Olá, aluno! Nesta lição, apresentaremos o processo de desenvolvimento de produtos! Toda empresa que se preze precisa lançar produtos no mercado, de modo que ela jamais se torne ultrapassada. Porém não é nada fácil fazer isso! Ao final desta lição, você será capaz de compreender o processo de desenvolvimento de produtos e identificar os principais fatores que influenciam o sucesso desse desenvolvimento. Além disso, compreenderá a importância da técnica do Produto Mínimo Viável (MVP).
Você já se perguntou como empresas criam produtos e serviços de qualidade? Bem, muitas vezes, não pensamos que tudo o que existe e que foi comprado passou por um processo de desenvolvimento. O desenvolvimento de novos produtos é uma das principais formas de as empresas permanecerem competitivas no mercado atual.
Com a crescente concorrência e as mudanças constantes nas preferências dos consumidores, as empresas precisam se adaptar rapidamente e oferecer produtos inovadores e de alta qualidade para permanecerem relevantes e atraentes. Além disso, o desenvolvimento de novos produtos é crucial para atender às necessidades em constante mudança dos consumidores. As empresas precisam estar sempre atentas às tendências do mercado e às preferências dos consumidores para poderem desenvolver produtos que atendam às necessidades e aos desejos deles.
Outro fator importante é a necessidade de as empresas se manterem atualizadas e, tecnologicamente, avançadas. O mercado está cada vez mais impulsionado pela tecnologia, e as empresas que não acompanharem as tendências arriscam ficar para trás. Por isso, é crucial que as empresas invistam no desenvolvimento de novos produtos tecnológicos para se manterem relevantes. Além disso, o desenvolvimento de novos produtos pode ajudar as empresas a aumentar suas receitas e expandir seus negócios. Um produto inovador e de alta qualidade pode atrair novos clientes e aumentar a fidelidade dos clientes existentes, o que pode levar a um aumento nas vendas e nos lucros.
Por fim, o desenvolvimento de novos produtos, também, pode ajudar as empresas a se diferenciarem da concorrência. Com tantas opções disponíveis no mercado, as empresas precisam oferecer algo único e inovador para se destacarem. O desenvolvimento de novos produtos pode ajudar as empresas a se diferenciarem e se destacarem em um mercado lotado. Em resumo, o desenvolvimento de novos produtos é crucial para as empresas que desejam permanecer competitivas, atender às necessidades dos consumidores, manter-se atualizadas tecnologicamente, aumentar suas receitas e se diferenciar da concorrência.
Laura sempre teve uma paixão por tecnologia e inovação. Ela trabalhava em uma empresa de tecnologia como gerente de produto, mas sempre sonhou em empreender e criar algo próprio. Ela decidiu seguir seu sonho e deixar o emprego para começar sua própria startup.
Após pesquisar bastante e analisar o mercado, Laura percebeu haver uma oportunidade para um novo produto que ajudasse as pessoas a gerenciar melhor suas finanças pessoais. Ela notou que muitas pessoas têm dificuldade em controlar suas despesas e poupar dinheiro, e que as soluções existentes no mercado não eram tão acessíveis ou fáceis de usar quanto poderiam ser.
Com base nessa observação, Laura decidiu criar um aplicativo que ajudasse as pessoas a gerenciar suas finanças pessoais de maneira fácil e acessível. Ela sabia que precisava criar um MVP (Minimum Viable Product, ou Produto Mínimo Viável, em português) para testar sua ideia e validar se havia demanda suficiente pelo produto. Para começar, Laura criou um pequeno time de desenvolvedores e designers. Eles começaram a trabalhar na criação do aplicativo, com o objetivo de lançar o MVP o mais rápido possível. O MVP consistia em um aplicativo simples que permitia aos usuários registrar suas despesas e receitas e obter uma visão geral de suas finanças pessoais.
Laura, também, criou uma estratégia de marketing para lançar o MVP. Ela decidiu usar as mídias sociais para divulgar o aplicativo e começou a criar conteúdo para engajar sua audiência e chamar a atenção para o lançamento. Ela, também, entrou em contato com algumas pessoas influentes no mercado de finanças pessoais e ofereceu uma versão antecipada do MVP para que pudessem testá-lo e fornecer feedback.
