6°B

Felipe Scopel
Isabela Barros
Juliana Sartori
Júlia Morgado
Marcos Paulo Bassi
Pedro Tocunduva

Nesse semestre, estudamos culturas indígenas, mais especificamente o povo Baniwa. Escolhemos como tema de nosso tecido a pimenta porque ela é um elemento muito importante em diversos aspectos da cultura dessa etnia.

Em nossa pesquisa, percebemos que ela é usada de forma medicinal, também descobrimos que é incluída no ritual de passagem da infância para a fase adulta como forma de proteção e fortalecimento do corpo. A pimenta também está presente na alimentação, sendo cultivada e comercializada pelo povo Baniwa.

Felipe Adler
Fernanda Raposo
Lia Haller
Luisa Lima
Vitor Ramos

No nosso trabalho sobre os peixes da região em que vivem os Baniwa, descobrimos que eles servem para alimentação e também fazem parte das crenças do povo. Estudando os peixes, aprendemos sobre a cultura geral desse povo. Lemos mitos que contam sobre o surgimento e a forma como vivem os tucunarés, traíras, pacus, acarás e jacundás. Vimos que as crianças aprendem a respeitar os peixes desde pequenas, pois seus pais ensinam os significados por meio dessas histórias, que apresentam os peixes como animais especiais e com a vida parecida com a dos humanos.

Gabriela Pout
Giulia Genovesi
Gustavo Serrano
João Pedro Gesteira
Julia Chicayban
Thiago Lopes

Nosso trabalho foi feito a partir de três mitos Baniwa sobre o rio. Temos seis matrizes grandes e seis pequenas que, juntas, formam uma história que conta sobre o nascimento dos rios e dos peixes. No começo, havia apenas ondas, depois surgiram os primeiros peixes através da peixe mãe e outros acontecimentos narrados nas histórias. Em seguida, temos as casas dos peixes se formando (que é o próprio rio) e as festas celebradas por eles. Nossas matrizes representam a peixe mãe por meio de uma cauda, as casas em forma de rio e uma imagem que representa a festa dos peixes. O princípio de tudo está presente na imagem de ondas. Em um dos mitos que lemos, alguns peixes surgem a partir de um irmão que foi punido pela desobediência ao irmão mais velho. As partes de seu corpo foram se transformando em peixes, restando apenas sua cabeça (nesse mito ela sobrevive, pois passa a fazer parte do corpo do irmão mais velho), que também está representada em nossa última matriz.

Ana Clara Dantas
Gustavo Kenzo
Helena Caetano
Luiza Guimarães
Rafael Villela 

O tecido é composto por 10 matrizes: as 5 pequenas são organizadas em sequência e rodeiam o tecido formando uma borda. As outras 5 matrizes maiores também foram organizadas em uma sequência e ocupam o centro do tecido. Cada imagem desse conjunto representa uma cestaria tradicional Baniwa, como o balaio, o tipiti, o urutu, o jarro e a peneira. Cada uma tem um formato específico e uma ou mais funções no cotidiano Baniwa, usadas na agricultura, na caça, no transporte, no armazenamento de alimentos e também como decoração.

António Barreto
Diego Wolf
Isabella Morais
Leonardo Marinho
Maria Fernanda Teixeira
Paola Valentina

Nosso trabalho conta sobre o mito Baniwa chamado "A origem dos cabeçudos". A história conta sobre um menino que é raptado por uma sucuri que mora dentro da água. Seu pai vai salvá-lo com a ajuda de um boto usando um arco e flecha para matar a cobra. Após retornar para casa, o menino não estava diferente, só queria saber de tomar banho. Este trecho do mito conta como a história continuou:


"O pai não sabia mais o que fazer e disse para ele:

— Meu filho, vejo que você não quer mais viver junto conosco, então, pode ir para onde quiser.

O filho respondeu:

— Sim, pai, vou embora daqui, mas a futura geração me verá.

Depois de pronunciar essas palavras, ele caiu na água de vez e se transformou no pai dos cabeçudos (nome dado a algumas espécies de peixe). O pai do menino ainda lhe perguntou:

— Como irá criar seus filhos?

— Irei criar na terra, porque o senhor me criou na terra.

É por isso que o cabeçudo põe seus ovos na terra, em praias longe da água.

E assim foi. O pai dos cabeçudos teve seus filhos e determinou que, quando eles ficassem grandinhos, iriam viver na água, sempre de dois em dois, macho e fêmea. Para outro filho disse:

—- Vou te pintar e te deixar aqui na terra, porque foi aqui que meu pai me criou. Tu serás lento e fraco, mas esse será o teu jeito.

Esse passou a ser o jabuti, que ficou de vez na terra."

(Narrador: Alberto Antônio Lourenço – Tradutor: João Florentino da Silva)

Por isso, nossa estampa apresenta a ordem da história com imagens do jabuti, do arco e flecha, da cobra e da água.


* No dia dia da fotografia, nem todos os autores estavam presentes, infelizmente. Entretanto, os trabalhos tiveram a participação de todos os alunos.