Centros de forças etéricas

Centros de forças etéricas

Embora para alguns novatos espíritas ou espiritualistas, a realidade dos chacras ou "centro de forças etéricas" ainda signifique assunto controverso e algo duvidoso, o certo é que os hindus, egípcios, caldeus e outros já trataram dessa matéria antes mesmo da era cristã. As estátuas de Buda (figura ao lado), que viveu 600 anos A.C., principalmente a de Todaiju, em Nara, no Japão, erigida em 749, já apresenta o iluminado instrutor espiritual da Ásia com o chacra coronário situado no alto da cabeça e envolvido por uma grinalda de chamas esculpidas na pedra, significando a união das forças espirituais dos mundos superiores com as energias do mundo físico em evolução.

O conhecimento dos centros de forças etéricos, portanto, remonta de longos séculos, pois os hierofantes, clarividentes egípcios e hindus sabiam julgar da capacidade dos seus discípulos e adeptos pela simples visão da transparência, colorido e da extensão do diâmetro de cada chacra do duplo-etérico, os quais se apresentam como espécies de "redemoinhos" resultantes do choque das energias etéricas do mundo superior, quando entram em contacto turbilhonante com as forças etéricas agressivas e vigorosas do plano físico. Do encontro das energias sutilíssimas descidas do Alto e das forças primárias que sobem da Terra carregadas de impurezas próprias do mundo animal instintivo, resultam os "chacras" ou "moto vorticosos", espécie de discos giratórios etéricos em alta velocidade. O fenômeno é algo semelhante ao que acontece na atmosfera do orbe, quando as correntes de ar frio que descem das nuvens pejadas de água entram em choque com as correntes de ar quente que sobem da crosta terráquea, resultando os redemoinhos de vento ou tufões.

Os chacras, quando observados de perfil em seu veloz funcionamento giratório, assemelham-se a, verdadeiros "pratos" ou "pires" de energias turbilhonante com característica depressão no centro; vistos de frente, lembram o movimento vertiginoso das hélices dos aviões, mas despedindo cintilações de cores devido ao Prâna ou Vitalidade que os irriga e se decompõe de modo prismático. Nas criaturas superiores os chacras em funcionamento giratório lembram os beija-flores imóveis no espaço, sustentados na sua incrível façanha vibratórias, pela dinâmica veloz de suas asas, como centros ativos situados no duplo-etérico, entre o corpo físico e o perispírito. Eles haurem as energias sutilíssimas do mundo espiritual superior e as encaminham para o corpo físico, fundindo-as com a vitalidade ou, o Prâna astral; absorvem, também, as forças violentas, primitivas ou instintivas da Terra para o sustentáculo carnal no cenário da matéria.

À medida que o espírito vai plasmando o seu corpo de carne seguindo o gráfico ou o molde "Preexistente" do perispírito, o duplo-etérico também vai se formando pela exsudação do éter-físico e consolidando-se como fiel intermediário das sensações físicas para o mundo oculto; e deste, para a consciência física. Pouco a pouco, os chacras ajustam-se, progridem e se desenvolvem a altura dos principais plexos nervosos do homem e são classificados em conformidade com a região do organismo físico onde eles situam-se, como o cardíaco à altura do coração, o laríngeo sobre a garganta ou o esplênico situado acima do baço físico. Eles giram como os ponteiros dos relógios, da esquerda para a direita, situando-se a seis ou sete milímetros na superfície do duplo-etérico. São os centros humanos responsáveis pela irrigação de vitalidade ainda desconhecida da ciência acadêmica, ao captarem o Prâna, que é o combustível essencial da Vida.

Sem eles o espírito não poderia exercer o seu controle e sua atividade sobre o corpo físico, nem tomar conhecimento das sensações vividas pelo mesmo, pois eles transferem à região anatômica correspondente, cada decisão assumida pelo Espírito no seu mundo oculto.

Em face do crescente aperfeiçoamento dos vossos equipamentos de laboratório, cremos que, em breve, identificareis a contextura do duplo-etérico e dos seus centros de forças, pois o éter-físico, conforme já dissemos, embora seja "invisível", ainda é matéria rarefeita que possui cor, peso, temperatura e odor. Os clarividentes conseguem vê-lo na forma de ondas, vibrações ou emanações coloridas, vibrando em correspondência com as sete cores fundamentais e os matizes do arco-íris ou do espectro solar.