O lançamento do MVP foi um sucesso. Laura e sua equipe receberam muitos feedbacks positivos dos usuários e puderam validar sua ideia. Eles perceberam que havia uma demanda real pelo produto e que poderiam continuar a desenvolvê-lo para atender às necessidades dos usuários.
Com base no feedback dos usuários, Laura e sua equipe começaram a trabalhar em novos recursos e funcionalidades para o aplicativo. Eles adicionaram gráficos e relatório para ajudar os usuários a visualizarem suas finanças de maneira mais clara e intuitiva e, também, incorporaram dicas personalizadas para ajudar os usuários a economizar dinheiro e gerenciar melhor suas finanças.
À medida que o aplicativo crescia em popularidade, Laura e sua equipe começaram a pensar em maneiras de monetizá-lo. Eles decidiram adotar um modelo de negócios freemium, onde os usuários poderiam usar a versão básica do aplicativo gratuitamente, mas teriam que pagar por recursos avançados e funcionalidades adicionais. Com o tempo, o aplicativo de Laura se tornou um dos mais populares no mercado de finanças pessoais, com milhões de usuários em todo o mundo.
Ela continuou a ouvir os feedbacks dos usuários e aprimorar o produto, e sua empresa se tornou um grande sucesso. Porém nunca é hora de parar. Laura sabe que a concorrência é apertada no mercado atual, por isso, continua pesquisando oportunidades inovadoras para o seu negócio.
O case, apesar de fictício, retrata o processo do desenvolvimento de um produto! Vamos conhecer, com mais detalhes, como isso funciona?
As empresas buscam maior eficiência, ou seja, elas procuram fazer mais, com menos recursos. Se pararmos para pensar, todas as áreas são assim. Pense na medicina e em como os tratamentos são muito melhores hoje do que há cem anos. As fábricas produzem unidades de produtos muito rapidamente, conseguimos alimentar milhões de pessoas, o governo pode atender às necessidades de milhões de cidadãos e assim por diante.
Para conseguir maior eficiência, é preciso inovar. A definição de inovação é resumida por Keeley et al. (2013) como a criação de uma nova oferta viável, ou seja, criando um produto que possa sanar uma necessidade de modo diferente ou, ainda, uma necessidade emergente, percebida por meio de pesquisas.
Christensen (1997) determina que existem dois tipos diferentes de inovação em empresas: a do produto e a do modelo de negócio. A inovação do produto é aquela em que um produto já existente é remodelado em algum grau — ou seja, as características do produto são alteradas. Assim, a empresa pode fornecer o produto a outros tipos de consumidores, fabricar mais produtos com menos recursos, focar em um público específico, entre outras possibilidades. É possível derivar um novo produto de produtos mais antigos. Por exemplo, o smartphone é uma inovação do celular.
Já a inovação do modelo de negócio ocorre quando uma empresa muda a maneira como a produção de determinado produto ocorre. Um exemplo clássico desse tipo de inovação ocorreu quando Ford, o criador da marca de automóveis, criou a linha de montagem. Essa nova maneira fez com que um automóvel fosse vendido a US$ 200,00, algo extremamente barato, comparado com os preços anteriores, que chegavam a US$ 950,00.
Para realizar a inovação de produto, uma ferramenta muito utilizada atualmente é o Produto Mínimo Viável (MVP). Essa metodologia consiste em uma estratégia utilizada para desenvolver e lançar um produto de forma rápida e com o mínimo de recursos necessários para validar a ideia e obter feedback dos usuários. Trata-se de um produto mínimo, mas funcional, que permite que a equipe de desenvolvimento teste a viabilidade do produto, entenda as necessidades do mercado e valide sua solução. A elaboração de um MVP passa por algumas fases. Veja-as a seguir:
Nessa fase, a equipe deve definir, claramente, qual é o objetivo do MVP, ou seja, o que se pretende validar com o produto mínimo. É importante ter em mente o que se quer provar ou refutar, a fim de direcionar o desenvolvimento.
A equipe deve identificar as funcionalidades essenciais que o MVP deve ter para atender ao objetivo definido. É importante lembrar que o MVP deve ser simples e ter, somente, as funcionalidades mais importantes para validar a ideia.
Nessa fase, a equipe deve desenvolver o MVP, utilizando o mínimo de recursos possíveis. O objetivo é ter um produto funcional que possa ser testado pelos usuários.
