A revoada de auditores fiscais dos cargos de chefia na Receita Federal é mais uma prova inequívoca dos conflitos internos que corroem as estruturas do governo de Jair Bolsonaro. O primeiro impacto do protesto organizado pelos auditores recai sobre o Ministério da Economia — o mensageiro da determinação do presidente da República de conceder reajuste salarial a policiais federais.

Operação-padrão adotada pelos servidores já provoca grandes filas e atrasos na liberação de cargas nos maiores portos do País; auditores cobram a regulamentação do bônus variável por eficiência

O Estado de S.Paulo

FOLHA S.PAULO - A equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) vê espaço para tentar emplacar a retomada das discussões da reforma administrativa em troca de reajustes salariais futuros a servidores públicos, que se mobilizam em torno de uma possível paralisação pontual ou até mesmo greve geral por aumento.

Ao pedir que o governo se posicione contra a pressão do funcionalismo por reajuste generalizado, Guedes argumentou a ministros que redução de despesas com a reforma poderia ser usada para bancar aumento salarial de quem está na ativa. Mas apenas após a aprovação da reforma.