"A identidade não existe solitariamente.

É sempre uma relação, na qual alguém é reconhecido por outros, por alguns dos traços e qualidades que porta. Sem o aval desse reconhecimento, os traços e qualidades que alguém se atribui não são ratificados e, desse modo, também não se sustenta a auto atribuição identitária que faz a seu respeito. A confirmação da identidade de alguém só é possível por intermédio da identidade de outrem que o reconhece; do  mesmo  modo,  a  identidade  desse  outro  também  é  dependente  de reconhecimento."

Maria Helena Oliva Augusto em "TEMPO,  MEMÓRIA  E  IDENTIDADE: Algumas  considerações"