Maria - Edmonton

Edmonton

A população de Edmonton é de aproximadamente 1,1 milhão de habitantes, o que a torna a segunda cidade mais populosa do Canadá, atrás de Toronto. A cidade tem experimentado um crescimento populacional significativo nos últimos anos, atraindo pessoas de diversas origens, o que contribui para sua diversidade cultural. Se precisar de mais detalhes ou informações específicas sobre a demografia de Edmonton, estou aqui para ajudar!

Edmonton possui uma estrutura urbana bem planejada, que combina áreas residenciais, comerciais e espaços verdes. Aqui estão alguns aspectos importantes sobre a estrutura da cidade:

1. Distritos e Vizinhanças

Edmonton é organizada em diversos distritos e bairros, cada um com suas características únicas. Alguns dos bairros mais conhecidos incluem:

Downtown: O coração comercial da cidade, onde se encontram arranha-céus, restaurantes, lojas e instituições culturais.
Old Strathcona: Conhecido por sua vida noturna, lojas independentes e o famoso mercado de fazendeiros.
Whyte Avenue: Uma área vibrante com muitas opções de entretenimento, cafés e boutiques.

2. Espaços Verdes

A cidade é famosa por seu extenso sistema de parques e espaços verdes, particularmente o River Valley, que se estende ao longo do rio Saskatchewan Norte. Com mais de 20 parques, oferece trilhas para caminhada e ciclismo, áreas de piquenique e espaços recreativos.

3. Transporte

Edmonton possui um sistema de transporte público que inclui ônibus e o Edmonton Light Rail Transit (LRT), que conecta várias áreas da cidade. As principais rodovias também facilitam o deslocamento para outras partes da província.

4. Infraestrutura

A cidade tem uma infraestrutura sólida com hospitais, escolas, universidades e centros de pesquisa. A University of Alberta é uma das principais instituições de ensino superior e contribui para a economia e cultura local.

5. Cultura e Entretenimento

Edmonton abriga uma variedade de centros culturais, incluindo museus, teatros e galerias. O Francis Winspear Centre for Music e o Art Gallery of Alberta são exemplos de instituições que enriquecem a vida cultural da cidade.

6. Desenvolvimento Sustentável

A cidade tem investido em iniciativas de desenvolvimento sustentável, com foco em habitação acessível, transporte público eficiente e preservação de áreas verdes.

Outono em Edmonton- 2020

Edmonton-2017

Edmonton 2016- a estadia de Joana

Edmonton-2015

Reciclagem

No Canada existe um sistema de reciclagem que incentiva à separação do lixo. Espalhados por toda a cidade de Edmonton, os depósitos de recolha, aceitam todas as embalagens que se encontram dentro das normas de reciclagem.

Os Edmontonianos sabem que serão reembolsados se entregarem embalagens de leite, sumos, cerveja, vinho etc., quer seja em plástico, vidro, papel ou lata. Para além da recuperação do dinheiro da taxa da embalagem, ajudam a limpar o planeta e a garantir muitos postos de trabalho, inclusive a estudantes.

Talvez um exemplo a seguir em muitos países, inclusive Portugal.

fotos de, 6 de maio de 2013- Edmonton

Halloween- 6 de outubro de 2012

No Superstore em Edmonton

Festas públicas em Edmonton durante o Verão- 8 de julho de 2012

sul da cidade

Ele passou o fogo pedalando os pequenos pedais da mínuscula bicicleta.

Ar livre- Esquilos

Como muitos outros animais, os esquilos também gostam de ar livre. Assim que a neve começou a derreter, este esquilo tratou de sair da sua toca onde tinha passado o longo inverno.

22 de junho de 2012

Uma manhã de domingo- 2012

Um café italiano, aqui em Edmonton . Lugar simpático e acolhedor.

Dentro da mesma simplicidade enquadrava-se a paisagem exterior, a qual podia ver do lado de dentro do café. De olhar perdido nas pessoas que por lá passeavam, disse-te que gostaria de ver de perto a atração preparada pela câmara da cidade, para quem quisesse participar.

Atravessamos a estrada para entrar no parque verde, espaço pertencente à comunidade italiana e oferecido para quem quiser usufruir dele. Foi com prazer que nos integramos por entre o público. Um ambiente, onde a liberdade dava sinais de vida ao permitir a presença de tanta gente diferente, mas também colocava a nu, as falhas da sociedade.

Um dia, um espaço, crianças, polícias, bombeiros, muitos sem abrigo, alguns deles descendentes dos índios e voluntários que ofereciam café, água, sumos e alguns alimentos.

Existe em mim a esperança de que estas crianças, dispostas a partilhar um dia em plena harmonia com gente denominada de diferente, pela sociedade, ao longo da história humana, cresçam com o conceito de que somos todos feitos da mesma matéria, apesar da complexidade do ser humano.

A estátua do homem que deixou o legado das lojas Spinelli, deixando o calor do sul da Itália em 1051 para tentar a sua sorte nas congeladas minas de prata do Yukon. Em 1959, Frank começou por vender revistas italianas, bebidas pop e chocolates. Os clientes, sobretudo italianos, foram aumentando e crescendo os pedidos para que ele vendesse alimentos típicos de itália. Pode saber mais seguindo o link: Italian Centre Shop

O parque infantil ao dispor dos mais novos o ano inteiro

Um carro policial onde as crianças entram e certamente brincam aos policias e ladrões e onde o policia dá explicações de sorriso no rosto

O interior do carro de bombeiros, onde duas crianças faziam perguntas a que o jovem bombeiro respondia com boa vontade

Os sem abrigo

Esta foi a tenda que considerei mais interessante. Ela expunha um pouco a história dos índios, vítimas do egoísmo dos brancos. Este rapaz foi extremamemte simpático na apresentação de todos os artigos da tenda e respetivas histórias.

Quadro que fala das crianças índias, as maiores vítimas de abusos e discriminação.

Trovoadas em Edmonton

julho- 2010

As trovoadas e a chuva em Edmonton podem-nos apanhar desprevenidos, sobretudo no final dos dias de Verão.

O que nos pode levar a tiritar de frio e a recorrer a um café bem quente se o lugar em que nos apanhar for por exemplo num campo, onde estamos decididos a assistir a um jogo de futebol americano.

Na foto. Nuno

A baixa da cidade de Edmonton

Hora calma, quase a anoitecer.

Beleza natural

Edmonton, julho 2019- um belo ramo de flores sem necessitar da mão do homem, para crescer e embelezar a beira do caminho.

O Nuno e eu

Preparar para partir

Fim de outubro de 2011

Ainda que eu quisesse apenas apresentar as imagens, onde as aves se reúnem e treinam para partir, não conseguiria e ficaria com a sensação de trair a natureza, que brilha para ser divulgada e apreciada.

Mês de novembro. Aproveitaram o verão mais longo e a vinda tardia da neve pra realizar encontros e belos passeios pela camada ainda fina de gelo nos lagos. Instintivamente, anualmente, agrupam-se como especiais soldadinhos, aprumados e organizados. Sem relógio, nem calendário, criam a hora certa da migração, embelezando a cidade e os meus olhos.

Sempre que me disponho a acordar ora da letargia, ora da pressa, liberto-me da penumbra e encontro este mundo novo ao virar da esquina.

Ao apreciar o belo espetáculo natural, dou por mim a pensar: ´´ Perco-me, tantas vezes, em outras imagens que estão longe, impedindo-me de quase que não viver as que, aqui, emergem perfumadas, esquadrando o ar como um pincel multicolor e preenchendo os silêncios com sons perfeitos. ``

Muito sol, mas um dia bem gelado.

36 graus negativos.

Um pouco de Portugal na cidade de Edmonton, Canadá

Ao passar pela Avenida 118, pode encontrar várias lojas portuguesas.

Nas quatro padarias portuguesas que existem nesta avenida, pode saborear um bom café português e comprar o tradicional pão caseiro, inclusive o pão de milho.

A padaria aqui referida, Popular Bakery, salienta-se devido ao magnífico painel exposto na parede lateral, voltada para a rua 93. Ele retrata vários pontos históricos de Portugal. Os pontos de referência são Lisboa, Porto, Madeira e Açores.

O traço fiel do pintor provoca-me sempre um sorriso no rosto, quando olho as maravilhas de Portugal, ainda que me encontre tão longe!

De salientar que esta zona da cidade é muito antiga. Zona procurada e habitada pelos primeiros imigrantes, tendo entrado, desde há uns anos, em estado de degradação e onde a realidade de muitos não se apresenta muito risonha. No entanto podemos ler em alguns cartazes: “Vamos acreditar na 118“. Desejo sinceramente ver esta zona reabilitada, sentindo que não é necessário “despejar pessoas “, mas sim incentivar a encontrar um caminho.

Um aparte: enquanto eu fotografava a parede, escutei uma voz:

— Você gosta?

— Adoro- respondi eu, olhando o autor da pergunta.

— Se quiser pode visitar o site do pintor. Está aí o endereço dele.

— Ah, muito obrigada- respondi ao jovem, talvez de trinta anos, que rapidamente desapareceu na esquina, montado na sua bicicleta.

Horas depois, ao chegar a casa fui pesquisar sobre o artista. Surpresa! Era o jovem ciclista que me tinha apanhado a fotografar as suas pinturas.

Pode visitar os interessantes projetos de: Kris Friesen Canadian Mural Artist

As Portas da Cidade nos Açores

A Igreja do Santo Cristo dos Milagres em Ponta Delgada, nos Açores

O Monumento aos Descobrimentos em Lisboa

O interior da padaria

A baixa de Lisboa

Palácio de Sintra e ponte sobre o rio Tejo

e Madeira

Estátua do trabalhador- Edmonton- Downtown - 2010

Esta estátua representa o momento de um trabalhador num intervalo para o lanche.

O termo do café, a chávena e o saco do lanche são feitos do mesmo material usado para a estátua: o bronze.

O Madeirense

Edmonton- quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Falar da alma de alguém é sempre um grande risco. Quantos erros cometemos ao tentar decifrar o universo alheio? Por isso o que vou tentar transmitir foi o que senti quando avistei o Madeirense; cognome pelo qual é conhecido. O Eduardo já me tinha falado nele e numa tarde em que passeávamos pela cidade de Edmonton, decidiu parar ao avistá-lo, no meio de um dos parques verdes da baixa da cidade.

Apoiava um braço na bengala. Ela era a perna que lhe faltava. Fiquei dentro do carro enquanto o Eduardo se dirigiu a ele. Certamente, já habituado a ser alvo de curiosidade, saudou o meu marido e despejou a sua história. Era notório o sentimento de raiva e o esforço em demonstrar que os seres diferentes também são inteligentes. Quanto mim, ele não precisava mostrar a sua inteligência, pois sempre acreditei que muitas das pessoas bafejadas pelo infortúnio, desenvolvem um olhar atento às coisas que normalmente os outros na sua vida, aparentemente normal, esquecem ou perdem a capacidade de olhar, ver e sentir.

De sessenta e cinco anos de idade, este homem, cujo nome verdadeiro é Agostinho, falou de Portugal, da Madeira e do Canadá. Relembrou as cicatrizes no corpo, a falta da perna e dos dedos que perdeu, há muitos anos, ao deixar-se adormecer na rua, durante uma noite de inverno. As noites de inverno em Alberta não permitem sonos ao luar. Falou de História e de injustiças, repetindo algumas vezes, sempre em português:

— Vocês não sabem nada!

Esta frase «Vocês não sabem nada» referia-se à história errada, que o Canadá conta e assenta como certa; ignorando a chegada dos portugueses às terras canadense, antes dos ingleses e franceses.

Pedi-lhe autorização para lhe tirar uma foto ao que ele respondeu rapidamente:

— É claro! Mas pode sair do carro.

Tirei-lhe duas fotos. Tentando que ele não se sentisse alvo de mera curiosidade, estendi-lhe a mão, num gesto de absoluto carinho. Ele olhou curioso para o meu gesto, o que denunciou que não estava habituado, depois sorriu e estendeu-me a mão. O seu sorriso foi o melhor presente que tive naquele dia. Um sorriso de criança, num rosto brutalmente amadurecido. O Eduardo perguntou-lhe onde o poderíamos encontrar de novo, ao que ele respondeu:

— Moro num abrigo aqui perto. Ali na esquina. Daqui a pouco já não saio à rua... quando começar o frio.

Descreveu o abrigo como um lugar sujo e sem lei, o ar poluído pelo tabaco e as brigas entre alguns, sobretudo em ocasiões de furto.

— O governo colocou-nos ali, como entulho numa caverna. Apenas para dizer que não há sem abrigos a dormir na rua.

Este homem que vivia da caridade alheia, cercado por justiças distorcidas, sorriu de novo e levantando a mão disse-nos adeus. Enquanto o carro se afastava, senti como que um rasto invisível, aquele olhar que sorriu na minha mão e que morreu na minha incapacidade de mudar o sistema que nos comanda. Trouxe comigo o desejo enorme de o abraçar e acariciar as suas barbas brancas, para sentir de novo aquele sorriso no seu olhar e fazê-lo sentir que o mundo sente que ele existe! Pelo menos eu senti. Levei comigo a luz que se acendeu, entre as nossas mãos, quando estas se juntaram. Desejei intensamente que encontrasse a paz.

Este texto foi escrito em 2010. Hoje, em 2022, releio. Ainda sinto estas imagens vivas em mim.

Nunca mais encontrei o Madeirense. Não sei se é vivo, mas vive em mim a mesma ternura que, naquele dia, senti por ele. Sentada confortavelmente diante do computador, entrelaço os dedos e olho a rua. Medito. Até que ponto são importantes os nossos relatos sobre pessoas diferentes? Também analisei o que me motivou a escrever e publicar sobre um momento que talvez devesse ficar no espaço das memórias. Vaidade? Exibicionismo? Naquela época deixei-o fechado ao mundo, por sentir que se o editasse, estaria a alimentar o meu ego. Hoje, decido publicá-lo, pois, sinto que me curei desse tipo de vaidade. Apenas desejo mostrar e incentivar os leitores a olhar com olhos diferentes, os demais que perambulam pelas cidades. Muitas vezes eles apenas necessitam de um gesto amoroso, atenção, sentir que são gente e que há sempre um caminho novo. Sei que muitos me responderão:

— A maioria só quer vadiagem e não fazer nada!

Estou consciente que essa poderá ser a verdade de muitos, mas não na totalidade. O único modo de descobrir é tratar todos como nossos semelhantes.

O primeiro dia de neve do ano

26 de outubro de 2010

A neve chegou! Decidiu cair durante a noite, para que se pudesse oferecer numa deliciosa surpresa, quando a vida pela madrugada acordasse na terra. Ou por outra, sorri ao imaginar que ela caiu sobretudo para mim, para me ver sorrir. Formou um manto branco e brilhante pela terra e substituiu o verde das árvores e dos campos relvados. Os nosso pés, pisam agora, um tapete branco, ainda macio. Ainda macio, porque em breve ela se tornará mais dura e em alguns lugares se transformará em gelo. Mas até lá, ela se oferece desta forma fria, mas suave.

Detalhes de um passeio pelo frio...

13 de dezembro de 2010

Antes de sair, hesitei um pouco e como tantas vezes, perguntei a mim mesma se valeria a pena. Pensei:

- O que vou fazer para a rua? Está frio, tudo branco, tudo igual...

Mas a verdade é que regresso sempre contente, depois de cada passeio. Lá fora há sempre alguma coisa para ver, com um novo olhar! Saia, mesmo quando lhe parecer que não vale a pena!

Pois bem, estas plantas, que já foram verdinhas e floridas servem agora para nos alertar onde acaba a terra e começa o lago, porque como mais branco do que isto não há, é dificil por vezes saber, o que está por baixo da neve.

Mas e como nada para, até o sol brilha de vez em quando, dando um brilho maior à neve que por si só, de tão resplandecente, nos magoa os olhos, o que nos obriga a maior parte das vezes a usar oculos escuros.

Os cães não deixam de fazer os seus passeios diários. E como gostam de brincar na neve!

Este é um dos lagos que ainda há pouco tempo, vivia repleto de aves.

Ah! Olhem as famosas pegas, que nem mesmo o frio as cala nem as impede de usufruir do bosque, agora também geladinho!

Também pelo bosque se pode encontrar várias destas casinhas, para as aves. Reparem na boa conservação, até da pintura! Detalhe que é explicado pelo empenho e zelo que existe, quer dos estado quer das pessoas.

Aqui o dono da casa limpando o passeio. Uma imagem constante.

Quem não o fizer será multado. Isso é obrigatório o ano inteiro, nas diferentes estações do ano, quer pela Primavera na conservação da relva em frente às casas, quer no Outono, na limpeza das folhas secas ou no tempo de neve, para que os passeios sejam seguros para quem passa. Nas zonas comerciais e outras zonas não urbanizadas, são empresas contratadas pelo estado que fazem a manutenção dos passeios. As estradas para que possam ser seguras para os carros, existem constantes camiões deitando sal e areia. O sal é muito bom para fazer derreter a neve e tornar o piso menos escorregadio. E com a colaboração de todos, tudo funciona, mesmo com temperaturas muito baixas.

Sorria, mesmo que o dia lhe pareça igual. Há sempre algo diferente para olhar.

Esculturas na neve- Edmonton

Numa tarde de sol, ao percorrermos uma das margens geladas do rio Saskatchewan, em Edmonton, deparamos com estas magnificas esculturas de neve, que artistas amadores esculpiram ao sabor da sua imaginação. O homem sempre procurou manifestar através da arte, o expressar de sentimentos, que se materializaram desta vez, em formas inequivocamente belas. As esculturas irão desaparecer por efeito do degelo, mas o empenho e dedicação de quem as fez, mesmo sabendo que iriam desaparecer, ficarão para sempre na nossa memória.

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