BREVE CATECISMO DE WESTMINSTER
PERGUNTA 1 - RESPOSTAS
O que quer dizer a palavra “principal” no Catecismo?
A palavra “principal” no Catecismo indica que, embora o cristão possa ter outros objetivos ou metas na vida, glorificar a Deus e deleitar-se nele para sempre é o objetivo primordial, o mais importante e abrangente, ao qual todos os outros devem estar subordinados.
O que quer dizer a palavra “fim” no Catecismo?
A palavra “fim” no Catecismo significa o propósito, o objetivo final, a razão de ser ou a meta última da existência do homem.
O que quer dizer a palavra “glorificar” no Catecismo?
A palavra “glorificar” no Catecismo não significa tornar Deus glorioso, pois Ele já o é. Significa, para o homem, refletir a glória de Deus, expressá-la voluntariamente através de suas ações e de sua vida.
Por que o fim principal do homem é glorificar a Deus e deleitar-se nele para sempre?
O fim principal do homem é glorificar a Deus e deleitar-se nele para sempre porque foi Deus quem criou o homem à sua própria imagem, e o homem, em sua criação original, centrava-se em seu Criador. Servir a Deus e nele se deleitar era seu único pensamento e desejo antes da queda.
O homem, tal como originalmente criado, centrava-se em ……………
O homem, tal como originalmente criado, centrava-se em seu Criador (Deus).
O homem caído em pecado centra-se em ……………
O homem caído em pecado centra-se em si mesmo (egocentrismo).
O que significa dizer que a verdadeira vida cristã é centrada em Deus?
Dizer que a verdadeira vida cristã é centrada em Deus significa que todas as atividades da vida são desempenhadas em serviço a Deus e visam deleitar-se nele, buscando sempre fazer o que é agradável aos olhos do Senhor em todos os afazeres.
O que alguns colocam no centro da Figura 1.2 no lugar da palavra “eu”?
Alguns colocam no centro da Figura 1.2 coisas como servir sua nação, buscar “o bem da humanidade” ou viver segundo a máxima de “maior bem para o maior número de pessoas”.
Qual o problema de fazer essa troca?
O problema de fazer essa troca é que, mesmo dedicando-se a essas causas, o foco ainda não é em Deus, mas no homem. Quem busca o bem da humanidade como seu fim principal está buscando o próprio bem, já que também faz parte da humanidade.
O que “glorificar a Deus” não significa?
“Glorificar a Deus” não significa “tornar Deus glorioso”, pois sua glória já existe desde toda a eternidade.
Qual a diferença no modo como os céus e os homens glorificam a Deus?
Os céus proclamam a glória de Deus de forma passiva e inevitável. Os homens, por outro lado, têm o privilégio de glorificar a Deus voluntariamente, por sua própria escolha.
A pessoa iníqua e perversa glorifica a Deus? Explique.
Sim, a pessoa iníqua e perversa glorifica a Deus, mas apesar dela. Deus usa tanto os salvos quanto os perdidos como instrumentos para revelar sua glória. Nos perdidos, sua ira e justiça são manifestas e honradas, enquanto nos salvos, sua misericórdia é vista e louvada. A diferença é que os salvos desejam glorificá-lo voluntariamente.
O cristão pode ter outros “fins” além da glória de Deus?
Sim, o cristão pode ter outros “fins” (objetivos, metas, propósitos) na vida sem ser aquilo que chamamos de “religião”. No entanto, o fim principal deve sempre ser glorificar a Deus.
O que mais glorifica a Deus: pregar o evangelho ou trabalhar em uma fábrica? Explique.
Nenhum dos dois atos isoladamente glorifica mais a Deus do que o outro. O que glorifica a Deus é o desejo e a intenção do coração por trás da ação. Se a pregação do evangelho for feita com falsas doutrinas ou por motivos egoístas, não glorifica a Deus. Da mesma forma, um cristão que trabalha diligentemente em uma fábrica, buscando fazer o seu melhor para honrar a Deus em seu trabalho e testemunhar aos outros, glorifica a Deus tanto quanto aquele que prega o evangelho com sinceridade. A verdadeira visão do discipulado enxerga a vida como um todo a ser dedicado de forma consciente para a glória de Deus em todos os afazeres, sejam eles considerados religiosos ou seculares.
PERGUNTA 2 - RESPOSTAS
O que significa a palavra “contida” no Catecismo?
