajar, muito quente, sofrível, mas mesmo assim encarei o desafio.

Estava faltando o Oeste catarinense, e um ou outro município pingado no caminho, assim fiz um roteiro de três dias aproveitando bem o tempo. O maior problema é que só para chegar no Oeste, de Blumenau, já são 400km de largada. Por outro lado os municípios são muito próximos, em média 15km um do outro.

Terça, 24 jan 23, 7h peguei a BR470 sentido oeste. Me surpreendi pois estava bem mais tranquilo do que de costume, e também deram uma boa recuperada na pista, o que torna bem mais prazerosa a viagem (e segura). Céu lindamente azul e a temperatura estava até agradável, uns 25 graus.

As primeiras paradas foram em dois municípios da região Serrana que ficaram faltando para finalizar a mesorregião, Ponte Alta do Norte e São Cristovão do Sul.

Igreja Nossa Senhora da Luz, Ponte Alta do Norte

Acho que se tratava da Prefeitura de Ponte Alta do Norte

Alguns municípios são bem desleixados, a Prefeitura muitas vezes é tão feia que prefiro só registrar a Igreja, que normalmente é mais cuidada.

Prefeitura de São Cristovão do Sul

Matriz de São Cristovão do Sul

Quem já rodou pelo oeste sabe a encrenca que é fica atrás de um caminhão desses!!!

SC é responsável por quase 30% da produção suína brasileira, é o primeiro do Brasil e produção, e o oeste é a principal região.

Em Campos Novos saí da BR470 acessando a BR282, que segue cruzando o oeste catarinense. Logo depois de Joaçaba parei para almoçar em um restaurante de estrada, com comida bem caseira. Mais a frente parei em Catanduvas, depois Vargem Bonita e Ponte Serrada.

Paróquia N. Sra. Aparecida e Sagrado Coração de Jesus, Vargem Bonita

Paróquia Santo Antônio e Prefeitura de Ponte Serrada

Em Ponte Serrada entrei na SC154 para chegar ao município de Passos Maia, 13km de ida e depois retornar para a BR282 para continuar os demais municípios. Nem sempre é possível fazer um roteiro ligando as cidades sem passar pelo mesmo caminho, como gosto. Algumas cidades tem somente um acesso asfaltado e outros que sozinho não dá para arriscar fazer.

Paróquia São Jorge, Passos Maia

Retornando a BR282 parei em Vargeão, depois em Faxinal dos Guedes e parei para abastecer em Xanxerê que foi o maior município que visitei nesse roteiro.

Igreja Matriz e ao lado a Prefeitura de Faxinal dos Guedes

Xanxerê é a quinta maior cidade do oeste catarinense. Importante comentar que o oeste catarinense tem boa parte da sua ocupação feita por  imigrantes gaúchos.

Igreja Matriz de Xanxerê

De Xanxerê subi rumo norte pela BR480 parando em Bom Jesus e depois em Ipuaçu.

Igreja Matriz de Bom Jesus

Igreja Matriz de Ipuaçu

Prefeitura de Ipuaçu

De Ipuaçu retornei até Bom Jesus para entrar pela SC155 até Ouro Verde. Região realmente muito fértil, tem feijão plantado a se perder de vista.

Retornando até a SC155 segui até o último município do dia, Abelardo Luz. Um lugar que já imaginava ser especial, mas mesmo assim me surpreendeu!

Logo que entrei na cidade tentei localizar as quedas do Rio Chapecó, mas da estrada nada vi, a não ser o rio pois se passa por uma ponte, que depois vi ser antes das quedas. Entrei em um beco de terra e encontrei dois guris, figuras, falantes e muito prestativos. Me deram dicas de como me enfiar no mato e ver o salto sem precisar pagar para ir no parque hehe.

Mas pdi o caminho do parque, que depois entendi ser também um hotel muito legal, o Quedas Park Hotel.

O Parque Quedas do Rio Chapecó que tem o Hotel anexo são de propriedade particular, assim para entrar no parque se paga uma taxa de R$ 15,00. Mas para quem se hospeda no hotel já tem direito a usar todo o complexo, que inclui também trilhas, quiosques para churrasco etc.

Como já cheguei perto das 17h30 fui para o quarto trocar de roupa e aproveitar o lugar. Estava bem quente, uns 35 graus.

Primeiro fiz uma trilha que levava até uma cascata sensacional, ops, tudo por ali era sensacional. Uma caminhada de mais ou menos 1km por uma estradinha de terra e depois mato a dentro até chegar na cascata escondida no mato. Dali retornei pela mesma trilha e depois segui até o parque, outra maravilha.

