Administração

Gestão Financeira

Devemos lembrar que geoparque é um conceito elaborado por pessoas da área financeira. Geoparque é na realidade um novo conceito de empresa, que busca preservar financeiramente uma determinada área geológica de importância mundial. Busca a sustentabilidade financeira do seu território. Todo geoparque deve ter uma unidade gestora, que no caso do Geoparque Paleorrota é o Instituto Paleorrota, detentor de seus direitos autorais. Cabe à unidade gestora apresentar um modelo de gestão financeira para o seu território, pois o gestor deve conhecer sua realidade financeira. Daí a importância dos profissionais do Geoparque Paleorrota conhecerem bem nossa realidade econômica e financeira.


Num geoparque o turismo é o gerador de receita financeira. Pesquisa e educação são custos. Quanto maior a demanda de turistas, maior será a receita gerada para cobrir os custos com pesquisa e educação. O turista é o nosso cliente e devemos tratá-lo muito bem. Os turistas pagam o salário dos paleontólogos. Em todas as propostas de geoparque há o tamanho do território e a demanda anual de turistas.


Os Coletores, Preparadores, Biólogos, Geólogos e Paleoartistas, fazem parte do custo variável da paleontologia, ou seja, varia em função da demanda de turistas. Quanto maior a demanda de turistas, mais profissionais podem ser contratados para essas áreas. Os museólogos, turismólogos e gestores fazem parte do custo fixo da paleontologia. O custo fixo é o custo mínimo do geoparque. Todos envolvidos no custo fixo devem ser remunerados, independente da demanda de turistas. A receita deve ser usada primeiro para cobrir os custos fixos e o restante para cobrir os custos variáveis


Quem trabalha no geoparque, deve conhecer bem o funcionamento da demanda de turistas sendo vital para manter o funcionamento do Geoparque Paleorrota. A demanda atual do geoparque é estimada em 10 mil turistas ao ano, o que é muito baixo, sendo que o mínimo esperado são 150 mil e no máximo 6 milhões de turistas ao ano. Com a demanda no máximo é possível duplicarmos o PIB da cidade de Santa Maria.


O Geoparque Paleorrota tem um território de aproximadamente 83 mil quilômetros quadrados, podendo vir a ser o maior geoparque do mundo. Estima-se que sejam necessários 300 paleontólogos coletores e preparadores atuando nesse território. Estima-se que sejam necessários de 20 a 30 mil turistas ao ano para cobrir os custos fixos. São necessários um milhão de turistas ao ano para quebrar o Ponto de Equilíbrio Econômico, e cobrir os custos fixos e custos variáveis.


No território há 41 municípios, sendo que somente cinco têm mais de 80 mil habitantes. A cidade de Santa Maria é o maior município do geoparque com 280 mil habitantes. No geoparque, os paleoparques e museus devem estar localizados em pontos estratégicos para serem de fácil acesso aos turistas. A cidade de Santa Maria é o único município com infraestrutura para receber este alto fluxo de turistas e quebrar o Ponto de Equilíbrio Econômico


Como ocorre mundialmente, os paleontólogos e paleoartistas trabalham em suas residências, por conta própria. São remunerados e estão submetidos a um contrato público, que no nosso caso é o Código de Ética do Geoparque Paleorrota. Esse contrato deve ser amplamente divulgado publicamente para que a sociedade o fiscalize 

Demanda e Receita por Turista para contratação de Paleontólogos

Receita

Devido a falta de atrativos turísticos no geoparque, somente 10 mil turistas ano visitam o geoparque atualmente, sendo que o mínimo esperado seriam 150 mil turistas ano e no máximo 6 milhões de turistas ano no geoparque. O ponto de equilíbrio econômico para gerar sustentabilidade no geoparque é de um milhão de turistas ano.

Custo Fixo

Custo Fixo é o custo mínimo necessário para manter o Instituto Paleorrota funcionado. São necessários de 30 à 60 mil turistas ao ano visitando o geoparque e que chegue de e 30,00 a 50,00 reais por turistas ao Instituto para cobrir os custos fixos. A receita gerada no geoparque deve cobrir primeiro os custos fixos e o restante será usado para cobrir os custos variáveis.

Gestores

O presidente, vice-presidente e conselheiros são os gestores que possuem direito a voto no Instituto Paleorrota. Podem ser remunerados, conforme estabelecido no estatuto, com aprovação em ata em assembleia geral. São os responsáveis por definir e aprimorar o Código de Ética do Geoparque Paleorrota. Recomenda-se que somente pessoas com experiência comprovada em gestão, com mais de 35 anos de idade, ocupem esses cargos por necessitar de muita experiência em administração.

