Mestres do Inconciente (Adler,Mélanie Klein, Jacquez Lacan)

Adler (1870-1937)

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Exemplo abaixo:

Adler & Freud ruptura

Adler & Freud ruptura

Adler passa o residir nos EUA

As Quatros Pesquisas de Adler

1°Teoria da Personalidade

2°Concepção das Neuroses e a saúde mental

3°A Psicoterapia

4°O Ensino e a Pratica da Psicopedagogia

Publicações das Obras de Adler (1898-1937)

Comentário

Adler nasceu no dia 07 de Fevereiro de 1870, em Penzig bairro do subúrbio de Viena. E faleceu em 28 de maio de 1937 em Aberdeen na Escócia, vitima de uma crise cardíaca. Foi o segundo dos seis filhos de judeus Húngaros. Adler foi uma criança raquítica que por ter contraído uma pneumonia decide estudar para ser medico para “lutar contra a morte". No ano de 1970 comemorou-se o centenário do nascimento de Alfred Adler, e foi comemorado nas mais diferentes Universidades e sociedades de Psicologia.

Obtém o grau de Doutor em medicina pela Faculdade de Viena, em 1895 e passou a trabalhar na policlínica e no Hospital da cidade. Ele elabora a noção do ser social. Em 1898 publica um folheto: Regras de Higiene para a profissão de Alfaiate, no qual apresenta um estudo do individuo não como sujeito isolado, mais enquanto produto social. No final do século publica dois estudos: Aparecimento de Forças Sociais em Medicina e o medico enquanto educadores seguem esta orientação. Especializou-se em oftalmologia em 1908, depois em doenças uterinas passando trabalhar em clínica particular.

Adler & Freud ruptura

Adler começa a frequentar o circulo freudiano a se torna um colaborador importante. Após a publicação de A compensação Psíquica do Estado de Inferioridade dos Órgãos Adler não podia seguir Freud na linha do pansexualismo. Em 1911 Adler rompe com a psicanálise, foi o primeiro colaborador de Freud a tomar esta decisão, após o tema exposto por ele no congresso de Nuremberg:"Critica da Teoria sexual freudiana da vida Psíquica".Adler cria então sua própria escola de psicologia individual e comparada criando uma sociedade com publicação periódica.

Por psicologia individual e comparada Adler exprime dupla intenção; primeiro enfocar o caráter indivisível da personalidade humana nos seus aspectos conscientes e inconscientes, psíquico e fisiológico, formando um todo apenas compreensível e apreensível em sua totalidade;segundo redefinir a uma norma social a personalidade com os seus problemas e a suas dificuldades e compará-la com um referência ideal.Esse método para ele permite uma melhor compreensão do individuo.

Em 1912 Adler passa a ser professor auxiliar no Instituto Pedagógico de Viena e cria as primeiras consultas psicopedagógicas que passaram a ser utilizadas por médicos, psicólogos e pais de crianças com déficit intelectual. A Faculdade de Viena ficou indiferente as ideias de Adler mais mesmo assim ele continuou ensinados suas ideias na sociedade e nos círculos privados e nos centros psicopedagógicos chegando a alcançar um bom numero na cidade de Viena.

Adler passa o residir nos EUA

Seus conhecimentos difundiram-se pelo mundo e despertou interesse entre os meios intelectuais dos Estados Unidos e em 1927, Adler passa a ser encarregado de um curso de psicologia medica na Colúmbia University de Nova York Passando a residir definitivamente nesta cidade a partir de 1935. Mais, contudo mantinha contato com as sociedades nacionais que se criaram em diferentes países da Europa, fazendo visitas esporádicas aquelas sociedades.

Os Quatros Pesquisas de Adler.

1° Teoria da Personalidade.

2° Concepção das Neuroses e a saúde mental.

3° A Psicoterapia.

4° O Ensino e a Pratica da Psico-pedagogia.

1°Teoria da Personalidade. Na base da teoria da personalidade de Adler encontra-se publicado em 1907 o estudo sobre a "Compensação Psíquica do Estado de Inferioridade dos Órgãos” Assim os diferentes órgãos do corpo humano tem diferentes graus de tolerância aos ataques do mundo exterior. Ou seja;o organismo reage em função do limiar de tolerância e resistência em seus diferentes órgãos. Desta forma quando o limiar é ultrapassado surgem os sintomas da doença. Um ataque microbiano ataca principalmente o órgão que se encontre enfraquecido (em estado de inferioridade) deixando os outros órgãos ilesos. Assim segundo Adler a inferioridade orgânica oferece condições para o surgimento de uma doença. Elas provem tanto de uma tendência hereditária quanto de uma tendência individual. Quando de origem é hereditária a inferioridade orgânica, ela se manifesta em grande parte na família que frequentemente se apresentam localizada em um determinado órgão. Durante a anamnese se pode constatar que no relato do paciente, quanto aos antecedentes, encontra-se frequentemente história de pais, avós... Manifestações semelharam a do paciente interrogado. Em consequência da inferioridade orgânica quando o individuo, seu órgão, ultrapassa o limiar de tolerância, aí se manifesta a doença. Esta doença quando atinge um dado órgão, por exemplo, do aparelho digestivo, pode ter seu início com uma crise de apendicite, e em seguida desencadear alterações assim como ulcera colite... Isto acontece para além do órgão e do aparelho, a inferioridade orgânica que pode atingir todo o hemicorpos. sm.( fr. hémicorps; ing. hemibody) cada uma das metades, direita e esquerda, do corpo ou um seguimento metamérico (seguimento resultante da divisão primitiva da corda dorsal e dos tecidos contíguos do embrião)). Também pode acontecer que vários órgãos ou aparelhos são atingidos ao mesmo tempo.

2°Concepção das Neuroses e a saúde mental. Para Adler o sentimento de inferioridade controla a vida psíquica do individuo. Ele percebeu que o sentimento de inferioridade não só se encontra ligado ao estado de inferioridade orgânica mais surge também por conta da inferioridade social real ou alegada. Assim a posição (lugar ocupado pela criança) na escala da idade dos irmãos ou das irmãs influencia consideravelmente a sua estrutura na formação do seu caráter.

O estudo de o caráter individual deve se composto pelo substrato orgânico [ meio que serve de base (logo,substrato) para o desenvolvimento do organismo] a situação familiar,condições econômicas(quando com acentuada indigência) também a sua posição no que se refere a minoria raciais,religiosas,étnicas enfim o contexto social em que o individuo vive. Portanto para Adler este sentimento de inferioridade (ou mesmo complexo de inferioridade) torna-se o complexo central de qualquer neurose.

Adler demonstra o papel do psiquismo na compensação porem sob uma nova óptica. Antes de Adler já se tinha conhecimento de que um organismo em que dado órgão apresentava-se deficiente, o mesmo passam a se auto compensar cujo propósito é reestabelecer o equilíbrio. Porem se sabe que este processo tanto pode triunfar quanto falhar e em certos casos pode levar a excelentes resultados,como no exemplo de Demóstenes,que com treinamento persistente conseguiu vencer a sua deficiência (gago) e se tornou um grande orador da Grécia.