Depois de caminhar uns 3km de lombas retornei ao quarto para tomar um banho e ir jantar. Outra boa surpresa! Pedi um nhoque de banana da terra ao quatro queijos... Sensacional! Acomanhado de uma cervejinha bem gelada.

Na quarta cedinho fui tomar o café com uma vista de fazer inveja, depois pegar estrada novamente.

Retornei sentido Ipuaçu mas por um trecho de terra para cortar caminho, logo depois já na BR480 vi uma plava indicando prainha, fui lá olhar, bonito local as margens do Rio Chapecó.

Represa Santa Luzia

Igreja Matriz de São Domingos

Pela BR480 parei em São Domingos e depois entrando por uma via municipal até Coronel Martins, uma pequena e muito bonita cidade.

Prefeitura de São Domingos

Ainda percorrendo a BR480 segui para Galvão, Jupiá e São Lourenço do Oeste, já bem na divisa com o PR.

Prefeitura de Galvão

Igreja Matriz de Galvão

Prefeitura de Jupiá

Igreja Matriz de Jupiá

Igreja Matriz de São Lourenço do Oeste, muito bonita

De São Lourenço do Oeste segui 12km pela SC157 até Novo Horizonte, retornei e entrei na SC305, a pior estrada do roteiro, estava muito judiada. Passei numa comunidade que até achei ser São Bernardinho, chingando, pois era sú buraco trás de buraco. Mais a frente vi uma placa indicando a via para São Bernardino.

Somente perto de Campo Erê que a via melhorou a navegabilidade. Campo Erê também está bem na divisa com o PR e foi a cidade mais a oeste que fiz nesse roteiro.

Igreja Matriz de Campo Erê

Desci então pela SC160 sentido sul passando por Saltinho, entrando para Bom Jesus do Oeste, Serra Alta, Sul Brasil e Modelo, para depois retornar até a BR282.

Igreja Linha São Roque, Campo Erê

Bom Jesus do Oeste

Prefeitura de Sul Brasil

Igreja Matriz de Modelo

Na BR282 novamente passei por Pinhalzinho, cidade maior, bem organizada, depois em Nova Erechim. Acessei a BR159 passando por Águas Frias, União do Oeste, Jardinópolis, Irati, Formosa do Sul e chegando em Quilombo pela SC157. Ali tinha uma atração que já havia mapeado a muito tempo, o Salto Saudades.

Prefeitura de Pinhalzinho

Igreja Matriz de Pinhalzinho

Prefeitura de Nova Erechim

Igreja Matriz de Águas Frias

Igreja Matriz de União do Oeste

Igreja Matriz de Jardinópolis

Comunidade Linha Barrinhas

Praça e Igreja Matriz de Irati

Depois de registrar o centro de Quilombo, já 16h30, me desloquei até o Salto saudades, por uma estrada de terra de 18km, bastante cascalhada, mas tranquila.

O Salto é mais uma das belezas do Rio Chapecó, o local tem uma estrutura que estava fechado por ser dia de semana imagino. Valeu a visita, fotos e filmagens.

Segui para o menor município de SC, Santiago do Sul, fundada em 1994 tem cerca de 1400 habitantes. Se tem igreja Matriz, não encontrei ;)

Retornei para Quilombo e procurei um hotel, mas ninguém soube indicar, então decidi rodar mais um pouco no dia.

Um pouco depois de sair da cidade, em um posto de combustível tinha o Hotel Gaspari, bem simples, beeemmm simples mesmo hehe

Anexo uma lanchonete do próprio hotel, bem tipo boteco de caminhoneiro, que tinham muitos. O Oscar, dono serviu uma forma de torresmo, para quem estava por ali, delícia. Tomei uma cerva e pedi um PF (prato feito) de arroz, feijão, bife e ovos. Depois cama!

Quinta-feira, dia de retorno, missão quase cumprida. Ainda tinha umas pequenas cidades que faria um desvio para chegar, mas confesso estar cansado, o calor realmente me quebra, então decidi deixar para a outra passagem pelo oeste. Ainda no caminho passei por Coronel Freitas

Igreja Matriz de Coronel Freitas

Igreja Matriz Cordilheira Alta

Igreja Matriz de Xaxim

Prefeitura de Xaxim

Paintball #sqn

vaca... e um touro

37 municípios, 1500km em três dias