Como somos seres simbólicos, a literatura, integrando razão e emoção, nos permite trafegar neste universo simbólico, dominar essa gramática dos símbolos e ponderar, criticar, imaginar, construir e reconstruir formas de organizar a relação entre nós e a sociedade.
Leitura Profunda e Saúde Mental:
Segundo a biblioterapeuta Ella Berthoud "ler uma grande história é muito mais do que entretenimento".
"A leitura, na verdade, tem muitos benefícios terapêuticos. Seu cérebro entra em um estado meditativo, um processo físico que retarda o batimento cardíaco, acalma e reduz a ansiedade".
A arte de prescrever ficção para curar as doenças da vida, batizada de biblioterapia, é reconhecida pelos dicionários médicos estrangeiros desde 1941.
A prática remonta à Grécia Antiga, quando avisos eram afixados nas portas das bibliotecas para alertar os leitores de que estavam prestes a entrar em um local de cura da alma.
No século 19, psiquiatras e enfermeiras prescreveram todos os tipos de livros para seus pacientes, desde a Bíblia até literatura de viagem e textos em línguas antigas.
Vários estudos mais recentes, dos séculos 20 e 21, mostraram que a leitura aguça o pensamento analítico, o que nos permite discernir melhor padrões, ferramenta muito útil diante de comportamentos desconcertantes dos outros e de nós mesmos.
A ficção, em particular, pode transformar os leitores em pessoas mais socialmente habilidosas e empáticas. Os romances, por sua vez, podem informar e motivar, os contos confortam e ajudam a refletir, enquanto a leitura de poesia já demonstrou estimular partes do cérebro relacionadas à memória.
Muitos desses benefícios, no entanto, dependem de um estado conhecido como "leitura profunda".
"Quando lemos em um nível superficial, estamos apenas obtendo a informação. Quando lemos profundamente, estamos usando muito mais do nosso córtex cerebral", explica a neurocientista Mariane Wolf.
"Leitura profunda significa que fazemos analogias e inferências, o que nos permite sermos humanos verdadeiramente críticos, analíticos e empáticos."
Aproveite as sugestões literárias desta página para exercitar a leitura profunda e se beneficiar com os efeitos terapêuticos desta prática.
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Neste atendimento você lerá um livro do seu interesse ou - de acordo com um tema do seu interesse - poderei te ajudar com dicas e sugestões, e nos encontraremos quinzenalmente, através de uma sessão (on-line) de 60-90 minutos de duração (R$ 120,00/sessão) para refletirmos, numa perspectiva filosófica e psicanalítica, sobre as ideias mais importantes e significativas para você abordadas na obra, de forma a trabalharmos suas emoções, sentimentos, afetos, angústias e pensamentos, com vistas à superação de conflitos psíquicos e desenvolvimento pessoal.
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Adultério
Madame Bovary
Anna Kariênina
O verão sem homens
Amargura
Oroonoko ou O escravo real
Amor não correspondido
Bel canto
Os sofrimentos do jovem Werther
Longe da multidão
Primeiro amor
Angústia existencial
Sidarta
Ansiedade
O retrato de uma senhora
À procura do par perfeito
A procura do amor
Orgulho e Preconceito
Baixa autoestima
Chegadas e partidas
Rebecca, a mulher inesquecível
Bloqueio criativo
Livro do desassossego
Busca da felicidade
Fahrenheit 451
Cansaço e sensibilidade excessiva
O clube do tricô
Carência
Bravura indômita
Coração partido
Jane Eyre
Culpa
Crime e castigo
Crise de identidade
Nova gramática finlandesa
A metamorfose
Memórias do subsolo
Desejo de abandonar o barco
Coelho corre
Depressão
Tomates verdes fritos
A insustentável leveza do ser
Desencantamento
O bosque das ilusões perdidas
Divórcio
Intimidade
O cronista esportivo
Seus olhos viam Deus
Enfrentar os seus demônios
Além da escuridão
Egoísmo
Um estranho no ninho
Esgotamento
Zorba, o grego
Estagnação mental
A flor azul
Estresse
O homem que plantava árvores
Fadiga da cidade
Grande sertão veredas
Falta de entusiasmo
Ragtime
Falta de sentido
A vida: modo de usar
Homofobia
Maurice
Incapacidade (dificuldade para...) de expressar emoções
Como água para chocolate
Enquanto agonizo
Indecisão
A pequena ilha
Insatisfação
A rua das ilusões perdidas
Insônia
A casa do sono
Livro do desassossego
Irritabilidade
A luz do farol
Medo de compromisso
Ensaio sobre a cegueira
Medo do envelhecimento
O perfume de Jitterbug
Mal de amor
Carol
Uma história de amor real e super triste
Maternidade
Não sei como ela dá conta
Mau humor
A ilha do Dr. Moreau
Menopausa
O verão antes da queda
A vida íntima de Pippa Lee
Morte
Metamorfoses
Ruído branco
Cem anos de solidão
Depois que você foi embora
O que eu amava
Aqui nos encontramos
Ódio
1984
Otimismo
Cândido, ou o otimismo
Não me abandone jamais
Perda de confiança
O corte
Perder o emprego
Bartleby, o escrivão
A sorte de Jim
Perda de esperança
Ratos e homens
Perda da fé
A pesca do salmão no Iêmen
A improvável jornada de Harold Fry
Pessimismo
Robinson Crusoé
Procrastinação
Os resíduos do dia
Resistência à mudança
Jornada ao oeste
Rabugice
A morte de um estranho
Racismo
Homem invisível
Raiva
O velho e o mar
Rompimento
Alta fidelidade
Fim de Caso
Ser diferente
Fernão Capelo Gaivota
Ser dona de casa
Diário de uma dona de casa desesperada
Mulheres perfeitas
Sentir dor
A morte é um dia que vale a pena viver
Sentir-se excluído
A convidada do casamento
Sentir-se um fracasso
As virtudes do fracasso
Sentir-se um idiota
O idiota
Ser mãe/pai solteiro
O último samurai
O sol é para todos
Silas Marner
Síndrome do ninho vazio
Acabou o mãe, cadê meu tênis?
Solidão
A bússola de ouro
Eu, Cláudio
Tristeza
Dois irmãos
Vício em internet/tecnologia
A cidade e as serras
Vaidade
E o vento levou
O retrato de Dorian Gray
Vergonha
A resposta
Diário absolutamente verdadeira de um índio de meio expediente
Outras vozes, outros lugares
Ender's game: o jogo do exterminador
As vantagens de ser invisível
O bosque das ilusões perdidas
Quem é você, Alasca?
A primevera da Srta. Jean Brodie
A cor púrpura
Um jovem americano
A menina que roubava livros
Uma lição antes de morrer
A culpa é das estrelas
Tess
Um dia
Doutor Jivago
O beijo da mulher aranha
Diário de uma paixão
A escolha de Sofia
A história de Lucy Gault
Minha querida, queria dizer-te
Hibisco roxo
O mestre e a margarida
On the road - pé na estrada
Flores para Algernon
Cem anos de solidão
Todos os belos cavalos
Moby Dick
Atlas das nuvens
Tomates verdes fritos
Fazenda maldita
Febre de bola
Pai e filho
A última façanha do major Pettigrew
Herzog
Betty Blue
A insustentável leveza do ser
O olho mais azul
A redoma de vidro
Última saída para o Brooklyn
Junto à Grand Station sentei-me e chorei
Ao farol
Foi apenas um sonho
Alta fidelidade
Fim de caso
O corcunda de Notre-Dame
Como eu era antes de você
Anna Karenina
O pai Gariot
O estrangeiro
Usina de sonhos
O buda do subúrbio
O grupo
Adeus, Columbus
Réquiem por um sonho
A história secreta
Campos de Londres
A moradora de Wildfell Hall
O sol também se levanta
Servidão humana
Todos os homens do rei
Sombras do império
Agarre a vida
A boa terra
Daniel Deronda
Que sejamos perdoados
Coração tão branco
Um hino à mulher madura
Um punhado de pó
Desonra
A boa fortuna
A ponte invisível
A ternura dos lobos
Os versos satânicos
Os diários de pedra
Almoço no restaurante da saudade
Jovens corações em lágrimas
O mundo se despedaça
O sentido de um fim
A improvável jornada de Harold Fry
os peixes também sabem cantar
Pastoral americana
Últimos perdidos
Pais e filhos
A história de amor
Uma história do mundo
O amor nos tempos de cólera
O exótico Hotel Marigold
O mar, o mar
Estado de graça
Lord Jim: um romance
A grande feira
Do outro lado do rio, entre as árvores
O mestre de go
Os escritos secretos
Através do espelho
A casa soturna
O velho e o mar
O livro do riso e do esquecimento
As vinhas da ira
Época de acasalamento
Solo
As confissões de Max Tivoli
O jogo das contas de vidro
O ancião que saiu pela janela e desapareceu
A imortalidade
Quando você sentir vontade de abandonar o barco – em seu relacionamento, seu trabalho, sua vida – pedimos que não faça isso, pelo menos por enquanto. Essa vontade surge quando o barco em que você se encontra parece estar naufragando – e é mais fácil ter essa impressão se ele tiver começado bem alto na água. Se a vontade de abandonar o barco está batendo em você, respire fundo (contanto que não esteja debaixo d´água obviamente), acalme-se e leia nossa sugestão literária.
