SITUAÇÃO ATUAL
SITUAÇÃO ATUAL
A desigualdade de gênero continua sendo um problema estrutural em diversas partes do mundo, afetando áreas cruciais como o mercado de trabalho, a educação, a política e a segurança. Apesar de alguns avanços, os desafios persistem e exigem ações concretas para a promoção da equidade.
No mercado de trabalho, as mulheres ainda enfrentam barreiras significativas. No Brasil, a taxa de desemprego entre mulheres é de 8,7%, enquanto entre homens é de 5,7%. Mulheres negras e pardas sofrem ainda mais, com índices de desemprego acima da média nacional. A disparidade salarial também permanece alarmante: em média, mulheres recebem menos que homens em funções equivalentes.
A violência e o assédio contra mulheres constituem questões graves que afetam diretamente sua segurança e bem-estar. Um estudo recente revelou que 50,3% das médicas oncologistas no Brasil já sofreram assédio moral e 24,7% foram vítimas de assédio sexual. Entre homens, esses índices são significativamente menores, evidenciando a vulnerabilidade feminina em diferentes ambientes profissionais. A desigualdade também se manifesta de forma preocupante em algumas cidades brasileiras: Paranaguá (PR), por exemplo, foi classificada como a pior cidade para mulheres devido à alta taxa de feminicídio e à baixa representatividade feminina. Além disso, 85% das cidades brasileiras apresentam níveis preocupantes de desigualdade de gênero, demonstrando que, apesar dos avanços em direitos e políticas públicas, ainda há obstáculos significativos a superar.
No cenário global, relatórios indicam que, no ritmo atual, podem ser necessários 137 anos para eliminar completamente a pobreza entre mulheres e meninas. Erradicar a desigualdade de gênero não é apenas uma questão de justiça social, mas também de desenvolvimento econômico. Segundo o Banco Mundial, reduzir essas disparidades poderia elevar o PIB global em mais de 20%, já que muitas mulheres ainda enfrentam barreiras para empreender e acessar oportunidades em condições de igualdade.
Apesar dos desafios, avanços estão em curso. Reformas legais e políticas públicas voltadas à equidade de gênero vêm sendo implementadas em diversos países, ampliando o acesso das mulheres à educação, à saúde e às oportunidades profissionais. Contudo, é essencial que esses esforços sejam contínuos e eficazes para garantir um futuro mais igualitário.
Nesse contexto, o Portal TSE Mulheres se destaca como uma iniciativa fundamental para ampliar a presença feminina na política brasileira. Criado em 2019 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o portal promove a equidade de gênero, divulga estatísticas sobre a participação feminina nas eleições e incentiva candidaturas de mulheres. Ele representa um avanço significativo na busca por uma democracia mais inclusiva, em que o acesso das mulheres aos espaços de poder seja cada vez maior.
A importância do portal vai além da disponibilização de dados: ele funciona como uma ferramenta de conscientização sobre os desafios enfrentados pelas mulheres na política, reunindo informações históricas sobre o voto feminino no Brasil, registros de pioneiras na política e dados interativos que mostram a evolução das candidaturas ao longo dos anos. Além disso, oferece um guia de segurança para proteger mulheres contra a violência online, fortalecendo sua participação no debate público.
Ao disponibilizar estatísticas detalhadas e conteúdos educativos, o TSE Mulheres contribui para o fortalecimento da democracia e da representatividade feminina. Ele não apenas informa, mas também inspira e empodera futuras candidatas, tornando o cenário político mais diverso e equilibrado. Essa iniciativa reforça o compromisso do TSE com a igualdade de gênero e com a construção de um sistema eleitoral mais acessível para todas as brasileiras.
TSE Mulheres.
Fonte: https://www.justicaeleitoral.jus.br/tse-mulheres/
Necessidade de equidade entre gêneros.
Fonte: https://shre.ink/desigualdadedegenerousp