CATEDRAL de SANT’ANA
A Catedral Metropolitana – Basílica Menor de Sant’Ana é a principal edificação do chamado centro histórico. Seu projeto tem sua assinatura pelo Cav. J. Sachetti e se assemelha muito a catedral da Sé de São Paulo, que também leva a assinatura do mesmo engenheiro.
Sua construção se deu devido ao precário estado de conservação da antiga Catedral (Construção de 1.893).
A 08 de dezembro de 1.927, dois anos após sua chegada a Botucatu, Dom Carlos Duarte Costa lançou solenemente a primeira pedra fundamental da nova Catedral de Sant’Ana, com a presença do então Presidente do Estado Júlio Prestes.
Mas foi somente no dia 20 de março de 1.929, após a celebração de uma missa solene no dia anterior, que se deram as escavações para o alicerce da nova Catedral.
No ano de 1.937 a Cripta já se encontrava pronta, e a 06 de setembro de 1.937, os restos mortais de Dom Lúcio Antunes de Souza foram transladados para a nova cripta.
Após a renúncia de Dom Carlos a 06 de outubro de 1.937, a construção da Catedral ainda se encontrava na altura das janelas.
O reinício das obras se deu com a chegada de Dom Frei Luiz Maria de Sant’Ana (3º Bispo de Botucatu).
A retomada das obras fora confiada a Construtora Guimarães.
Em apenas 05 anos, com a ajuda da população Dom Frei Luiz consegui levantar, cobrir e terminá-la internamente.
O baldaquino (que já não existe mais) em madeira foi doado pelo Sr. Rodolfo Pasqualin, na época, diretor do laboratório Paulista de Biologia.
As 5 portas em madeira entalhadas, foram doadas pelo industrial Camillo Dinucci.
A imagem de Sant’Ana que media 2,20 metros, foi doada pelo ex-prefeito e industrial de Botucatu, Pedro Losi.
O vitral onde está reproduzida a imagem de Sant’Ana, que se encontra no arco da porta central da Catedral, foi gentilmente oferecido pelo Sr. Emílio Pedutti.
Todas as telhas da Catedral foram ofertadas pelo engenheiro Dr. Adolfo Dinucci e o trono episcopal foi oferecido pelo clero da diocese de Botucatu e confeccionado na Escola Industrial.
Embora não totalmente acabada, a nova Catedral de Botucatu foi inaugurada no dia 08 de dezembro de 1.943, dezesseis anos após o lançamento da pedra fundamental.
Naquela manhã do dia 08, às oito horas da manhã, Dom Frei Luiz sagrou a Catedral celebrando em seguida a Santa Missa.
O Dr. Júlio Prestes que foi quem lançou a pedra fundamental em 1.927, também estava presente às solenidades de inauguração.
Já na década de 60, aproveitando o “embalo” do Concílio do Vaticano II, Dom Henrique Golland Trindad (1º Arcebispo de Botucatu) fez uma grande reforma na Catedral mudando totalmente seu interior.
Dom Frei Henrique derrubou todos os altares de mármore, retirou quase todas as imagens, inclusive a grande imagem de Sant’Ana do altar central.
Essa imagem foi colocada na Praça ao lado da Catedral em um pedestal, mas durou pouco tempo, sendo totalmente destruída por vândalos.
O Baldaquino foi retirado e o altar-mor foi removido para a Capela do Santíssimo.
Sob o novo altar-mor colocou-se a grande imagem de Jesus Crucificado. Fez também um trono para Nossa Senhora Aparecida, onde o filho do arquiteto contratado para a reforma, moldou em barro algumas estrelas que até hoje compõe o painel de fundo do referido altar.
A Cátedra do Trono Episcopal foi retirada e hoje serve o último altar da Igreja do sagrado coração de Jesus.
Após ter concluído toda essa reforma, Dom Frei Henrique convidou o então núncio Apostólico no Brasil, Dom Sebastião Baggio, para sagrar a Catedral.
A solene Sagração da Catedral Metropolitana de Sant’Ana de Botucatu aconteceu no dia 30 de agosto de 1.964.
