Alimentos e bebidas

A indústria de alimentos e bebidas do Brasil manteve crescimento em 2021 e gerou 21 mil novos postos de trabalho, formais e diretos. A informação é da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA).

De acordo com o balanço da entidade, o desempenho do mercado interno foi puxado pelo setor de food service, que entrou em recuperação com a reabertura dos estabelecimentos comerciais. As exportações, por sua vez, cresceram influenciadas pelo aumento da demanda mundial, combinada com uma taxa de câmbio favorável.

No segmento de alimentos e bebidas, ganharam ainda mais destaque os investimentos em ESG. O volume aplicado nessas ações alcançou 0,9% (R$ 8,1 bilhões) do faturamento médio anual do setor em 2021. Esse montante equivale a 30,2% dos investimentos totais da indústria de alimentos.

O CAFÉ EM 2021

No segmento do café, dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) apontam que, apesar da crise econômica gerada pela pandemia, que ainda afetou diversos setores no ano passado, a procura por café seguiu seu ritmo de crescimento: houve alta de 1,71%, comparado ao mesmo período do ano anterior. Foram 21,5 milhões de sacas consumidas no mercado interno entre novembro de 2020 e outubro de 2021. Esse volume representa 45,3% da safra de 2021, que foi de 47,7 milhões de sacas, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Os números da ABIC revelam também que, no ano passado, o Brasil manteve a posição de segundo maior consumidor de café do mundo. A diferença para o primeiro lugar, ocupado pelos Estados Unidos, é de 4,5 milhões de sacas. Analisando-se o consumo per capita, observa-se que, em 2021, ele foi de 6,06 kg de café cru por ano e 4,84 kg de café torrado. Destaca-se ainda que o Brasil é o maior consumidor mundial de cafés nacionais, ou seja, cafés produzidos no próprio país.

A alta dos custos de produção em 2021 foi o maior desafio no ano e se mantém como tendência para 2022. Segundo a ABIC, no período de dezembro de 2020 a dezembro de 2021, a matéria-prima ficou, em média, 155% mais cara, e o aumento na média ponderada dos demais insumos, como embalagem, salário mínimo, energia elétrica, óleo diesel e gasolina, foi de 107,30%. Nas prateleiras, o reajuste de preço do café atingiu a média de 52% para o mesmo período.