Depois da retirada de um rim, por exemplo, seu homologo assume o trabalho dos dois órgãos. Esta é mais uma lei de reparação que encontramos na natureza, função vicariante (Quando um órgão supre a insuficiência do outro). Assim tudo que se encontra em estado de inferioridade tende para a superioridade e passa a agir com todo vigor aos estímulos exteriores. Adler demonstra que a insuficiência de um órgão faz com que todo o psiquismo se esforce no sentido da deficiência e impõe-lhe eixo de interesse uma dominante. Portanto Adler põe em evidência outro mecanismo (além dos processos de degenerescências e de transmissão hereditárias da doença interesse da medicina e psicopatologia da época)que é o mecanismo da compensação reparadora. Adler sublinhou a importância da igualdade na prevenção de vários tipos de psicopatologia, e defendia o desenvolvimento do interesse social e as estruturas de família democrática pela educação dos filhos.

O sentimento de inferioridade domina a vida psíquica do individuo. Assim o complexo de inferioridade e considerado para Adler como o complexo central de qualquer neurose."Ser homem é sentir-se inferior"Mais se o sentimento de inferioridade se apoderar de todo o psiquismo,e se o mesmo se instala de modo permanente, onde qualquer projeto de empreendimento se torna impossível de ser realizado e que leva o seu portador a se convencer de que qualquer tentativa de realizar algum empreendimento de sucesso seria inútil,aí estamos diante de um complexo de inferioridade,ai encontra-se a base de todas a neuroses.

Em certos casos o sentimento de inferioridade são compensados e passam a assumir um caráter de complexo de superioridade que transparece nitidamente nas atitudes do individuo. Pode manifesta-se por exigência para consigo mesmo e para com os outros,por vaidade, por um modo de ser demasiado masculino na mulher e demasiado feminino no homem,pela arrogância e petulância. Uma característica deste complexo é a tendência do sujeito a ter em suas atitudes o costume de depreciar as outras pessoas. Verifica-se que essas pessoas transparecem a necessidade de ligação com pessoas importantes e de comandar os fracos e doentes.

A Família.

A família tem importante papel na formação do caráter da criança. Como a psicologia psicodinâmica, adlerianos enfatizar a importância fundamental da infância no desenvolvimento da personalidade e sua relação com as várias formas de psicopatologia. A melhor maneira fazer prevenção contra o que são agora chamadas de "distúrbios de personalidade" (o que Adler tinha chamado o "caráter neurótico"), ou uma tendência de várias condições neuróticos (depressão, ansiedade, etc.), é dar oportunidade a criança para ser e sentir uma parte igual da família. Isto implica o desenvolvimento de um caráter democrático e a capacidade de exercer o poder razoavelmente em seu meio e não através de compensação, como acontece quando se combate o complexo de inferioridade. Adler criou adeptos contra o castigo físico e alertou os pais para abster-se de males e negligência.

A Responsabilidade

A responsabilidade para o desenvolvimento ótimo da criança não se limita ao pai ou mãe, mas para os professores e a sociedade em geral. Adler argumenta, portanto, que professores, enfermeiros, trabalhadores sociais, e outros exigem formação em educação dos pais, a fim de complementar o trabalho da família na promoção de um caráter democrático. Quando uma criança não se sente igual e é decretado sobre (abuso ou negligência com restrições) estão propensos a desenvolver complexos de inferioridade ou superioridade e várias estratégias de compensação que o acompanham. Estas estratégias exatamente paga um preço social semeando maiores taxas de divórcio, a desagregação da família, as tendências criminais, e no sofrimento subjetivo várias formas de psicopatologia. Adlerianos há muito promovem grupos de pais e de educação, em especial aquelas influenciadas pelo famoso austríaco / American Adlerian Rudolf Dreikurs (Dreikurs e Soltz, 1964).

3°A Psicoterapia. No dialogo Psicoterápico adleriano tem como objetivo ajudar o individuo a tomar conhecimento das suas estruturas psíquicas. Adler enfatizou o "conhece-te a ti mesmo" de Sócrates o seu valor ampliado pela noção de um inconsciente que subtende o nosso comportamento. Para ele a analise do material inconsciente,assim como sonhos noturnos e diurnos,produtos da imaginação e os acontecimentos da vida cotidiana carregados afetivamente são interpretados de acordo com a função e o estilo de vida e de sua finalidade.

A Descoberta da Analise

A descoberta da analise do sentimento e do complexo de inferioridade construídos na infância do individuo, determinam a estrutura especifica de sua personalidade e sua confrontação com a situação atual permite a compreensão das suas dificuldades. Sua meta é apontar a compreensão errada que o individuo faz de si e também a visões errôneas do mundo e encoraja-los a fazer mudanças necessárias na sua vida e nos seus projetos para sua meta de vida. Se pois tentarmos compreender o sentido e a direção dos fenômenos da doença sem ter que levar em consideração o objetivo final com certeza iremos desencorajar alguns e suscitar nos outros desejos de desvendar o desconhecido,sob pena de voltarem da forma como entraram ou com algum ganho imaginário. Porem se admitimos a hipótese de um objetivo final ou de uma finalidade casual que está intrinsecamente escondida atrás dos fenômenos, veremos

diluir-se o desconhecido e seremos capazes de ler a psique do individuo com num livro.

Os Pacientes São Encorajados.

Na psicoterapia adleriana os pacientes são encorajados a remover obstáculos que impedem o seu desenvolvimento para um estilo de vida salutar. Assim recordações como nascimento, sonhos são usados para ajudar o paciente a reconhecer a inadequação ou a falsidade de suas ideias e metas para sua vida. De fato recordações de eventos são menos importantes do que as reações que os pacientes apresentam em relação a estes eventos ou memórias. Não é importante para o terapeuta interpretar corretamente os acontecimentos e lembranças do paciente, uma vez que eles são apenas expressões de preocupações atuais. O que importa de fato é que terapeuta ajude o paciente a construir um conceito útil relacionado a si e em relação ao mundo.

4°O Ensino e a Pratica da Psicopedagogia. Com base nos ensinamentos de Adler, e que consideramos defeitos em uma criança, as suas particularidades caracteriais,aparentemente incompreensível, revelam um sentido oculto e torna-se sensível a uma noção psicopedagógica. Assim qualquer analise de um caso de uma pessoa adulta nos leva aos primeiros anos de sua existência período onde se estrutura o seu estilo de vida. E exatamente neste período que se descobre, as raízes das suas dificuldades atuais. Assim conhecendo-se as condições que formam o complexo e inferioridade, é possível o seu aparecimento logo nos primeiros anos de vida da criança. Os pais nem sempre estão em condições de fazer tais observações. No entanto a escola onde se agrupa um grande numero de crianças, se torna um lugar ideal para fazer a observação. Sem duvida um professor capacitado em psicopedagogia saberá identificar entre as crianças da escola aspectos caracteriais na criança (tímida, dominadora agressiva. teimosa...) identificará as marcas do complexo de inferioridade. Conforme a modalidade, a criança será tratada na própria escola ou encaminhada para psicoterapeuta ou psicologo.

Publicações das Obras de Adler (1898-1937) O Instituto Alfred Adler, da Nortjwestern Washington publicou doze volumes de: As obras Completas de Clinica Alfred Adler. Que incluem seu escritos 1898-1937. No Volume 1 é apresentada "O Caráter Neurótico e no 12° fornece uma apresentação da teoria de Adler em sua pratica contemporânea.