Após desenvolver o MVP, a equipe deve testá-lo com usuários reais. É importante coletar feedbacks e avaliar o comportamento dos usuários, para entender se o produto é útil e se atende às necessidades do mercado.
Por fim, a equipe deve analisar os resultados do teste do MVP. Com base no feedback dos usuários e nos dados coletados, é possível validar ou refutar a ideia original e, assim, definir os próximos passos para o desenvolvimento do produto.
O MVP tornou-se muito famoso nos últimos anos, quando o tema é inovação de produto. Isso porque as empresas não podem gastar tantos recursos para lançar um produto como faziam há décadas. É preciso economizar, visto que a concorrência atual, em qualquer mercado, é muito grande. Além disso, surgiram filosofias de gestão que preconizam a simplicidade e o foco no cliente. Uma delas é a filosofia Lean.
A filosofia Lean busca maximizar o valor entregue ao cliente, eliminando atividades que não agregam valor e reduzindo o tempo de produção e entrega de produtos ou serviços. Além disso, essa filosofia incentiva a colaboração entre os membros da equipe, a melhoria contínua e a resolução de problemas de forma rápida e eficaz. A ideia é criar uma cultura organizacional em que todos os funcionários estejam comprometidos com a redução do desperdício e com a entrega de valor ao cliente. Dentro dessa perspectiva da filosofia Lean, o MVP traz diversos benefícios, como:
Como o MVP é uma versão mínima do produto, é possível economizar recursos financeiros, de tempo e de equipe, já que, apenas, as funcionalidades essenciais são desenvolvidas.
O MVP permite que a equipe valide a ideia do produto com usuários reais, coletando feedbacks e avaliando sua aceitação no mercado. Dessa forma, é possível entender se a ideia é viável antes de investir mais recursos no desenvolvimento.
Como o MVP é desenvolvido com número reduzido de funcionalidades, é possível acelerar o processo de desenvolvimento e de lançamento do produto no mercado. Maior chance de sucesso: ao validar a ideia com o MVP, a equipe tem maior chance de sucesso na elaboração do produto final, já que é possível identificar e corrigir possíveis problemas antes de lançá-lo oficialmente.
Como o MVP é desenvolvido com base em feedbacks dos usuários, é possível reduzir os riscos de lançar um produto que não atenda às necessidades do mercado.
É muito importante que o novo produto a ser colocado em teste por meio de um MVP esteja de acordo com as necessidades e os desejos dos clientes. Por isso, é necessário que o cliente faça feedbacks, salientando o que precisa ser mudado. Necessidades são as carências básicas que as pessoas possuem, como fome, sede, segurança, abrigo, entre outras. Já os desejos são as formas específicas pelas quais as pessoas buscam satisfazer essas necessidades. Por exemplo, a necessidade de se alimentar pode ser satisfeita por meio do desejo de comer determinado tipo de alimento.
A satisfação das necessidades e dos desejos tem tudo a ver com o valor percebido pelo cliente. Está relacionada à percepção que o consumidor tem do valor que um produto ou serviço pode oferecer para satisfazer suas necessidades e desejos. Quando um consumidor percebe que um produto ou serviço atende bem às suas necessidades e desejos, ele tende a valorizá-lo mais e, portanto, estar disposto a pagar mais por ele.
Veja, o MVP é apenas a primeira etapa de um longo processo de prototipagem, até que o produto esteja pronto para gerar maior valor ao cliente. Prototipagem é o processo de criação de protótipos, ou seja, modelos iniciais de um produto ou serviço que são desenvolvidos antes da produção em massa.
A ideia é criar uma série de versões preliminares do produto ou serviço, que possa ser testada e aprimorada antes de ser lançada no mercado. Assim, é muito comum vermos produtos 1.0, 2.0 etc. Isso ocorre, principalmente, com produtos digitais, como jogos, aplicativos, entre outros. No entanto, em diversos mercados, essa ideia já é utilizada.
A prototipagem pode ser feita por meio de diversas técnicas e ferramentas, dependendo do tipo de produto ou serviço que está sendo desenvolvido. Por exemplo, na área de design de produtos, é comum utilizar prototipagem física, em que são criados modelos em miniatura ou em tamanho real do produto. Já na área de design de interfaces e experiência do usuário, é comum utilizar prototipagem digital, em que são criados protótipos interativos de sites, aplicativos e outras interfaces.