Na década de 70, Dom Vicente Marchetti Zioni (2º Arcebispo de Botucatu) também deixou sua marca em nossa Catedral.
Em São Paulo, Dom Zioni conheceu o pintor Antônio Pain Filho, um congregado mariano. Reencontrando o pintor depois de muito tempo, veio a saber que o mesmo havia produzido várias obras de arte cujo argumento era Nossa Senhora, dando um toque Brasileiro a elas; pintou dessa forma 40 Madonas Brasileiras.
Dom Zioni, impressionado com as pinturas, das 40 mandou fazer 12 em uma firma de vitrais chamada Conrado Sordinaite. Tais vitrais hoje podem ser admirados na Catedral de Botucatu. Estão lá: Madona do Sabiá, Virgem do Maracujá, Madona da Roça, Virgem das Samambaias, Virgem da Orquídea, Virgem do Cruzeiro, Madona do Cafezal, e outras mais.
Entre outras mudanças também removeu o batistério do fundo da Catedral para atrás do altar mor.
Dica: Ao conhecer a Catedral, não se esqueça de visitar a Capela da Ressurreição onde estão sepultados os Bispos de Botucatu.
HISTÓRICO DA ARQUIDIOCESE
A Arquidiocese Sant’Ana de Botucatu, localizada no centro do estado de São Paulo, tem uma população estimada pelo IBGE em mais de 444 mil habitantes, espalhados nas 47 paróquias nos vinte municípios que compõe o território arquidiocesano.
A Diocese de Botucatu foi criada em 7 de junho de 1908 pela Bula: “Diocesium Nimian Amplitudinem” do Papa Pio X, que elevou a então Diocese de São Paulo à condição de Arquidiocese, nesse mesmo dia foram criadas também as dioceses de Taubaté, Campinas, Ribeirão Preto e São Carlos do Pinhal, sendo Botucatu a maior em extensão territorial, abrangendo praticamente a metade do estado de São Paulo. Na mesma data foi nomeado como primeiro Bispo Dom Lúcio Antunes de Souza. A festa de instalação de seu bispado ocorreu em 25 de outubro de 1908, na Igreja Matriz de Sant’Ana, a partir de então Catedral Diocesana.
Em 19 de abril de 1958, pela Bula: “Sacrorum Antistitum”, o Papa Pio XII, elevava Botucatu a dignidade de Arquidiocese e Sede Metropolitana, formando assim uma nova Província Eclesiástica, tendo como dioceses sufragâneas: Assis, Lins, Marília, Presidente Prudente, e também, Bauru (1964), Araçatuba (1994) e Ourinhos (1999). Nessa mesma data o bispo Dom Frei Henrique Golland Trindade se tornou o primeiro Arcebispo Metropolitano de Botucatu. A instalação da Arquidiocese ocorreu no dia 12 de abril de 1959, e, contou com a presença do Núncio Apostólico no Brasil, Dom Armando Lombardi, ocasião em que foi lida em latim e em português a Bula Pontifical de elevação à Arquidiocese.
Um dos grandes protagonistas da criação da Diocese de Botucatu, foi o Padre Paschoal Ferrari, Italiano, veio ao Brasil em 1979, já ordenado sacerdote, sendo vigário em Sorocaba e Itapeva. Tomou posse da paróquia Sant’Ana de Botucatu em 6 de maio de 1866, dois meses após resolveu construir uma nova igreja Matriz, uma vez que a existente estava em péssimo estado de conservação e já era pequena para a população que crescia a cada dia. Com a autorização do Bispo de São Paulo, iniciou a construção da nova Matriz em 2 de novembro de 1886, com o lançamento da pedra fundamental. Em 1896, a Matriz de Sant’Ana foi definitivamente transferida para a recém-construída igreja no alto da cidade (que se localizava em frente da atual Catedral), a velha matriz foi dedicada a São Benedito.
