Instituição apoia a jornada dos empreendedores de toda a Baixada
Na Baixada Santista, o Sebrae se estabeleceu como um verdadeiro farol para empreendedores em busca de orientação e suporte. Pessoas em transição de carreira ou que, por vocação, decidem abraçar a ideia do negócio próprio, sem horário e sem patrão, buscam a instituição para guiar os primeiros passos na dura jornada de empreender.
Patrícia Ovalle, gestora do Sebrae na região, explica que a relação da instituição com os empreendedores vai muito além do momento de abertura da empresa. De bons anos para cá, ela nota a presença de cada vez mais mulheres determinadas a erguer o próprio negócio. “Essa mudança de perfil reflete um ambiente em transformação, no qual as ideias e a coragem de empreender se entrelaçam”, analisa a gestora. Ela costuma encorajar os candidatos à vida empresarial a darem uma atenção especial ao plano do negócio: “Os empreendedores ainda subestimam o poder de um bom planejamento; é isso que diferencia quem sobrevive de quem prospera”.
Maria Pimenta, loja de roupas que surgiu após curso do Sebrae
Em Santos, o escritório do Sebrae localizado na Rua General Câmara, 30, possui 715 m². Não é apenas um espaço físico, mas um ambiente projetado para fomentar o desenvolvimento de negócios. “O espaço oferece um coworking com doze estações de trabalho e um estúdio multimídia, permitindo que empreendedores fotografem produtos e gravem conteúdo”, continua a gerente. As instalações acolhem candidatos a empresários de nove municípios. As áreas mais valorizadas pelos aspirantes ao comando de novos negócios, segundo Ovale, vêm dos setores de alimentação, beleza, comércio e tecnologia.
Além de contribuir na abertura da empresa e no desenvolvimento do plano de negócios, o Sebrae se destaca por suas ferramentas e serviços, que vão desde consultorias em marketing e finanças até treinamentos específicos. Patrícia ressalta a importância dessas iniciativas: “Nosso portfólio atende às necessidades específicas de cada cliente, com programas voltados para comunidades, mulheres e jovens empreendedores”.
Nathasha Cosmai, proprietária da loja “Maria Pimenta”, foi uma das pessoas que buscou a instituição para construir mais do que uma carreira, ela queria colocar de pé um projeto de vida. Para ela, a experiência foi realmente transformadora. “Comecei do zero, na cara e na coragem”, diz Natasha, que hoje comanda a loja de roupas na Rua Oswaldo Cruz, em Santos.
O principal suporte da jovem comerciante veio do programa Empretec, programa instituído pela Conferência das Nações Unidas sobre comércio e desenvolvimento para promover a criação de pequenas e médias empresas sustentáveis, inovadoras e internacionalmente competitivas.
Empreender sempre fez parte da trajetória da comerciante. Desde pequena, ela já demonstrava aptidão para os negócios: “Eu era aquela criança que, se me dessem R$5, eu não gastava. Eu imaginava como fazer aqueles cinco virar 10 que virariam 20”, relembra. A decisão de abrir sua própria loja de roupas, entretanto, veio após experiências no varejo. Ela começou como uma vendedora faz-tudo em uma loja em São Paulo, onde além do atendimento, cuidava do estoque, das compras e, quando preciso, atuava também como motorista. Nesse corre-corre, Nathasha percebeu a habilidade nata para empreender.
O público-alvo da loja são mulheres acima de 30 anos
A loja foi aberta em 2009, mas logo a falta de experiência administrativa começou a atrapalhar o crescimento do negócio. Foi então que a empresária buscou apoio no Sebrae. Na época, com apenas 19 anos, sentia a necessidade de compreender mais sobre gestão. “Eu era muito jovem e precisava de conhecimento em administração. Percebi muito cedo que não era só vender. Era preciso saber administrar, gerenciar o meu dinheiro e o da empresa”, afirma.
Nathasha descreve o Sebrae como uma instituição única, com recursos e vivências práticas que fizeram toda a diferença na sua formação como empresária. “O Sebrae é um mundo que, se o empreendedor mergulhar, vai achar muita base. Lá, eles trazem a teoria para a prática de uma forma didática, ensinam de maneira fácil”, explica.
O curso Sebrae 360, uma das formações que fez, foi fundamental. Nele, Nathasha aprendeu sobre finanças e marketing, adquirindo ferramentas essenciais para atrair clientes e otimizar a administração de sua loja. Ela destaca que, além da qualidade dos cursos, o Sebrae oferece um grande diferencial em termos de custo. “É de graça, e quando não é, se paga muito barato por cursos de altíssima qualidade”, destaca.
Hoje, a loja de vestuário feminino “Maria Pimenta”, conta com quase 900 araras, com roupas de todos os tipos. Nathasha vive apenas da renda do comércio e conta com dois apoiadores, um responsável pela parte administrativa e outro de assuntos de interesse da loja, como fornecedores. A empreendedora ainda estuda criar um curso para passar todo conhecimento adquirido nas aulas do Sebrae e ser um exemplo para quem quer ingressar no empreendedorismo.
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