A palavra “contida” no Catecismo significa que as palavras presentes na Bíblia provêm diretamente de Deus, sendo a Palavra de Deus em sua totalidade.
O que são as “Escrituras”?
As “Escrituras” são a Palavra de Deus que está contida nos livros do Antigo e do Novo Testamentos.
O que significa a palavra “regra”?
A palavra “regra” significa o padrão, o guia ou a norma que Deus deu para nos orientar na maneira de glorificá-lo e dele gozar. A Bíblia é a única regra para isso.
Estudiosos e eruditos têm mais chance de conhecer a verdade de Deus do que a pessoa simples e sem instrução? Por quê?
Não necessariamente. O texto sugere que algumas das pessoas mais inteligentes e instruídas podem carecer da verdadeira sabedoria, enquanto pessoas simples podem recebê-la. Isso ocorre porque o homem, por si mesmo, não pode alcançar o conhecimento da verdade. A verdadeira sabedoria é revelada por Deus, muitas vezes aos "pequeninos" (humildes e dependentes de Deus).
No princípio, a única fonte de conhecimento para o homem era a natureza? Por quê?
Não. Mesmo no paraíso, além das obras da Criação (revelação natural), o Senhor falou diretamente com Adão (revelação especial). Adão precisava da Palavra de Deus para interpretar corretamente os "fatos da natureza" e ter certeza da licitude de suas ações.
Quais são as duas fontes de “verdade”?
As duas fontes de “verdade” mencionadas no texto são a revelação natural (a criação) e a revelação especial (a Palavra de Deus, a Bíblia).
Qual é o princípio do assim chamado “método científico”?
O princípio do assim chamado “método científico”, conforme apresentado no texto, é o método de “tentativa e erro”, que Adão tentou usar após pecar, agindo como se não precisasse da Palavra de Deus para saber o que era certo.
O que a revelação natural sozinha (por si mesma) pode transmitir à humanidade?
A revelação natural sozinha pode transmitir à humanidade os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua divindade, tornando a humanidade indesculpável e deixando clara a glória do verdadeiro Deus a quem o homem deve adorar e servir. No entanto, não é suficiente para ensinar ao homem aquilo em que deve crer para ser salvo do pecado e o que deve fazer para servir a Deus novamente.
O que o liberalismo quer dizer quando afirma que a Bíblia “contém” a palavra de Deus?
O liberalismo (ou "antigo modernismo") acredita que algumas partes da Bíblia são a palavra de Deus, enquanto outras partes são palavra do homem, permitindo que decidam quais partes são verdadeiras e quais são falsas.
O que a neo-ortodoxia quer dizer ao afirmar a mesma coisa?
A neo-ortodoxia (ou "novo modernismo") afirma que toda a Bíblia é a palavra falível do homem, mas que, ao ser lida, Deus de alguma forma usa essas palavras para transmitir aos homens (em sua própria mente) a verdadeira palavra de Deus. Qualquer parte da Bíblia pode se tornar o meio dessa transmissão.
O que o cristianismo reformado quer dizer ao afirmar isso?
O cristianismo reformado (a visão ensinada no Catecismo) crê que toda a Bíblia (cada palavra) é a Verdade de Deus, totalmente inspirada por Ele, sendo a Palavra de Deus de capa a capa, mesmo quando lida por um incrédulo.
O que significa dizer que a Bíblia é infalível?
Significa dizer que tudo o que a Bíblia afirma é verdade, desde que seja lida em seu contexto e com a devida definição dos termos.
O que significa dizer que ela é clara? Quem nega essa verdade?
Significa dizer que as Escrituras foram escritas de modo que uma pessoa comum consegue entendê-las, especialmente as coisas necessárias para a salvação. Algumas igrejas, implícita ou explicitamente, negam essa verdade, afirmando que apenas sacerdotes ou eruditos podem entender a Bíblia.
O que queremos dizer ao afirmar que a Bíblia é suficiente? Quem nega essa verdade?
Afirmar que a Bíblia é suficiente significa que não precisamos de nada mais além dela para conhecer aquilo que precisa ser conhecido para a salvação e para viver de forma a glorificar a Deus. A Igreja Católica Romana (com a tradição), os mórmons (com o Livro de Mórmon) e os liberais (com as "descobertas científicas" como autoridade igual ou superior) negam essa verdade.
Se a Bíblia de fato condiz com o que afirmamos, por que temos o Catecismo?
