Lótus de mil pétalas

Lótus de mil pétalas

7o - Chacra Coronário: Situado no alto da cabeça, muito conhecido entre os hindus por "lótus de mil pétalas", possui 960 raios principais e um centro menor em turbilhão colorido, apresentando 12 ondulações ou raios. Este chacra é o centro de forças mais importante do ser humano, de maior potencial e radiações, constituindo-se na magnífica ponte ou elo de união entre a mente perispiritual e o cérebro físico. É, enfim, o centro responsável pela sede da consciência do espírito.

O chacra coronário é o mais brilhante de todos os centros de forças etéricas situados no duplo-etérico, é o regente orquestral dos demais centros de forças, aos quais ele se liga interiormente, ajustando-os e afinando-os para um metabolismo harmônico. Preside-lhe as diversas funções sob uma regência ou comando de inspiração, emanada diretamente do Alto. O centro coronário pode assumir as colorações mais exóticas e fascinantes; gira no seu todo com inconcebível rapidez, enquanto o seu centro de diâmetro menor apresenta-se numa cor branca, lirial e deslumbrante, emitindo fulgores dourados cada vez mais belos. Á medida que o homem desenvolve os seus princípios espirituais superiores, ele também se transforma num Sol rutilante de beleza inigualável, irradiando matizes de cores impossíveis de serem definidas pela retina física. É o elo da consciência Angélica com o mundo material, enquanto os demais centros de forças recebem-lhe o influxo superior e sensibilizam-se em suas funções de intercâmbio entre o mundo físico e o mundo oculta.

A sua ação também é algo convergente ao corpo pituitário ou hipófise, que é o único elemento de comunicação físico-psíquica com os planos superiores. Há casos que, em certas criaturas, o chacra frontal ou cerebral ainda encontra-se muito ligado à hipófise; e então o centro coronário inclina-se ou desvia-se algo até coincidir com a glândula pineal, isto é: nivela-se a este órgão, que a ciência do mundo ainda ignora a sua função psíquica, aliás, importante na sua relação entre o espírito e o corpo mental inferior. O chacra coronário, na sua relação com a glândula pineal permite a vidência astral; mas, por tratar-se de um canal que serviu outrora ao ser mais animalizado, tal vidência circunscreve-se às regiões inferiores, sendo de pouca utilidade para o homem comum. É de pouco valor essa vidência da zona primitiva do mundo oculto, não sendo aproveitável examinarmos aquilo que já não nos pode prestar qualquer benefício em face do grau evolutivo em que nos encontramos, da mesma forma que seria inútil compulsar cartilhas de alfabetização depois de cursarmos a academia.

Graças ao extraordinário desenvolvimento do seu chacra coronário, Buda, Jesus, Dom Bosco, Francisco de Assis, Antônio de Pádua, Maharshi, Babaji, Mahasaya, Teadbeater e outros homens excepcionais, podiam abandonar o corpo físico sem interromperem as atividades habituais da consciência, em vigília. Eles podiam manter-se ao mesmo tempo e cônscios de si, na fronteira do mundo angélico e do físico, num estado de percepção panorâmica capaz de abranger os fenômenos de ambos os mundos ou planos. A Igreja Católica Romana costuma pintar os seus benfeitores, líderes ou santos; com uma auréola de luz dourada em torno da cabeça; e isto comprova perfeitamente a antiga tradição iniciares de que o chacra coronário é um potencial de beleza que aumenta tanto quanto também progride o espírito do homem. O próprio hábito da tonsura prescrita aos padres jesuítas, que deixavam um pequeno círculo raspado no alto da cabeça, subordina-se ao velho conhecimento da importância do chacra coronário, conhecido pelos hindus por "brahmarandra" ou a fonte oculta principal. Que libera a energia psíquica no contacto do espírito imortal com o mundo. Físico.

Enquanto os demais chacras do duplo-etérico apresentam certa depressão no seu centro vorticoso, lembrando a figura de um pires ou hélice em movimento turbilhonante, o chacra coronário mais se assemelha a um intenso foco de energias giratórias a despedir fulgores. Lembra uma cúpula ou coroa fulgurante em torno da cabeça do homem, espargindo radiações que lhe formam um halo luminoso ou aura translúcida.