“ Ainda quando eu falasse todas as línguas dos homens e a língua dos próprios anjos, se eu não tiver caridade, serei como o bronze que soa e um címbalo que retine; -ainda quando tivesse o dom de profecia, que penetrasse todos os mistérios, e tivesse perfeita ciência de todas as coisas; ainda quando tivesse a fé possível, até o ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. - E, quando houver distribuído os meus bens para alimentar os pobres e houvesse entregado meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso de nada me serviria. A caridade é paciente; é branda e benfazeja; a caridade não é invejosa; não è temerária, nem precipitada; não se enche de orgulho; - não é desdenhosa; não cuida de seus interesses; não se agasta, nem se azeda com coisa alguma; não suspeita mal; não se rejubila com a injustiça, mas se rejubila com a verdade; tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre. Agora, estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade permanecem; mas, dentre elas, a mais excelente é a caridade “(S. PAULO, 1ª Epístola aos Coríntios, cap.XIII, vv. 1 a 7 e 13.).
De tal modo compreendeu S. Paulo essa grande verdade, que disse: Quando mesmo eu tivesse a linguagem dos anjos; quando tivesse o dom de profecia, que penetrasse todos os mistérios; quando tivesse toda a fé possível, até ao ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. Dentre estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade, a mais excelente é a caridade. Coloca assim, sem equívoco, a caridade acima até da fé. É que a caridade está ao alcance de toda gente: do ignorante, como do sábio, do rico, como do pobre,e independe de qualquer crença particular. Faz mais: define a verdadeira caridade, mostra-a não só na beneficência, como também no conjunto de todas as qualidades do coração, na bondade e na benevolência para com o próximo.
As três coisas mais importantes
Um rei tinha o costume de fazer três perguntas a todos que encontrava,
Quem era a pessoa mais importante entre todas ?
Qual era a hora mais importante ?
Qual a ação mais importante ?
Era-lhe de séria importância encontrar respostas para tais perguntas, Um dia faz ele um passeio solitário por uma floresta buscando inspiração, Depois de caminhar longo tempo por vales e montanhas ele avista ao longe uma vivenda, Ao chegar ele vem a saber que ali era um Ashram* e se alegra por ter um lugar para repousar,
Adentrando pelas suas dependências vê um monge que se ocupava em regar as plantas do pátio, Este ao perceber a presença do viajante cansado apressa-se a trazer ao estranho algumas frutas e água fresca,
Momentos mais tarde vê um outro monge carregando um ferido para o pátio, O primeiro monge apressa-se novamente em direção ao ferido lavando suas feridas e tratando-as com ervas curadoras, Permanece ainda algum tempo com o necessitado falando-lhe palavras de consolo,
O rei, que agora já se encontrava restabelecido da caminhada estressante, agradece a acolhida generosa e anuncia a sua retirada, O monge bondoso abençõa-o despedindo-se e o rei, que sempre tinha em mente as três perguntas, indagou-o esperançoso de que ele soubesse as tão aguardadas respostas,
O monge então disse “A resposta tu vistes aqui, Quando chegastes estava eu a regar as plantas, pois este è meu dever diário, mas quando te avistei, interrompi meu trabalho para dar-te de comer e beber, e assim deveria ser, pois eras nosso hóspede, Mas enquanto eu te assistia chegou um ferido, Interrompi meu serviço ao hóspede para cuidar de uma outra pessoa, que no momento mais precisava de ajuda,
Quem precisa de tua ajuda è neste momento a pessoa mais importante, O que tu podes fazer para aliviá-la è a ação mais importante, E aquele instante em que tu podes ser útil a alguém è o mais precioso e importante de todos,
Fontes
O Evangelho segundo o Espiritismo – Allan Kardec
Sai Baba conta – Chinna Katha