Os hormônios estão a toda. Surgem pelos onde antes tudo era lisinho. O pomo de adão se avoluma e a voz falha. A acne aparece. Os seios crescem. E o coração fica em brasa à menor provocação – assim como as partes baixas.
Se você acha tudo “cretino”; se não está a fim de falar sobre isso; se seus pais teriam um “troço” se soubessem o que você está fazendo agora; se você já foi (ou está prestes a ser) expulso da escola; se acha que os adultos são falsos; se você se protege do mundo com sua pode de “durão”, seus palavrões, sua aparente indiferença ao que possa lhe acontecer, se uma ou mais dessas coisas acontecem com você, nossa sugestão literária te ajudará a enfrentar esse momento.
Os agorafóbicos sentem grande desconforto quando se veem em lugares novos. Cercados pelo desconhecido, o medo de perder o controle pode desencadear um ataque de pânico. E, por isso, muitas vezes, eles preferem ficar em casa, o que resulta em isolamento, depressão e solidão. O romance que sugerimos é um antídoto perfeito.
Alguns têm de menos, outros demais. De acordo com o filósofo taoísta Lao Tzu, a ambição, em sua melhor proporção, tem o calcanhar bem preso, “enquanto estica os dedos para o céu”. Quando o calcanhar não está preso firmemente e excedemos o alcance de nossos talentos inatos e limitações sociais, estamos em risco. Olhe sempre para o céu. Mas mantenha pelo menos um dos pés na terra firme de suas origens. E para te ajudar nisso, não deixe de ler a nossa dica literária.
Amor verdadeiro. Luar. Rosas. Dedicação eterna. A pessoa certa. Ah, cai na real, te ouvimos dizer. Alguns de nós chegamos ao fim da linha com o amor. Sentimos que nossa capacidade de amar se esgotou, que a habilidade de inspirar amor desapareceu. Que o tempo de romance em nossa vida terminou. Se você está acometido por esse ressentimento em relação ao amor, sugerimos um livro que vai te fazer se apaixonar novamente por ele.
O amor não correspondido é de um tipo especial, que só pode ser unidirecional. A literatura está cheia de personagens tolos e atormentados, loucos para morrer de amor por alguém que nunca lhes pediu isso.
Se o amor que você sente não for correspondido, faça uma pausa em sua efusividade tola e pergunte a si mesmo: em sua ânsia apaixonada, você demonstrou falta de amor próprio e se tornou pouco atraente? Se a resposta for sim, é muito provável que você seja capaz de inspirar apenas um “não” na outra pessoa.
Levante a cabeça. Olhe-se nos olhos e recupere o seu valor. Depois, demonstre esse valor com o tipo de comportamento que alguém tão maravilhoso como a pessoa que virá a amar certamente merece.
Como qualquer pessoa que já esteve à beira de um precipício lhe dirá, ao lado do medo de cair para a morte, há uma emoção igualmente forte e inteiramente conflitante: a vontade de pular.
A consciência de que nada o impede de dar esse salto, o salto para a possibilidade, ou seja, a constatação de que se tem o absoluto livre-arbítrio, poder infinito de criar e destruir, o enche de terror e medo. É esse horror, de acordo com Soren Kierkgaard, que está na raiz da angústia existencial.
Se você está sofrendo desta aflição, está precisando urgentemente de descanso mental. Precisa reduzir as possibilidades, renunciar ao mundo, pelo menos por algum tempo.
Viver com ansiedade é viver com uma sanguessuga que sorve sua energia, autoconfiança e entusiasmo. Marcada por uma sensação constante de inquietação e temor, a ansiedade é tanto uma resposta a circunstâncias externas como um modo de encarar a vida. Embora as circunstâncias externas não possam ser controladas, a resposta interna pode; uma risada ou uma grande inspiração de oxigênio geralmente aliviam os sintomas pelo menos temporariamente, além de oferecer um estimulo para relaxar. Para os que precisam de uma mãozinha para lidar com a ansiedade, temos uma dica de leitura que pode ser muito útil.
Perder o apetite é terrível. Pois o apetite pelos alimentos é parte integrante do apetite pela vida. Resultado de vários tipos de doenças físicas ou emocionais, a perda total do apetite só pode levar a uma direção: a morte. Para trazê-lo de volta e convidar a um reencontro com a vida, se deixe estimular e deleite-se com um romance que irá abrir seu apetite pela comida e pelo amor. Confira nossa dica de leitura.
Para muitos, o momento de pendurar a chuteira é aterrorizante. Afinal, o que os motivarão a levantar da cama nas próximas décadas? Partir para uma viagem de volta ao mundo, cuidar do jardim, aprender sânscrito ou torrar a paciência da sua família e vizinhos por estar constante e irritantemente por ali?
Às vezes, a mudança de trabalhar para não trabalhar pode ser rápida e repentina demais, deixando-o com um sentimento de queda livre ou de que não há mais sentido em seus dias. Talvez você até pense que foi um erro se aposentar. Talvez ainda não estivesse totalmente pronto para parar.
É muito natural que a aposentadoria ofereça uma das maiores oportunidades de reflexão de toda a sua vida, e para te ajudar nessa jornada reflexiva, temos uma dica de leitura.
Então você acha que é especial. É daqueles que fazem as coisas acontecerem. Pode lidar com qualquer situação que a vida colocar em seu caminho. Sabe como fazer tudo, não precisa da ajuda de ninguém, enfim, é o rei ou a rainha da festa? Aplausos para você.
A autoconfiança pode alimentar a si mesma e ser contagiante, mas o excesso dela pode resvalar facilmente para a arrogância, o que pode trazer muitos problemas para as relações interpessoais e acabar te isolando das pessoas mais próximas, dos seus mais caros amigos. Se desconfiar que possa estar caindo nessa armadilha, leia nossa sugestão literária.
A mente pode ser caprichosa, e quem já sofreu de bloqueio criativo sabe que, muitas vezes, o melhor remédio é sair da frente do computador, ou deixar o caderno de lado e dar uma caminhada, encontrar os amigos, ouvir música, espairecer. Quando a maldição da “página em branco” ameaçar a acometer você, pare tudo o que estiver fazendo, encontre um lugar tranquilo, longe de distrações perversas e irresistíveis, como a internet e as redes sociais, por exemplo, e deleite-se com a prosa reflexiva e envolvente que sugerimos.
Talvez você esteja com dor de cabeça ou ressaca. Talvez odeie o seu trabalho e tenha declarado que este é um dia de ficar na cama. Talvez tudo pareça sem sentido ou você esteja deprimido. Qualquer que seja a razão, se você achar que ficar na cama parece uma ideia muito melhor que sair para enfrentar o dia, que queira bolhas e feridas em diferentes partes do seu corpo e que deseje ser incapaz até mesmo de unir as mãos para rezar por uma saída para a sua situação, você precisa urgentemente de ajuda e de um bom livro.
Você está sempre pedindo ajuda? É incapaz de fazer qualquer coisa sozinho? Quer que alguém segure a sua mão o tempo todo? Pedir ajuda é, de fato, uma coisa boa, mas a dependência completa nunca é. Chega um momento na vida que você precisa aprender a ter independência e contar mais consigo mesmo. Para te ajudar a alcançar este objetivo, leia nossa dica literária.
A vida na cidade pode consumir você. O trânsito, as multidões, a pressa, o anonimato. A melancolia monótona do concreto sem fim, anúncios brilhando, o lixo, o crime. Se sua cidade está te deixando doente, garantimos que nossa sugestão de leitura te ajudará a sair renovado, nutrido, mais sábio talvez. Certamente você verá o mundo a sua volta com um novo olhar e, após essa imersão na natureza selvagem, sua fadiga da cidade estará acalmada.