Temos o Catecismo como um resumo do ensino e da doutrina contidos na Bíblia. Ele serve como um guia para entender as principais verdades das Escrituras. No entanto, ele está abaixo da Bíblia, não tendo paridade com a Palavra de Deus, e os crentes devem sempre verificar pessoalmente o ensino do Catecismo através da própria Bíblia para que sua fé seja aceitável e segura.
PERGUNTA 3 - RESPOSTAS
O que significa a palavra “principalmente” no Catecismo?
A palavra “principalmente” no Catecismo indica que, embora as Escrituras abordem muitos assuntos, seu foco central e mais importante é ensinar o que o homem deve crer a respeito de Deus e qual o dever que Deus requer do homem.
Existem coisas que não podemos aprender da Bíblia? Dê um exemplo.
Sim, existem muitas coisas que não podemos aprender da Bíblia. Exemplos incluem a narrativa completa da história humana, informações técnicas acerca de várias ciências (como fórmulas químicas ou princípios da eletrônica), e detalhes específicos sobre a infância, educação e aparência física de Jesus.
Diga um assunto sobre o qual a Bíblia não tem absolutamente nada a dizer.
De acordo com o texto, é difícil encontrar um assunto sobre o qual a Bíblia não tenha absolutamente nada a dizer, pois tudo no universo foi criado por Deus e faz referência a Ele. No entanto, o texto menciona que a Bíblia não apresenta fórmulas químicas ou os princípios da eletrônica como exemplos de informações técnicas ausentes.
Quanto do mundo o homem da Figura 3.1 pode de fato entender corretamente? Por quê?
O homem da Figura 3.1, que busca entender o mundo sem referência a Deus, não pode de fato entender corretamente o mundo em seu sentido verdadeiro. Isso ocorre porque a Bíblia ensina que tudo no universo foi criado por Deus e faz referência a Ele. Sem tomar Deus como ponto de partida, o homem se lança às trevas e não consegue enxergar a luz que resplandece sobre tudo.
O homem da Figura 3.2 entende o mundo em seu sentido verdadeiro? Explique.
Sim, o homem da Figura 3.2, que recebeu a luz da Bíblia pelo Espírito Santo e crê em sua verdade, é capacitado a entender o mundo em seu sentido verdadeiro. Ele entende que este é o mundo criado por seu Pai e busca a glória de Deus em tudo, seja na ciência, na história ou em qualquer outra área de estudo.
Explique as palavras da Bíblia: “na tua luz, vemos a luz”.
Essa frase significa que é somente através da luz de Deus, revelada em sua Palavra e iluminada pelo Espírito Santo, que podemos verdadeiramente entender e enxergar a realidade do mundo e nosso lugar nele. A luz divina capacita-nos a ver a verdade sobre Deus, sobre nós mesmos e sobre todas as coisas.
Quais são as duas partes básicas do Catecismo? Explique.
As duas partes básicas do Catecismo são:
-O que o homem deve crer a respeito de Deus (resumido nas perguntas 4–38).
-Qual o dever que Deus requer do homem (resumido nas perguntas 39–107, abordando a lei, os meios de graça e a oração).
O que o Catecismo enfatiza primeiro? Por quê?
O Catecismo enfatiza primeiro aquilo em que devemos crer a respeito de Deus. Isso é feito porque a crença correta (fé verdadeira) é fundamental e precede a obediência. A fé genuína resulta em prática correta, e não se pode ter uma vida correta sob uma fé errada.
Basta ter a verdadeira fé? Explique.
Não basta ter a verdadeira fé se ela não resultar em obras (obediência). Tiago ensina que a fé sem obras é morta. A verdadeira fé sempre se manifestará em uma vida de acordo com a vontade de Deus.
Seria errado se o Catecismo tratasse a lei antes da fé? Por quê?
Não seria necessariamente errado, pois Deus mesmo deu a lei antes de dar o Salvador. No entanto, o texto aponta algumas razões pelas quais não é o foco inicial do Catecismo.
Quais são algumas das razões a favor de abordar a fé antes da lei?
Algumas razões para abordar a fé antes da lei são:
-Evitar a impressão de que Cristo é menos importante que a lei.
-Evitar que leitores pensem que a salvação é conquistada pela obediência à lei.
-Enfatizar que a necessidade de Cristo como Salvador precede a compreensão de como viver para Ele através da lei.
