243) Carga e descarga de carga de cimento ou materiais em caminhão em frentes de serviço e canteiro de obras : conheça os riscos - NR-35 Trabalho em Altura

Basicamente a carga e descarga de cimento e materiais que são insumos previstos em quase todas as obras no processo de obras de engenharia e manutenção.

Os gestores de obra ciente de que se existe rotineiras cargas e descargas de caminhão oriundo de fora da obra que irão adentrar junto ao canteiro de diversos clientes deverão orientar seus terceirizados a adotar as mesmas praticas de conduta do nosso cliente juto ao fornecedor de produtos ou insumos no que diz respeito ao acesso e condução de veículos no interior dos canteiros de obra bem como o respeito com a ergonomia e a segurança no descarregamento dos produtos da boleia do caminhão, ou carroceria para o chão, e tomando todos os cuidados no acesso seguro do chão ao piso do caminhão, bem como o descarregamento do cimento evitando lombalgia decorrente de esforço excessivo ou má postura laboral.

O objetivo e orientar na redução da pratica de ato inseguro e facilitar e dar exemplo da necessidade de treinamentos para a garantia de trabalhadores na correta orientação seja ele fornecedores próprios ou terceirizados na instrução da contratação ao recebimento em campo.

Foto da situação - O que é necessário para acessar do chão ao caminha ?

Podemos sugerir:

1) Escada de Acesso;

Escada de Acesso para caminhão

Modelo de Escada de acesso ao caminhão

2) Linha de Vida Externa feita na obra de desde que não atrapalhe nenhum gabarito.

Linha de Vida

Linha de Vida Externa quando existe espaço físico na obra

O caminhão para ao lado e o funcionário trabalha descarregando o caminhão atracado

3) Linha de Vida no caminhão;

4) Caminhão com Guarda corpo;

Caminhão co Guarda Corpo

– O levantamento, transporte e descarregamento de areia, brita e tijolos com o carrinho de mão podem desencadear lombalgias – dores na região lombar da coluna, tendinites e hérnias;

– O transporte de vergalhões de ferro, de madeira ou sacos de cimento nos ombros ou na cabeça, ou ainda de pedras com as mãos, também podem contribuir para a manifestação de problemas de saúde, geralmente ligados a distúrbios osteo muscular.

- Inclusive a diferença de nível entre a subida ao caminhão para a descarga da carga representa um risco grande de queda e pode causar acidente causando traumas e lesões;

Com a popularização e facilidade da internet e dos pedido on line, algumas organizações comerciais chegam a exercer essa atividade até quintas vezes por semana o que apesar de parecer um procedimento repetitivo e comum, pode passar desapercebido em frentes de atividade nos aspectos de ergonomia e segurança do trabalho e todo cuidado é pouco na hora de trabalhar.

Os empregados que carregam e descarregam mercadorias devem ser instruídos para a realização de procedimentos seguros, que sejam adequados às substâncias que manipulam.

Para entender melhor como são feitos os carregamentos e retiradas de materiais nos caminhões com segurança e proteção, pois além da legislação do trabalho existente estamos sujeito a penalidades legais, contratuais e multas que podem ser transferidas a seus fornecedores em caso de omissão da informação a seus empregados, negligencia se o empregado estiver treinado e não quiser adotar a forma correta de agir, imperícia se não utilizar adequadamente as ferramentas de proteção coletiva existentes no local e do EPI Equipamentos de Proteção Individual na área da carga e descarga dos produtos.

Como é feita a carga e descarga de caminhão:

Os veículos transportadores, em geral os de carroceria aberta, são equipados com forros ou proteção para o assoalho, lonas, cordas, chapas de madeira ou outros materiais para fixação e proteção do material a ser levado.

Embora existam vários tipos de cargas, a maior parte das mercadorias é geralmente envolta por cintas ou filmes plásticos, cantoneiras, caixas de chapas de papelão ou madeira de tamanhos similares.

Isso facilita o seu deslocamento e empilhamento.

Normalmente, esses pacotes são movimentados e acomodados na parte traseira do caminhão com o auxílio de carrinhos, paleteiras (pequenos veículos com ganchos, que se encaixam nos vãos dos paletes para locomovê-los), empilhadeiras ou guindastes para as cargas mais pesadas.