Podemos definir, em linha gerais, que o ciúme é uma tendência de se torturar com a ideia de que alguém possa pegar o que é seu. Isso resulta na necessidade de se agarrar ainda mais fortemente a essa posse, tornando-se carente e inseguro. Cego para a razão, esse sentimento é uma força supremamente destrutiva e, se deixado sem controle, corroerá sua autoestima e acabará por impedi-lo de ter uma relação saudável com aquilo ou aquele que você guarda com tanto desespero. Se você sofre desse mal, recomendamos que leia este livro, caminhe e permita o livre caminhar da pessoa amada.
Você sabe como gosta que as coisas estejam. Por isso quer mantê-las desse jeito. E gosta de dizer a todos à sua volta como gosta das coisas, para que eles possam mantê-las assim também.
Por que ouvir mais alguém se você já tem tudo sob controle?
Simples: porque ser um maníaco por controle é um trabalho duro e interminável, que raramente produz bons resultados.
Tente, aproveitando a nossa dica de leitura, só por um dia, e mais um dia, e mais outro dia, deixar de lado o controle. Escute as outras pessoas e permita que elas façam as coisas do seu próprio jeito. Todos vão ficar mais felizes e mais produtivos, e você terá mais tempo para si. Tempo para sentar, relaxar, ler um, dois e muitos outros livros que te ajudarão a ser uma pessoa mais sábia, calma, e menos controladora.
Rara é a pessoa que passa pela vida com o coração intacto. Uma vez que a flecha do cupido tenha sido lançada e acertado o alvo, tem inicio uma reação química que despacha a vitima em uma jornada cheia de alguns dos prazeres mais sublimes da vida, mas também de suas armadilhas mais angustiantes. Nove em cada dez vezes, o romance desmorona e tudo acaba em lágrimas.
Os que se veem afligidos por esse mal não têm escolha, pelo menos inicialmente, a não ser sentar com uma caixa grande de lenços de papel, outra de chocolates e um livro que abra os seus canais lacrimais e lhe permita chorar até cansar. A leitura pode ser acompanhada de musica triste; alguns diriam que isso é crucial, especialmente se você tiver a tendência de manter suas emoções sob forte controle.
Algo muito importante: de maneira nenhuma tente remendar seu coração partido comprometendo sua integridade. É melhor sofrer com dignidade do que tentar aplacar a dor em vergonha. E nunca se sabe quem pode vir a te notar e amar justamente por sua força de caráter e capacidade de enfrentar provações.
É fundamental viver um período de luto quando um amor acaba. Não tenha pressa. Dê-se um tempo para isso.
Não faça concessões impensadas na tentativa de se sentir melhor. O cupido atacará de novo, seja com um novo amor ou com o mesmo amor, porém em novas circunstâncias. E se você decidir que é melhor ficar sozinho por um tempo, há muitos prazeres solitários que podem ser obtidos, um deles é ler bons livros. Comece pela nossa indicação.
É impossível levar uma vida boa e ser covarde. Como aspirar a fazer o que é certo pelos outros – ou até por si mesmo – se seu primeiro impulso, quando as coisas complicam, é fugir e esconder seus joelhos trêmulos?
Não há problema em ter medo, mas é preciso sentir o medo e agir assim mesmo. Se você precisa de um empurrão para poder enfrentar uma situação em que tenha de ser especialmente valente, se inspire com a nossa sugestão de leitura e não permita que seu medo te transforme numa pessoa covarde.
O que quer precise fazer, leve nossa sugestão de leitura, e até mesmo o seu medo junto, mas corajosamente faça.
Você comprometeu seus próprios padrões de conduta ou violou um código moral? Ou sua culpa deriva de algo que deveria ter feito, mas não fez?
Como acontece com qualquer emoção negativa, se deixarmos a culpa prosperar, ela pode ser destrutiva para a própria pessoa e para os outros, transformando-se facilmente em agressão passiva ou não tão passiva assim, em um desejo de controle ou em uma raiva que o consome por dentro.
Nosso conselho é: reconheça sua falta, sinta a sua culpa, pague sua penitência, peça desculpas para quem for necessário, expurgue sua culpa, leia nossa dica literária e logo na sequência, faça as pazes com a sua consciência e siga em frente.
Todos carregamos alguns demônios nas costas. Alguns de nós convivemos tão bem com eles que conseguimos esquecê-los totalmente, até o dia em que, por acaso, avistamos um deles no espelho e é aí que a coisa fica feia.
Afirmamos que todos os demônios devem ser enfrentados, vencidos e enviados de volta para o inferno de onde nunca deveriam ter saído. O processo pode até não ser (e muito provavelmente não será) indolor, mas você o achará menos aterrorizante do que imagina e o alívio posterior terá valido cada dificuldade enfrentada.
Para te ajudar a exorcizar seus demônios, leia nossa dica literária.
A depressão é uma escala móvel. Na extremidade mais branda, em que a maioria de nós mergulha um dedo do pé de tempos em tempos, estão aqueles dias ou períodos em que nada dá certo, em que parecemos não ter mais nenhum amigo ou nos sentimos imersos em um estado de profunda tristeza.
No outro lado da escala, os sofredores sentem uma nuvem cinza e pesada que desce sobre eles sem aviso, por nenhuma razão específica, e da qual não conseguem ver uma saída. Essa é a depressão clínica, uma forma mais grave de transtorno mental que é difícil de tratar e pode ser recorrente.
Se você tiver a infelicidade de ser propenso a esse tipo de depressão, é pouco provável que seu ânimo melhore com uma leitura mais leve e alegre. Um romance desse tipo pode até te fazer sentir pior – culpado por não conseguir rir, irritado e com raiva de si mesmo. Pode até parecer meio contraintuitivo, mas, nesses casos, um romance que aborde a depressão tal como ela é, com personagens que se sintam tão deprimidos quanto você, ou com uma visão de mundo inflexivelmente desoladora, tem mais chance de tocá-lo, de estimulá-lo a ser mais gentil consigo mesmo e de apoiá-lo de maneira mais apropriada; um romance que possa te acompanhar a seu lugar mais melancólico e sombrio, fazendo com que você perceba que outros já estiveram ali e que, afinal, você não é tão diferente ou não está tão terrivelmente sozinho.
O tormento mental e os pesadelos experimentados por Tereza, no romance A insustentável leveza do ser, de Milan Kundera, podem ajudar neste sentido.
A angústia de Tereza é desencadeada pelo comportamento mulherengo de seu companheiro, Tomas; depois de ter se desligado de seu casamento fracassado e do filho pequeno, Tomas decidiu adotar a vida leve de um solteirão libertário; em contraste à Tereza, a quem a vida, desde o começo, é pesada.
Sempre que você descer a uma profundidade tão grande que lhe pareça impossível alguém alcançá-lo, leia este livro e deixe que Tereza te faça companhia lá embaixo. Ela também quer sair da tristeza e viver de forma mais leve, e no fim encontra um meio de fazer isso.
O mal do desencantamento vem com a vida adulta. E isso de fato não é surpreendente. Passamos a infância sonhando com grandes aventuras, a adolescência moldando-a em intensas fantasias românticas e os vinte anos em direção a esses horizontes. E então a responsabilidade chega: trabalho, boletos, prestações da casa, rotina. De repente, percebemos que o mundo deixou de ser um lugar encantado, em que qualquer coisa pode acontecer, para se tornar um lugar de cotidianidade enfadonha em que só acontecem coisas previsíveis.
A nossa sugestão literária te levará de volta ao mundo dos sentidos intensificados onde tudo é mais enigmático, mais atraente e mais arrebatador. Onde, ao fundo, pode-se detectar o som da música; onde as crianças, no comando da cena, transformam-se vestindo fantasias; e onde um momento de paz e serenidade torna-se profecia de uma felicidade futura, trazendo de volta o encantamento para o seu cotidiano.
De modo geral, os humanos podem ser divididos em duas categorias. Há aqueles que se encaixam e os que não se encaixam. Como todos sabem, a vida é infinitamente mais fácil para os que se encaixam. Você é aceito, é parte da turma. Quando você não se encaixa, na melhor das hipóteses, é mal compreendido e deixado de fora. Nas piores situações, é totalmente excluído. Se você sempre se sentiu diferente, sua vida terá muito mais sucesso se aprender a ver essa diferença como uma vantagem.
