2/2022

04/08 – Apresentação do plano de trabalho para o semestre [Prof. Anderson Nakano]

Estudo da obra O Conceito de Natureza (1920), de Alfred North Whitehead.

11-18/08Whitehead, 1920 - O Conceito de Natureza Cp. 1 [Lucas Antonio Saran]

[Natureza e Pensamento] Whitehead realiza uma exposição que, para fins didáticos, pode ser apresentada como dividida em dois momentos mais importantes. O primeiro, após apresentar os objetivos do livro (e da série de conferências atrelada a ele) com maior detalhe, fornece uma primeira exposição do conceito de natureza como “aquilo que observamos pela percepção obtida através dos sentidos”. Considerando essa primeira versão do “conceito de natureza”, o autor desenvolve uma série de outras exposições e definições. Dentre estas, destaca-se certa concepção de entidade que leva a uma reflexão a respeito das proposições; tal reflexão, por sua vez, mobiliza todo um arcabouço conceitual no interior do qual cabe enfatizar as noções de “expressões demonstrativas” e “expressões descritiva” (estas últimas parecem ter forte base em reflexões de Bertrand Russell desenvolvidas em textos como On Denoting). Após expor essas noções, o texto caminha para o segundo momento importante mencionado. Desse segundo momento, é interessante destacar os seguintes tópicos: a introdução das noções de “fato” e “fator” entendidas em correlação com a noção de “entidade”; a introdução da importante noção de “evento”; uma reflexão crítica a respeito das noções de “matéria”, “tempo” e “espaço”.

25/08 – Whitehead, 1920 - O Conceito de Natureza Cp. 2 [Rodrigo Lima]

[Teorias da bifurcação da natureza] Este capítulo funciona como uma espécie de “antessala” aos tópicos que serão esmiuçados pelo autor mais adiante. Tal como W. destaca, assuntos como tempo, espaço, experiência, causalidade entre outros itens serão abordados nos capítulos a seguir. Há, adicionalmente, a exposição do problema que irá delinear suas tratativas posteriores, aquilo que o autor intitulará como a querela da bifurcação da natureza. Segundo o autor, a filosofia deveria atuar na “contenção” da celeuma que nasce a partir da (errônea) discussão acerca daquilo que “está somente na mente” e do que “se encontra unicamente na natureza”. Ora, não deve haver dois sistemas de realidade - um baseado na percepção dessa natureza e outro no qual a própria natureza seria a catalisadora da percepção. Em suma, simplificadamente, trata-se aqui de exibir o tipo de relações existentes entre as entidades que de fato percebemos e a natureza que está diante de nós no conhecimento perceptivo. Em seguida, o autor buscará realizar o objetivo enunciado ao passar em revista os tópicos elencados neste capítulo.

01-08-15/09 – Whitehead, 1920 - O Conceito de Natureza Cp. 3 [Tony Ferraz]

[O tempo]

29/09 – Whitehead, 1920 - O Conceito de Natureza Cp. 4 [Pedro Artoni]

[O método da abstração extensiva]

20-27/10; 03-10/11 – Whitehead, 1920 - O Conceito de Natureza Cp. 5 [João Luiz Assirati]

[Espaço e movimento]

17/11 – Whitehead, 1920 - O Conceito de Natureza Cp. 6 [Lucas Saran]

[Congruência] Whitehead realiza uma exposição cuja finalidade seria de estabelecer uma “teoria da congruência”: trata-se, neste caso, de uma teoria do dimensionamento no espaço e no tempo. As questões por trás de tal objetivo parecem ser simples, pois estão atreladas a procedimentos e convenções aplicados no cotidiano. Contudo, entender o significado de tais procedimentos e convenções não parece ser tarefa fácil; Whitehead chega a dialogar com alguns autores e polêmicas que aparentam trazer alguma luz para o referido significado. Desses autores e polêmicas, destaca-se o debate entre Russell (Bertrand Russell) e Poincaré; o autor de O conceito de Natureza pensa que sua teoria (filosofia da ciência e da natureza) possui o mérito de apresentar uma solução para a dificuldade exemplificada por tal debate. Essa teoria (de Whitehead) seria capaz de indicar o fator da natureza que resulta na primazia de uma relação de congruência específica sobre a indefinida profusão de outras relações (de congruência). Talvez a razão mais proeminente para esse otimismo (de Whitehead) com relação à própria teoria seja a situação de que, no contexto do pensamento de Whitehead (e em conformidade, também, com outros cientistas e filósofos), a natureza não mais se encontra confinada ao espaço em um instante, de modo que espaço e tempo estariam interligados. É essa interligação (entre espaço e tempo) que permite que o filósofo inglês (Whitehead) desafie certa concepção ortodoxa e apresente as linhas matemáticas gerais de uma visão sobre a congruência.