Qual é a verdade mais importante que podemos aprender a partir do fato de o Catecismo abordar primeiro a fé ou primeiro a lei?
A verdade mais importante é que o verdadeiro cristianismo nunca é só doutrina (fé) ou só vida (obras), mas invariavelmente é composto de ambos. A fé genuína leva à obediência, e a obediência é uma expressão da fé. Ambos são essenciais para a vida cristã.
PERGUNTA 4 - RESPOSTAS
Qual o significado da palavra “espírito”?
O significado da palavra “espírito” é ilustrado na Bíblia pela capacidade do homem de pensar ou conhecer, que é uma atividade do seu espírito. O espírito do homem é imaterial, não podendo ser visto, sentido, pesado ou medido, assemelhando-se aos pensamentos. No entanto, dar uma definição plena de espírito é difícil e envolve um elemento de mistério. No contexto de Deus, ser espírito significa negar que Ele possua qualquer substância material.
Defina estes termos: infinito, eterno, imutável.
-Infinito: Sem limites ou restrições; ilimitado em extensão, número ou grau. No contexto de Deus, refere-se à Sua natureza ilimitada em todos os Seus atributos.
-Eterno: Sem começo nem fim; existindo para sempre. No contexto de Deus, significa que Ele sempre existiu e sempre existirá.
-Imutável: Incapaz de mudar ou ser mudado; constante e invariável. No contexto de Deus, significa que Ele não muda em Seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade.
Por que não podemos dizer que Deus é um espírito?
Não podemos dizer que Deus é um espírito porque isso o colocaria como um espírito dentre outros, falhando em distingui-lo de outros seres espirituais como os anjos. A Bíblia se refere aos anjos como espíritos. Dizer que Deus é um espírito poderia levar a um tipo de panteísmo, onde cada espírito seria visto como parte ou manifestação de Deus.
Há outros espíritos além de Deus? Explique.
Sim, há outros espíritos além de Deus. A Bíblia menciona os anjos como sendo "espíritos... enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação" (Hb 1.14). Isso demonstra que a natureza espiritual não é exclusiva de Deus.
Ao que podemos comparar um espírito?
Podemos comparar o espírito do homem com os pensamentos do homem, sendo ambos imateriais e invisíveis.
O que a resposta do Catecismo nos ensina a negar acerca de Deus?
A resposta do Catecismo nos ensina a negar que Deus possua qualquer substância material ou um corpo físico como os homens. Ensina que Deus é invisível e que é pecado tentar representá-lo por meio de estátuas ou figuras.
Quais são os dois tipos de atributos pertencentes a Deus?
Os dois tipos de atributos pertencentes a Deus são os atributos incomunicáveis e os atributos comunicáveis.
Forneça uma breve definição de cada um deles.
Atributos Incomunicáveis: São atributos que pertencem somente a Deus e que Ele não compartilhou com o homem (como infinito, eterno e imutável).
Atributos Comunicáveis: São atributos que Deus compartilha com o homem, tendo-lhe dado (antes da Queda) uma essência, sabedoria, poder, etc., com o objetivo de que pudesse ser como Deus.
Os atributos comunicáveis são os mesmos no homem e em Deus? Explique.
Não, os atributos comunicáveis não são os mesmos no homem e em Deus. Embora o homem possua atributos como sabedoria, poder e santidade (em um grau limitado), Deus possui esses mesmos atributos em um sentido infinitamente maior, eterno e imutável. A sabedoria ou o poder humano são sempre finitos, temporais e mutáveis, enquanto os de Deus não.
O que a Bíblia quer dizer quando fala de Deus como tendo pés, mãos, etc.?
Quando a Bíblia fala de Deus como tendo pés, mãos, olhos, etc., muitas vezes está usando linguagem antropomórfica, expressando em termos humanos algo que dificilmente poderia ser entendido de outra forma. Em alguns casos, essas referências dizem respeito à aparência de Deus em forma humana, como manifestações de Cristo no Antigo Testamento (prelúdios de sua futura encarnação).
O que a Bíblia quer dizer quando fala de Deus se arrependendo?
Quando a Bíblia fala de Deus se arrependendo, não significa que Ele muda de ideia como um homem. Em vez disso, a Escritura está geralmente nos mostrando que o homem mudou em sua atitude ou relacionamento com Deus, e essa mudança no homem leva a uma mudança no modo como Deus trata a humanidade. A mudança ocorre na resposta de Deus à mudança do homem, não em Sua natureza imutável.