Para todos aqueles que são diferentes, a nossa dica literária é clara: Não se desculpe por ser assim. Não tente esconder isso. E nunca, jamais deseje não o ser. Se você sabe que é diferente, faz um grande desserviço a si mesmo se não explorar ao máximo aquilo que o faz diferente. Se isso significar se relegado ao ostracismo pelo grupo, que assim seja. Aproveite o tempo que terá a mais para treinar e aperfeiçoar o que quer que seja capaz de fazer e os outros não. Transforme a solidão em momentos de solitude.
A sua autenticidade pode até passar em branco para a maioria, mas para aqueles que são como você, que pagam o preço por manter seus valores, integridade e originalidade, você será notado e admirado.
Nenhuma vida está livre da dor. E, embora a medicina moderna ofereça várias maneiras de aliviá-la e a literatura possa ajudá-lo a se distrair, de fato, é muito difícil suportá-la e conviver com ela.
Se você está num momento da vida em que há o infortúnio da dor, não deixe de ler nossa dica literária e, mais que isso, procure pensar em si mesmo como um artista praticando algo tão exigente e difícil que é elevado à maestria pelo ato da resistência.
Culpar os outros ou reclamar demais de sua dor, pode até aliviar, em alguma medida e em alguns momentos, mas no geral, não resolve os problemas.
Através dessa leitura você descobrirá uma coisa terrível, mas, ao mesmo tempo, maravilhosa: que a dor e a possibilidade incontestável da finitude, nos torna mais vivos.
No cenário orquestrado pelo neoliberalismo, ser egoísta foi reclassificado como um traço de personalidade positivo. Cuide de suas necessidades em primeiro lugar, exortam os livros de autoajuda. Faça tudo para chegar ao topo. Voe com águias, não com pardais.
Colocar-se em primeiro lugar pode até te trazer muito dinheiro e leva-lo a aterrissar em uma cadeira giratória de presidente da empresa, mas dificilmente vai lhe trazer amigos – ou pelo menos o tipo de amigo que verdadeiramente valha a pena. A menos que você ache divertido ver as pessoas á sua volta Se sarem mal, ser egoísta jamais o fará feliz.
Inspire-se com o altruísmo do personagem central da nossa dica literária e permita que ele seja uma referencia para você.
O altruísmo é assim, não tem a ver com você, mas com os outros.
Como você prefere ser lembrado: por trazer alegria e riso para a vida das pessoas, ou por apenas garantir que tudo esteja bem única e exclusivamente com você? Sabe essa história que alguns livros e gurus da autoajuda te contaram sobre ser o número um? Esqueça! A partir de hoje, pense no número dois em diante.
Aqueles que têm dificuldades de expressar emoções, ou que compartilham a vida com alguém assim, devem ter em mente que: a) a incapacidade de expressar emoções não significa necessariamente que elas estejam ausentes; e b) há formas alternativas de expressão que não envolvem palavras e gestos e podem ser usadas no lugar destes (e talvez até já estejam sendo sem que se tenha percebido).
Permita que nossa dica literária te ajude a enxergar mais de perto e compreender melhor como isso funciona.
E mais: aceite sua capacidade ou “jeitão” peculiar em se expressar de maneiras menos convencionais – ou da pessoa amada, se for este o caso. Utilize e permita que os outros também utilizem outros meios, repertórios mais amplos. Aos poucos você verá que não importa tanto a forma, mas sim que haja respeito e empatia.
Quando o assunto é falta de empatia, nossa dica literária é um romance antiguerra e pacifista por excelência, uma história de sofrimento profundo como nenhuma outra. Pegue o coração mais sem empatia que conhecer, mesmo algum que tenha passado a vida em um freezer. Dê a ele esse romance, esse doloroso e belo romance, e veja o coração dar seus primeiros passos no sentido da compaixão.
Perder o emprego pode ser um golpe terrível, tanto para o bolso como para o ego. A melhor maneira de lidar com a situação é tentar vê-la como uma oportunidade, uma chance para dar um tempo na rotina, reconsiderar suas opções e talvez se expandir em direção a novos territórios.
Em vez de concluir que você não servia para o emprego, busque pensar que o emprego é que não servia para você. Se não estiver convencido disso, é simples, pense em todas as ocasiões em que, no trabalho, você não tinha um pingo de vontade de fazer as coisas que lhe pediam.
Se recordando disso, você talvez até possa começar a comemorar a demissão e a pensar que agora tem a chance de seguir em frente e encontrar novos caminhos.
O esgotamento pode ser uma sensação fantástica se produzido por um exercício árduo – nadar, cavalgar, escalar, etc. Mas, quando é causado por ficar de pé durante dez horas seguidas, depenar galinhas ou cavar uma vala embaixo de chuva torrencial ou sol escaldante, não há nenhum prazer na dor.
O esgotamento mental pode ser ainda mais debilitante, causando estresse e mau funcionamento cognitivo. O esgotamento por falta de sono é um tipo particularmente sofrido de sensação, que só pode ser remediado, para início de conversa, por oito horas ininterruptas na cama. Verdade seja dita, o sono é uma cura muito boa para muitos tipos de esgotamento; mas, se você estiver exausto e quiser encontrar uma maneira de seguir em frente, leia a nossa dica literária e deixe-se inspirar pelo personagem central.
Assim como ele, alimente energia ilimitada para se lançar com entusiasmo em novos projetos e quando o esgotamento o atingir, não entregue os pontos. Levante-se, ponha uma musica para tocar, encontre uma dança dentro de si e dance, dance muito. Viva com sabedoria e entusiasmo.
Nunca subestime a importância da esperança. Viver sem esperança é viver sem alegria ou consolo.
Podemos lidar com quase qualquer coisa – prisão, uma doença séria, exílio forçado – se tivermos a esperança de que, um dia, seremos libertos e encontraremos o caminho de volta para casa.
Como antídoto ou remédio para a perda de esperança, não deixe de ler nossa dica literária e se inspirar nos personagens principais que, mesmo enfrentando inúmeras dificuldades (falta de dinheiro, não terem uma família, um lar, a solidão...) e praticamente sem mais nada a esperar da vida, não deixam de compartilhar um sonho e seguir em frente!
Seu coração está batendo forte. Sua respiração é rápida e superficial. Seus punhos estão fechados, e os olhos e ouvidos procuram informações que possam salvar a sua vida.
Não, você não deu de cara com um urso. Está esperando o ônibus para ir trabalhar, ou fazendo um sanduíche, ou decidindo qual marca de papel higiênico comprar – qualquer coisa simples e cotidiana, exceto pelo fato de estar sofrendo de uma das epidemias mais debilitantes da era moderna: o estresse.
Para esse mal, recomendamos um romance de fácil leitura e curto, que garantimos que não irá piorar o seu estresse, muito pelo contrário, irá deslizar a sua alma para um estado de serenidade.
Uma dica importante: quando tiver terminado o livro e rido com o posfácio, deixe o livro em casa e saia imediatamente. Porque se uma maneira de superar o estresse é lendo, outra igualmente eficaz é fazendo algum exercício. Então ponha uma pazinha de jardinagem na mochila (porque pode ser que precise) e saia para uma longa e revigorante caminhada.
Então você está quebrado. Isso é metade do problema. Talvez você esteja sem trabalho, ou talvez gaste mais do que ganha. De um modo ou de outro, você está convencido de que, se ao menos tivesse um pouco mais de dinheiro no banco (ou no bolso do seu jeans surrado da luta), todos os seus problemas estariam resolvidos. Essa é a outra metade do problema. Vamos tratar uma metade de cada vez começando pela leitura da nossa dica literária.
Este romance vai te ajudar a perceber que ter mais dinheiro do que precisamos para cobrir as necessidades básicas da vida (comida, roupas, abrigo, lazer e, claro, livros) pode, muitas vezes, causar mais problemas do que resolver. Que riqueza nem sempre é sinônimo de felicidade e que ela, inclusive, pode te levar a abrir mão dos seus valores mais essenciais, corrompendo quem você verdadeiramente é, obscurecendo sua visão acerca do caminho para uma vida com propósito, através de uma falsa sensação de valor pessoal em virtude dos bens materiais que possui.
Embora este não precise ser o desfecho da sua história (e torcemos para que não), talvez você deva aceitar e conviver com seu eu mais empobrecido, mais humilde, porém ao lado de alguém que te ame com os recursos que tem e tal como você é.
