Dandara dos Palmares
Fonte: https://www.intercept.com.br/2019/06/03/dandara-luisa-mahinDandara dos Palmares (século XVII – 1694) foi uma das grandes líderes do Quilombo dos Palmares, em Alagoas, junto com Zumbi. Ela lutou bravamente na defesa do quilombo contra os ataques dos colonizadores e também ajudou a organizar a vida da comunidade, criando estratégias de sobrevivência, cultivo de alimentos e resistência. Hoje, é lembrada como símbolo da luta contra a escravidão e da força das mulheres negras na história do Brasil.
Maria Quitéria
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biografia/maria-quiteria.htmMaria Quitéria (1792 – 1853), nascida na Bahia, ficou conhecida por sua coragem na Guerra da Independência do Brasil. Para poder lutar, disfarçou-se de homem e entrou para o exército, mostrando grande habilidade e determinação nas batalhas. Foi a primeira mulher oficialmente reconhecida como integrante do Exército Brasileiro, quebrando barreiras numa época em que as mulheres não tinham espaço nas forças armadas e se tornando símbolo de bravura e patriotismo.
Bertha Lutz (1894 – 1976), nascida no Rio de Janeiro, tornou-se uma das maiores referências do feminismo no Brasil. Bióloga de formação e também atuante na política, teve papel fundamental na luta pelos direitos das mulheres, sobretudo no movimento sufragista, que assegurou o direito ao voto feminino em 1932. Defensora da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no trabalho, na educação e na vida pública, deixou um legado essencial para a cidadania feminina no país.
Nise da Silveira
Fonte: https://jornalggn.com.br/cultura/110-anos-da-doutora-nise-da-silveira-uma-psiquiatra-rebelde/Nise da Silveira (1905 – 1999) foi uma psiquiatra inovadora do Rio de Janeiro. Em uma época em que os tratamentos para transtornos mentais eram extremamente violentos, como choques elétricos e lobotomias, ela recusou-se a utilizá-los. Em vez disso, apostou na arte — pintura, escultura — e na convivência com animais como formas terapêuticas. Seu trabalho humanizou a psiquiatria brasileira e evidenciou o potencial criativo de pessoas diagnosticadas com transtornos mentais. Nise da Silveira demonstrou que sensibilidade e humanidade podiam transformar a medicina, inspirando gerações de mulheres a ocupar espaços científicos e de liderança.
Maria da Penha
Fonte: https://brasil.un.org/pt-br/139554-lei-maria-da-penha-completa-15-anos-promovendo-o-enfrentamento-da-viol%C3%AAncia-baseada-noMaria da Penha (1945 – ) nasceu em Fortaleza e transformou sua dor em luta. Sobreviveu a duas tentativas de feminicídio cometidas pelo marido e dedicou-se a combater a violência doméstica. Sua história inspirou a criação da Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, que reforçou a proteção das mulheres brasileiras contra a violência. Tornou-se uma referência de coragem e resistência, promovendo avanços significativos na defesa dos direitos femininos.
Cleópatra
Fonte: https://www.todamateria.com.br/cleopatra/Cleópatra (69 a.C. – 30 a.C.), nascida no Egito, foi a última faraó do país e uma das líderes mais influentes de sua época. Conhecida por sua inteligência, diplomacia e capacidade estratégica, negociou com líderes romanos como Júlio César e Marco Antônio, mantendo a autonomia do Egito em um período de grande instabilidade. Como mulher em uma sociedade dominada por homens, demonstrou habilidade política e militar, tornando-se um símbolo de liderança e poder feminino na história.
Joana d’Arc
Fonte: https://santo.cancaonova.com/santo/santa-joana-darc-camponesa-guerreira-e-santa/
Joana d’Arc (1412 – 1431), nascida na França, tornou-se um ícone de coragem e determinação ao liderar tropas francesas na Guerra dos Cem Anos contra os ingleses. Camponesa de origem humilde, desafiou os papéis tradicionais de gênero da época e assumiu posição de liderança militar. Sua trajetória mostrou que mulheres podem ter protagonismo em momentos decisivos da história, tornando-se um símbolo de bravura, fé e força feminina.
Marie Curie
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Marie_CurieMarie Curie (1867 – 1934), nascida na Polônia, foi uma cientista pioneira nas pesquisas sobre radioatividade e a primeira mulher a receber um Prêmio Nobel, conquistando dois: um em Física e outro em Química. Curie desafiou as barreiras de um ambiente científico predominantemente masculino, abrindo caminho para que outras mulheres ocupassem espaços na ciência. Sua vida e conquistas são lembradas como exemplo de perseverança, talento e liderança feminina.
Rosa Parks
Fonte: https://www.ihu.unisinos.br/categorias/605511-a-tenacidade-e-a-fe-de-rosa-parksRosa Parks (1913 – 2005), nascida nos Estados Unidos, tornou-se um símbolo do movimento pelos direitos civis ao se recusar a ceder seu assento a um homem branco em um ônibus segregado. Seu ato de resistência desencadeou mudanças sociais e legais importantes contra a discriminação racial. Como mulher negra, enfrentou preconceitos duplos, demonstrou coragem e inspirou outras mulheres a lutar por igualdade, justiça e direitos humanos.
Malala Yousafzai
Fonte: https://revistaeducacao.com.br/2020/09/10/malala-yousafzai-livros/Malala Yousafzai (1997 – ), nascida no Paquistão, é ativista pelos direitos à educação e à igualdade de gênero. Sobreviveu a uma tentativa de assassinato do Talibã por defender a educação de meninas e tornou-se a mais jovem vencedora do Prêmio Nobel da Paz. Sua trajetória internacional a transformou em símbolo global da luta feminina, demonstrando que meninas e mulheres têm direito à educação e à liberdade de exercer seus talentos e ideias.
O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, é uma data marcada por lutas e conquistas significativas. Sua origem remonta ao final do século XIX e início do XX, quando mulheres trabalhadoras enfrentavam condições precárias, jornadas exaustivas e baixos salários. Embora a data tenha sido oficializada pela ONU em 1975, sua construção histórica começou muito antes.
Em 1857, operárias têxteis de Nova York organizaram uma greve em busca de melhores condições de trabalho, mas foram brutalmente reprimidas. Em 1908, trabalhadoras do comércio de agulhas também se mobilizaram, reivindicando o direito ao voto e o fim do trabalho infantil. Um dos eventos mais marcantes ocorreu em 1911, quando um incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist Company resultou na morte de 146 trabalhadores, a maioria mulheres, devido à falta de segurança no local.
Outro momento crucial foi o protesto “Pão e Paz”, na Rússia, em 1917, quando cerca de 90 mil operárias marcharam exigindo melhores condições de vida e trabalho, contribuindo para a Revolução Russa. Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, a ativista Clara Zetkin propôs a criação de um dia dedicado à luta das mulheres, ideia que foi adotada em diversos países.
A oficialização do 8 de março como Dia Internacional da Mulher pela ONU, em 1975, consolidou a data como símbolo da luta contra a desigualdade de gênero, o machismo e a violência contra as mulheres. Hoje, além de celebrar conquistas, a data reforça a necessidade de continuar lutando por direitos iguais e respeito, lembrando que a jornada pela igualdade ainda está em andamento.
Membros da Liga Sindical Feminina de Nova York, Estados Unidos, em protesto.
Fonte: https://www.nationalgeographicbrasil.com/historia/2023/03/por-que-o-dia-da-mulher-e-celebrado-em-8-de-marco