Nem sempre a movimentação das cargas pode ser feita de forma manual.

A carga e descarga de caminhão deve ser feita em locais e horários próprios para isso.

Diversos estabelecimentos oferecem docas ou terminais adaptados, feitos para que o veículo estacione em uma vaga com acesso facilitado para a transição das embalagens até o interior do depósito.

Por outro lado, se o processo ocorre em um estabelecimento sem uma estrutura planejada, o processo geralmente requer o uso de esteiras elevatórias, ajudantes ou outros equipamentos, sempre evitando ao máximo o esforço físico envolvido no carregamento direto da carga.

No momento da entrega (seja do fornecedor para o caminhoneiro, seja do caminhoneiro para o estoquista), é feita a conferência das embalagens.

Geralmente de caminhão para caminhão onde existe espaço físico e se oeso da carga permitir a carga pode ser transportada de carroceria para carroceria sem diferença de nível.

Um profissional especializado verificará se o estado da carga está de acordo com o estabelecido comercialmente nos quesitos de quantidade, qualidade e higiene.

No caso de obra, pelo menos o Técnico de Seguranç, Apontador ou Encarregado de frente tem a obrigação de coordenar e verificar a situação do local e avaliar os riscos antes fazendo inclusive uma DDS e uma APT - Análise Previa de Tarefa.

A norma regulamentadora que orienta a carga e descarga de caminhões é a Norma Regulamentadora nº 11 (ou simplesmente NR 11) define as regras de segurança a serem levadas em consideração com relação à armazenagem, ao transporte e ao manuseio de diversos tipos de materiais.

Outras normas como a NR 19 e NR 16 tratam do transporte de substâncias mais perigosas.

Tão importante quantos as normas acima citadas, a NR 35 estabelece que toda a atividade executada acima de 2,0 metros do nível inferior, onde haja risco de queda, necessita de um sistema de proteção contra quedas.

A maioria das atividades de carga e descarga de caminhões no Brasil se enquadra nesta atividade com risco de queda.

Dentre as especificações da regulamentação na NR 11, todos equipamentos de transporte motorizados devem possuir sinal de advertência sonora (buzina) e limite de peso ou carga máxima permitida informados de forma visível no veículo, além de serem conduzidos apenas por profissionais treinados e/ou habilitados para aquela função.

É importante lembrar que, em todas as estradas que percorrem o país, existem postos específicos para medição do peso dos caminhões. Sendo assim, quando houver a devida sinalização, a parada para pesagens da carga deverá ser obrigatória. Essa fiscalização é importante para garantir a qualidade das cargas e assegurar o cumprimento das normas que promovem segurança não apenas do motorista do caminhão, mas também de todos os outros cidadãos que circulam nas mesmas rodovias, já que o excesso de peso dos veículos pode provocar desgaste excessivo nas estradas e acidentes perigosos.

Equipamentos de segurança básicos necessários para a execução da atividade:

Além de promover a realização de exames médicos e laboratoriais regulares para os trabalhadores que atuam com a carga e descarga de caminhão, as empresas de transporte contratantes devem garantir o fornecimento gratuito de equipamentos de segurança recomendados para esse tipo atividade que envolve principalmente risco de queda.

O trabalho pode requerer a necessidade do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) ou Equipamentos de Proteção Coletivo (EPC).

Todos esses produtos devem possuir certificação e se encontrarem em boas condições de uso, dentro do prazo de validade determinado pelos seus respectivos fabricantes.

EPIs:

Os equipamentos de proteção individual mais utilizados para essa função, além do EPI básico, são:

  • os trava-quedas retrateis ,

  • cintos e talabartes.

Geralmente, esses três dispositivos atuam em conjunto para que o profissional consiga sair do piso e chegar até a parte mais alta do caminhão e retornar ao solo com segurança.

Nesse caso, ele subirá, com ou sem escada móvel, por meio do uso de seu EPI conectado a um ponto de ancoragem devidamente identificado, que normalmente consiste em uma estrutura metálica apresentada em vários modelos, alturas e larguras diferentes.

Tudo vai depender de como a atividade será feita.

Sendo assim, se ele tropeçar ou perder o equilíbrio, em qualquer momento da realização da atividade, bem como na subida ou descida, o trava quedas ou talabarte, devidamente conectados ao cinto de segurança, será acionado, retendo então a eventual queda. Dentro deste sistema de proteção contra quedas acima citado, o funcionário não sofrerá lesão ou cairá no chão.