Os protótipos são importantes porque permitem testar as ideias e as funcionalidades do produto ou serviço de forma prática, identificando falhas e possíveis melhorias antes de iniciar a produção em massa. Além disso, eles permitem que os desenvolvedores tenham uma ideia mais precisa do que será necessário para produzir o produto final, reduzindo o tempo e os custos de produção, assim como já vimos no MVP.
Tanto a prototipagem quanto o MVP dependem do feedback dos clientes, mas como podemos coletar essas informações? Há várias maneiras de coletar feedback do cliente, que podem variar conforme o tipo de negócio e o público-alvo.
É possível realizar uma pesquisa de satisfação, podendo ser realizada por meio de questionários online, por telefone ou por meio de formulários impressos. As perguntas podem ser abertas ou fechadas, dependendo do tipo de informação que você deseja coletar. Além disso, é possível compreender a experiência do usuário por meio de dados de uso. A análise de dados de uso do produto ou serviço pode fornecer informações valiosas sobre como os clientes estão usando o produto ou serviço. Isso pode incluir métricas, como taxa de retenção de clientes, tempo de uso do produto, número de compras e outros indicadores-chave de desempenho.
Lembre-se, independentemente da técnica de feedback escolhida, é muito importante que ela seja contínua. Uma vez que o produto seja lançado, é importante coletar feedback contínuo dos usuários para identificar problemas e melhorias potenciais. Isso pode ser feito por meio de pesquisas de satisfação do cliente, análise de dados de uso do produto e feedback direto dos usuários. Esses feedbacks serão utilizados para a iteração. Ou seja, com base no feedback coletado, os criadores do produto podem iterar no protótipo e criar novas versões para testar com usuários. Essas iterações podem ser usadas para melhorar a funcionalidade, o design e a usabilidade do produto.
Caro(a) estudante, nesse momento, você já deve ter compreendido como o desenvolvimento de novos produtos ocorre. Durante a lição, falamos sobre inovação e a importância do MVP para o desenvolvimento de produtos novos e melhores. Um projeto bem estruturado é a base para o sucesso do desenvolvimento de um novo produto. É importante que o projeto esteja bem desenvolvido, com objetivos claros, escopo definido, cronograma estabelecido e equipe capacitada para a execução. É importante também que o projeto seja gerenciado de forma eficiente, com acompanhamento constante e ajustes de rota sempre que necessário. Já falamos sobre projetos em lições anteriores.
Para desenvolver um produto de sucesso, é fundamental que ele seja inovador. A inovação pode ser obtida de diversas formas, por meio da utilização de novas tecnologias, da criação de novos modelos de negócio ou da oferta de novos serviços. Para aplicar o conceito de inovação na prática, é importante que a equipe de desenvolvimento esteja sempre atenta às tendências do mercado e às necessidades dos consumidores.
É nesse ponto em que o MVP é utilizado. Como já vimos, ele é um produto com o mínimo de funcionalidades necessárias para atender às necessidades do usuário e é utilizado para validar a ideia do produto e testar a aceitação do mercado. Para aplicar o conceito de MVP, na prática, é importante que a equipe de desenvolvimento defina as funcionalidades essenciais do produto, que permitam ao usuário utilizar o produto e testar sua funcionalidade. É importante também que o MVP seja lançado no mercado o mais rápido possível, para que os resultados possam ser medidos e ajustes possam ser feitos.
Com o MVP, aprendemos a poupar recursos. Durante muito tempo, as empresas gastaram muitos recursos para tornar um produto viável em um mercado. Atualmente, com a popularização dos meios tecnológicos e com diversos avanços na área do design, é possível que as empresas lancem seus produtos em versões “não acabadas”, esses são os protótipos.
Protótipos são ferramentas importantes para as empresas por diversas razões. Um protótipo permite que as empresas testem e ajustem um produto antes de iniciar a produção em larga escala. Isso pode evitar gastos desnecessários em materiais, mão de obra e outros recursos. Além disso, permite que as empresas identifiquem problemas em potencial antes que o produto seja lançado no mercado. Isso pode ajudar a evitar problemas com clientes insatisfeitos e a reputação da empresa.
CHRISTENSEN, C. M. The Innovator's Dilemma: When Technologies Cause Great Firms to Fail. Boston: Harvard Business School Press, 1997.
KEELEY, L. et al. Ten Types Of Innovation: The discipline of building brakingthroughs. New Jersey: Wiley, 2013.