Uma outra sugestão: pare de gastar dinheiro com bilhetes de loteria, reduza seus custos e aprenda a economizar. Se seu trabalho não lhe rende o suficiente para o básico, estude, trace planos de ação, estratégias, e arrume outro. Mas avalie: se ele suprir suas necessidades, pare de resmungar aos quatro ventos, viva dentro dos limites de seus recursos e tente ser feliz.
Para algumas pessoas, ter fé significa acreditar em Deus; para outras, acreditar que há um sentido na vida; e, para outras ainda, significa ter fé de que há bem no mundo. O que quer que fé signifique para você, perdê-la pode equivaler a ficar sem luz na vida. Nesses momentos, precisamos de livros, como os quais estamos sugerindo, que nos façam recuperar os princípios básicos para seguir em frente com alegria e autoconfiança.
Em momentos de vazio, quando estiver se sentindo perdido e sem fé na vida, em Deus, no amor, em outra pessoa ou em si mesmo, use esse romance para te trazer de volta algumas verdades fundamentais, porque se você tiver fé, você pode fazer (quase) qualquer coisa.
Felicidade, a principal meta da vida. Será?
Muitos de nós, no ocidente, passamos a vida buscando esse estado transitório – no amor, no trabalho, em viagens, na decoração da casa. O fato de ele nos acenar das propagandas e dos programas de TV sobre estilo de vida é uma doença moderna. É importante lembrar que até o século 20 as pessoas não pensavam na felicidade como algo a ser esperado na vida e, em muitas culturas orientais, ainda não pensam. Para muitos, a vida está aí para se enfrentar e aprender, não como fonte de expectativa de prazer. Ter comida, um teto sobre a cabeça e a liberdade para seguir as próprias crenças religiosas – isso é mais que o suficiente. Comece a pensar que você tem, a todo custo, de ser feliz e estará se abrindo para todo tipo de decepção.
A nossa dica literária, que, avisamos desde já, é quente, vai te mostrar que a busca incansável pela felicidade é um mal e que deve ser devidamente curada, ensinando que a vida é feita de uma rica variedade de experiências.
Então você se sente um fracasso. Talvez seu passado esteja cheio de iniciativas abandonadas. Talvez você sinta que tudo em que toca dá errado. Sua própria previsão de fracasso acaba se tornando realidade – embora o medo do fracasso às vezes o faça nem sequer começar. Você anda de cabeça baixa, ombros caídos. É a própria imagem da falta de sucesso. Se essa descrição parece se encaixar em você, talvez seja hora de ler a nossa dica literária. Depois de ler, dê uma reviravolta em seus supostos fracassos. Levante a cabeça, ajeite a postura. Depois disso, saia decidido em busca da realização de seus objetivos e do sucesso, seja lá o que for que sucesso signifique para você.
Quem é você, meu caro leitor? Pai ou mãe, profissional, estudante, filho? Você é sempre você mesmo, ou tem duas facetas – uma que mostra apenas para certas pessoas e outras que exibe para todos os demais? Ou você sente que seu eu “real” jamais vê a luz do dia?
A literatura está cheia até o pescoço de pessoas com crise de identidade, seja por perda de memória, crise psiquiátrica ou algum outro processo mais inexplicável.
Nossa dica literária irá te mostrar novas coisas sobre o que significa ser você, e fazer com que agradeça o fato de, mesmo não tendo totalmente certeza de quem é, saber que pelo menos você é humano.
A sala fica em silêncio, e você se percebe foco de um mar de olhares. E se dá conta de que é o único que não entende o que há de errado no que acabou de dizer. Então alguém começa a rir e, um a um, os outros se juntam a ele. Você sente um calor subir pelo seu rosto, seguido de um calafrio de vergonha. Eles não estão rindo com você, mas de você.
Todos nós, em algum momento da vida, já passamos por isso. Sentir-se um idiota é quase tão inevitável quanto se apaixonar. Na verdade, ser um idiota não é necessariamente algo ruim.
A nossa dica literária trará um personagem bastante idiota, mas não no sentido intelectual ou cognitivo, mas sim no social, e isso por não compreender seus mecanismos: dinheiro, status, conversas sociais e as sutis complexidades da vida cotidiana. Este personagem irá te impressionar com seu intenso entendimento de uma versão da realidade que a maioria de nós não vê com facilidade, fazendo com que se sinta, pelo menos um pouquinho e em alguns contextos sociais, mais esperto, ou, se preferir, menos idiota.
Muitos de nós vivemos acompanhados de uma perpétua sensação de insatisfação – um sentimento angustiante de que não fizemos o suficiente ou de que não temos o bastante para mostrar em relação ao tempo que já vivemos.
Para alguns, é não ter coisas suficientes, e desde a adolescência pensamos que, se ao menos tivéssemos condições de comprar aquela engenhoca nova, ou aquela roupa maravilhosa, estaríamos satisfeitos.
Para outros, é não ter tempo suficiente, uma sensação angustiante e interminável de estar sempre correndo para dar conta da lista de tarefas a cumprir antes de finalmente conseguir um espaço para pensar e respirar.
Para outros ainda, é uma sensação de estar emocional, intelectual ou espiritualmente incompleto, não totalmente preenchido, e na ânsia por um relacionamento melhor, para estar em um emprego melhor, ou ter um estilo de vida melhor, que nos fizesse sentir que finalmente chegamos onde queríamos e, enfim, de que podemos começar a viver de fato.
Detestamos ter que lhe dizer isso, mas, se você continuar procurando as respostas fora de si, a insatisfação vai permanecer. Por mais clichê que isso possa ser (e vamos combinar, um pouco é mesmo) a resposta está dentro de você e, com frequência, a única maneira de ver isso é parar de correr atrás de borboletas multicoloridas, sossegar um pouco, tranquilizar os ânimos e avaliar com racionalidade a situação. Agora uma coisa que adoramos dizer: nossa dica literária pode te ajudar.
Leia este romance e aprenda com os personagens a ser mais feliz com pouco; a manter, mesmo estando metido em algum tipo de confusão, o coração no lugar certo, um lugar de calma e aceitação e a aplicar essa atitude descontraída e tranquila à sua própria vida.
O que nos tornamos? Somos uma raça que senta, aos milhões, por horas, dias, anos a fio, olhando em solitário êxtase para nossas telas, perdidos em um mundo paralelo de escassa realidade.
Ainda que possamos nos levantar de vez em quando para comer, dormir, fazer sexo ou preparar um delicioso cafezinho, nossos computadores e smartphones nos chamam como sereias para voltar, interagir, atualizar, recarregar, rolar feeds infinitamente. Como mariposas atraídas pela luz e o calor, parecemos incapazes de resistir – mesmo que nossos olhos estejam cansados, nossas costas doloridas, nosso bumbum com o formato do assento de uma cadeira e nossa capacidade de concentração arruinada.
Às vezes, pode até parecer que a vida é mais interessante na tela do que fora dela, mas posso apostar com você que nossa dica literária, que faz uma verdadeira apologia à natureza, fará você ter vontade de jogar seu computador ou smartphone na caçamba de lixo mais próxima e viver o resto de seus dias entre os passarinhos e as abelhas. Mas por favor, por mais que se sinta verdadeiramente tentado a isso, não faça, pois em alguns momentos, você continuará precisando dessas geringonças tecnológicas.
Esperamos que este romance te ajude a redescobrir um jeito novo de viver no mundo, um jeito mais sensível e que conte com a plena participação de sua mente e corpo; que alivie sua vista cansada da luminosidade artificial das telas, que fortaleça suas costas, que possibilite um novo formato pro seu bumbum quadrado e que recupere a plena capacidade e potencial do seu cérebro.
A literatura fervilha de brigas entre irmãos, crianças ou adultos. Irmãos pequenos em adoração não correspondida pelos mais velhos, irmãos competindo pela atenção dos pais, irmãos abusadores, que traem, que amam demais, irmãos que são irritantes uns com os outros simplesmente por serem irmãos.
Um pouco de competição entre irmãos é parte do processo, mas alguns casos extrapolam os limites e devem chamar a nossa atenção. E para te ajudar a compreender isso, leia nossa sugestão literária.
Irmãos são para toda a vida. Trate-os bem, mesmo que isso signifique realizar algumas rupturas com o passado que inspirou a discórdia entre vocês. Diga adeus à dinâmica que vocês estabeleceram quando crianças e entre em um novo relacionamento, como adultos, com esses irmãos e irmãs crescidos que, felizmente e na maior parte das vezes, são totalmente diferentes de você.