EPC:

Sistemas de Ancoragem móveis ou fixos são alternativas a serem avaliados pela empresa.

Sistema de Ancoragem Fixo como Pórticos com trilhos ou cabos de aços é a tradicional solução.

Linha de Vida Tradicional Fixa em Portico

Créditos: Fonte: https://conect.online/blog/carga-e-descarga-de-caminhao-conheca-os-riscos/ em 28/06/2020

A empresa optante por esse Sistema terá de realizar um grande investimento em obra civil, sondagem de terreno, fundações, fabricação das estruturas, montagem além do custo adicional do downtime da área de onde será realizada a obra.

Linha de Vida Tradicional Fixa em Portico

Créditos: Fonte: https://conect.online/blog/carga-e-descarga-de-caminhao-conheca-os-riscos/ em 28/06/2020

Porem se a empresa necessitar de ter flexibilidade em seu pátio de manobras, ou passar por mudanças de layout, o Sistema de Ancoragem Fixo trará limitações.

O Sistema de Ancoragem Temporário tipo cavalete permite total flexibilidade de instalação e montagem.

Linha de Vida Móvel com contrapeso

Créditos: Fonte: https://conect.online/blog/carga-e-descarga-de-caminhao-conheca-os-riscos/ em 28/06/2020

Ele se adapta em locais com ou sem estações de trabalho.

Linha de Vida Móvel com contrapeso

Créditos: Fonte: https://conect.online/blog/carga-e-descarga-de-caminhao-conheca-os-riscos/ em 28/06/2020

Isto se aplica principalmente em docas de carregamento caminhões e vagões, carregamento de caminhões tanques e ente outros.

Pode ser utilizado dentro e fora das instalações da empresa e também pode operar no interior de galpões com pontes rolantes.

Esse tipo de equipamento atende ao determinado na NR 35 e também da NBR 16.325-1/2014 (Proteção contra quedas de altura: parte 1 – Dispositivos de ancoragem tipos A,B e D), além de possuir muita mobilidade e poder ser deslocado, conforme a necessidade, na área da carga e descarga. Pode ser adaptado a diversas situações e, até mesmo, ser customizado para um veículo de maior porte como vagões de trens ou caminhões ” fora de estrada “, com situações específicas que variam de empresa para empresa.

O uso de equipamentos de proteção, principalmente contra o risco de queda, para a carga e descarga de caminhão é uma questão muito importante para a segurança e para a prevenção de acidentes de trabalho.

Mesmo assim, muitas empresas admitem que conscientizar os trabalhadores sobre seu uso pode ser difícil.

Para isso, é importante lembrar os funcionários de que sua saúde e vidas devem estar sempre em primeiro lugar.

Se os EPIs não são usados no local de trabalho, é hora de contatar a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) ou até mesmo providenciar reuniões para conscientizar sobre a importância do uso desses equipamentos.

Nos fazemos Laudo Técnico instruindo e informando a proteção necessária para carga e descarga de caminhão, produtos do INMETRO e homologados pelo M.T.E. garantem tranquilidade e patronização e devem ser adquiridos.

RECEBIMENTO DE SACOS DE CIMENTO EM OBRA

Cada partida entregue na obra será considerada um lote para fins de inspeção, desde que não ultrapasse 30 toneladas.

Para a verificação da massa líquida do material entregue em sacos, a amostra inicial será formada por 10 sacos escolhidos aleatoriamente.

Havendo rejeição do lote na primeira amostragem, coletar mais 20 sacos, compondo uma segunda amostra formada por 30 sacos (10 sacos da primeira amostragem mais 20 sacos da segunda).

A verificação das condições de cada saco deve ser realizada para o lote inteiro, no ato da descarga.

VERIFICAÇÕES E ENSAIOS

Massa dos sacos: Pesar os sacos amostrados do lote e anotar a indicação da balança.

Verificações visuais: A verificação do estado de conservação dos sacos deve ser realizada considerando a presença de sacos rasgados, furados, molhados, manchados pela impregnação por produtos estranhos ou desconhecidos e quaisquer outros problemas que possam prejudicar o uso e o desempenho do cimento.