Discuta a Figura 4.1 mostrando como ela ilustra o ensino do Catecismo.
A Figura 4.1 usa a analogia de Brevinho olhando para sua imagem no espelho para ilustrar a relação entre Deus e o homem criado à Sua imagem.
Parte 1 (Brevinho e sua imagem): Mostra que Brevinho (o original, vivo e real) é completamente diferente de sua imagem (uma cópia, não viva). Ao mesmo tempo, a imagem é uma representação exata de Brevinho em detalhes. Isso ilustra que Deus é fundamentalmente diferente do homem, mas o homem foi feito à imagem de Deus.
Parte 2 (Deus e o homem): Aplica a mesma analogia, embora sem representar Deus visualmente. Assim como Brevinho tem atributos que sua imagem não tem (vida real), Deus tem atributos incomunicáveis que o homem não possui (infinito, eterno, imutável). Da mesma forma, assim como Brevinho e sua imagem compartilham certas características (sorriso, cor do cabelo), Deus e o homem compartilham atributos comunicáveis (sabedoria, poder, santidade), embora em graus infinitamente diferentes. O sorriso de Brevinho é real, enquanto o da imagem é apenas uma representação, assim como a sabedoria humana é apenas um reflexo limitado da sabedoria infinita de Deus. A figura ajuda a entender a semelhança e a diferença entre o Criador e a criatura.
PERTUNTAS 5-6 - RESPOSTAS
Aponte as três verdades essenciais que adornam a doutrina da Trindade.
As três verdades essenciais da doutrina da Trindade são:
Há somente um Deus.
O Pai é Deus, o Filho é Deus, e o Espírito Santo é Deus.
Cada uma das três Pessoas é distinta das outras.
O que significa “Divindade”?
“Divindade” refere-se à natureza ou essência divina, ao ser de Deus.
O que significa “substância”?
No contexto da Trindade, “substância” refere-se à essência única e indivisível de Deus, compartilhada igualmente pelo Pai, pelo Filho e pelo Espírito Santo. Eles são da mesma substância.
No que os unitarianistas creem? Qual é o culto unitariano da atualidade?
Os unitarianistas creem que há somente uma pessoa que é Deus (geralmente identificada como o Pai, Jeová). Eles negam que Jesus seja autoexistente como o Pai e consideram o Espírito Santo meramente um nome para o poder de Deus, não uma pessoa distinta. O texto menciona as Testemunhas de Jeová como um exemplo de culto unitariano da atualidade.
No que os politeístas creem? Qual é o culto politeísta da atualidade?
Os politeístas creem que há mais de um ser que pode ser chamado Deus, mas não creem que esses "deuses" tenham uma única essência idêntica ou substância em seu ser. O texto menciona os mórmons como um exemplo de culto politeísta da atualidade.
A doutrina da Trindade é fácil de compreender? Se não, então por que cremos nela?
Não, a doutrina da Trindade não é fácil de compreender. Cremos nela não porque nos pareça razoável por si só, mas porque a Escritura não autoriza qualquer outra visão de Deus. A Bíblia consistentemente apresenta um único Deus que existe em três Pessoas distintas, todas igualmente divinas.
Cite um texto da Escritura que prove que há somente um Deus.
Um texto da Escritura que prova que há somente um Deus é 1 Coríntios 8:4: "Não há senão um só Deus." Outros textos citados são 1 Reis 8:60 e Isaías 44:6.
Quais os quatro elementos que, pertencendo de modo próprio a Deus somente, podem ser provados a partir da Escritura que pertencem a Cristo e ao Espírito Santo?
Os quatro elementos mencionados no texto que pertencem propriamente a Deus e são atribuídos a Cristo e ao Espírito Santo são:
Possuir vida em si mesmo.
Estar presente em toda parte.
Existir desde o princípio (eternidade).
Executar as obras de Deus (criação, sustentação).
Ser adorado como Deus.
Ser chamado de Deus.
Possuir os atributos de Deus.
Dê um exemplo de cada uma destas com respeito à pessoa de Cristo.
Ser chamado de Deus: João 1:1 ("o Verbo era Deus"), João 20:28 (Tomé diz a Jesus: "Senhor meu e Deus meu"), Salmo 45:6 ("O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre"), Isaías 9:6 ("Deus Forte").
Possuir vida em si mesmo: João 1:4, João 5:26.
