Campanha "Não dê vacilo! Faça o registro!"
Em julho de 2016 estudantes da Universidade Federal Fluminense que frequentam os campi instalados no bairro do Ingá (na cidade de Niterói), começaram a denunciar, através dos meios de comunicação virtuais, como redes sociais “facebook” e “whats app”, ocorrências de crimes como roubos e tentativas de estupro. A região, apelidada pelos alunos de “rua do perdeu”, ou “região do perdeu”, ou ainda, “quarteirão do perdeu”, passou a ser objeto de preocupação da Ilumina e de outros coletivos, como os diretórios acadêmicos do curso de graduação em segurança pública e social e do curso de graduação em direito.
Foram semanas de relatos frequentes por parte, sobretudo, de mulheres. Havia principalmente entre os estudantes um sentimento não apenas de insegurança, mas também de abandono por parte do Estado, pois, muitas vezes, ao solicitarem providências das instituições de segurança pública – especialmente das polícias – era comum ouvirem como resposta de que tal problema não era reconhecido em virtude da subnotificação desses registros. Ou seja, como as vítimas não registravam as ocorrências relatadas, a posição das autoridades públicas era de que sem a denúncia formal não seria possível tomar alguma medida diante do problema relatado. Assim, reconhecendo a importância do problema e com o objetivo de construir uma visibilidade pública sobre os relatos de violência ouvidos, o primeiro trabalho da Ilumina foi o lançamento da Campanha “Não dê vacilo, faça o registro!”.