Não é novidade para ninguém que o Brasil possui riquezas naturais únicas. Mas no fundo o melhor do Brasil é mesmo o brasileiro! Povo este do qual surgiram grandes nomes da Literatura nacional. Autores que publicaram obras inspiradíssimas nas riquezas naturais do país e no próprio povo brasileiro.
Pensando nisso, organizamos uma lista com 14 dos maiores clássicos da Literatura Brasileira:
A busca de Mário de Andrade pela “verdadeira identidade nacional” resultou na sua obra-prima Macunaíma. O livro tornou-se um dos grandes marcos do movimento modernista no país. Nele, Mário de Andrade exalta as características malandras do protagonista, que nascido na selva chega à cidade cheio de heranças indígenas.
Uma grande odisseia sertaneja. Grande Sertão: Veredas traz a cultura nordestina e as angústias do jagunço Riobaldo para as páginas. Em conflito consigo mesmo, Riobaldo tenta convencer o leitor e a ele próprio de que é inocente dos seus atos como jagunço, do amor que sente por Diadorim e do pacto que fez com o diabo.
Quarup é o ritual de homenagem aos mortos realizado por povos indígenas da região do xingu. O título escolhido por Antônio Callado para o seu romance tem a ver com o momento de mudança enfrentado por seu protagonista. O jovem padre Nando tenta pôr em prática a reconstrução de uma civilização jesuíta na região do Xingu durante o período que vai da queda de Getúlio Vargas até o Golpe Militar de 1964.
O principal clássico da literatura infantil brasileira. O Sítio do Pica-pau Amarelo é uma série de 23 livros sobre as aventuras dos netos da Dona Benta, Pedrinho e Narizinho. Passam por mil e uma aventuras na companhia de seus inseparáveis bonecos Emília, a boneca de pano falante e Visconde de Sabugosa, um sábio boneco de sabugo de milho. Aventuras que pontualmente acabam a tempo de comer os quitutes preparados pela Tia Nastácia .
Mar Absoluto traz um conjunto de poemas de Cecília Meireles nos quais ela explora muito das suas origens familiares portuguesas, trazendo o mar como símbolo da época dos descobrimentos. Aborda ainda a plenitude do mar por uma ótica de perigo, de confronto. O título traz ainda a ideia de mar infinito, sem limites nem barreiras.
Considerado pela crítica especializada como o terceiro romance da Trilogia Realista de Machado de Assis. Dom Casmurro é um relato em primeira pessoa de Bento Santiago sobre a sua própria vida. O leitor acompanha a sua infância, a vida no seminário, o romance com Capitu e as desconfianças e ciúmes que sente da mulher que ama desde criança.
Como o próprio nome indica, o romance naturalista de Aluísio Azevedo se passa em um cortiço carioca. Apesar de ter um protagonista, João Romão, o livro intercala a sua história com vários episódios da vida dos moradores do cortiço. Este formato faz com que muitos digam que afinal a personagem principal do romance é a massa de gente, a coletividade que vive naquele ambiente.
Conhecido como "o poeta das coisas simples", Mário Quintana sempre se utilizou da ironia como recurso criativo em suas obras. Isto não é diferente em Nova Antologia Poética onde foi publicada uma seleção minuciosa de poesias do autor.
Este livro marca uma grande mudança dos assuntos abordados por Jorge Amado. Passa a descrever crônicas de costumes, após ter abordado diversos temas sociais. Em uma rica Ilhéus dos anos 20, Gabriela vive as mudanças de uma sociedade patriarcal em uma nova e dinâmica sociedade tocada por recentes ideias culturais, políticas e econômicas.
Um grande marco da dramaturgia brasileira, Vestido de Noiva apresenta os devaneios e memórias de Alaíde, uma mulher que acaba de ser atropelada. A trama possui um forte teor psicológico e tem as ações apresentadas em 3 planos distintos: realidade, memória e alucinação.
Este romance realista tem como pano de fundo a situação dos retirantes, forçados a abandonar as suas casas no desolado sertão nordestino e buscar uma nova vida nas cidades. Apesar de Graciliano Ramos não focar tanto nos efeitos da seca na vida de suas personagens, ela é o ponto propulsor da narrativa.
Clarice Lispector sempre esteve focada na busca pelo “eu” em suas obras. Em A Paixão Segundo G.H. ela encontra talvez a melhor fórmula para tratar do assunto. O livro começa e termina em reticências, sendo que os capítulos sempre começam com a mesma frase que o capítulo anterior terminou. Esta estrutura estabelece uma ideia de continuidade muito elogiada em seu trabalho.
A primeira obra de ficção do período romântico brasileiro. Foi também o primeiro romance a trazer os hábitos da burguesia carioca da época para as páginas. Em uma viagem, 4 estudantes de medicina fazem uma aposta de que se um deles se apaixonasse durante o veraneio, teria que escrever um livro a respeito. Um deles se apaixona pela Moreninha, mas já está comprometido.
O segundo livro da trilogia indianista de José de Alencar é um romance clássico que retrata a história de amor entre a índia Iracema e o colonizador Martim. O livro simboliza a criação da terra do autor, o Ceará. Moacir, o filho do casal, seria o primeiro cearense e um fruto da miscigenação vivida no país desde aquele período. O livro representa ainda a dominação sofrida pela América diante da colonização europeia.
Procure a bibliotecária do seu turno e mergulhe na leitura!!