Destinatários:

120 alunos das EB1 da Conchada e Santa Cruz, 20 alunos dos Cursos EFA do Centro Educativo dos Olivais, 8 alunos do Centro de Apoio às Aprendizagens, 6 alunos nível A1 da disciplina de Português Língua Não Materna (refugiados sírios e um do Darfur), 2 turmas do ensino regular do 2º ciclo da Escola Básica 2.3 Martim de Freitas, 2 turmas do ensino regular do 4º ano do 1º ciclo da Escola Básica 2.3 Martim de Freitas e, em atividades pontuias, as turmas 9º C , 6º G e 5ºB.

Envolveram 6 Professores titulares de turma, 3 Professores da EMAEI, 2 Professores Bibliotecários, 7 Professores do CEO e 12 elementos da Equipa da BE.

Ainda, 1 Assistente Operacional de apoio à Unidade, 1 Terapeuta da fala, 1 Psicóloga Escolar ; a Diretora do CEO; 1 Coordenadora Pedagógica do Centro Educativo dos Olivais; 1 Coordenadora da Equipa EMAEI.

Impactos do projeto

Atividades desenvolvidas

AÇÃO I- CENTRO EDUCATIVO DOS OLIVAIS

1-Reuniões Preparatórias: Diretora do CEO, Coordenadora Pedagógica do CEO e Professores

2-Serviço de empréstimo: baús de leitura (privilegiados temas de divulgação científica ( revistas como a “National Geographic”, livros de fantasy e policiais)

3-Semana da Memória das Vítimas do Holocausto (contextualização histórica, leitura de fragmentos do livro de Markus Zusak , projeção do filme “ A rapariga que roubava livros”)

4-Exposição : Dia da Memória do Holocausto, cedida pela escola sede.

5-Concurso da BMC “Há poesia na Escola” ( presença do jovem vencedor na entrega de prémios)

6-Bookcrossing- casa feita no CEO e cedida à escola sede- iniciativa de promoção da leitura

7-Leitores de MP3

8-Ler + Espaço - 3º lugar a nível nacional.

9-Realização de oficina de JANKENPO., um jornal de banda desenhada com o qual a RBE estabeleceu uma parceria em 2016 no sentido de estimular a leitura de banda desenhada e, simultaneamente, a leitura literária, bem como o desenvolvimento de competências de comunicação e expressão, e da educação visual e artística.

AÇÃO II - HOSPITAL PEDIÁTRICO E CASA ACREDITAR

1-Casa Acreditar: Reuniões preparatórias: -v oluntária da leitura e Diretora da Casa Acreditar

3-Empréstimo de filmes

4-Hospital-intervenção da escola no acompanhamento letivo de crianças doentes (população flutuante).

5-Dia da Poesia

AÇÃO III - UNIDADE DE ENSINO ESTRUTURADO E ESCOLAS DO 1º CICLO

A- Unidades de Ensino Estruturado para a Educação de Alunos com Perturbações do Espetro do Autismo

1- Reuniões Preparatórias com Coordenadora da EMAEI”, Terapeuta da fala, professora de Informática.

2-Aquisição de software específico em colaboração com os professores de TIC e da EMAEI para aprendizagem da leitura e escrita.

3-Trabalho em tablets: mais estimulante, concentração e comunicação com o outro.

4-Atividades de leitura semanais na BE às segundas em articulação com os conteúdos curriculares (elaboração de trabalhos de expressão plástica, guiões de leitura adaptados, audição de músicas, jogos de relação...)

5-Higienista oral: Programa SOBE da RBE e escovagem dos dentes na escola.

6-Colaboração com a equipa educativa do Centro de Saúde: higiene corporal.

7-Colaboração em atividades dinamizadas pela BE: Plasticologia Marinha, 25 de Abril, Literacia fílmica, Dia da Música, Semana dos Afetos, Encontro com o apicultor Paulo Santos, Exposição "O que comem as nossas crianças"...

B. Escolas do 1º ciclo

Conchada:

1- Reuniões preparatórias com a coordenadora de estabelecimento.

2- Atividades de animação da leitura com periodicidade semanal (2 turmas)

3- Plasticologia Marinha/Oceanário de Lisboa

4- Encontro com escritor e apicultor Paulo Santos / Leituras / Biodiversidade

5- Concursos internos “Química da vida”

6-Concursos externos: -Postal de Natal -Desafio Municipal de Poesia

7- Espaço lúdico – antigo contentor recuperado, no qual já se realizam as atividades de leitura apetrechado com livros e jogos.

Santa Cruz:

1- Reuniões preparatórias com a coordenadora de estabelecimento

2 - Atividades de leitura com periodicidade semanal ( 4 turmas)

3 - Plasticologia Marinha - Oceanário de Lisboa

4 - Encontro com escritor e apicultor Paulo Santos / Leituras / Biodiversidade

5- Semana da Cultura Científica

6- Concursos internos: “Química da vida”

7-Concursos externos: Postal de Natal Desafio Municipal de Poesia

Aspetos positivos

Manteve-se uma linha de atuação coesa e respeito pelos pressupostos que conduziram à apresentação deste programa de inclusão, mas houve a flexibilidade necessária para ajustar o projeto, de acordo com a filosofia e práticas de inclusão cultivadas na escola: com os alunos do centro de apoio às aprendizagens, com os refugiados, com os jovens do CEO.