Nos indivíduos espiritualmente desenvolvidos, os chacras, rodas, pires, discos girantes ou moto vorticosos são amplos esplendorosos e sumamente brilhantes, prismados por cores translúcidas e fascinantes, pois chegam a atingir até 20 centímetros de diâmetro no seu giro turbilhonante, No entanto, às vezes, eles se apresentam em cores escuras e oleosas, de diâmetro reduzido até uns cinco centímetros, com um giro emperrado, característico do indivíduo primitivo, tal como o aldeão, o caboclo, o colono, bugre ou o mugik russo. Quando bastante expansivos dinâmicos e potentes, se apresentam os chacras, eles canalizam maior soma de energias vitais e psíquicas de boa qualidade, facilitando desenvolver faculdades superiores.

Existem centros de forças tanto no duplo-etérico, quanto no perispírito; a diferença é que no primeiro são propriamente os chacras isto é, "discos giratórios", "rodas turbilhonantes", mas de forças etéricas que se dissolvem com a morte do homem. (Obs. O que se dissolve são as forças etéricas e não o perispírito ou os chacras). No perispírito, entretanto, trata-se de centros estáveis e definitivos, que não se decompõem com a desintegração do corpo físico, pois são órgãos desse corpo imortal. Enquanto os chacras do duplo-etérico são verdadeiros redemoinhos em miniatura ou "motos vorticosos" de energias etéricas prismando cores de acordo com a decomposição do Prâna que os irriga em todos os sentidos, os centros de forças do perispírito são "núcleos" de força astral e mental acumulada; e situam-se também, sobre os plexos nervosos do homem e quase ao nível dos próprios chacras etéricos; mas há a distinguir que os chacras são centros etéricos do duplo-etérico, isto é, do corpo provisório entre o organismo físico e o perispírito, enquanto os "centros de forças" perispirituais são preexistentes e impregnados de substância astralina e mental.

Nota do relator

Nosso corpo é constituído de quatro (04) elementos.

Corpo físico - Termina com a morte.

Perispírito - É um corpo fluídico imortal, que necessitamos dele até chegar-mos a Angelitude.

Espírito ou Alma - Energia sutil e imortal de cada criatura.

Duplo-etérico - É um corpo vaporoso que se dissipa no ambiente junto com seus chacras, e extingue-se em 24 horas, apos a morte.

É esse corpo que alguns videntes despreparados pensam ser o espírito ou alma de quem faleceu, quando vêem junto ao corpo, por onde passou após o falecimento ou vagando pelos cemitérios, muitos chamam de fantasma.

Obs. O duplo-etérico não é conhecido ou aceito por muitas religiões que tem seu fundamento no espiritismo!

O centro coronário do perispírito é um fabuloso equipo sem analogia na linguagem humana; é a sede das mais avançadas decisões do Espírito imortal, no entanto, o mesmo chacra coronário do duplo-etérico é tão somente um elo de conexão, uma ponte viva sensibilíssima, mas sem autonomia, a unir o mundo divino perispiritual com o mundo humano da criatura em aperfeiçoamento.

Em resumo: Os chacras do duplo-etérico são transitórias, fruto do choque das correntes etéricas superiores descidas do Alto e do éter físico em ascensão da Terra; desintegram-se com a morte física, servem de conexão entre os mundos astral e material, mas não possuem consciência própria nem funcionam à parte, pois obedecem ao comando do perispírito. No entanto, os centros de forças ou chacras do perispírito, funcionam como subestações do espírito e efetuam inúmeras providências sob um automatismo inteligente, fruto de milênios de aperfeiçoamento, tal qual acontece com o plexo solar ou abdominal do homem, que comanda e disciplina inúmeros fenômenos do corpo humano sem necessidade da intervenção direta do espírito. É mesmo considerado uma "segunda estação cerebral", que promove os movimentos de translação da criatura e demais acontecimentos comuns.

Para nós, no entanto, interessa atualmente o estudo do duplo-etérico e os seus chacras na área espiritista, coisa que também outros espíritos e autores espíritas já vêm realizando a contento. Alguma citação que confunde a posição do veículo etérico ou perispiritual, quanto à realidade desses centros de forças, não implica em prejuízos, pois tanto os chacras do duplo-etérico quanto os centros de forças perispirituais funcionam intimamente ligados e nas mesmas zonas dos plexos nervosos. Os detalhes minuciosos, que podem distinguir uns dos outros, deixamos para obras futuras, quando os adeptos espíritas já estiverem mais familiarizados com a complexidade da matéria em foco.