Contabilidade

O Estatuto do Instituto Paleorrota define que a instituição é sem fins lucrativos, como determina as regras dos geoparques. O Instituto Paleorrota não pode ter lucro, mas atuará como intermediário no repasse dos recursos financeiros, gerados por pessoas ou instituições, que geram receita financeira para o Geoparque Paleorrota. Os recursos financeiros serão usados para custear paleontólogos, educadores e projetos que fomentem o turismo. 


O Código de Ética do Geoparque Paleorrota determina que os direitos autorais patrimoniais também pertencem ao Instituto Paleorrota,  para que a instituição possa cobrar judicialmente o repasse de parte da receita ou ganhos gerados por pessoas ou instituições. A receita deve cobrir primeiro o custo fixo e depois o custo variável. Esse mecanismo jurídico contratual é necessário para que se feche um ciclo financeiro e econômico.


No início de suas atividades o Instituto Paleorrota necessitará de doações culturais para criar uma sede em Santa Maria, com um museu e um paleoparque experimental. Conforme o fluxo de turistas aumentar e o Ponto de Equilíbrio Econômico for quebrado, o Instituto terá recursos próprios para contratar paleontológicos, fechado o ciclo econômico. O Geoparque Paleorrota somente passa a existir efetivamente após o ciclo econômico se fechar. Até isso ocorrer, somos apenas uma proposta de geoparque.


A instituição pode contratar um contador próprio ou uma empresa de contabilidade para esse fim. Por ser uma instituição pública e sem fins lucrativos, deve ter uma contabilidade aberta para prestação de contas à sociedade e esta sujeita a auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU).


A contabilidade terá as seguintes divisões:

1) Área Orçamentaria: O contador apresentará uma planilha dos custos  para o ano seguinte.  Provisionará cinco vezes o valor do orçamento anual. Quando o Instituto Paleorrota tiver em Conta Corrente o valor provisionado para cinco anos, comunicara a sociedade que esta suspensa o repasse dos valores dos direitos autorais

2) Área de Prestação de Contas: O Instituto Paleorrota deverá uma conta corrente de pessoa jurídica que esta sujeita a auditoria do TCU. Deve prestar contas dos itens previstos no Artigo 19 do Código de Ética do Geoparque Paleorrota.


O contador deverá manter registros contábeis separados das Receitas dos Paleoparques e museus, patrocínios e outros. Na previsão orçamentaria deve haver a divisão dos Custos Fixos e Custos Variáveis também devem ser subdivididos em custos de materiais e operacionais.

Jurídico

Para ser um paleontólogo profissional não basta apenas saber coletar e preparar fósseis ou ser um paleoartista. Tem que possuir uma visão de todas as áreas, como gestão, turismo,  financeiras e o funcionamento jurídico da  paleontologia.


O fato de uma pessoa estar em um prédio de uma universidade, ser biólogo ou geólogo, não o torna um paleontólogo ou pesquisador de paleontologia, nem o autoriza a trabalhar com fósseis.


O que transforma uma pessoa física em um paleontólogo, é o contrato assinado publicamente perante uma pessoa jurídica, que é a instituição de pesquisa de paleontologia, juridicamente constituída e que tenha em seu estatuto um contrato coletivo público, para a fiscalização da sociedade. Esse contrato deve ser aprovado em assembleia geral, conforme estabelecido em seu estatuto. Sem esse contato público a pessoa física não pode atuar ou trabalhar com fósseis, pois o estatuto é um ato jurídico nulo. A instituição que não possui um contrato público, não pode ser classificada como instituição de pesquisa paleontológica. Pela constituição Estadual e Federal, o fóssil é um patrimônio público e a não existência do contrato público é inconstitucional. 


A constituição e as leis são contratos públicos. Um contrato é uma lei entre as partes que o assinam. Mundialmente o legislativo não sabe como tratar a paleontologia e mesmo que soubesse ainda seria necessário um contrato civil público. Mundialmente a regulamentação da paleontologia não passa pelo legislativo, sendo feita no estatuto da instituição de pesquisa de paleontologia, com um contrato público usando apenas  o Código Civil.


O Instituto Paleorrota é a unidade gestora do Geoparque Paleorrota possuindo em seu estatuto um contato coletivo público que regulamenta a atividade de seus membros através do Código de Ética do Geoparque Paleorrota


Por ser a primeira instituição de paleontologia brasileira com um contrato público, o Instituto Paleorrota entra para a história como a primeira instituição no Brasil, que pode ser verdadeiramente classificada como uma instituição de pesquisa de paleontologia.