Volume 1-O caráter neurótico - 1907

Volume 2-Os artigos 1898-190

Volume 3-Os artigos 1910-1913

Volume 4- Os artigos 1914-1920

Volume 5-Os artigos 1921-1926

Volume 6-Os artigos 1927-1931

Volume 7-Os artigos 1931-1937

Volume 8-Palestras para médicos e estudantes de Medicina

Volume 9-Case Histories

Volume 10-Leituras Case & Demonstrações

Volume 11-Educação para a Prevenção

Volume 12-Educação para a Prevenção

Comentário Os ensinamentos adlerianos -a referência social- revela uma nova concepção sobre as neuroses e definição sobre a saúde mental. No enfoque dessa nova concepção entende-se que cada neurose pode ser considerada como uma tentativa de libertação de um sentimento de inferioridade,e de uma aquisição do sentimento de superioridade. Quando o individuo é acometido por uma neurose,ele se isola e passa a viver no circulo restrito ao contexto família. Pois o individuo neurótico não se dirige no sentido de procurar a solução de seu problema nem tão pouco de realizar alguma atividade social. Ele passa a agir desta forma devido ao acordo entre uma hipersensibilidade e uma intolerância para com os semelhantes. Este isolamento da sociedade é uma forma de sentir-se seguro diante das exigências impostas por esta.

Para entender melhor a natureza dessa decisão se pode evidenciar que o neurótico afastando-se da realidade passa a viver num plano de imaginação e de fantasia servindo-se de uma serie de mecanismos que lhe permitem evitar os problemas reais da vida e dirigi suas aspirações para uma situação imaginaria, livrando-se de qualquer investimento social que envolva sua responsabilidade. Essa desobrigação e o privilégio da doença,do sofrimento,substituem a finalidade essencial, mais ariscada de uma afirmação real. É, portanto necessário compreender a neurose e o psiquismo do neurótico como uma tentativa para se esquivar as exigências da sociedade. Então é elaborada uma contra-coacção de modo a poder se opor de forma eficaz à particularidade do meio e suas exigências. E esta contra-coacção tem um caráter de revolta contra a sociedade. Assim toda a vontade e todas as tendências do neurótico estão submetidas a sua política de prestigio sempre em prontidão para apresentar motivos para não resolver os seus problemas vitais e opondo-se em todas as circunstâncias no desenvolvimento do sentimento social. Wilbarocha.

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Mélanie Klein (1882-1960)

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Exemplo abiaxo:

Psicanalizar Crianças

Psicanalisar Crianças

Obstáculos da teoria Psicanalítica e Mélanie Klein no seu projeto Psicanalítico

Função da Analise no Jogo

O "Jogo"

Expressões do Jogo

Os primeiros traços especificam analise do Jogo - à relação Edipiana.

Transferência da Psicanálise das Crianças.

Relação Edipiana

Vida psíquica do recém-nascido.

Posição Paranoide

Comentário

Mélanie Klein

Melanie Klein Nasceu em 1882 e faleceu em 1960, psicanalista britânica de origem austríaca. Filha de um médico judeu polonês, de Lemberg, na Galícia, que se tornou medico clínico Sua mãe, judia eslovacas ocupava-se com o comércio de plantas e répteis. Mélanie Klein foi à quarta entre os filhos do casal. Quanto ela tinha quatro anos de idade sua irmã morreu de tuberculose e quando seu pai faleceu tinha 18 anos e passou a viver com a mãe.

No inicio Klein estudou arte e história na Universidade de Viena, mais após a morte do pai devido as grandes dificuldades financeiras abandonou os estudos. E provavelmente esta teria sido a causa de ter abandonado os estudos de medicina. Em 1903, casa-se com Arthur Klein, engenheiro químico que ela conhecera dois anos antes e com ele teve três filhos. Em 1914, sua mãe morreu e nesse mesmo ano nasceu seu terceiro filho, Erich Klein (futuro Eric Clyne), que ela analisaria como Hans e Melitta, o irmão e a irmã mais novos. Também em 1914 realizou os primeiros estudos sobre um texto de Sigmund Freud, “Sobre os sonhos”, o na mesma época deu início de sua análise com Sandor Ferenczi. Essa análise foi interrompida devido à guerra. Ela recomeça, em 1924, em Berlim, com K.Abraham, e mais uma vez é interrompida com sua morte em 1925. E por fim conclui a analise com S.Payne em Londres.

Psicanalisar Crianças

A psicanálise segundo Freud, e uma terapêutica eficaz para o tratamento de neuroses as “neuroses de transferências”, ou seja: histeria de angustia, histeria de conversão e neuroses obsessionais. Em cada uma dessas neuroses o processo de cura se dá na relação do analisado com o analista, que no decurso do tratamento, existe uma produção de uma transferência, operação inconsciente em si mesma, de uma atualização dos desejos inconscientes existentes do analisado sobre a pessoa do psicanalista. Essa transferência e essencial no processo de cura e é o caráter comum em que todas essas neuroses resultam do processo de cura. Qual então seria o motivo pelo qual seria impossível psicanalisar a criança. Segundo a teoria dos estádios, na qual se conduziu o tratamento dessas neuroses em adultos, parece não ser possível uma relação entre a criança e o analista devido ao seu grau de amadurecimento. A tese de Freud e Anna Freud é que o período de latência se situa entre a resolução do complexo de Édipo e a puberdade e sua característica é o recalcamento dos conflitos da primeira infância. Outro aspecto da objeção teórica para se psicanalisar crianças é que a vida da criança está em processo de formação e que seus fantasmas e os seus recalcamentos não se encontram ainda distintas daquilo que os deu origem. Também podemos ressaltar que alem destes obstáculos teóricos seria ainda importante ressaltar o motivo da criança não ser capaz de ter o domínio suficiente da linguagem. E a linguagem no processo psicanalítico se constitui no campo de interpretação imprescindível ao Psicanalista.

Obstáculos da teoria Psicanalítica e Mélanie Klein no seu projeto Psicanalítico.

Diante de todos esses obstáculos teóricos da psicanálise, Mélanie Klein passa a utilizar um modelo essencialmente pratico que é o de observar a criança. Na pratica o tratamento das neuroses permitiu concluir que a causa determinante das perturbações psíquicas deve ser procurada numa fixação da energia psíquica sobre o que passa a ser uma representação recalcada, associadas às pulsões sexuais infantis, energia que se transforma na produção de sintomas em que as representações recalcadas se manifestam. Portanto na relação criança e analista convêm, pois evitar esta fixação que pode ser originada pelo recalcamento. O próprio Freud reconhece que se trata mais em controlar o desenvolvimento psíquico da criança do que analisar este reconhecimento consiste do apoio pratico através dos trabalhos psicanalíticos com adultos.

Função da Analise no Jogo

A analise, portanto deve limitar-se a intervir assim que se manifeste no comportamento da criança uma inibição resultante do recalcamento da curiosidade ou de um conflito vivido na angustia. A função da analise em síntese não consiste em impedir o recalcamento, mas em neutralizar os seus efeitos ulteriores,a fim de que a energia psíquica seja novamente utilizada na atividade intelectual.