Essa Matriz foi a primeira Catedral de Botucatu, tendo sido demolida em 1943, quando se inaugurou a atual Catedral Metropolitana. Pe. Ferrari, depois de terminar a construção da nova Matriz, não parou, e sugeriu ao Núncio Apostólico, Dom Júlio Tonti, a criação de uma nova diocese na região sudoeste do estado, ideia está aprovada pelo Bispo de São Paulo, Dom Joaquim Arcoverde, que logo foi transferido para a Arquidiocese do Rio de Janeiro e se tornou cardeal.
Dom José de Camargo Barros, novo Bispo de São Paulo, também endossou a ideia de criar uma ou mais dioceses, no interior paulista.
Pe. Ferrari, realizou a partir de então um grande trabalho de conscientização da importância de ser ter uma diocese instalada em Botucatu, buscou apoio dos chefes políticos, homens abonados e dos expoentes sociais e religiosos da cidade. Com o parecer positivo do Cardeal Arcoverde e de Dom José de Camargo Barros, organizou a comissão pró bispado de Botucatu. Isto segundo dados históricos aconteceu no dia 3 de julho de 1904 na casa do Coronel Rafael de Moura Campos.
O Cardeal Arcoverde enviou então uma carta ao Bispo de São Paulo, Dom José, comunicando-lhe a determinação do Papa Pio X de criar a Diocese de Botucatu, em 6 de maio de 1906, o bispo viajou à Roma para tratar deste e de outros assuntos com o Papa. No regresso do bispo, o navio naufragou no litoral da Espanha, e Dom José faleceu.
Em 1907, com a nomeação do novo Bispo de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, que visitou Botucatu em 3 de junho daquele ano, confirma a instalação da Diocese de Botucatu, que um ano depois em 7 de junho estaria instalada na cidade.
Capela da Ressurreição: onde estão sepultados nossos bispos e arcebispos e padres.
Com a reforma do piso inferior da Catedral Sant’Ana, um dos principais locais é a cripta onde se encontram sepultados nossos bispos e arcebispos, um local de oração por aqueles que garantiram a unidade da fé em nossa Igreja Particular de Botucatu.
A Capela da Ressurreição, como foi denominada, é muito visitada pelos fiéis. Nela se encontram sepultados:
Monsenhor Paschoal Ferrari, que contribuiu para a instalação da Diocese de Botucatu;
Ferrari, Monsenhor, Rua Centro – Lei de 05 de setembro de 1922.
Nasceu em Corfino – Massa Carrara – Itália, em 03 de abril de 1853.
Em 1879 recém-ordenado padre, transportou-se para o Brasil.
Trazia-o o ideal de um apostolado ativo, tal como o faziam os primeiros missionários em terras coloniais.
Havia muito a organizar, servir, catequizar.
Foi inicialmente vigário em Sorocaba, Bom Sucesso e Itapeva.
Desta paróquia permutou com o padre João Rodrigues Lopes e veio para Botucatu assumindo o vigariato da Matriz em 6 de maio de 1886.
Aqui encontrou-se no seu verdadeiro ambiente, pois a colônia italiana da época era bastante numerosa.
Seu primeiro passo foi organizar as associações religiosas que se faziam então o esteio da vida paroquial assegurando a vida espiritual e consolidando a economia eclesial.
Logo após preocupou-se com a construção da Matriz, no alto da cidade. O templo iniciou-se em 1887.
Em 1892 foi benta a Capela Mor e em 1893 a obra estava inteiramente terminada.
Padre Ferrari foi o principal mentor da criação da diocese de Botucatu.
Naquele tempo estudava-se o desmembramento da Diocese de São Paulo em outras tantas dioceses.
Merecendo, por suas excepcionais virtudes, a confiança de Dom Duarte Leopoldo e Silva, Bispo de São Paulo, fez prevalecer suas inteligentes e oportunas ponderações do que resultou, num esforço conjunto e anos depois, a criação da Diocese de Botucatu em 1908, que teve como Bispo Dom Lúcio Antunes de Souza.
Em 04 de junho de 1907, agraciou-o Dom Duarte Leopoldo e Silva com a nomeação de Camareiro Secreto.
Em 25 de maio de 1908, foi agraciado por S.S. Pio X, com o título de Monsenhor, fato que sensibilizou por demais a população de Botucatu, que lhe prestou grandes e festivas homenagens.