Deve-se conferir se todos os sacos contêm os registros de marca e nome do fabricante, tipo e classe do cimento, massa líquida do saco e, principalmente, o selo de conformidade da ABCP.

Também é preciso verificar se o cimento não está empedrado.

Verificação da quantidade: Os sacos devem ser contados um a um, dispostos no chão em pilhas não entrelaçadas (não amarradas).

As alturas serão verificadas mediante inserção de ferro redondo na carga nos pontos indicados na Figura 1.

CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

Massa dos sacos: Não devem ser aceitas diferenças de massa a menor nos sacos.

Se a massa esperada dos dez sacos for 500 kg, o lote deverá ser aceito somente se a massa da amostra for igual ou superior a este valor.

Caso contrário, retirar mais 20 sacos do lote e reavaliar a amostra agora composta por 30 sacos.

Novamente não deve ser encontrada massa a menor.

Se a massa acumulada de 30 sacos na segunda amostragem não se adequar aos limites mínimos, a obra poderá rejeitar o lote ou aceitá-lo com ressalvas, negociando as condições da aceitação diretamente com o fornecedor.

Condições visuais: Os sacos que apresentarem defeitos visuais no ato da descarga devem ser separados do restante do lote, em área à parte.

Eles deverão ser devolvidos ao fornecedor para reposição ou desconto no pagamento.

Caso os sacos não possuam o selo de conformidade da ABCP, o lote deve ser rejeitado.

Quantidade: A diferença entre o número de sacos comprados e efetivamente adquiridos deve ser negociada no pagamento a ser efetuado.

ORIENTAÇÕES PARA ARMAZENAMENTO

O cimento deve ser armazenado em pilhas de no máximo 15 sacos, no almoxarifado de ensacados do canteiro por não mais que 30 dias.

O depósito do cimento não deve distar mais do que 20 m da praça de descarga e sua cobertura deve ser reforçada para minimizar os riscos de perda do cimento por goteiras ou vazamentos despercebidos.

O piso deve ser revestido com estrado de madeira (pontaletes e tábuas ou chapas de compensado).

Em regiões litorâneas, deve ser prevista uma proteção adicional contra umidade, cobrindo-se o lote com uma lona plástica (não hermeticamente), para garantir a durabilidade e o prazo de estocagem do cimento.

O estoque deve ser feito de maneira a garantir que os sacos mais velhos sejam utilizados antes dos sacos recém entregues.

Também é recomendável que a data de entrega e local de estocagem sejam planejados com antecedência de forma a evitar a pré-estocagem em locais inadequados, a interferência com outros serviços da obra ou a necessidade de transporte horizontal interno.

SEGURANÇA

Usar corretamente os EPI’s recomendados, ou seja, principalmente óculos de proteção e luva de borracha. Usar sempre o uniforme completo e em bom estado de conservação e higiene.

Se ocorrer perda ou dano de EPI’s, solicitar sua troca ou reposição imediatamente.

Antes de iniciar os trabalhos, verificar as condições físicas e de funcionamento das ferramentas e equipamentos.

Não usar ferramentas avariadas ou impróprias.

Não improvisar ferramentas e nem guardá-las em bolsos.

Não operar equipamentos para os quais não tenha sido treinado. Zelar pelos objetos sob sua responsabilidade Ser fiscal de si próprio e de seus colegas quanto aos atos inseguros.

Ser fiscal de si próprio e de seus colegas quanto a atos inseguros. Manter sempre limpo, desimpedido e arrumado o local de trabalho.

Concluído o trabalho, recolher as sobras de materiais para os locais específicos. Levar para a área de trabalho somente os materiais que serão imediatamente utilizados ou com perspectiva de utilização num curto tempo.

Obedecer à sinalização de segurança instalada nos locais de trabalho e no canteiro.

Não alterar a sinalização de segurança sem a presença do Técnico de Segurança do setor.

Fumar somente nos locais permitidos. Em situações de emergência, interromper o trabalho e dirigir-se rapidamente, sem correr, para o local indicado no procedimento de emergência e evacuação da área.

