4.2.1. Localização e entorno  

- Fazer mapa no Qgis da localização e do entorno já destacando a microparcela 

- Fazer mapa mostrando a Relação de distância do Dorothy e o Plano Piloto 

 

4.2.2. Contexto territorial e econômico 

A ocupação é marcada pela autoconstrução e autogestão comunitária, com moradias erguidas em sua maioria com materiais reaproveitados, madeira e tapume, e algumas casas em alvenaria. O planejamento urbano e infraestrutura básica deficitária resulta em problemas como alagamentos, erosões, umidade, presença de insetos e roedores, falta de drenagem pluvial e descarte inadequado de resíduos sólidos. Muitos desses problemas têm relação com a localização da comunidade em área de solo arenoso, lençol freático raso e declividade acentuada, o que exige soluções urbanísticas sensíveis à água e estratégias ambientais integradas (Franco et al., 2023) 

Em contrapartida, o território apresenta potências significativas. A mobilização social organizada, lideranças comunitárias atuantes, projetos de extensão universitária - como o ATHOS e a Residência CTS – e a instalação de um Posto Territorial do Programa Periferia Viva. Esses elementos geram condições para execução de microprojetos estruturantes (como drenagem local, hortas comunitárias, plano de ocupação local, recuperação ambiental) e favorecem o engajamento da comunidade no processo projetual (Franco et al., 2023). 

4.2.3. Contexto fundiário e urbanístico 

A ARIS Dorothy Stang se encontra em processo de regularização fundiária (Reurb-S), conforme previsto no PDOT, embora muitas etapas ainda dependam de ação institucional e articulação comunitária. A comunidade já conta com a cesso à rede de energia elétrica e abastecimento de água em setores importantes do território. Em termos sanitários, algumas moradias já adotaram fossas sépticas, com indicações específicas de localização adequada dentro dos lotes – uma prática destacada no Caderno Técnico (Franco et al., 2023). 

Do ponto de vista urbanístico, a ocupação se caracteriza pela densificação não planejada e pela heterogeneidade dos lotes, o que impõe desafios de recuos, drenagem, circulação interna e hierarquia viária. A integração à malha urbana contextualmente se dará com melhorias graduais de infraestrutura.  

Para o projeto na escala de lote (residencial), essas condições fundiárias e urbanísticas implicam em: prever afastamentos sanitários seguros e dimensionamento correto de fossas; controlar cotas e inclinações para drenagem própria; compatibilizar passagens de infraestrutura (água, esgoto e energia) com a modulação do BTC; manter permeabilidade adequada e permitir futuras ampliações. 

Essas ações reforçam a necessidade de pensar a produção do habitat não apenas como construção de casas, mas como planejamento territorial articulado às condições ambientais e sociais, que respeita o direito ao habitat e amplia a qualidade da vida comunitária (Franco et al., 2023). 

4.2.4. Contexto de condicionantes ambientais 

- Fazer mapa de topografia, clima e insolação, vegetação existente (trabalhar com o lote)