O “Jogo”

A técnica do jogo revela os desejos e os fantasmas da criança. O que se chama de Jogo tem primordialmente a função de facultar ao analista o material associativo através do qual se manifestam as representações recalcadas que atuam nas perturbações das crianças. Esta técnica e realizada colocando a criança em uma sala com pouca mobília, onde é observado por um psicanalista, que poderá associar as suas atividades ulteriores, respeitando os princípios de abstinência, que consiste na conduta de cura do analista, que implica em não aceitar os pedidos do analisado e em não permitir uma relação analítica de uma situação que satisfaça os desejos do analisado. No momento que o analisado entra na sala todo o seu comportamento, gestos, palavras, todos os jogos e seus encadeamentos são vistos pelo analista e assumem valor importante de informação. Também é importante a maneira com o analista é associada ao jogo, assim como a inibição do jogo,a narração, os comentários, a manipulação dos objetos, experiências vividas, representações recalcadas, e finalmente o conflito interno que se encontra na base da neurose.

Expressões do Jogo.

Muitos jogos exprimem representação fantasmática de cenas das relações sexuais entre os progenitores que foi quer primitivamente observada, quer imaginada a partir de indícios reais, em função das representações associadas às pulsões sexuais. Outro jogo manifesta-se o desejo de matar o progenitor do mesmo sexo, ou mesmos colocá-lo no jogo, como filho para poder castigá-lo. Assim são frequentemente observado que meninas entre os quatro e os seis anos ,que ao brincarem com suas bonecas passam a identificar esta com a sua mãe,castigando por ter chupado o dedo e também matam-na e depois ressuscitam-na. Também os fantasmas masturbatórios nos meninos são frequentemente observado a sua natureza,tão significativo que Mélanie Klein não tem duvida em ver neles a causa de um eterno jogo,sendo assim a primeira sublimação desta atividade obsessional. Assim os jogos dos meninos com os automóveis e as locomotivas experimentam frequentemente o ato sexual-colisão entre os brinquedos são identificados com os pais mais também a excitação dos órgãos genitais. Assim esse fantasma é através deles, suas expressões arcaicas e simbólicas representadas nos jogos, que dão acesso direto ao inconsciente da criança.

Os primeiros traços especificam analise do Jogo - à relação Edipiana.

A Relação Edipiana torna-se o primeiro traço especifico da analise das crianças através desta técnica do jogo. Esta técnica evidencia a estreita relação existente entre a vida consciente com a vida inconsciente durante os primeiros anos de vida da criança. Isso explica e evidencia a relativa facilidade com que as crianças aceitam sugestões do analista nas interpretações do seus jogos e consequentemente a rapidez das primeiras melhoras no tratamento das neuroses infantis,pelo menos durante o declínio do complexo edipiano e na fase da entrada de latência. O analista procura então o acesso às organizações inconscientes do psiquismo anterior à resolução da neurose, e esse acesso se operará através das representações recalcadas. Também e bom ressaltar que as neuroses infantis não tem as mesmas manifestações que as neuroses dos adultos,em que os sintomas são facilmente descritíveis. Nas neuroses infantis não e a presença de inibições especificas ou de fantasmas singulares, e nem nas atividades rituais,nos relatos fantásticos ,nos tiques (que muitas vezes são o deslocamento de uma atividade masturbatória obsessional ) certas situações criadoras de angústia – ansiogênica antigas. O que indica a necessidade de submeter a criança a cura é exatamente as manifestações simultâneas de um forte sentimento de culpabilidade. Este sentimento é observável a partir dos três anos de idade e se traduz por um relacionamento profundo da relação edipiana na vida da criança. Um exemplo e o caso da menina que se entrega ao rito de agressão ao analista e esta agressão segue-se um extremo receio: e recusa-se a considerar a mãe da sua boneca,ou seja; não assume desempenhar o papel de mãe. No entanto e bom evidenciar que o analista embora não se dirija ao ego com faz o pedagogo, mesmo assim leva em consideração a sua cooperação para acender ao inconsciente das crianças.

Transferência da Psicanálise das Crianças.

A doença na criança é apenas uma questão quantitativa (mais ou menos) assim as dificuldades alimentares, terrores noturno,fobias,desinteresse entre outros...podem ser a manifestação de predisposições mórbidas. Quando se torna possível estabelecer, a partir de observação das neuroses infantis,um inventário de sinais sintomáticos,se observa que muitos deles se encontra em crianças que podem ser consideradas “normais”. Portanto a importâncias do jogo e operar uma ampliação;permitir conhecer a que grau da profundidade do psiquismo nascem os fantasmas,reconhecer o tempo e o momento da fixação e diagnosticar com relativa segurança a perturbação que no desenvolvimento que constitui a neurose. Este instrumento de cura tem portanto suas limitações e raramente é utilizado a partir do seis anos - limiar teórico do período latente – e só de modo excepcional na puberdade. Para Mélanie Klein a cura das crianças de pouca idade dá lugar a uma transferência negativa nas primeiras sessões e positiva a partir do momento em que se estabelece o relacionamento analítico. A transferência no processo analítico com as crianças traduz a presença de um conjunto de princípios morais de extremo rigor -o superego - deste a idade precoce.

Relação Edipiana.

Klein demonstra que a relação edipiana é muito precoce. A formação do complexo de Édipo e do superego -concomitante- o acontecimento que produz o trauma do desmame conduz simultaneamente ao desencadeamento de pulsões de destruição dirigidas contra o seio materno e ao aparecimento de um sentimento de culpabilidade, resultante da interiorização do objeto frustrante que fundamenta o desenvolvimento ulterior do superego. Se estabelece assim desde os primeiros anos de vida,a ambivalência afetiva da relação com o objeto que, é a essência do conflito edipiano .Em relação ao comportamento agressivo destrutivo da criança,o incentivo ao conhecimento desenvolve-se mesmo antes do surgimento da linguagem a curiosidade manifesta ou latente do quarto ano de vida marca o seu limiar e não o seu nascimento. Em ambos os sexos se opera muito cedo uma identificação com a mãe,que está na origem da fase de feminilidade. No menino manifesta-se muito cedo e até o período de latência um “complexo de feminilidade” que corresponde segundo Klein ao complexo de castração. Em outras palavras significa,à consciência da falta do pênis na menina; sucede assim que o medo da mãe – a qual a criança quis furtar o conteúdo do seu corpo e contra o qual exerce tendências destrutivas – não e menos forte que o medo do pai. Após esta fase o menino se identifica com o pai e passa a rivalizar-se com ele associando ainda de maneira intima, no desejo de possuí-la, tendências destrutivas e tendências reparadoras. Na menina segundo Klein o desejo de receber o pênis,fonte ilimitada de satisfação,seguindo este desejo à frustração constituída pelo desmame. Como resultado desta frustração,o seio se torna objeto de tendências destrutivas e o pênis o bom objeto da satisfação do qual a mãe se apropriou do pênis a priva. Assim se observar que na menina,paralelamente a um desenvolvimento psicossexual mais precoce a presença de um superego,quer dizer;de princípios morais,particularmente rigoroso e sádico. No adulto o acesso à organização genital da libido é mais problemático e mais diretamente submetido às exigências do superego na mulher do que no homem. Mélanie no tratamento analítico das neuroses infantis, portanto insistiu em afirmar que na precocidade das tendências destrutivas, e também pôs em evidência a mesma precocidade do mecanismo de interiorização que está na base do desenvolvimento do superego. Portanto o significado do complexo de Édipo a partir do sexto mês sofreu uma profunda modificação. Conclui-se logo que as primeiras relações objetivas que se adquirem logo ao nascimento determinam essencialmente o desenvolvimento ulterior do psiquismo. Assim a partir do nascimento a criança tem no seio materno o objeto de suas tendências fisiológicas à “pulsão sexual. Do mesmo modo a partir do nascimento a criança,se exerce as pulsões de vida e as pulsões de destruição,e é a partir dos primeiros meses de vida que este fenômeno tem mais força. Assim a partir deste ponto, o fenômeno construtivo da vida psíquica;são o caráter inato das tendências destrutivas ou “sádicas” e o seu investimento imediato no objetivo da frustração.