No Instituto Paleorrota há uma área jurídica especializada na regulamentação da paleontologia e também para promover ações judiciais na recuperação do nosso patrimônio. Essa equipe jurídica faz parte do custo fixo do Instituto Paleorrota.


Anteriormente à fundação do Instituto Paleorrota, muitas instituições atuavam no geoparque como instituições de pesquisa de paleontologia, sem um contrato público, o que fomentou o roubo de fósseis do Geoparque Paleorrota. Durante mais de meio século, os fósseis foram retirados do geoparque e levados para outros locais ou países, prejudicando o turismo paleontológico e gerando de 50 a 200 bilhões em prejuízo para a economia e o turismo do Geoparque Paleorrota.


Pesquisadores usaram estes fósseis para fazer publicações e conseguir títulos acadêmicos. A equipe jurídica do Instituto Paleorrota deve estudar essas publicações, descobrindo onde estão os fósseis para serem recuperados para os museus autorizados do Geoparque Paleorrota. Caso o fóssil não seja localizado o autor deve ser processado por roubo, fraude científica, fraude acadêmica e seu título deve ser cassado.


No Código de Ética do Geoparque Paleorrota no Capítulo XI trata dos direitos autorais que são cedidos ao  Instituto Paleorrota. Essa medida jurídica é necessária para que o Instituto Paleorrota possa usar esses direitos para cobrar pela receita financeira gerada, promover o geoparque publicamente e para que possa mover ações judiciais coletivas.


Outro problema que a área jurídica enfrentará é que muitas Leis Federais e Estaduais são inconstitucionais. As constituições Estadual e Federal definem que devemos preservar nosso patrimônio cultural. Todo paleontólogo sabe que descobertas paleontológicas são imprevisíveis. Normalmente o paleontólogo desconfia da existência de um fóssil em um local e inicia um processo de escavação para confirmar sua expectativa. Caso a escavação tenha sido iniciada, deve ir até o final senão o fóssil será perdido. Não há tempo hábil para se fazer qualquer solicitação a órgãos públicos. Existem várias leis Federais e Estaduais que determinam que deve-se fazer solicitação prévia a órgãos públicos, o que tem levado a destruição de nosso patrimônio. 


As leis brasileiras proíbem a compra e venda de fósseis, o que torna a venda de petróleo um crime. Na terra pode haver microfósseis, o que torna a venda de terra um crime. Na paleontologia de invertebrados, trabalha-se com conchas. São coletadas centenas ou milhares que não poderiam ser colocados em museus, apenas as de maior importância científica devem ir para museus.


Essas leis foram elaboradas por pessoas com completa falta de conhecimento de paleontologia, e tem levado a destruição de nosso patrimônio. O que o paleontólogo pode fazer com o fóssil, deve estar pré-estabelecido no Código de Ética. Essas leis devem ser consideradas inconstitucionais, por contribuir com a destruição dos fósseis.


Existem situações em que o comércio do fóssil deve ser permitido, em outras não. Os fósseis de importância científica e para o turismo devem ir para os museus previamente definidos no contrato público.

Arquitetos

Devido ao tamanho do território do Geoparque Paleorrota, fica claro que o Instituto Paleorrota necessita de uma equipe de arquitetos que estudem e se especializem na elaboração de projetos voltados ao funcionamentos da paleontologia no seu território. Pela constituição brasileira, áreas que possuem fósseis são consideradas áreas de preservação ambiental permanente. Daí a importância de todos os projetos serem de baixo impacto ambiental. A ideia é usar containers reciclados para edificações, pois possuem baixo impacto ambiental e são de baixo custo.


A ideia é criarmos uma sede para o Instituto Paleorrota, na cidade de Santa Maria, onde haverá um paleoparque, museu, restaurante, centro de pesquisa e residências para paleontólogos. Esse local será usado para a realização de vários testes de projetos arquitetônicos e para elevar a demanda de turistas até quebrar o Ponto de Equilíbrio Econômico. Durante esta fase inicial será usado dinheiro público, com objetivo de fechar o ciclo econômico. Posteriormente será incentivada a entrada da iniciativa privada, mas já teremos um modelo arquitetônico testado.


Os arquitetos devem ter em mente, que os museus e paleoparques devem estar localizados próximos às cidades com boa infraestrutura de transporte, hotelaria e restaurantes, para que o turista seja bem atendido. O turista é nosso cliente e deve ser bem atendido, para que faça propaganda e volte novamente.


