Resumo: Neste trabalho, nós investigamos cerca de 9 milhões de internações entre 2000 e 2019 no Sudeste do Brasil de acordo com variáveis como causas, idade, gênero, sazonalidade e distribuição geográfica. Analisamos a mortalidade hospitalar por meio de uma regressão linear e fazemos comparações da taxa histórica de morbidade com o atual surto de COVID-19 e com os dados de hospitalização de 2020.
Objetivo: Analisar os determinantes das internações e da mortalidade por causas respiratórias nos últimos 20 anos.
Dados: Informações individuais sobre cerca de 9 milhões de internações entre 2000 e 2019 obtidas no Sistema de Internações Hospitalares (SIH) do DATASUS.
Resultados: São Paulo é o estado com maior número absoluto de internações. Minas Gerais apresenta maior número de casos per capita, especialmente em municípios pequenos no nordeste do estado. Crianças de 0 a 4 anos tem maior participação nas internações em relação ao total de internações, enquanto idosos com mais de 60 anos tem uma maior proporção de internados dada a população nessa faixa etária. Há um aumento de cerca de 30% nas internações se compararmos janeiro a junho. O diagnóstico de pneumonia corresponde a 50% das causas de internação e 5% das mortes, enquanto a insuficiência respiratória corresponde a 5% das internações e a 20% das mortes. A análise de regressão indica que a causa de internação associada à insuficiência respiratória é a variável que mais aumenta o risco de óbito, especialmente entre aqueles com mais de 60 anos. A comparação dos dados de 2020 mostra um aumento do número de internações e óbitos em abril devido a pneumonia viral. O aumento é mais expressivo nos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro.
Trabalho completo: