A primeira cidade que escolhemos ao iniciar a nossa viagem por duas semanas foi Évora cidade situada no Alentejo (sul de Portugal), a uma distância de cerca de 130 km de Lisboa. Um dos principais atracões do Alentejo reside no facto de ser dono de vastos espaços ainda não "estragados" pelo turismo. As cidades e vilas são adornadas por uma grande variedade de estilos, ao nÃvel da arquitetura, de monumentos e locais históricos, onde não só o cuidado, bom gosto humano, mas também a beleza natural as emolduram em quadros de grande beleza.
Passeamos pela cidade de Évora, sentindo e respirando realidades que levaram esta cidade a ser escolhida como Património Mundial em 1986. Razões que encontramos que justificam na perfeição esta escolha:
Uma encantadora cidade rodeada de muralhas, com uma atmosfera única, recheada de interesse histórico.
Encontramos aqueles que preferem visitar a cidade usando as atrelagens, como algo estimulante para reviver o ritmo das viagens dos velhos tempos numa charrete que trilha os caminhos do campo ou as ruas calcetadas de centros históricos como os de Évora. Ainda hoje há noivas que se deslocam assim a caminho do altar.
A extração e transformação do mármore é o principal alicerce da economia desta cidade. O mármore de Vila Viçosa é reconhecido a nÃvel mundial, e Vila Viçosa é conhecida a nÃvel nacional como Capital do Mármore. Esta cidade, recebe anualmente cerca de cem mil turistas, tornando-se o segundo sector económico mais importante do concelho.
A agropecuária é ainda uma importante fonte de receitas para o concelho.
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Tivemos o prazer de saborear a excelente cozinha alentejana e pedindo desculpa ao resto do paÃs, foi a mais saborosa cozinha que encontramos ao longo destas duas semanas.
O verde é a cor predominante da bonita paisagem natural que nos acolhe, num atraente silêncio.
A História está presente.
Brilha o cuidado intenso de pessoas que amam e se dedicam à excelente conservação e extrema limpeza, que deliciam os nossos sentidos.
É também a terra de Florbela Espanca.
Bom Jesus do Monte. Lago grande do parque natural.
Este é um lugar paradisÃaco, onde os ruÃdos da civilização não chegam. Nesta tarde de calor, não havia mais ninguém a não sermos nós e o guarda dos barcos. A subida é grande, mas vale a pena. Os longos braços das árvores protegiam-nos do calor e pareciam dizer: coragem lá em cima há uma recompensa. E havia. Os tons variados das árvores, das flores. O canto dos pássaros. A água lÃmpida que corria livremente ao sabor das doces carÃcias e peripécias dos peixinhos, que nadavam sem parar. Ali tudo parece falar disciplinadamente. Aparentemente ensaiado para não quebrar tamanha belezaÂ
A Ilha das Berlengas