URNA ELETRÔNICA – 25 ANOS

Ao apresentar em breves palavras este trabalho, julgamos oportuno destacar dois trechos do folheto intitulado “Urna eletrônica: 20 anos a favor da democracia”, publicado pelo Tribunal Superior Eleitoral. No parágrafo inicial da parte que tem por título O Nascimento da Urna Eletrônica, pode-se ler: “A urna eletrônica mudou a face das eleições no Brasil de forma radical. As cédulas com seus rabiscos, as urnas de lona e os dias consumidos com a apuração dos pleitos deram lugar ao computador, que passou a ser utilizado por eleitores, servidores da Justiça Eleitoral e colaboradores”, finalizando com a afirmação: “Em 1996, o projeto da urna eletrônica foi concluído, e sua fabricação, iniciada. No mesmo ano, aproximadamente 200 mil eleitores, de 57 municípios, elegeram seus representantes pela primeira vez por meio da “máquina de votar”. Desde então, a democracia brasileira se faz com gente, transparência e muitos bytes”.¹

Os trechos escolhidos se justificam por dois motivos especialmente relevantes. Primeiro, a afirmação da radicalidade da mudança provocada nas eleições no Brasil com o advento da urna eletrônica. Segundo, pela associação de três palavras cuja imbricação seriam, a partir de então, sempre associadas aos pleitos eleitorais no país: gente, transparência e bytes.

Até então, a desconfiança nos resultados eleitorais gerava uma constante insatisfação e críticas dos eleitores e eleitoras por falta de um suporte que assegurasse a transparência, segurança e lisura do voto. O uso da urna eletrônica garantiu aos pleitos eleitorais uma transparência e segurança nunca antes obtidos, eliminado muitos vícios até então comuns, os quais punham em dúvida a certeza de que os votos apurados coincidiriam com os que haviam sido depositados pelo eleitor e eleitora.

Essa conquista é fruto de um longo e laborioso trabalho, que demanda um contingente enorme de pessoas que se valem de estratégias as mais diversas para fazer com que a urna eleitoral esteja disponível e em perfeitas condições para receber o voto do eleitor que comparece ao local de votação no dia da eleição.

Foi exatamente intentando mostrar um pouco da diversidade de meios e estratégias utilizados para tornar possível o ato de votar, que foi organizada esta exposição. O grande motivador foi a celebração dos 25 anos de uso da urna eletrônica. Espera-se que essa ação, resultante de um trabalho colaborativo das unidades de memórias dos TREs da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins contribua para que o cidadão e cidadã conheçam, de forma mais detalhada, parte do trabalho realizado pela Justiça Eleitoral em busca do aprimoramento da democracia no Brasil.

Acesse o link da exposição colaborativa dos 25 anos da urna eletrônica: https://sites.google.com/view/25anos-da-urna-eletronica-tres/in%C3%ADcio

(1) BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. Urna eletrônica: 20 anos a favor da democracia. - Brasília/DF: Tribunal Superior Eleitoral, 2016, p. 7. Disponível em: <https://bibliotecadigital.tse.jus.br/xmlui/handle/bdtse/193https://bibliotecadigital.tse.jus.br/xmlui/handle/bdtse/19355>