Vida psíquica do recém-nascido.

O que determina a vida psíquica do recém-nascido são as satisfações e as frustrações. Ao nascer a criança entra pois em relação com o seio materno,fonte do suprimento da necessidade física,e que ao mesmo tempo é também objeto de satisfação. Porem a mãe,identificada como o seio pelo recém -nascido,nem sempre é gratificante. Isto porque muito antes do desmame, a mãe se recusa a proporcionar a satisfação de que é fonte. E desta forma irrompe as pulsões destrutivas devido a frustração, vivida como uma punição. Este mecanismo da divisão do objeto (fonte de satisfação e frustração) renova-se em todos os estádios ulteriores da evolução para todos os objetos de satisfação.

Posição Paranoide.

O único e mesmo objeto que gratifica e que frustra se divide num bom objeto e num mau objeto, representações das pulsões de vida e de frustrações. Os primeiros quatro meses de vida são aqueles em que as angustias infantis exprimem o medo da destruição pelo mau objeto. Mélanie dar a esta forma de organização da vida psíquica no seu primeiro estádio o nome de “posição paranoide”.Aqui o superego,neste período, provavelmente ele é mais cruel. O) medo de ser destruído pelo mau objeto interiorizado produz na criança o medo de perder objeto gratificante como punição pelos maus tratos exercida contra ele .Cada saída da mãe,cada ausência reproduz esta situação de angústia e produz mecanismos de defesa que definem a “posição depressiva”Este mecanismo de defesa fazem da posição depressiva uma forma de organização da vida psíquica inteiramente semelhante à que apresenta o quadro clinico das psicoses (maníacas depressivas) atualmente conhecidas com transtornos bipolar. A posição depressiva decresce progressivamente no decurso do primeiro ano de vida,quando se forma o complexo de Édipo que modifica a relação da criança com a mãe .Klein utilizou o termo “posição” para designar as duas formas mais antigas da vida psíquica ressalta o caráter repetitivo destes modos de relação de objetos em cada estádio do desenvolvimento ulterior .Em 1934 em artigo atribuído à formação dos estados maníaco-depressivos (bipolar) ,com algumas modificações feitas em 1952 em uma artigo sobre a vida emocional do recém-nascido,em que o termo “posição paranoide – esquizoide” é adaptado,esta teoria do primeiro desenvolvimento psíquico da criança. nunca foi posta em profundidade por Mélanie Klein. Ela passou a insistir sempre no caráter gratuito do sadismo infantil e na realidade fantasmática da “má mãe”

Comentário.

A obra de Mélanie Klein pretende obter em seus resultados fundamentos relacionados a experiência analítica,na medida em que é acima de tudo uma simbólica,descreve um domínio de relações pautadas à observação positiva. Fica, portanto difícil tanto refutá-la quanto verificá-la, e não sendo qualificada para dar conta de fatos observáveis,desqualifica qualquer observação que pretenda diminuir as suas conclusões .Apesar destas condições extremas refutá-las ou confirmá-las a obra de Klein é no entanto um exemplo;que teve sua origem pedagógica que pretendia evitar desde a infância,através da psicanálise, os problema dos adultos,ampliando a interpretação da vida psíquica cujos condições se estabelecem logo após o nascimento. Klein acaba por descobrir na infância todo o nosso mal estar e de todos os nossos problemas, consequência inevitável de qualquer retorno às origens.

Bibliografia

Center d”Êtude e de Promotion de la Lecture,Paris,1978,Guerra-Viseu,Portugal,1979

Mélaine Klein,et la Pulosion de Mort,Paris,Edition l”Âge d”Homme,1972

Mélaine Klein,Editions Universitaires,col,Psychocthéqui,Paris,1972

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Jacquez Lacan

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Exemplo abaixo:

Jaquez Lacan Inicio dos Estudos.

Jaquez Lacan Inicio dos Estudos.

O Estádio do Espelho Como Formador da Função do Eu.

Metáfora /Condensação.

Os Quatros Fundamentos da Psicanálise.

As três ordens:imaginário,o real e o desejo.

Drives Lacan sustenta distinção de Freud entre conduzir o instinto.

Bibliografia relacionada ao estudo Lacan.

Jaquez Lacan Inicio dos Estudos. - Jaques Lacan nasceu em Pari em 13 de Abril de 1901,numa família de grande burguesia. Após os estudos secundários no colégio Stanislas iniciou os estudos de medicina e especializou-se em psiquiatria sob a supervisão de Clérambault.

Em 1912 fez sua tese defendendo o tema "A Psicose Paranóia nas Suas Relações com a Personalidade"!Foi nesta época que Lacan convive com o meio surrealista O Surrealismo foi um movimento artístico e literário surgido primeiramente em Paris do anos da década de 20. Fortemente influenciado pelas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud (1856-1939),o surrealismo enfatiza o papel do inconsciente na atividade criativa. Seus representantes mais conhecidos são Max Ernest,René Magritte e Salvador Dali no campo das Artes no campo das Artes Plasticas.Luis Buñuel no cinema e André Breton na literatura.

O Estádio do Espelho Como Formador da Função do Eu- Em 1936 Apresenta uma comunicação sobre "O Estado do Espelho,no Congresso Internacional de Psicanálise de Marienbad. `Para Lacan o eu constrói-se primeiramente da imagem que me é devolvida pelo espelho ( quando o individuou se conhece como aquela imagem sendo ele mesmo.) e assim o individuo reconhece a imagem do semelhante.

O Estado do Espelho 1949.

Em 1949 Numa comunicação ao XVI Congresso Internacional de Psicanálise, em Zurique ele dá formulação definitiva das suas ideias lançadas em 1936 que foi,O Estádio do Espelho Como Formador da Função do "EU" É como outro que sou levado a conhecer o mundo: sendo, desta forma, normalmente constituinte da organização do "je" parte do eu inconsciente o Id uma dimensão paranoica. Assim o outro simbólico é visto e procurando sua aprovação.

A ideia é que o bebê só conseguirá encontrar uma solução para tal estado de desamparo por intermédio de uma “precipitação” pela qual ele “antecipará” o amadurecimento de seu próprio corpo, graças ao fato de que ele se projeta na imagem do outro (figura materna) que se encontra como que por milagre diante dele. Essa precipitação na imagem do outro, é que leva o bebê sair da sua prematuração neonatal, sendo que este movimento de precipitação, neste outro, leva o bebê a uma alienação. O bebê tem (é obrigado) a se “alienar” para que se constitua um “sujeito”. O “falo” (falus, falta) da mãe é completado com o nascimento do filho.

A mãe deseja ter um filho lhe dá um nome, engravida. Reconhece que seu filho é um ser humano e este chora porque está com fome e lhe dá o “Objeto seio” para a satisfação do bebê no prazer da oralidade,leite que é o alimento (catexia da libido) oral passando o bebê da natureza -instinto animal- para a cultura (pulsão homem). Estabelece uma “linguagem” com o “simbólico” mãe. Este passa por um processo de “alienação” para se constituir como sujeito. Com o fim da fase oral canibalesca até 1,5 anos.. O bebê antes do “Estádio do Espelho”,6 meses a 18 meses, não se vê como um corpo unificado, se sente como um corpo fragmentado. Sua mãe o seio faz parte dele e ela mãe, “boca do jacaré”, sente como se ele (filho/falo) fosse parte dela.

Com o princípio prazer/desprazer verificamos que a energia é maior no desprazer, o bebê busca o prazer através do seio materno,leite e libido oral.. Porém só quando o bebê perde o objeto do seu desejo mãe e o seio, é que ele verifica que sua mãe não faz parte do seu corpo e não é completa (estado de que é completo).Esta perda separação, vem através do “Significante Nome do Pai” que são as leis e limitações naturais da vida assim como o trabalho, individualidade, necessidades...Chamamos “boca do jacaré ou crocodilo” o desejo da mãe de possuir comer canibalizar o seu filho, como se fosse parte do seu corpo.

Este desejo natural coloca o filho em uma situação de escolha definitiva : ou se torna independente pela falta da mãe se transferir para o filho e se tornar um “sujeito faltante” ou é engolido pela “boca de jacaré” da mãe e se torna um “altista” ou um doente mental, fragmentado sem unidade, dependente da mãe. Quando a criança se torna uma psicótica a figura materna não o reconheceu como ser humano e não aconteceu a alienação com separação. Esta escolha, na verdade não é uma escolha. Lacan cita um relato da escolha que mostra esta situação, de uma ameaça de um ladrão onde ele pergunta : “Ou a bolsa ou a vida”. Na verdade não seria uma pergunta, seria uma escolha lógica e única: “Você perde a bolsa e ganha a vida” ou “Perde a bolsa e perde a vida”. O bebê na grande maioria das vezes escolhe ser um “sujeito faltante” ou um “sujeito neurótico normal”, todos nós.

Metáfora /Condensação. Condensação, em Freud é um processo psíquico que leva a que a um única representação possa representar por si só várias outras representações,(Freud Interpretações dos Sonhos).Assim,num sonhos a pessoa pode representar varias outras(ela poderá ter o nome de uma entre elas,e a aparência de uma segunda...)Para Lacan é legitimo dizer que neste caso, o conteúdo manifesto do sonho que simboliza um conteúdo latente,pode ser concebido como metáfora deste conteúdo latente. Quando a deslocação,designa em Freud um processo psíquico segundo o qual o qual o interesse ou a intensidade de uma representação pode destacar-se dela e passar para outra representação ligada a primeira por uma cadeia associativa. Assim num sonho uma pessoa pode ser representada pela evocação desta ou daquela circunstancia por ocasião da qual a conhecemos,ou ainda por determinado fato que ela usa frequentemente. Para Lacan,o conteúdo manifesto do sonho é então uma metonímia do seu conteúdo latente.

Metáfora

Com efeito,é possível considerar o recalcamento como uma metáfora: quando uma representação e recalcada, ela e representadas no sujeito por uma outra com a qual tem uma certa similaridade,como,no verso de ugo,a gravela representa Booz. O desejo, que tinha por objeto a representação recalcada,transfere-se para aquela que a substitui. Mas, visto que esta é apenas um substituto,só imperfeitamente pode convir-lhe. Assim o seu desejo deslocar-se-á sem trégua,de representação em representação,de significante em significante, segunda a lei da metonímia. Deste ponto de vista o desejo não pode representar senão muito parcialmente o "falta ser"fundamental,a carência de ser falo: o Desejo diz Lacan; é a metonímia do "falo ser" ( a descrição d cura)

Em 1953, depois de um desacordo sobre a sessão de comprimento variável, Lacan e muitos de seus colegas deixaram a Sociedade Parisiense de Psicanálise para formar um novo grupo de a Sociedade Francesa de Psicanálise SEP. Uma das consequências disso foi a privar o novo grupo de adesão dentro do Associação Internacional de Psicanálise.

O Retorno ao Verdadeiro Sentido de Freud. Incentivados pela recepção de "O Retorno a Freud" e do seu relatório "A Função e campo da fala e linguagem em psicanálise" (Écrits) - Lacan retornou novamente para Freud, releitura do cânone em relação à filosofia contemporânea, linguística , etnologia, biologia e topologia.

O Retorno ao Verdadeiro Sentido de Freud-Jacques Lacan que combateu sempre a tendência para reduzir a psicanalise,com uma parte a biologia e ou da sociologia,não pretende mais lembrar o que é realmente a teoria de Freud. Assim até a insistência na importância do papel da linguagem na psicanálise lhe parece ser já uma ideia do próprio Freud. Lacan escreve "A obra completa de Freud apresenta uma pagina em cada três de referência filosófica... sendo estas proporções ainda reforçada pela analítica da linguagem à medida que o inconsciente vai sendo olhado mais diretamente. Mesmo quando os Lacanianos empregam um conceito retirado da linguística fazem-no sempre numa perspectiva especifica Assim como os linguistas,distinguem na palavra o significado-o conceito-e o significante (a imagem acústica psíquica),podendo deste modo como os linguistas,estudar este ultimo a parte. Mas como observa 0. Mannoni em (Chaves para o Imaginário).O linguista preocupa-se sobretudo,ao nível do significante,em classificar as diferenças significativas que permitem referência os elementos propriamente significantes.

Em contra partida para a psicanalista, a representação de um desejo Inconsciente pode deslocar-se ao longo de uma cadeias significante pela simples razão da semelhança ao móvel dos sons imprimidos no psiquismo.

Os Quatros Fundamentos da Psicanálise. Com apoio de Lévi-Strauss e Althusser'S,(1962), foi nomeado professor na École Pratique des Études Altos. Ele começou com um seminário sobre Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise em Janeiro de 1964 na sala Dussane no École Normale Supérieure (Em sua primeira sessão, ele agradece a generosidade de Fernand Braudel e Claude Lévi-Strauss). Lacan começou a expor seus próprios ensinamentos sobre psicanálise para uma plateia de colegas que se juntaram a ele a partir do SFP. Suas palestras também atraíram muitos dos alunos da École Normale.

Os quatro conceitos* que Lacan considerou como fundamentais da psicanálise - Pulsão, Repetição, Inconsciente e Transferência. Esses quatro conceitos falam do mesmo aparelho estrutural, que é o Haver em sua constituição tal como foi sistematizada no Seminário do ano anterior. A tentativa é de unificar todos os conceitos num só, o de Desejo (de Morte). Uma vez que libido é o que Freud chama de constante Kraft, ela será tomada como o movimento causado pelo não-Haver, e a Pulsão como seu modo de reviramento, isto é, o périplo da libido tentando atingir o alvo (que é o retorno ao seu ponto de partida).