Quando alguém se mostra muito irritável, pode ter certeza de que existe alguma outra emoção não expressa escondida, como um iceberg, sob a superfície.
Com frequência, irritabilidade é um sinal de que há problemas sendo evitados. Se isso não for contido, descarregar verbalmente pode se tornar um hábito reflexo, do qual você nem terá mais consciência.
Para te ajudar a compreender sua irritabilidade, ou a de alguém com quem compartilhe as lutas diárias, leia a nossa sugestão literária.
Não espere uma crise para forçar a sua irritabilidade subir à superfície. Se você, ou alguém que você conhece, for propenso à irritação, se reúna com uma pessoa de confiança, ou convide esse alguém irritado, e conversem sobre seus icebergs até que eles emerjam.
É tentador, especialmente na juventude, sair por aí formando e exprimindo opiniões instantâneas e fortes sobre os outros. Julgar, decretar, rotular – tais coisas, para uma mente imatura, podem parecer sinônimos de força, autoconfiança e de ter personalidade. Mas ter opiniões fortes não deve jamais se tornar equivalente de ser critico em excesso ou julgar uma coisa ou pessoa com base em apenas uma qualidade ou atributo. Quem tende a fazer julgamentos insistirá, por exemplo, que todos os criminosos são pessoas terríveis, que todos os seletivos para comer são ruins de cama, que todos os adolescentes são ingênuos, imaturos ou rebeldes sem causa, e por aí vai.
Para pôr fim em suas tendências de julgar os outros, recomendamos que faça uma imersão na nossa dica literária.
Mantenha-se aberto. Há bem, mal, alegria, tristeza, qualidades positivas e negativas, e certo grau de loucura em todas as pessoas, e não cabe a você aceitar ou não todos estes aspectos para ser gentil e respeitoso com elas.
Isso também se aplica a você. Se ao ter dificuldade para lidar com alguma qualidade ou característica pessoal, você tiver a tendência de se rotular como incapaz, inferior ou algo do tipo, comece praticando uma atitude menos critica em relação a si mesmo. Faça o que precisa fazer para superar suas possíveis limitações e se sentir melhor, mas não se esqueça de praticar a autocompaixão.
Quando seu impulso sexual descer em queda livre, não há nada de errado em buscar alguma inspiração na arte e na literatura para avivar a chama do desejo em um leito conjugal cansado da rotina e da mesmice.
Esperamos que nossa dica literária eroticamente correta ajude você a superar esse momentâneo e delicado estado libidinal, e que encontre a inspiração necessária para voltar a embaçar as janelas do seu quarto.
A luxúria tem sem lugar, claro. Talvez, sem ela, não nos sentiríamos vivos. Mas, quando se trata de tomar decisões, é altamente recomendável que ela seja colocada no banco de trás.
O desejo humano é imensamente poderoso, mas também pode ser inteiramente irracional, incapaz de formar juízos sensatos. Deixar o desejo controlar suas decisões na vida é, francamente, tão sensato quanto entregar a uma criança de dez anos as chaves do seu carro e sugerir que ela dê uma voltinha.
Voluptuoso leitor, quando seus hormônios ameaçarem prevalecer sobre a razão, afaste-se para um lugar sossegado acompanhado da nossa dica literária.
Deixe que as frases elegantes e disciplinadas acalmem suas mais ardentes paixões e refreiem sua luxúria.
Na idade média, heróis e heroínas literários com frequência definhavam do mal de amor. É apenas em nossa era menos romântica que psiquiatras tendem a ser consultados e prescrevem drogas.
O mal de amor é causado pela ausência da pessoa amada, seja por uma separação forçada, por rejeição ou por morte do ser amado. Os sintomas podem ser muito palpáveis e incluem desmaios, definhamento, apatia e vicio em chocolate. Todas essas aflições podem ser muito exaustivas, física e emocionalmente falando, para a própria pessoa, é claro, assim como para amigos e familiares que acabam acompanhando o desenrolar do sofrimento.
Nossa dica literária é uma dose tonificante de amor correspondido que lhe dará forças para superar seu estado de sofrimento por amor, trazendo de volta o sal da vida.
A sensação de desconforto que é única deste século vem da discrepância entre o desejo de uma vida satisfatória, plena e aventureira e a rigidez de algumas normas, pactos e regras sociais que vemos se desenrolar a nossa volta: a burocracia, o politicamente correto, a legislação, a disfuncionalidade de indivíduos causada pelo uso excessivo da tecnologia...e paremos por aqui, porque a lista é longa.
Na nossa dica literária, em que a personagem não vive num mundo tão diferente do nosso, um mundo "midiamaniaco", do largo uso das parafernalhas tecnológicas, de pessoas que buscam autoafirmação e imortalidade através das efêmeras redes sociais, um mundo pós-literatura, você se verá procurando um “artefato de mídia encadernado, impresso e sem "streaming”, mesmo que isso te coloque na contramão do mundo contemporâneo.
A maternidade não pode ser curada, mas pode ser tratada. Com uma abordagem moderna da maternidade, a nossa dica literária é uma dissecação hilariante das habilidades de malabarista necessárias para manter um emprego de alto nível, um amante, uma simulação de casamento e a maternidade.
Se você ainda não tiver entrado no reino da maternidade, mas estiver curiosa sobre o que acontece do outro lado do muro, esse romance servirá como um alerta contra a ideia de querer ter tudo. Mas as que já estão deste lado do muro, terão um prazer bem humorado ao ver a personagem principal equilibrando as bolas do casamento, da profissão e dos filhos.
Leia este livro e anime-se (ou não) com a maternidade!
Pode ser o fim dos seus ciclos menstruais, mas isso não significa que precisa ser o seu fim.
Na verdade, para muitas mulheres, a chegada à menopausa desencadeia o desejo de desencavar o “eu” que estava enterrado ou deixado de lado pelas distrações dos anos férteis.
Quer você tenha tido filhos cedo ou tarde, ou não os tenha tido, a deposição de seus ovários do trono permite que você própria se dispa de um certo manto maternal e se vista com algo mais empolgante.
Confira nossa dica literária e refloresça para novas aventuras e, por que não, se estiver solteira, novos amores.
A mentira tem várias formas. Mas, exceto mentirinhas inocentes, aquelas usadas para proteger outra pessoa de um sofrimento desnecessário, mentiras geralmente são espalhadas por maldade ou egoísmo: um desejo de fazer o mal ou de se proteger da vergonha ou castigo.
Não subestime os danos que elas podem causar. Permita-se contar mentiras, por mais que pareçam insignificantes, e você não só estará se relegando à categoria das pessoas não confiáveis como também correrá o risco de causar a si próprio, ou a outros, danos que podem durar a vida inteira.
Confira a nossa dica literária e perceba o quanto a mentira pode arruinar vidas. Esse romance deve ser lido como uma vacina contra a tentação de dizer falsidades. Leia e o deixe pairar na mente como um lembrete constante.
Se você odeia a espécie humana, experimente viver em uma rocha no meio de um lago por dezessete anos, assim como o personagem principal da nossa sugestão literária.
Se como ele, você tende a se afastar da humanidade, desprezando o que vê, pergunte-se se o seu ódio às pessoas, na verdade não é ódio a si mesmo. Adote, assim como ele, a expressão “absolvo-te” e depois que tiver aprendido a amar a si próprio, você já não terá mais tanta dificuldade para voltar a amar os outros.
A morte não pode ser adiada para sempre e, quando chega a hora, precisamos estar prontos. No ocidente, tendemos a evitar pensamentos de morte e a ignorar mais ou menos esse fato em nossa vida cotidiana. No entanto, é essencial tanto viver na presença da morte, como estar preparado para a única certeza que podemos ter nessa vida com as companhias literárias adequadas. De modo que, quando o momento vier, não cheguemos a um leito de morte, seja o nosso próprio ou o de outra pessoa, sem o devido preparo.
Quer seja você quem está morrendo, quer você se encontre na cabeceira de uma pessoa amada enquanto ela deixa este mundo, alguma literatura que console e acalme, e ao mesmo tempo, incentive suavemente a aceitação, é uma dádiva inestimável.
