“As ferramentas e tecnologias digitais atuais proporcionam aos indivíduos meios mais poderosos de criar, além de compartilhar criações, do que anteriormente não era possível”.
Martin (2015)
O movimento Maker se baseia na fabricação digital de alta tecnologia e possibilita que pessoas comuns explorem a capacidade que antes só as grandes fábricas tinham de criar qualquer coisa. Uma característica desses novos produtores é a personalização (GOMES, 2016).
São necessários ambientes propícios para essas atividades, esses são conhecidos como espaços Makers, Fab Lab, abreviação do inglês para Fabrication Laboratory, “laboratório de fabricação”, hackerspaces é um dos nomes dado a esses espaços que são laboratórios de criação.
Estes espaços abrigam atividades coletivas que buscam a construção e a difusão de formas alternativas de cultura material.
Os makerspaces, segundo Taylor (2016), são espaços sociais com oficinas abertas que disponibilizam diversas ferramentas e equipamentos, possibilitando o desenvolvimento de projetos individuais ou colaborativos para que pessoas com diferentes habilidades e interesses comuns possam colaborar e aprender uns com os outros.
Quanto as ferramentas de um espaço maker, geralmente há uma mistura entre equipamentos de alta e baixa tecnologia. As máquinas mais comuns de se encontrar em espaço maker são: Impressora 3D, Cortadora Laser, Scanner 3D, Cortadora de Vinil, entre outras. E quanto as ferramentas de baixa tecnologia, normalmente se encontram os materiais de papelaria, marcenaria e/ou, ainda, costura. Todos esses equipamentos ficam expostos para que os usuários saibam o que possuem a sua disposição (WEBB, 2018).
Laboratórios de fabricação digital é uma denominação utilizada para designar de forma mais abrangentes os espaços instalados em ambientes educacionais formais ou fortemente conectados a eles, geralmente atrelados a um departamento específico dentro das instituições que, segundo Celani (2012) visam à pesquisa, desenvolvimento, ensino e produção de modelos. Estes laboratórios se diferenciam dos fablabs por não possuírem vínculo com o Fab Foundation e não seguir as regras impostas de abertura para comunidade e participação ativa na rede, porém em algumas IES os laboratórios são denominados fablabs por pertencerem à rede (ex: Fablab São Paulo/ USP).
FabLab é uma plataforma técnica de prototipagem para o aprendizado, invenção e inovação, que, segundo Troxler (2014), foi criado originalmente para desenvolver o empreendedorismo local, mas tem sido adotado também em escolas como plataformas para aprendizado baseado em projetos. Os fablabs estão conectados a uma comunidade global de estudantes, educadores, técnicos, pesquisadores e makers pelo compartilhamento do conhecimento em rede.
Os hackerspaces são formados por pessoas envolvidas com eletrônica e programação e funcionam como laboratórios comunitários, seguindo a ética hacker. Os fablabs se diferenciam dos demais espaços maker por apresentar requisitos básicos, tais como: abertura do espaço para comunidade em parte do tempo, participação ativa na rede de fablabs e compartilhamento de conhecimento, arquivos e documentação. Troxler (2014) considera dois tipos de fablabs: os hospedados em escolas, Universidades, centros de inovação, organizações de desenvolvimento regional, alojado e/ou apoiadas pelas autoridades governamentais e associações culturais e os de base fundados por indivíduos e grupos independentes, os quais buscam suas receitas através de subsídios, patrocinadores, taxas de adesão ou venda de serviços.
“Uma das coisas mais importantes da educação mão na massa é fazer com que o professor preste mais atenção no processo do que no produto, o que é mudança de paradigma muito grande em relação à educação tradicional, que olha para a prova, que é o produto "
(Blikstein, 2015)