Atividades com Famílias

Após um breve acolhimento da professora bibliotecária, de apresentação do espaço e de boas-vindas para um momento em torno dos livros e daquilo que acredita ser motivo de incentivo, foi lido por alguns alunos o poema: “O Baile da biblioteca” dos Cabeças no ar. A professora de português sintetizou alguns benefícios da leitura, com recurso a um PPT, que todos ouviram silenciosamente envoltos num momento de consciencialização, enquanto trocavam olhares ou acenavam com a cabeça. 

De seguida os alunos  iniciaram as apresentações, de forma genuína, ultrapassando o obstáculo gigantesco de falar em voz alta, para um público, apresentando a razão das suas escolhas, partilhando angústias, os heróis as façanhas com que se depararam na leitura, as  pistas de exploração que ousaram experimentar e consequentemente sugeriram leituras, motivando todos em seu redor.

É nestes momentos épicos, vividos intensamente por todos em torno do livro,  que se traduz  o incentivo da leitura autónoma por prazer. Poderá ser um pouco ousado mas é naquilo em que acreditamos. 

Nesta sessão o livro ganhou um novo valor, uma nova importância junto dos presentes. O livro abrangeu todas as áreas transversais do conhecimento, de socialização da leitura no decorrer da qual a ação de ouvi  dizer, responder, deu lugar a olhar, descobrir, sentir e pensar. O livro foi vivido! O poema foi cantado!

Mas “Imagine-se uma escola onde os alunos lêem e onde falam frequentemente de livros; um lugar onde percorrer as estantes é normal e recomendar livros aos amigos se torna uma conversa natural nas salas de aula. Será uma fantasia? Um mundo dos sonhos? Será que esta escola existe? 

É possível que em algumas escolas isto já aconteça e que essa seja a meta visada pelas escolas verdadeiramente empenhadas em melhorar os níveis de literacia do nosso país.” (The Nacional Literacy Trust, 2008:4)

A concepção fundamental é promover o prazer de ler como estratégia para elevar as competências e o gosto por aprender. Idealizámos esta sessão, pois acreditamos que temos: motivação, empenho, envolvimento, prazer, partilha de ideias, vivências, interações e ambientes promotores. 

Acreditamos que cada leitor tem a sua própria maneira de ler, que pode depender do seu estado emocional, da sua disposição, de quem o rodeia, dos motivos porque o faz ou dos seus conhecimentos. 

Sendo assim, cabe-nos a nós, como professores, estar atentos e respeitar este ato individual, encontrando espaços físicos ou temporais para o fazer, uma vez que cada leitor organiza e constrói o seu próprio projeto de leitura. 

É imperioso criar estes laços  com a leitura, próprios de cada um e deixar cada um encontrar o seu próprio “Prazer de Ler”. A conjugação de esforços e a partilha de saberes e recursos promovem o sucesso, quando concretizadas necessidades recíprocas.

Acreditamos que o desenvolvimento destes momentos integradores nos motivam a vencer os desafios e a cumprir as funções de socialização e formação em plenitude do cidadão que (re)descobre a leitura, pelo seu prazer.