Com a posse de Dom Lúcio, foi nomeado em 1910 Vigário Geral e, em 1914, tornou-se Visitador Diocesano e Diretor da Oração. Monsenhor Ferrari faleceu em 21 de abril de 1922, estando sepultado na Cripta da Catedral Metropolitana de Botucatu.
Dom Lúcio Antunes de Souza, o primeiro bispo;
Nasceu a 13 de abril de 1866, na fazenda Brejo dos Mártires, em Lençóis do Rio Verde – Minas Gerais - Filho do Major Antonio Antunes de Souza e dona Maria Joanna Soledade.
Ordenou-se padre no Seminário de Diamantina/ MG, a 31 de maio de 1890.
Lecionou no mesmo Seminário; foi pároco de sua cidade natal e de Montes Claros/MG.
Dirigiu uma revista Religiosa e Secretariou o Bispo de Diamantina.
Foi duas vezes à Europa: a primeira para sagrar-se Bispo e a segunda para conseguir clero regular com que satisfazer o mínimo das exigências de sua vasta diocese.
Dom Lúcio era industrial e fazendeiro, cultivava grande área de terra com um bonito parreiral, fabricando ótimo vinho, que fornecia à sua diocese, e vendia aos particulares.
Dom Lúcio deixou a cidade de Botucatu engrandecida de importantes melhoramentos, força, luz e bons colégios, entregue às irmãs “Marcelinas”, Asilo de Mendicidade, um grande Seminário e um dos melhores ginásios do Estado.
Faleceu a 19 de outubro de 1923, sendo sepultado na velha catedral de Sant'ana de onde, a 07 de setembro de 1937, seus restos mortais foram transladados para a Cripta da Catedral, onde ocupam o carneiro número um.
Dom Luiz Maria de Santana;
Da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, nasceu a 21 de março de 1886 na cidade de Sant’anna, província de Pádua, Itália.
Era filho legitimo e primogênito do Sr. Luiz Colturato e de da.Jacinta Boldrini Colturato.
Antonio Colturato foi batizado a 28 de março de 1886.
Contava apenas dois anos de idade, quando em 1888, veio para o Brasil, em companhia de seus pais, que fixaram residência em Araraquara (SP).
Estudou as primeiras letras nesta cidade, passando, depois, a frequentar o colégio do Sagrado Coração de Jesus, em Piracicaba e o Colégio Sanjoanense, em São João da Boa Vista.
Seguindo os impulsos de sua vocação e desejando consagrar sua vida religiosa, internou-se em 1899, no Colégio Seráfico dos Padres Capuchinhos, em Taubaté; recebeu o hábito da Ordem no dia 04 de fevereiro de 1904; cursou filosofia e teologia em São Paulo e ali foi ordenado sacerdote por D. Duarte Leopoldo e Silva aos 09 de março de 1909, apenas iniciado o segundo ano teológico.
Preconizado Bispo de Uberaba por S.S.o Papa Pio XI, com Bula datada de 02 de agosto de 1929, recebeu a sagração episcopal no dia 04 de outubro, na Igreja da Imaculada Conceição, e tomou posse da diocese a 27 de outubro, festa de Cristo Rei.Por bula datada de 02 de abril de 1938, foi transferido para a sede episcopal de Botucatu, da qual tomou posse no dia 29 de junho daquele ano.
Deu grande impulso as obras de construção da nova catedral inaugurando-a no dia 8 de dezembro de 1943.
Conseguiu a vinda das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado para a direção do Orfanato Amando de Barros; Inaugurou (23/03/1941) o mosteiro Beata Gema Galgani; construiu o prédio para a Cúria Diocesana; realizou o Congresso Eucarístico Diocesano ( 08/06/1941 ).Foi fundador e diretor por muitos anos do externato Imaculada Conceição da Capital.
Em 25 de fevereiro de 1925, Dom Duarte Leopoldo e Silva nomeou-o capelão militar junto ao campo de operações no Estado do Paraná à pedido do Capitão Raul Melo – Chefe do Serviço de Engenharia.
Fundou, em 13 de março de 1939 o jornal “O Monitor Diocesano”.
Grande orador sacro, ficaram famosos os sermões das Sete Palavras, pronunciados na Semana Santa.
Faleceu em Botucatu a 05 de maio de 1946.
Dom Henrique Golland Trindade;
Nasceu em Porto Alegre, 27 de maio de 1897, ingressou em 1920 no Convento dos Franciscanos, no Rio Grande do Sul. Foi ordenado sacerdote na cidade de Petrópolis, aos 18 de dezembro de 1926, por Dom Agostinho Francisco Benassi, Bispo de Niterói.
Aos 29 de março de 1941 foi nomeado para ser o segundo Bispo da Diocese de Bonfim pelo Papa Pio XII; neste período, Frei Henrique residia no Convento dos Franciscanos no Bairro Ipanema, em sua cidade natal, Porto Alegre.
Foi ordenado bispo no dia 8 de junho de 1941 pelo Cardeal Leme e no dia 15 de agosto do mesmo ano tomou posse na Diocese de Bonfim.
Na Diocese de Bonfim criou a Ação Católica, deu importante impulso aos religiosos, levando para Bonfim os Irmãos Maristas, reformou a residência episcopal e criou uma Capela em honra de São Francisco de Assis entre outras realizações[1].
No dia 15 de maio de 1948, o Papa Pio XII o transferiu para a Diocese de Botucatu, tomando posse no dia 15 de agosto do mesmo ano. No período que esteve como bispo de Botucatu ampliou o Seminário Diocesano, construiu capelas e uma Casa de Retiros.
Fundou a congregação das Irmãs Servas do Senhor, aos 15 de setembro de 1952.
Em 1958 com a elevação da Diocese de Botucatu a Arquidiocese, Dom Henrique se tornou o seu primeiro Arcebispo. Neste período como arcebispo, fundou a Casa dos Meninos Sagrada Família, participou ativamente do Concílio Vaticano II e em 1964 dedicou a Catedral de Botucatu com o Núncio Apostólico no Brasil, Dom Sebastião Baggio.
Veio a falecer no dia 6 de novembro de 1974, na cidade de Botucatu.
Dom Vicente Marchetti Zioni;
Nasceu em São Paulo, 14 de dezembro de 1911.
Zioni foi ordenado sacerdote em 11 de abril de 1936.
Foi nomeado em 20 de abril de 1955 pelo Papa Pio XII, como bispo-auxiliar de São Paulo, com a sé titular de Lauzadus.
Foi sagrado bispo a 29 de junho, na Catedral da Sé, pelo núncio apostólico no Brasil, Arcebispo Armando Lombardi, tendo como consagrantes, dom Antônio Maria Alves de Siqueira e dom Paulo Rolim Loureiro.
Em 25 de março de 1964, Dom Vicente foi nomeado para a recém-criada Diocese de Bauru. Participou como padre conciliar de três sessões do Concílio Vaticano II.
Na nova diocese, organizou a Cúria Diocesana e seu arquivo, construiu um Seminário Diocesano, criou novas paróquias e quinze capelas.
Em 27 de março de 1968, com a renúncia de D. Henrique Golland Trindade ao cargo de arcebispo metropolitano de Botucatu, Dom Vicente Zioni foi escolhido como seu sucessor.
Entretanto, sua posse demorou a acontecer, pois parte do clero da Arquidiocese se opôs à sua nomeação, por considerá-lo conservador. Em seu governo, criou o Seminário Maior de Filosofia e Teologia João Paulo II, o curso de Teologia para leigos e um grande número de paróquias. Incentivou os movimentos Treinamento de Liderança Cristã e Cursilho. Também criou a primeira paróquia hospitalar do Brasil (São Lucas).
Dom Zioni foi consagrador principal de D. Giovanni Gazza, SX (1962). E principal co-consagrador de:
§ D. Agnelo Rossi (1956);
§ D. José Thurler (1959);
§ D. Aníger de Francisco de Maria Melillo (1960);
§ D. Pedro Paulo Koop, MSC (1964);
§ D. Celso Pereira de Almeida, OP (1972);
§ D. Walter Bini, SDB (1984);
§ D. Irineu Danelon, SDB (1988).
