Figuras de Linguagem, também chamadas de figuras de estilo, são recursos estilísticos usados para dar maior ênfase à comunicação e torná-la mais bonita.
Dependendo da sua função, elas são classificadas em:
Figuras de palavras ou semânticas: estão associadas ao significado das palavras. Exemplos: metáfora, comparação, metonímia, catacrese, sinestesia e perífrase.
Figuras de pensamento: trabalham com a combinação de ideias e pensamentos. Exemplos: hipérbole, eufemismo, litote, ironia, personificação, antítese, paradoxo, gradação e apóstrofe.
Figuras de sintaxe ou construção: interferem na estrutura gramatical da frase. Exemplos: elipse, zeugma, hipérbato, polissíndeto, assíndeto, anacoluto, pleonasmo, silepse e anáfora.
Figuras de som ou harmonia: estão associadas à sonoridade das palavras. Exemplos: aliteração, paronomásia, assonância e onomatopeia.
A metáfora representa uma comparação de palavras com significados diferentes e cujo termo comparativo fica subentendido na frase.
Exemplo: A vida é uma nuvem que voa. (A vida é como uma nuvem que voa.)
Chamada de comparação explícita, ao contrário da metáfora, neste caso são utilizados conectivos de comparação (como, assim, tal qual).
Exemplo: Seus olhos são como jabuticabas.
A metonímia é a transposição de significados considerando parte pelo todo, autor pela obra.
Exemplo: Costumava ler Shakespeare. (Costumava ler as obras de Shakespeare.)
A catacrese representa o emprego impróprio de uma palavra por não existir outra mais específica.
Exemplo: Embarcou há pouco no avião.
Embarcar é colocar-se a bordo de um barco, mas como não há um termo específico para o avião, embarcar é o utilizado.
A sinestesia acontece pela associação de sensações por órgãos de sentidos diferentes.
Exemplo: Com aquele olhos frios, disse que não gostava mais da namorada.
A frieza está associada ao tato e não à visão.
A perífrase, também chamada de antonomásia, é a substituição de uma ou mais palavras por outra que a identifique.
Exemplo: O rugido do rei das selvas é ouvido a uma distância de 8 quilômetros. (O rugido do leão é ouvido a uma distância de 8 quilômetros.)
A hipérbole corresponde ao exagero intencional na expressão.
Exemplo: Quase morri de estudar.
O eufemismo é utilizado para suavizar o discurso.
Exemplo: Entregou a alma a Deus.
Acima, a frase informa a morte de alguém.
A antítese é o uso de termos que têm sentidos opostos.
Exemplo: Toda guerra finaliza por onde devia ter começado: a paz.
O hipérbato é a alteração da ordem direta da oração.
Exemplo: São como uns anjos os seus alunos. (Os seus alunos são como uns anjos.)
A ironia é a representação do contrário daquilo que se afirma.
Exemplo: É tão inteligente que não acerta nada
A gradação é a apresentação de ideias que progridem de forma crescente (clímax) ou decrescente (anticlímax).
Exemplo: Inicialmente calma, depois apenas controlada, até o ponto de total nervosismo.
No exemplo acima, acompanhamos a progressão da tranquilidade até o nervosismo.