A Repetição é um conceito inscrito no esquema que representa o Pleroma, o Esquema Delta (1986), que é um aparelho de Repetição, um autómato. O conceito de Repetição é o eterno retorno do movimento da Pulsão. É o aparelho automático que recorre sobre si mesmo sempre esbarrando no Impossível.

O Inconsciente é tomado enquanto estruturado como A Linguagem, que é a operação que o Haver pode fazer na sua impossibilidade de se operar em não-Haver. São as formações do ICS, operadas mediante o processo metaforonímico, que proliferam o ICS ( ics é um lugar onde se localizam pulsões e desejos, energia libidinal. Faz correlação direta com o isso do segundo aparelho psíquico)como não-realizado, sujeito ao só-depois de suas próprias seriações e operando no sentido de lembrar o recalcado, que, este, retorna sempre ao mesmo lugar (o Furo) como o Real da impossibilidade de o Haver incorporar a falta enquanto objeto.

Na abordagem da Transferência, retoma-se o exemplo utilizado por Lacan d’O Banquete, de Platão. No Esquema Delta, a transferência se garante dentro do movimento desejante(é a própria estrutura da Pulsão)como um certo Sujeito adscritível ao Haver, o qual é o suporte fundamental da Transferência: o Sujeito-Suposto-Saber, que, como Lacan indicou, é o próprio Deus.

*A partir desses quatro conceitos que Lacan considerou como fundamentais da psicanalise,ou seja;Pulsão,Repetição,Inconsciente e Transferência. A Pulsão e o seu modo de reviramento, é o percusso da libido tentando atingir o alvo,que é o seu retorno ao ponto de partida. A Repetição é o constante retorno ao movimento de Pulsão.E o aparelho automático que recorre a si mesmo sempre se chocando com o impossível. O inconsciente e visto enquanto estruturado com a linguagem,que e a operação que o Haver pode fazer na sua impossibilidade de se operar e, não-haver. Assim qualquer transferência se suporta em sua aparência imediata de amor,na necessidade fundamental do sujeito falante em fazer suposições de um sujeito radicalmente outro,que é suposto saber o que se passa na região do sujeito menor que somos nos. Ele é a divindade que abrange o haver, é o suporte das transferências locais.

Na década de 1960, Lacan estava associada, pelo menos na mente do público, com a extrema-esquerda na França. Em Maio de 1968 Lacan expressou sua solidariedade para com os protestos estudantis e, como corolário de um Departamento de Psicologia foi criado por seus seguidores na Universidade de Vincennes.. Repetindo esse sentimento: "Pouco depois os acontecimentos tumultuosos de maio de 1968, Lacan foi acusado pelas autoridades de ser um subversivo, e influenciando diretamente o evento que aconteceu"Em 1969 mudou-se com Lacan seminários públicos para a Faculté de Droit (Panthéon), onde ele continuou a entregar suas exposições da teoria analítica e prática até a dissolução de sua Escola em 1980.

As três ordens:imaginário,o real e o desejo

As três ordens:imaginário,o real e o desejo. Lacan pensou que a relação entre o Ego e a imagem refletida significa que o Ego e o Imaginário se formam são lugares de radical alienações: "Alienação é constitutiva da ordem imaginária".Esta relação também é narcisista. Assim, o imaginário é o campo das imagens e da imaginação, e engano: as ilusões principal desta ordem são a síntese, a autonomia, a dualidade, a semelhança.

A-O imaginário é estruturada pela ordem simbólica: em Os quatro conceitos fundamentais da Psicanálise Lacan argumenta como o campo visual é estruturado por lei simbólica. Assim, o imaginário envolve uma dimensão linguística. Se o significante é a base do simbólico, o significado e significação são parte da ordem imaginária. A linguagem tem conotações simbólicas e imaginárias, em seu aspecto imaginário, a linguagem é o "muro da linguagem", que inverte e distorce o discurso do Outro. Por outro lado, o imaginário está enraizada na relação do sujeito com seu próprio corpo (a imagem do corpo). Em Fetichismo: o simbólico, o imaginário e o real Lacan argumenta que no plano do imaginário sexual aparece ao mostrar o amor sexual e namoro.

Lacan acusa as principais escolas psicanalíticas de reduzir a prática da psicanálise para a ordem imaginária, fazendo a identificação com o analista, o objetivo da análise. Ele propõe o uso do simbólico como forma de desalojar as fixações desativação do Imaginário: o analista transforma as imagens em palavras. "O uso do simbólico é o único caminho para o processo analítico de atravessar o plano da identificação."

O Simbólico- Em seu IV Seminário relação "O objeto" Lacan afirma que os conceitos de Lei e Estruturas são impensáveis sem a linguagem: assim, o simbólico é uma dimensão linguística. No entanto, ele não se limita a equiparar este fim com a língua já que a linguagem envolve o imaginário e o real também. A dimensão apropriada da linguagem no simbólico é a do significante, Que é uma dimensão em que os elementos não têm existência positiva, mas que são constituídas por força de suas diferenças mútuas.

O Simbólico é também o campo da alteridade radical, que é o Outro: o inconsciente é o discurso do outro. Além disso, é o reino da lei que regula o desejo no complexo de Édipo. Podemos acrescentar que o simbólico é o domínio da cultura, em oposição à ordem imaginária da natureza. Como elementos importantes no simbólico, os conceitos de morte e manque (falta) coniventes com a marca do principio do prazer e o regulador da distância entre a Thing; E o pulsão de morte que vai "além do princípio do prazer por meio da repetição" - "a pulsão de morte é apenas uma máscara de ordem simbólica."

Na sua teoria das pulsões Sigmund Freud descreveu duas pulsões antagônicas: Eros, uma pulsão sexual com tendência à preservação da vida, e a pulsão de morte Tânatos, que levaria à segregação de tudo o que é vivo, à destruição. Ambas as pulsões não agem de forma isolada, estão sempre trabalhando em conjunto. Como no exemplo de se alimentar, embora haja pulsão de vida presente, afinal a finalidade de se alimentar é a manutenção da vida, existe também a pulsão de morte presente, pois é necessário que se destrua o alimento antes de ingeri-lo, e aí está presente um elemento agressivo, de segregação.

É através do trabalho na ordem simbólica que o analista pode produzir mudanças na posição subjetiva do analisando, estas mudanças produzem efeitos desde imaginário O imaginário é

estruturada pelo simbólico. Assim, é o simbólico, que é determinante da subjetividade e do imaginário, feito de imagens e aparências, é o efeito do simbólico.

B-O Conceito de Lacan sobre o Real por volta de 1936, um termo que foi muito popular na época, especialmente com Émile Meyerson que se refere a ele como "um absoluto ontológico, um verdadeiro ser-em-si" Lacan pegou novamente sobre o tema do Real em 1953 e continuaram a elaborar sobre ele até sua morte. O Real, para Lacan, não é sinônimo de realidade.