OBSERVAÇÕES

Do pedido de compra deve constar:

  • Tipo de cimento desejado pela obra (CP I, CP I-S, CP II-E, CP II-Z, CP II-F, CP III, CP-IV ou CP V);

  • Classe do cimento desejado pela obra (25, 32 ou 40);

  • O número da norma pertinente (NBR 5732 para o CP-I, NBR 11578 para o CP-II, NBR 5735 para o CP-III, NBR 5736 para o CP-IV ou NBR 5733 para o CP-V);

  • A marca que foi adquirida pelo departamento de suprimentos;

  • Aviso esclarecendo que o material será pesado por amostragem na obra e cada saco deverá conter 50 kg;

  • Aviso esclarecendo que o estado de conservação dos sacos será verificado na obra, no ato da descarga, e que os sacos rejeitados serão devolvidos ao fornecedor, descontando-se seu valor do total a ser pago;

  • Aviso esclarecendo que todos os sacos devem ter impresso o selo de conformidade da ABCP, sem o qual o lote não será aceito pela obra;

  • Outras informações consideradas necessárias.

Dicas para carregar cimento sem prejudicar sua saúde

Profissionais de obras estão acostumados a carregar cimento e outros materiais pesados, mas essa prática constante, se feita de forma errada, pode prejudicar a saúde. Isso porque o levantamento frequente de objetos pesados pode causar lesões musculares.

Uma maneira do trabalhador evitar esses problemas é praticar atitudes ergonômicas que proporcionem bem-estar e aumentem sua produtividade.

Mas antes de falar sobre isso, vamos explicar os perigos que o deslocamento de cargas pesadas representam para o corpo.

As fotos mostram um ajudante varrendo a obra com uma vassoura comum, sem adaptação do cabo à sua altura, mantendo as costas curvadas durante todo o período de trabalho.

Fotografia do ajudante realizando sua atividade de forma incorreta

Fonte: O próprio autor

Fotografia do ajudante realizando sua atividade de forma incorreta

Fonte: O próprio autor

Um grande problema nas obras de construção civil em geral e principalmente nas de pequeno porte, é o transporte de carga manual. A figura mostra o ajudante levantando 1 saco de cimento de 50 kg, colocando todo o peso desse levantamento nas costas, exacerbando mais uma vez a flexão de tronco, sobrecarregando as estruturas da coluna lombar, predispondo o trabalhador à incidência de lesões.

A fotografia 13 demonstra igualmente a sobrecarga da coluna lombar quando o ajudante retirou um saco de cimento com 50 kg da pilha sozinho, carregando o saco. Neste caso, concentra a maior parte do esforço na musculatura das costas e na coluna.

De forma simples, pode-se resolver essa situação fazendo com que os ajudantes dividam o peso do saco de cimento, mantendo a postura ereta. Após o saco de cimento ser retirado da pilha, por dois ajudantes, garantindo a postura correta durante este trajeto,

Fotografia do ajudante realizando sua atividade de forma correta, trabalhador com óculos segurando saco de cimento

Fonte: O próprio autor

A PRÁTICA CONSTANTE DO CARREGAMENTO DE PESO NA OBRA

PODE PREJUDICAR A COLUNA DO TRABALHADOR.

Fonte: https://cimentomaua.com.br/blog/dicas-para-carregar-cimento-sem-prejudicar-sua-saude/ em28/06/2020

Possíveis problemas após carregar cimento e outras cargas pesadas

No Brasil, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelece que um funcionário pode carregar individualmente até 60 kg, valor bem maior que aquele definido por alguns órgãos internacionais.

O National Institute for Ocupational Safety and Health (Niosh), por exemplo, fixou que o limite de peso levantado por uma pessoa deve ser de 25 kg, isso em boas condições, isto é, em situações que ela não precise se agachar, torcer o tronco ou elevar demais os braços.

Por conta desse cenário, profissionais técnicos de obras estão mais expostos aos riscos que trazem limitações físicas, ainda mais se a ergonomia é ignorada. Nesses casos, o transporte de sacos de cimento pode causar dores na coluna e hérnias, além de lesões em tendões, músculos e articulações.

Explicando de forma bem simples, quando alguém inclina o tronco totalmente para frente para tirar uma carga do chão, a parte anterior dos discos localizados entre as vértebras da coluna é comprimida, enquanto a parte posterior recebe menor carga. Essa assimetria de esforços, combinada aos movimentos repetidos e ao peso extremo, pode debilitar a região.

