A VI região de saúde, com sede em Arcoverde, tem seu território subdividido em duas microrregiões ( X e XI microrregiões), a X Microrregião de Saúde com sede em Arcoverde, comporta além da sede, os municípios de Buíque, Custódia, Ibimirim, Pedra, Sertânia, Tupanatinga e Venturosa; e a XI Microrregião de Saúde com sede em Petrolândia, incluindo os municípios de Inajá, Jatobá, Manari e Tacaratu. Sua área territorial cobre 13.706,1 km², apresentando uma população estimada em 421.510 habitantes.

É formada por 13 municípios, sendo a região mais populosa da III Macro. Os municípios mais populosos são representados por Arcoverde, Buíque, Custódia e Petrolândia. Considerando o perfil do sertão, onde existem grandes extensões territoriais e baixa densidade demográfica, temos que os municípios que apresentam maior densidade demográfica são Arcoverde, Jatobá, Venturosa e Manari, com 196,05 hab/km², 50,25 hab/km², 50,05 hab/km², respectivamente.

A distribuição da população em áreas urbanas, rurais e indígena dos municípios da VI Região de Saúde é apresentada no Gráfico 1; não há dados referentes as populações em situação de rua e população negra (quilombolas). O município de Buíque apresentava, no ano de 2010 de acordo com o último censo, a maior concentração de população em área rural em comparação com os demais municípios. Merecendo assim, destaque para ações governamentais a fim de oferecer acessibilidade à saúde e qualidade de vida. Com relação a população indígena, apenas os municípios de Buíque, Ibimirim, Inajá, Jatobá e Tacaratu apresentam em seu território.

A maior parte de sua população é do gênero feminino, representando 50,95%. Essa região apresentava uma taxa de analfabetismo de 27,7 % em 2010 (IBGE), como mostra a Tabela 1. Os municípios em destaque, com maior indicador de analfabetismo são: Manari (40,9), Buíque (39,4) e Tupanatinga (39,2). Já os municípios com menor taxa de analfabetismo são Arcoverde (16,8), Petrolândia (17.6) e Jatobá (22,8).

Dentre os indicadores de saúde da VI região observa-se que entre os anos de 2016 a 2020 observam-se valores crescentes na taxa de natalidade regional. Os treze municípios demonstram níveis elevados de natalidade, destacando-se o município de Petrolândia (20,6) com a maior taxa de nascimentos no fim do período. Em geral, taxas elevadas estão associadas a condições socioeconômicas precárias e aspectos culturais da população.

Em relação aos indicadores de mortalidade observa-se que em cinco (Arcoverde, Custódia, Manari, Tupanatinga, Venturosa) dos treze municípios da região essa taxa se apresenta decrescente em relação ao inicio do período, enquanto nos munícipios de Buíque, Ibimirim, Inajá, Jatobá, Pedra, Petrolândia, Sertânia e Tacaratu demonstraram crescimento desse indicador. Considerando o período entre 2016 e 2020 foi observada uma diminuição na taxa de mortalidade infantil de 12,5%. Considerando a Mortalidade Infantil Neonatal precoce houve um pequeno aumento em 2020 em comparação ao ano de 2016. Os municípios que apresentaram maior taxa de óbito infantil foram Inajá (26,2%), Tupanatinga (25,2%) e Ibimirim (17,2%). A mortalidade materna foi um indicador que apresentou queda em 2020.

Já na oferta e cobertura de ações e serviços de saúde, a VI região conta com 1 centro de testagem e aconselhamento e 1 serviço de assistência especializada. A cobertura populacional de Equipes de Saúde da Família, pactuada para Pernambuco em 2020, foi de 79,9%, sendo que apenas 35% dos municípios atingiram essa cobertura. Apenas o município de Buíque apresentou captação ponderada de 100%, meta pactuada para a atenção básica, todos os demais apresentam valores inferiores, entretanto mesmo o município com captação total não apresenta adequação de cobertura da atenção básica, apontando para uma fragilização, com possível sobrecarga das equipes.

Quanto às Equipes de Saúde Bucal, a VI região conta com 58,185% de cobertura. Para o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) a cobertura é de 79,7%. Porém, os municípios de Pedra, Venturosa e Manari apresentam cobertura acima de 90%. Para o Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB), a VI região conta com 6 NASF-AB distribuídos em 6 municípios e 11 academias da saúde, em 10 municípios. Em relação à cobertura dos Centros de Especialidades Odontológicas, a VI região conta com 3 unidades de atendimento.

No âmbito das Redes de Atenção à Saúde a VI região conta com a Rede Cegonha, ofertando Pré-natal de alto risco e 4 hospitais de referência para partos de risco habitual com produtividade a partir de 150 partos/ano. A rede de Urgência e Emergência esta sendo fortalecida, com processo de implantação do SAMU na macrorregional, tendo os hospitais regionais como unidades sentinelas, entretanto níveis mais complexos ainda precisam ser transferidos da macrorregional. Para a rede de Atenção Psicossocial (RAP) a VI região de saúde está organizada da seguinte forma: 13 CAPS, sendo 03 em Arcoverde, 1 CAPS ADIII regional, 01 CAPS II e 01 CAPS i Infanto-Juvenil Microrregional, sendo referência para Venturosa; os demais municípios, com exceção de Venturosa, possuem 01 CAPS I. A região conta com 01 Serviço de Residência Terapêutica (SRT) localizado no município de Ibimirim, de caráter municipal, e 06 Leitos Integrais em Saúde Mental (LISM) no Hospital Regional Ruy de Barros Correia.

A Rede de cuidados à pessoa com deficiência apresenta um CER IV, salas de atendimento educacional especializado, nos municípios de Arcoverde, Manari, Pedra, Buíque e Venturosa, e atendimento especializado na UPAE, hospital Ruy de Barros e CER IV. A Rede de Atenção à Saúde da VI região conta com 431 estabelecimentos de saúde e serviços dentro do território. A distribuição de leitos para o SUS é de 8.552. O número de leitos não pertencentes ao SUS é de 1.296.

Além dos serviços de saúde, o território da VI região conta com 02 Centrais de Regulação, sendo elas: Hospitalar e Ambulatorial. A regulação conta também com sistemas de informação, a exemplo do CMCE, próprio do estado de Pernambuco, para solicitação de consultas e exames.

Fonte: Equipe técnica da VI GERES, 2022.