Você ficará satisfeito por ter se preparado com a nossa dica literária, uma obra de atemporal serenidade e grande beleza, seja lendo para si mesmo, silenciosamente e se puder, seja ouvindo na voz de alguém, caso esteja com dificuldades para praticar a leitura, ou ainda, seja lendo em voz alta para outra pessoa.
Através deste livro, que nos mostra como permanecemos em flores, oliveiras e riachos, veremos como nossa vida sempre flui, de uma forma ou outra, em infindáveis metamorfoses.
Você já se perguntou como as pessoas conseguem funcionar sabendo que podem deixar de existir a qualquer momento? Já acordou no meio da noite suando frio, pregado à cama, por causa do terrível conhecimento de que há, talvez, uma ameaçadora eternidade de não existência à sua espera?
Você não está só. Muitos de nós tememos isso e a consciência da morte é o que nos difere dos outros animais. O modo como escolhemos lidar com isso, quer optemos por acreditar em Deus ou em vida após a morte, nos conciliar com a ideia de não existência ou simplesmente reprimir todos os pensamentos a esse respeito, é algo que nos diferencia uns dos outros.
Para os que anseiam superar, ou ao menos minimizar, o medo da morte, nossa dica literária é um balsamo para diferentes tipos de medo, ajudando a compreender que a finitude é apenas a ordem natural e necessária das coisas do mundo.
De todos os desafios com que podemos nos defrontar na vida, talvez nenhum seja mais difícil do que a perda por morte de uma pessoa que amamos.
Seja o pai ou mãe, o cônjuge, um irmão ou um filho, um amigo de uma vida inteira ou até mesmo alguém que conhecíamos há pouco tempo, a morte de uma pessoa amada traz consigo uma enxurrada de estados emocionais, todos os quais podem ser incluídos sob o titulo geral de luto.
O luto pode ser pensado e entendido, de acordo com a psiquiatra Elisabeth Ross, através de cinco estágios: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Nem todos os enlutados passam pelos cinco estágios, e os que o fazem ou os vivem de modo distinto ou não os vivem necessariamente nessa ordem.
Esperamos que nossa dica literária seja capaz de lhe ofertar algum consolo e conforto.
Alguns de nós ficamos sentados como uma rocha em uma colina, imóveis desde que os tempos começaram. Talvez tenhamos criado líquens ao longo dos anos. Confortáveis, seguros, confiantes em quem somos, a ultima coisa que queremos é mudar. Mas aí, vem uma flutuação climática e antes mesmo de nos darmos conta, estamos rachados, nosso compostura perdida e nossos planos tão bem feitos, virados do avesso.
É compreensível ficar nervoso com mudanças. Nós nos acostumamos com nossos cantinhos, e a ideia de sair deles pode ser bastante assustadora. Questionar os nos desviar das normas estabelecidas nos dá vertigens e nos faz perguntar quem somos, trazendo crises de identidade.
Mas a mudança é essencial para o crescimento e desenvolvimento, e o medo da mudança não é razão para resistir a ela. Nossa dica literária irá te ajudar nesta estimulante e necessária jornada de mutabilidade.
Otimistas incuráveis às vezes precisam morder o bicho da maçã para temperar seu paladar esperançoso com um gostinho azedo da realidade.
Embora adotemos o otimismo de todo o coração, sentimos também a necessidade de alertá-lo quanto a ser demasiadamente alegre diante da inevitável injustiça e sofrimento presentes no mundo.
Pois não é nada prudente pressupor que, por trás das palavras e atitudes das pessoas, haja sempre apenas a bondade.
E se você precisar fugir ou revidar? Existe uma grande diferença entre ser bom e ser bobo. E entre o otimismo e a ingenuidade, há às vezes muito conflito.
Desejamos verdadeiramente que, mesmo diante das atrocidades do mundo, você mantenha seu otimismo na vida, mas o alertamos para que não seja a ponto de fazer o estupido papel de ficar sorrindo benignamente enquanto chovem catástrofes.
Para cultivar o otimismo na justa medida, não deixe de ler nossa dica literária.
Encontrar o par ideal costuma ser considerado a sorte grande na loteria da vida, a melhor maneira de assegurar felicidade, boa saúde e longevidade. Para muitos, essa é a maior obsessão da adolescência e da juventude, e se a busca fracassar, é a causa principal da infelicidade nas décadas seguintes.
Desde o século 19, os romances compartilharam essa obsessão. Centenas de buscas pelo par perfeito foram apresentadas para o nosso entretenimento. Mas será que, passados dois séculos, nos tornamos realmente bons nisso? Será que nós, na verdade, simplesmente nos tornamos tão perfeccionistas que nos tornamos perseguidores de ideais, de parceiros que não existem?
É claro que, muitas vezes, nós encontramos logo o par certo. Mas, outras vezes, pode ser que aconteça de o nosso “par perfeito” estar muito longe, e a vida não permitir que nossos caminhos se cruzem.
A literatura sugere que procurar o par perfeito pode ser uma grande perda de tempo, e que, ao invés disso, de ficar insistindo na procura, devemos voltar nossa atenção para as coisas que nos apaixonam.
Assim, você vai crescer e se desenvolver de maneiras interessantes como pessoa, e vai se sentir feliz com isso, mais completo talvez. Então, e só então, o par perfeito encontrará você. E enquanto ele ou ela te procura, não deixe de ler nossa dica literária.
Por que fazer hoje se eu posso fazer amanhã?
Simples: porque a cada dia que você deixa de fazer uma tarefa, ela vai ficando maior e a motivação para fazê-la, menor.
Ao contrário do que muitas vezes se pensa, procrastinação não tem nada a ver com preguiça. A procrastinação possui causas emocionais.
O procrastinador evita as tarefas que, consciente ou inconscientemente, associa a emoções desagradáveis, como tédio, ansiedade, medo de fracassar ou de não ser bom o suficiente.
Quando nos “ocupamos” procrastinando tarefas para evitar essas emoções, incontáveis oportunidades de sucesso, felicidade ou até mesmo vidas inteiras, passam. E o grande problema disso é que vivemos um número limitado de dias. Uma hesitação ou falta de coragem para agarrar certas oportunidades que o destino nos oferece pode gerar amargos arrependimentos e aquela sensação de uma vida mal vivida.
Os procrastinadores precisam, portanto, de uma lição sobre possíveis consequências catastróficas de fugir das tarefas quando uma emoção desagradável ameaça agitar as águas da ilusória tranquilidade em que acreditam estar vivendo ao evitá-las. Para isso, não deixe de ler nossa dica literária.
Não há nada tão atordoante, tão doce ou tão inebriante quanto estar flutuando em uma paixão. Seja quem for o objeto de sua paixão, estar perdido de admiração por outro ser é uma das maneiras mais absorventes e delirantemente prazerosas de perder grandes pedaços de sua vida. Pois, mesmo com todo prazer proporcionado por esse estado, há um preço a pagar. O objeto de sua paixão pode não sentir o mesmo; e, por sua própria natureza, a paixão nos cega para os aspectos mais práticos da situação.
Embora não seja tão perigosa quanto a obsessão, pode ser precursora desse estado, tornando o sofredor incapaz de enxergar a própria insensatez e as inadequações de seu objeto.
Se você estiver enredado em uma paixão intensa, lançamos um alerta: não se deixe levar para a perdição por correntes de desejo caprichoso. Acalme os ânimos e não deixe de ler a nossa dica literária.
Não é pouca coisa mudar de profissão quando você desconfia que está no caminho errado. Para começar, você provavelmente está exausto demais com seu trabalho atual para ter tempo de pensar no que poderia fazer em vez disso. E a ideia de todos esses anos de treinamento e experiência descerem pelo ralo lhe dá vertigens.
Se você também pudesse encontrar uma maneira de ganhar dinheiro que lhe trouxesse compensações tanto financeiras como espirituais – e envolvesse passar os dias de um modo que lhe desse alegria – o que seria?
Pense com carinho nesta indagação que te faço, e não deixe de ler a nossa dica literária, pois ela pode te ajudar a encontrar uma resposta mais satisfatória.
Se você acha que só há coisas de que reclamar na vida, e que ela é, na verdade, um grande saco, pode ser que você sofra de rabugice.
Porque é uma dessas pessoas irritantes que sofrem de rabugice, ou uma necessidade constante de resmungar e reclamar de tudo, é bastante provável que o mundo para você seja sempre cinza e que tenha grandes dificuldades em notar a riqueza e as belezas da vida.