Estreitou-se a colaboração com o CEO e houve uma boa articulação entre os professores aí colocados e a equipa da biblioteca. Participaram no Concurso de Poesia da BMC e foi possível um aluno do CEO receber presencialmente o primeiro prémio do seu escalão. Colaboraram com a construção da "casa de madeira", como ponto de apoio ao Bookcrossing (os alunos do 3º ciclo gostaram desta experiência pelo prazer e liberdade que propiciou). Foi muito importante conquistar o 3 º lugar nacional com o projeto "Ler+ Espaço" resultante da articulação com a BE sede.

Considerando o caráter flexível dos projetos, estendeu-se, ainda, a nossa atuação aos EE do pré-escolar como forma de prevenir o insucesso escolar, através de um programa de literacia familiar, que terá continuidade no próximo ano letivo. Estabeleceu-se uma parceria com a Fundação Aga Khan, centrada no programa "Conto Contigo".

Também partindo do mesmo pressuposto, é de registar o apoio que a equipa da BE da sede deu aos refugiados sírios, entendendo-se a aprendizagem do português enquanto língua segunda como um caminho para a inclusão. São agora capazes de relatar breves histórias de vida, revelando-se muito importante o recurso a ferramentas tecnológicas.

Consideramos ainda um factor positivo o número de atividades realizadas como o contacto com escritores ou sessões de divulgação científica e de atividades de leitura e escrita realizadas ao longo do ano (dado que decorriam às segundas na sede e às quintas e sextas nas EB1 do 1º ciclo, realizaram-se cerca de 90 atividades de leitura para este público), assim como a criação de um Espaço Lúdico na EB1 da Conchada.

Também foi positiva a realização de uma atividade (história/ filme/jogo) semanal para os alunos com deficiência mais profunda permitindo a integração de alunos do 5º ano do ensino regular, que acompanharam a professora bibliotecária na dinamização dessa atividade.

Foi importante o alargamento da atividade "Dar Poesia a Coimbra" ao IPO. Com o envolvimento de alunos em substituição, a equipa da BE elaborou algumas lembranças que levou aos utentes do IPO e às crianças do Pediátrico.

A colaboração entre os professores de informática e o Centro de Apoio às Aprendizagens/Unidade permitiu rentabilizar o software adquirido.

No quadro do programa SOBE, foi possível instituir a escovagem dos dentes como prática diária para os alunos do Centro de Apoio às Aprendizagens/ Unidade de Ensino Estruturado.

Aspetos a melhorar

Rever a atuação junto do Hospital Pediátrico. Promover uma articulação mais intensa entre a BE da escola sede e o Centro Escolar dos Olivais.Na escola sede, realizar mais momentos conjuntos de leitura entre os alunos com necessidades especiais de aprendizagem e o grupo-turma a que pertencem. Na situação específica dos alunos de outras nacionalidades/refugiados, envolver os pais nas iniciativas.

Fatores que dificultaram o desenvolvimento do projeto

A nossa atuação junto do HP / Casa Acreditar, ainda que seja privilegiado o apoio curricular pelos EE e estruturas pedagógicas, foi dificultada pela desistência da Voluntária da Leitura. Os recursos humanos existentes na escola sede e nas outras escolas do agrupamento limitam a possibilidade de uma intervenção mais permanente, apesar da frequência com que são realizadas as atividades de leitura e outras.

Eventuais ajustes ao projeto inicial

Manteve-se uma linha de atuação coesa e o respeito pelos pressupostos que conduziram à apresentação deste programa de inclusão, mas houve a flexibilidade necessária para ajustar o projeto, de acordo com a filosofia e práticas de inclusão cultivadas na escola: com os alunos do centro de apoio às aprendizagens, com os refugiados, com os alunos do CEO.

Deve-se rever a atuação junto do Hospital Pediátrico (existência de ludoteca, mas necessitam sobretudo de acompanhamento curricular, o que não exclui a intervenção da BE). Foi -nos sugerido ainda, promover uma articulação mais intensa entre a BE da escola sede e o Centro Escolar dos Olivais, produzindo, por exemplo, audiolivros com a participação dos alunos das duas escolas, que poderão funcionar nos leitores de MP3 adquiridos no quadro do projeto.

Na escola sede, a BE deveria conseguir realizar mais momentos conjuntos de leitura entre os alunos com necessidades especiais de aprendizagem e o grupo turma a que pertencem, pois seria uma forma de trabalhar um pouco mais a dimensão da inclusão.

Também se prevê a possibilidade de adaptar histórias tradicionais, tentar pequenas dramatizações, elaborar guiões de leitura adaptados à especificidade de cada aluno (2 não leem), tornar a BE mais inclusiva com o recurso a audiolivros ou livros em SPC sugeridos na plataforma SAPO Campus ou outros sites.

Na situação específica dos alunos de outras nacionalidades/refugiados, considerou-se o envolvimento dos pais nas iniciativas de leitura, dando a conhecer textos na língua de origem e a respetiva tradução, ou "chá para pais" (momento de partilha das diferentes culturas), ou dar a conhecer histórias de vida dos alunos estrangeiros, desenvolvendo o conceito de biblioteca humana.

Resultados obtidos

As ações decorreram, na generalidade, de acordo com o cronograma inicialmente apresentado e foram avaliadas de forma muito positiva por todos os intervenientes.

Exceptuam-se as atividades que levaram à inclusão de uma ação dirigida aos refugiados acolhidos na nossa escola, dado que a periodicidade desse apoio foi diário. Os responsáveis pela dinamização das ações foram os professores bibliotecários, que nunca teriam conseguido levar a cabo as mesmas sem a colaboração estreita da equipa, dos seus colegas, coordenadores, direção do agrupamento, demais técnicos e assistente operacional.

[EM 19 de JULHO DE 2019]