Paleontólogos geralmente trabalham em suas residências. Mas, devemos criar vários pontos de apoio no território do geoparque, com containers residenciais e com equipamentos de suporte. Devem servir de apoio para os paleontólogos coletores. Os centros de pesquisa devem ter espaço para preparação de fósseis de maior porte.


A equipe de arquitetos fará parte do custo fixo do instituto e deverá estudar permanentemente todas essas necessidades arquitetônicas paleontológicas. 

Turismólogo

O território do Geoparque Paleorrota envolve aproximadamente um terço do território gaúcho, sendo o maior patrimônio cultural do Estado. Daí a importância das pessoas do turismo e cultura se envolverem pesadamente nesse assunto. A principal tarefa desses profissionais é fazer o marketing do Geoparque Paleorrota, treinando as agências de turismo e pessoas do receptivo turístico.


O Código de Ética do Geoparque Paleorrota estabelece que somente podem atuar com turismo paleontológico as Agências de Viagem e  Turismo autorizadas pelo Instituto Paleorrota. Essa medida é necessária para que os turismólogos demonstrem real conhecimento sobre o turismo recreativo e paleontológico, para bem atender ao turista.


O Instituto Paleorrota necessitará de um turismólogo responsável por aprimorar constantemente o pessoal envolvido com o turismo, divulgando o turismo e qualificando o pessoal receptivo do  turismo gaúcho.


É importante que o pessoal envolvido com o turismo, saibam que existem dois tipos de turistas na paleontologia, e devem aprender a reconhecer as suas característica, para melhor orientar o turista:


Turistas Recreativos gastam menos por pessoal, mas é o grande volume de turistas e que mais gera receita. Turistas Paleontológicos gastam mais por pessoa, são em número menor, mas são de vital importância para manter o funcionamento da paleontologia.


O turismólogo também ficará encarregado por divulgar o turismo paleontológico nos órgãos oficiais. Será responsável por conscientizar a população sobre a importância do Código de Ética do Geoparque Paleorrota como ferramenta de fiscalização da sociedade.

Museólogo

O Instituto precisa de museólogo para buscar junto a órgão publico a criação de um Inventário Nacional  Informatizado onde as existam fotos dos fósseis, para que seja recuperados para os geoparques paleontológicos, e para garantir a sociedade que os fósseis estão garantidos nos museus paleontológicos dos geoparques.

Informática

A Paleorrota têm mais de 40 municípios. Seria quase impossível administrar esta área sem o uso da Rede Mundial de Computadores. O instituto necessitará de uma pessoa que cuide das páginas do Instituto e do Geoparque, juntamente com a administração do Grupo Paleorrota.

Custo Variável

Os custos Variáveis são os custos que variam em função de receita financeira gerada pela demanda com turistas. São necessários um milhão de turistas ano para cobrir os salários de 300 paleontólogos trabalhando no geoparque.

Paleontólogos Coletores

São responsáveis por visitar os sítios paleontólogos com frequência. Quando encontra um fóssil, é sua responsabilidade fazer a sua coleta. Deve-se treinar pessoas da comunidade local, por estarem próximos aos sítios. Agências de turismo usam paleontólogos experientes para treinar turistas paleontológicos locais. Nesses grupos turísticos muitas vezes entram turistas paleontológicos estrangeiros, o que enriquece a troca de informações entre paleontólogos do mundo todo. Coletar é um trabalho de persistência, esperando que a erosão exponha um fóssil.

Paleontólogos Preparadores

Normalmente Paleontólogos Coletores preparam seus próprios fósseis. É um trabalho demorado e o ideal seria remover o fóssil para um local onde vários profissionais pudessem acompanhar o seu preparo, juntamente com turistas que aprenderiam com o processo. Geralmente são treinadas pessoas da comunidade local para fazer este trabalho.

Paleontólogos Biólogos

Após preparado o fóssil recebe uma classificação e nomenclatura biológica e se possível uma publicação deve ser feita sobre o material coletado. Normalmente quem faz este trabalho são os biólogos, oriundos da área acadêmica de biologia.

Paleontólogos Geólogos

Os sítios paleontológicos devem ser visitados por geólogos de devem fazer um estudo das camadas geológicas.

Paleoartistas

Artistas oriundos de outras áreas da arte são treinados como paleoartistas, por outro paleoartista experiente. Devem manter estreito contato com paleontólogos biólogos 

Anexos