Você é um resmungador profissional? Pois tome bastante cuidado com este vício. Os que adquirem o habito de resmungar e se veem constantemente irritados com a vida podem, assim como o personagem central da nossa dica literária, não enxergar a felicidade, nem mesmo quando ela lhe é entregue de bandeja.
Porque, mesmo depois de oitenta e quatro dias consecutivos saindo com seu barco sem pescar um único peixe, o velho se mostra alegre e confiante. E, mesmo quando os outros pescadores riem dele, ele não fica bravo. E, apesar de agora ter de pescar sozinho – porque o garoto que estava com ele desde os cinco anos, que ele ama e que o ama também, foi forçado pela família a tentar a sorte em outro barco – ele não carrega nenhum ressentimento no coração. E porque, no octogésimo quinto dia, ele sai com o barco outra vez, cheio de esperança.
Porque, ao mergulhar na prosa simples e calmante dessa história, você também se elevará acima de suas emoções. Você se unirá ao velho no barco, testemunhará em primeira mão seu amor pelo menino, pelo mar, pelo peixe, e permitirá que ele o encha de paz e de uma nobre aceitação de como as coisas são, sem deixar espaço para o que foi ou para o que você gostaria que fosse.
Às vezes, todos nós vamos longe demais, mas isso não significa que não possamos voltar.
Nesta obra-prima da literatura mundial, o genial Dostoiévski, um dos maiores autores de todos os tempos, traz uma narrativa intensa que nos convida a embarcar em uma viagem pelas memórias de um ex-funcionário público que, no auge de seus quarenta anos, vive no subsolo da repartição em que trabalhava.
Memórias do subsolo traz as confissões mentais do personagem, revelando seus pensamentos mais íntimos e sua visão sobre si mesmo e de alguns episódios de sua juventude, em muitos dos quais se sentiu humilhado, revelando-se decisivos para a formação de sua personalidade mordaz.
Por vezes definido com anti-herói, o narrador desta obra articula monólogos sobre sua vida sombria, solitária, sem amizades, amarga e repleta de problemas de autoimagem – reflexos de seu profundo rancor e de perturbações das mais variadas naturezas. Tais características o tornam incapaz de tomar decisões ou agir com confiança, imerso em dúvidas e questões mal resolvidas sobre si mesmo e sobre o ambiente ao seu redor.
O personagem-narrador, à força de paradoxos, investe ferozmente contra tudo e contra todos, inclusive contra o solo da própria consciência, criando uma narrativa ímpar, de altíssima voltagem poética, que se afirma e se nega a si mesma sucessivamente.
Quer você seja um estudante morando longe de casa pela primeira vez ou um imigrante que deixou seu país, talvez para sempre, a saudade de casa pode se tornar um sentimento poderoso que determina a cor de todos os seus dias.
Essa combinação de nostalgia, falta, desejo de ver os pais, os amigos e o que quer que lar signifique para você, é algo que se pode experimentar de tempos em tempos quando se está morando em outro país.
Nossa dica literária capta perfeitamente a melancolia da saudade de casa. Ela incorpora a perda do velho na experiência do novo, e nos mostra como tirar o melhor proveito de um ambiente desconhecido. Gradualmente, transpomos e recriamos o significado do lar, nos permitindo construir um novo lar no lugar onde estivermos.
Se pensar na segunda-feira de manhã te enche de uma sensação de tragédia, se você emerge do sono com o peso de uma montanha pressionando o seu peito...
Preguiçoso de segunda-feira, tome nota: Assim como a personagem principal da nossa dica literária, você também pode tentar assumir a responsabilidade por uma tarefa, algo agradável, algo que dê prazer aos sentidos e que, normalmente, delegaria a outra pessoa. Isso o ajudará a sair da cama.
E enquanto toma seu café, esteja consciente da vida e de seu avesso (a morte), e leve essa consciência consigo durante o dia. Deixe-a intensificar sua sensação de estar vivo.
Que isso o ajude a aproveitar ao máximo o seu dia, a sua segunda-feira.
Presenciar a destruição dos sonhos de uma pessoa amada, ou resignar-se à perda de seus próprios, é algo terrível de enfrentar. E é muito mais comum do que você poderia imaginar. Porque ter um sonho é fácil, mas encontrar a maneira certa de fazê-lo se tornar realidade é muito mais difícil – e seu sucesso ou fracasso quanto a isso pode fazer de você alguém realizado ou arrasado.
Se você tiver desistido dos seus sonhos, pergunte-se se realmente deu uma chance a eles.
Como esse livro contundente mostra, é possível que você tenha escolhido o caminho errado para alcançá-los. Em vez de realizar seus sonhos, cada um dos personagens deste livro desce para o inferno em vida.
Se para os personagens da nossa dica literária, quanto à realização dos sonhos, já é tarde demais, para você pode ainda não ser. Assim, pense em uma maneira prática e realista de alcançar seus sonhos. Mantenha os olhos no sonho, mas também em cada degrau da escada.
Quando estiver muito triste, deixe que seu corpo se mova para uma estante de livros mais próxima e escolha o romance Dois irmãos. Um romance tão embebido em tristeza que a emoção parece vazar da página e mistura-se com a nossa, proporcionando conforto pelo conhecimento inescapável de que, neste mundo, a tristeza profunda existe.
Mantenha este romance forte e belo na cabeceira da cama e mergulhe em seu poço de tristeza sempre que a sua própria estiver ameaçando transbordar. Ao misturar sua tristeza com a dessa história, você perceberá esse sentimento como uma celebração do poder que a literatura tem de nos emocionar – e, em última análise, de nos arrancar do nosso mundinho de desalento.
O problema de ser vaidoso demais é que isso pode transformar você num ser egoísta e tolo. Outro problema, aparentemente paradoxal quando a questão é vaidade, é que o excesso dela também pode o deixar feio. Pois nosso rosto pode guardar testemunho não só da passagem dos anos, mas da evolução do nosso caráter, como nos mostra este clássico literário.
A verdade inescapável é que a beleza real está do lado de dentro. Portanto, trate os outros como gostaria de ser tratado e continuará viçoso até além dos noventa anos.
Aqueles que negociam sua alma, tendem a fazê-lo em troca de juventude eterna, conhecimento, riqueza ou poder. Na vida real, isso se traduz em perder a integridade criativa ou o tempo contemplativo, preferindo sacos de dinheiro a ter tempo para respirar e aproveitar a vida de forma mais saudável.
Mas o resultado é quase sempre o mesmo: você perde a si mesmo. E qual é a vantagem de viver se você está presente só pela metade? Ou até pior, se está completamente ausente de si?
Segure-se à sua alma! Talvez você não consiga seus vinte e quatro anos de fama, ou qualquer que seja a riqueza mundana que deseje.
Mas, quem quer ser, conhecer ou conviver com uma pessoa sem alma?
Não subestime a enormidade do que você está passando. Perder seu (sua) parceiro(a) pode ser o início de uma série de abalos sísmicos em vários departamentos de sua vida.
Antes você tinha um(a) companheiro(a), agora você vive sozinho(a). Agora, você terá de construir um novo relacionamento, só que desta vez, consigo mesmo(a). Porque, sem essa outra pessoa para te apoiar, te “preencher”, acrescentar o que quer que fosse ao seu senso de identidade, você às vezes ficará se perguntando quem de fato é.
Para te ajudar a atravessar esses tempos tristes e difíceis, nossa dica literária é o belo prosa-poema O mesmo mar.
Em tempos de solidão e dor, devemos buscar viver a vida momento a momento, extraindo o melhor possível de cada um destes. Como uma companhia sensível e compreensiva que lhe permitirá acessar os vastos e complicados terrenos da emoção dentro de seu coração, não deixe de ler este romance.
Há a violência de fora e a de dentro. A qual vamos falar será desta última.
A maioria de nós tem consciência de que, de vez em quando, em um acesso de fúria, temos a breve fantasia de cometer um ato violento. A maioria a suprime imediatamente. Mas, se você achar difícil resistir ao impulso de extravasar fisicamente, e mais difícil ainda, parar de pensar na possível realização do ato, nossa dica literária permitirá que você explore esse seu traço de violência interior indiretamente.
Esse famoso romance é uma profunda investigação da possibilidade latente de violência dentro de nós. Nele a mensagem é clara: dê um dedo para sua violência interior e ela tomará o braço. Este livro, definitivamente, te encherá de repugnância pela vontade de ferir outro ser humano. Leia-o e erradique qualquer potencial de violência dentro de si, de uma vez por todas.