Outra atitude prejudicial aos discos é quando a pessoa não gira o corpo todo para fazer um movimento completo, realizando apenas uma rotação lateral com o tronco.

Ergonomia: boas práticas para começar o quanto antes

A ergonomia é imprescindível para manter seus funcionários longe de lesões e doenças ocupacionais.

Portanto, é extremamente importante dar a devida atenção à ergonomia, oferecendo treinamentos ou esclarecimentos sobre recomendações ergonômicas, de modo a evitar lesões.

Para entender o que é ergonomia na obra, basta lembrar que o trabalho tem que ser seguro.

Para pensar em ergonomia, é preciso considerar as condições físicas da pessoa, o tipo de carga, o tempo que será dedicado ao deslocamento do material e o esforço que essa tarefa vai demandar.

O risco ergonômico é aquele existente quando seus funcionários ou terceiros contratados, levantam, transportam, empurram, fazem carga ou descarga de objetos e materiais pesados, como blocos, sacos de cimentos, caixas, vigas, entre outros, de modo repetitivo.

Riscos chamados ergonômicos trazem limitações físicas, em função do levantamento indevido de peso e, consequentemente, problemas psicológicos.

O risco está na possibilidade da ocorrência de lesões musculares ou até doenças ocupacionais sérias, que podem afastar o trabalhador do canteiro e se tornar uma dor de cabeça para o fiscal, a empresa o contrato, e principalmente para o que mai interessa ao próprio funcionário pois empresa a decorrência do que uma má postura ou esforço excessivo que ele possa fazer e as limitações físicas que eventualmente ele possa a vir contrair pela sua própria negligencia falta de condutas, falta de dispositivos de bloqueio e treinamentos e da organização não tem valor.

Uma dica muito importante é sempre carregar e descarregar sacos de cimento flexionando as pernas e mantendo a coluna reta.

Quanto mais próximo o material ficar do corpo, melhor o ideal é transportar o objeto quase como se estivesse abraçando.

Ao retirar ou colocar cargas no chão, mantenha os pés afastados e sempre use a força das pernas. Esse procedimento faz com que a compressão nos discos aconteça por igual.

Fila indiana de homens carregando cimento da forma correta sacos de cimento

Fonte: https://cimentomaua.com.br/blog/dicas-para-carregar-cimento-sem-prejudicar-sua-saude/ em28/06/2020

FLEXIONAR AS PERNAS E MANTER A COLUNA RETA É O SEGREDO PARA NÃO HAVER LESÃO NO CARREGAMENTO E DESCARREGAMENTO DE CIMENTO.

Outras recomendações importantes:

  • Antes de qualquer atividade física, faça exercícios de aquecimento para preparar seus sistemas circulatório e respiratório. Adotando essa prática, as tensões musculares diminuem, a flexibilidade do corpo aumenta e as lesões são evitadas;

  • Nunca leve cargas na cabeça, pois isso pressiona os discos da coluna. Sacos de cimento até podem ser carregados no ombro, mas não deixe todo o peso do material apoiado apenas nele, use os braços para ajudar a carregar com firmeza;

  • Quando precisar transportar uma carga mais pesada, respire fundo e prenda a respiração. O aumento de pressão no tórax diminui a pressão nos discos da coluna;

  • Antes de carregar um saco de cimento, contraia os músculos, preparando-os para o esforço físico;

  • Evite movimentos bruscos na hora de levantar a carga;

  • Se a carga for muito pesada, peça ajuda a outro profissional para facilitar a tarefa;

  • Sempre que for necessário deslocar uma carga a distâncias maiores que 2 m, utilize carrinhos ou empilhadeiras;

  • Se tiver que subir escadas carregando sacos de cimentos, escale-a degrau por degrau, pausadamente, para distribuir o esforço.