Não só contra o Imaginário, o Real também está fora do simbólico. Ao contrário desta última, que é constituído em termos de oposições, ou seja, presença / ausência, "não há nenhuma falta no Real." Considerando que a presença da oposição simbólica / ausência implica a possibilidade de que algo pode estar faltando no simbólico ", o Real é sempre em seu lugar." Se o simbólico é um conjunto de elementos diferenciados, significantes, o Real, por si só não é diferenciado, ele não tem nenhuma fissura. O simbólico introduz "um corte na" real, no processo de significação: "é o mundo das palavras que cria o mundo das coisas - coisas inicialmente confundido no" aqui e agora "de todos no processo de entrada em estar Assim, o Real é o que é a língua de fora, resistindo absolutamente a simbolização.

No Seminário XI Lacan define o real como "o impossível", porque é impossível imaginar e impossível de integrar o Simbólico, sendo impossível possível. É esta resistência à simbolização, que empresta a sua qualidade Real traumático.

Em seu Seminário sobre a relação "O Objeto", Lacan lê Freud sobre o caso"Little Hans "Ele distingue dois elementos reais que invade e destrói a harmonia imaginário da criança, preconcepção edípica: o pênis real que se faz sentir na masturbação infantil e a irmã recém-nascida. Finalmente, o Real é o objeto de ansiedade em que ela não tem qualquer possibilidade de mediação, e é "o objectivo essencial é que não é mais um objeto qualquer, mas uma coisa perante a qual todas as palavras cessam e todas as categorias de falhar, o objeto por excelência da ansiedade."

C-Desejo,para que o objetivo da cura pela fala - psicanálise - é, precisamente, levar o analisando a descobrir a verdade sobre o seu desejo, mas isso só é possível se o desejo é articulado, ou falada. Lacan disse que "é só uma vez formulada, nomeado na presença do outro, que o desejo aparece no sentido pleno do termo."Esse assunto deve vir a reconhecer e nomear seu desejo, que é a ação eficaz de análise. Mas não é uma questão de reconhecer algo que seria inteiramente dada. Em nomeá-lo, o sujeito cria, produz, uma nova presença no mundo.

É importante é ensinar o sujeito o nome, articular, o desejo de trazer à existência." Agora, embora a verdade sobre o desejo é de alguma forma presentes no discurso, discurso nunca poderá articular toda a verdade sobre o desejo: sempre que se tenta articular o discurso desejo, há sempre uma sobra, um excesso. Em A significação do falo Lacan distingue o desejo da necessidade e da procura. Necessidade é um instinto biológico que se articula na demanda, a procura ainda tem uma dupla função, por um lado, articula necessidade e em outros atos como uma demanda de amor. Assim, mesmo após a necessidade de articulação da demanda é satisfeita, a procura de amor continua insatisfeito e esta sobra é o desejo Para Lacan o desejo "não é nem o apetite para a satisfação, nem a demanda de amor, mas a diferença resultante da subtração do primeiro do segundo".O desejo é, então, do excedente produzido pela articulação da necessidade da demanda. Lacan acrescenta que "o desejo começa a tomar forma na margem em que a procura se torna separado da necessidade." Daí o desejo nunca pode ser satisfeito, ou como Slavoj Zizek coloca que "o desejo de raison d'être não está a perceber o seu objectivo, para encontrar satisfação plena, mas a reproduzir-se como o desejo. " Também é importante fazer uma distinção entre desejo e as unidades. Se eles pertencem ao campo do Outro (em oposição ao amor), o desejo é um, enquanto que as unidades são muitos. As unidades são as manifestações parciais de uma única força chamada desejo (ver "Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise* "). Se é possível supor que pequeno objeto é o objeto de desejo, ele não é o objeto para o qual tende o desejo, mas a causa do desejo. Para que o desejo não é uma relação com um objeto, mas uma relação com uma falta (manque). Então desejo aparece como uma construção social, uma vez que é sempre constituída de uma relação dialética

Drives Lacan sustenta distinção de Freud entre conduzir o instinto. As unidades diferentes das necessidades biológicas, porque eles nunca podem ser satisfeitos e não visam a um objeto, mas um círculo em volta dela constantemente, então a verdadeira origem o gozo é repetir o movimento do circuito fechado. No mesmo seminário Lacan postula a unidades como cultural e simbólico -discurso- constrói, para ele "a unidade não é um dado, algo arcaico", primordial. No entanto, ele incorpora os quatro elementos das unidades definidas por Freud (a pressão, ao final, o objeto ea fonte) para sua teoria de circuito da unidade: a unidade de origem na zona erógena, círculos em volta do objeto, e retorna à zona erógena. O circuito é estruturado por três vozes verbais:a voz ativa (para ver) a voz reflexiva (para ver a si mesmo) a voz passiva (ser visto)

As vozes ativa e reflexiva é autoerótica, falta-lhes um assunto. É somente quando a unidade completa o seu circuito com a voz passiva que um assunto aparece. Assim, embora seja a "voz" passiva ", o disco é essencialmente ativa", de se fazer ser visto "em vez de ser visto." O circuito da unidade é o único caminho para o sujeito a transgredir o princípio do prazer.

Lacan identifica quatro pulsões parciais: a pulsão oral (as zonas erógenas são os lábios, o objeto parcial da mama), a unidade anal (ânus e as fezes), a pulsão escópica (os olhos e o olhar) e a pulsão invocante ( os ouvidos e a voz). Os dois primeiros referem-se a demanda e os dois últimos a desejar. Se as unidades estão intimamente relacionados ao desejo, são aspectos parciais em que o desejo é realizado: mais uma vez, o desejo é uma e indivisível Considerando que as unidades são as manifestações parciais de desejo.

Bibliografia relacionada ao estudo Lacan:

Obras Principais:

Discours dans les Actes du Congrès de Rome 1953,in Psychanalyse,n° 1.

De L'usage de la parole et des structures de langage dans la conduite et dans le champ de la Psychanalyse,Paris,PUF.,1966.

Discurssion de L'article de S.Leclaire et J. Laplanche;"Le Inconscient,une étude psychanalytique",in l'inconscient (VI Coloquio de Binneval),Paris,Desclée de Brouver,1960.

Écrits (Paris,Le Seuil,col."le ChampFreudien,1966,Composto por:

-Au-delà du pricipe de realité,1936

-Formateur de la foncition do "je" ,1937

-L'Agressivité em psychanalyhse,1948

-Intervebtuin syr ke transfert,1952.

-Variantes de la cure type,1935

-Le Séminaire sur "la lettre voiée",1955

-Formaction et champ de la prolo e du langage en psychanalyse,1956

-Introducction au commentaire de Jean Hippolite su la "Verneimung" de Freud,1966.

-La Chose freudiennea, 1956:

-Situation de la psychanalyse et formation du psychanalyse en 1956,1956.

-La Psychanalyse et son enseignement,1957;

-Instance de la Lettre dans l'inconcient ou la raison depuís Freud,1957.

-D'une question preliminaire à tout traitement possible de la psychose,1957.

-La sugnification du phallus,1958.

-Jeunesse de Guide ou la letre et le désir,1958.

-A la mémorie d'Ernest Jones:sur la théorie du symbolisme,1960.

-Subversion du sujet et dialectique du désir dans l'inconscient freudien,1960.