A X região de saúde, com sede em Afogados da Ingazeira, possui uma organização, entre os municípios de São José do Egito, Tuparetama, Brejinho e Itapetim, que se configura como microrregião, entretanto não formalizado no PDR (2011). Sua área territorial cobre 4.308,55 Km², apresentando uma população estimada em 190.551 habitantes.  É formada por 12 municípios, sendo a região menos populosa da III Macro. Os municípios mais populosos são representados por Afogados da Ingazeira, São José do Egito, Tabira e Carnaíba. Considerando o perfil do sertão, onde existem grandes extensões territoriais e baixa densidade demográfica, temos que os municípios que apresentam maior densidade demográfica são Afogados da Ingazeira, Tabira e Brejinho, com 92,90 hab/km², 71,11 hab/km² e 68,75 hab/km², respectivamente.

A distribuição da população em áreas urbanas e rurais da X Região de Saúde é apresentada na Tabela 1, em uma série histórica é possível observar que ao longo de duas décadas a migração da população do perímetro rural ao urbano, no que tange a raça, podemos observar, no Gráfico 1, que as raças predominantes na regional, segundo dados do IBGE 2010, são as raças branca e parda, cabendo reiterar que o critério de autodeclaração é o utilizado e para análises o IBGE sugere a junção das raças preta e parda como população negra. Com relação a população indígena nenhum dos municípios apresentou indicação.

A maior parte de sua população é do gênero feminino, representando 50,95%. Essa região apresentava uma taxa de analfabetismo de 22,9 % em 2010 (IBGE) (Tabela 2). Os municípios em destaque, com maior indicador de analfabetismo são: Iguaraci  (28,3), Quixaba (23,3) e Solidão (25,8). Já os municípios com menor taxa de analfabetismo foram São José do Egito (20,1), Afogados da Ingazeira (20,5) e Tabira (21,3). Dentre os indicadores de saúde da VI região observa-se que entre os anos de 2016 a 2020 observam-se valores decrescentes na taxa de natalidade regional até 2018, com crescimento em 2019. Os doze municípios demonstram o mesmo padrão na curva de natalidade, destacando-se o município de Afogados da Ingazeira (17,7%) com a maior taxa de nascimentos no fim do período. Em geral, taxas elevadas estão associadas a condições socioeconômicas precárias e aspectos culturais da população.

Em relação aos indicadores de mortalidade observa-se que em três (Quixaba, Ingazeira e Santa Terezinha) dos doze municípios da região essa taxa se apresenta decrescente em relação ao início do período analisado (2016-2020), enquanto nos municípios de Tuparetama, Afogados da Ingazeira, Tabira, Carnaíba, Brejinho e São José do Egito demonstraram crescimento desse indicador. Considerando o período entre 2014 e 2018 foi observada uma diminuição nos municípios, relacionado à mortalidade infantil de residentes da região, sendo que em 2014 a taxa de mortalidade era de 10,92% por mil nascidos vivos, reduzindo esse percentual em 2018 para 9,78% por mil nascidos vivos.  Os municípios que apresentaram  maior taxa de óbito infantil foram Tuparetama (19,60), São José do Egito (17,62), Ingazeira (15,38) e Santa Terezinha (12, 98). A mortalidade materna foi um indicador que apresentou redução  no período analisado (2016 a 2020).

Em relação à oferta e cobertura de ações e serviços de saúde, a X região conta com 1 centro de testagem e aconselhamento e 1 serviços de assistência especializada. A cobertura populacional de Equipes de Saúde da Família, pactuada para Pernambuco em 2020, foi de 79,9%, sendo que apenas 35% dos municípios atingiram essa cobertura.  Na região, todos os municípios apresentaram taxa de cobertura da atenção básica de 100%. Para o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) a cobertura é de 100% também. 

Quanto às Equipes de Saúde Bucal, a região conta com 100% de cobertura. Para o Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB), a região conta com 11 NASF-AB distribuídos em 11 municípios, apenas o município de Quixaba apresentou um NASF desabilitado em 2020, o mesmo existiu até 2019, e 30 academias da saúde, em todos os municípios. Em relação à cobertura dos Centros de Especialidades Odontológicas, a X região conta com uma unidade de atendimento, entretanto a mesma refere apenas o município de Afogados da Ingazeira.

No âmbito das Redes de Atenção à Saúde a VI região conta com a Rede Cegonha, ofertando Pré-natal de alto risco e 12 hospitais de referência para partos de risco habitual com produtividade a partir de 56 partos/ano. A rede de Urgência e Emergência está sendo fortalecida, com processo de implantação do SAMU na macrorregional, tendo os hospitais regionais como unidades sentinelas, entretanto, níveis mais complexos ainda precisam ser transferidos para fora da macrorregional. Para a rede de Atenção Psicossocial (RAP) a X região de saúde está organizada da seguinte forma: 8 CAPS, sendo 02 em Afogados da Ingazeira (1 CAPS ADIII regional e 01 CAPS i Infanto-Juvenil), 01 CAPS I em Carnaíba, Iguaraci, Itapetim, São José do Egito e Tabira e 01 CAPS i Infanto-Juvenil em São José do Egito. A região conta com 04 Leitos Integrais em Saúde Mental (LISM) no Hospital Regional Emília Câmara.

A Rede de cuidados à pessoa com deficiência na X Geres é composta pelo CER III (física, visual e auditiva), CEO e Unidade Pernambucana de Atendimento Especializado (UPAE). A Rede de Atenção à Saúde da VI região conta com 271 estabelecimentos de saúde e serviços dentro do território. A distribuição de leitos para o SUS é de 4.504. O número de leitos não pertencentes ao SUS é de 776.

Além dos serviços de saúde, o território da X região conta com 02 Centrais de Regulação, sendo elas: Hospitalar e Ambulatorial. A regulação conta também com sistemas de informação, a exemplo do CMCE, próprio do estado de Pernambuco, para solicitação de consultas e exames.

Fonte: Equipe técnica da X GERES, 2022.