Renunciou em 30 de maio de 1989.
Dom Vicente Ângelo Marchetti Zioni faleceu dia 15 de agosto de 2007, na na Vila dos Meninos “Sagrada Família”, em Botucatu, devido a complicações de uma pneumonia.
Foi sepultado na Capela da Ressurreição da Catedral Sant'Ana.
Dom Antônio Maria Mucciolo;
Nasceu em Castel San Lorenzo, 1 de maio de 1923, foi um religioso italiano, arcebispo emérito da Arquidiocese de Botucatu.
Filho de Francesco Mucciolo e Angelina Passaro Mucciolo, veio para o Brasil ainda criança e posteriormente ingressou no Seminário Arquidiocese de Botucatu no dia 2 de fevereiro de 1937.
Foi ordenado sacerdote em 4 de novembro de 1949, por Dom José Carlos de Aguirre, primeiro bispo de Sorocaba.
No dia 26 de maio de 1977 foi nomeado bispo da Diocese de Barretos pelo Papa Paulo VI, foi ordenado bispo no dia 15 de agosto de 1977 na Catedral de Sorocaba, pelo Núncio Apostólico no Brasil, Dom Carmine Rocco.
Tomou posse como Bispo diocesano de Barretos, em 3 de setembro de 1977.
Em 30 de maio de 1989 foi nomeado Arcebispo de Botucatu e tomou posse a 9 de setembro, do mesmo ano.
Naquela Arquidiocese criou inúmeras paróquias e ordenou diversos sacerdotes, construiu a Casa Cura D'Ars para abrigar sacerdotes idosos e doentes, além de incontáveis obras pastorais.
O Papa João Paulo II aceitou o seu pedido de renuncia ao governo da Arquidiocese de Botucatu no dia 7 de junho de 2000.
Dom Mucciolo era conhecido comunicador, foi o fundador da Rede Vida de Televisão juntamente com João Monteiro de Barros Filho.
Exercia o cargo de Presidente da Rede Vida, desde a sua fundação e mantinha um programa de entrevistas chamado "Frente a Frente com Dom Antônio", além de inúmeras participações especial.
Faleceu na tarde do dia 29 de setembro de 2012, vítima de falência múltipla dos órgãos. O religioso foi internado após problemas cardíacos e uma forte crise renal, que também o atingiu, posteriormente foi levado à UTI do Hospital Sírio-Libanês.
Padre Orestes Gomes.
O Padre Orestes Gomes Filho, nasceu em Bofete dia 27 de março de 1956. Viveu sua infância no sítio, onde desenvolveu sua vocação sacerdotal.
Aos 64 anos, uma das figuras mais conhecidas e carismáticas de Botucatu, Pe. Orestes sofreu um grave acidente na tarde de sábado, 28, na zona rural de Botucatu. Infelizmente, após ser socorrido, ele não resistiu aos ferimentos e faleceu.
Segundo informações, ele caiu de um andaime de aproximadamente 4 metros em uma propriedade no bairro Pátio-8. De acordo com o relato de testemunhas no local, o Padre se desequilibrou e caiu, batendo a cabeça no solo.
Uma viatura do Resgate esteve no local e transportou o religioso para o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu. Ele ficou inconsciente e houve uma tentativa de reanimá-lo. Há também a hipótese de um mal súbito antes da queda, mas isso só poderá ser esclarecido posteriormente.
Padre Orestes, que fez aniversário nesta sexta-feira, dia 27, é atualmente Pároco da Igreja Nossa Senhora Menina, na Vila Maria. Ele é conhecido entre os fiéis como o padre festeiro, sendo organizador da tradicional Festa do Milho, que todos os anos recebe milhares de visitantes.
O Padre festeiro que nasceu em Bofete e se tornou popular em Botucatu.
No centro da capela se encontra uma bela imagem de Cristo Ressuscitado, manifestando desta forma a nossa esperança na certeza da Ressurreição.