COMO PREVENIR PARA NÃO ACONTECER ESSE TIPO DE DESVIO NA OBRA :

Criar Cartilha de segurança pelos técnicos de segurança das obras orientando os administrativos de obra e gestors nas contratações informarem os procedimentos adotados pelo nosso cliente e as normas de segurança da legislação brasileira referente as normas e condutas operacionais;

– Os profissionais da obra devem ser instruídos a verificar o tamanho, a forma e o volume da carga a ser levantada e transportada, para analisar o jeito mais seguro de trabalhar e descarregar as cargas dos caminhões ;

– O uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) como luvas, máscaras, óculos, capacetes, sapatos de segurança com biqueiras de aço e cinto ergonômico, deve ser obrigatório;

– Análise ergonômica do trabalho, a fim de identificar e contornar riscos. Esta é uma exigência da NR-17, norma de segurança do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE);

– Aprimorar o plano Ergonômico da Empresa sendo desenvolvido pelas próprias obras um conjunto de observações dos posto de trabalho e atividades da obra enviando para o Engenheiro de Segurança e Médico do Trabalho validarem o plano geral da empresa apontando boas práticas e novas sugestões;

- A fiscalização dos trabalhos no canteiro de obra, entretanto, apenas poderá ser realizada por auditores fiscais do MTE. Programas de segurança como o de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e o de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) devem ser implantados e cumpridos a risca.

Pequenas ações como as listadas acima têm o potencial de trazer enormes benefícios para sua saúde.

Afinal, por que carregar cimento de qualquer maneira se você pode se prevenir de problemas no futuro, não é mesmo? Comente abaixo o que você achou das dicas!

PADRÕES OPERACIONAIS MÍNIMOS EXIGIDOS DOS FORNECEDORES :

VEÍCULOS, MAQUINAS E EQUIPAMENTOS

Operação

Todos os colaboradores que dirigem veículos a serviço devem ter no mínimo 1 ano de CNH - Carteira Nacional de Habilitação definitiva, válida e compatível com a categoria do veículo.

Os motoristas/operadores devem realizar diariamente uma checagem dos itens principais dos veículos, das maquinas e dos equipamentos. Deve-se registrar e deixar disponível no local da atividade para ser fiscalizado.

As contratadas devem identificar os seus veículos com seus próprios logotipos e numerá-los sequencialmente de maneira que permita à habilitação e liberação do veículo pela segurança do trabalho local.

Os veículos e máquinas que operam em marcha à ré devem estar equipados com alarme sonoro acoplado ao sistema de cambio e com retrovisores em bom estado.

O condutor do veículo de propriedade da empresa ou a serviço fica expressamente proibido dar carona á pessoas estranhas ao quadro da empresa, ou a empregados que não estejam a serviço.

A contratada deverá afixar adesivos no para brisa de todos os veículos com a informação que é Proibida dar carona e no painel com os textos: É proibido fazer o uso de telefone celular quando na condução do veículo”. “Uso obrigatório de cinto de segurança para o condutor e passageiros”.

Para o transporte de qualquer tipo de equipamentos móveis deve ser disponibilizado veículo específico para tal atividade (caminhão tipo rampa) caso não seja disponibilizado doca específica para carregamento e descarregamento.

As contratadas devem prever e prover procedimentos com a utilização de batedores para o transporte e deslocamento dos equipamentos e máquinas de grande porte nas estradas e dentro do site, se aplicável.

Todos os equipamentos móveis e semimóveis devem conter indicação de carga máxima de trabalho permitida, indicada em local visível.

Uso de calços (1 par) para as rodas para caminhões => primeira roda tratora esquerda (exceto em casos específicos a ser analisado pela área de Segurança do Trabalho).

Os motoristas/operadores, assim como pedestres e todos envolvidos na operação devem usar roupas de alta visibilidade ao trabalhar perto de veículos em movimento.

As contratadas que transportam seus funcionários devem apresentar um programa de Prevenção de Segurança no Volante.

O programa deve apresentar os seguintes temas:

      • Política/Procedimento de segurança no volante do fornecedor;

      • Política/Procedimento de gestão de consequências do fornecedor; Treinamento dos motoristas na política de segurança do fornecedor;

      • Periodicidade e controle de manutenções;

      • Rotogramas de rotas rotineiras;

      • Certificados de treinamento especializado e Direção Defensiva (teoria e prática bianual);

      • ASO;

      • Procedimentos de emergência;

      • Aderência ao Maio Amarelo;

Toda carga e descarga quando haja a necessidade de subida na carroceria deve ser planejada antes de ser executada com a equipe da obra.

Data da Criação do Artigo: 29/06/2020.

Eng. Civil e de Seg. Trab / Analista Ambietal

LUIZ ANTONIO NARESI JUNIOR

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