Estar presente em toda parte: Mateus 28:20.
Existir desde o princípio: João 1:1.
Executar as obras de Deus: João 1:3 ("Todas as coisas foram feitas por intermédio dele"), Colossenses 1:17, Hebreus 1:3 ("Ele sustenta todas as coisas"), João 5:19.
Ser adorado como Deus: João 20:28.
Dê um exemplo de cada uma destas com respeito à pessoa do Espírito Santo.
Ser chamado de Deus: Atos 5:3-4 (mentir ao Espírito Santo é mentir a Deus).
Possuir os atributos de Deus: 1 Coríntios 2:10 ("o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus").
Executar as obras de Deus: João 6:63 ("O espírito é o que vivifica").
Ser adorado como Deus: Mateus 12:31 (blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada).
O que ensina o “modalismo”? Que textos bíblicos reprovam esse erro?
O "modalismo" ensina que Deus é uma única pessoa que se manifesta ou "desempenha diferentes papéis" (Pai, Filho e Espírito Santo) em diferentes momentos, mas não existe simultaneamente como três pessoas distintas. Textos bíblicos que reprovam esse erro incluem Mateus 3:16-17, onde todas as três pessoas da Divindade se manifestam ao mesmo tempo no batismo de Jesus.
O que ensina o “monarquianismo”?
O "monarquianismo" ensina que somente uma das três pessoas da Divindade (geralmente o Pai) é verdadeiramente "Rei" ou maior, implicando que o Filho e o Espírito Santo são subordinados e não iguais em poder e glória ao Pai.
Que textos bíblicos os “monarquianistas” poderiam usar para tentar obter uma suposta vantagem?
Os "monarquianistas" poderiam usar textos como João 14:28, onde Jesus diz: "o Pai é maior do que eu."
Que resposta pode ser dada a essa tentativa?
A resposta a essa tentativa é que a declaração de Jesus em João 14:28 deve ser entendida no contexto de sua natureza humana e da humilhação que ele assumiu ao se encarnar. Com respeito à sua natureza divina eterna, como afirmado em Filipenses 2:6 ("subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus"), Cristo é igual ao Pai.
Por que Mateus 28.19 exige fé na doutrina da Trindade?
Mateus 28:19 ("batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo") exige fé na doutrina da Trindade porque Jesus instrui a batizar em um único "nome" (singular), referindo-se a um único Deus, mas especifica que esse único Deus é o Pai, o Filho e o Espírito Santo, distinguindo cada um como tendo sua própria identidade e personalidade dentro da unidade divina.
A doutrina da Trindade é ensinada no Antigo Testamento? Explique.
O texto sugere que a doutrina da Trindade não é plenamente revelada no Antigo Testamento, permanecendo um mistério até que a chave seja dada no Novo Testamento completo. No entanto, o Antigo Testamento contém indícios e ênfases equivalentes sobre a unidade de Deus (um só Deus) e uma certa pluralidade dentro da divindade, como em Gênesis 1:26 ("Façamos o homem à nossa imagem"). Esses indícios apontam para a verdade que é mais claramente revelada no Novo Testamento.
PERGUNTA 7 - RESPOSTAS
O que significam os termos “decreto”, “conselho” e “preordenado”?
Decreto: Refere-se ao propósito eterno de Deus, sua decisão firme e estabelecida sobre tudo o que acontecerá.
Conselho: Indica que os decretos de Deus são formados segundo a sabedoria e a deliberação de sua própria vontade.
Preordenado: Significa que Deus determinou ou estabeleceu de antemão tudo o que acontece, antes mesmo da criação.
O que o plano de Deus inclui?
O plano de Deus inclui absolutamente tudo o que acontece, desde os eventos que parecem ser obra do acaso até as escolhas dos homens, sejam elas boas ou más.
Que item na Figura 6.1 é semelhante aos “decretos” de Deus?
A planta da casa finalizada por Brevinho é semelhante aos “decretos” de Deus, pois assim como a planta define tudo o que será construído na casa, os decretos de Deus preordenam tudo o que acontece no mundo.
Quais são algumas das diferenças entre os planos humanos e o grande plano de Deus?
Algumas diferenças são:
O plano de Deus é eterno, existindo em sua mente desde sempre, enquanto os planos humanos são formulados em um ponto específico no tempo.
O plano de Deus é formado segundo o conselho de sua própria vontade, sem necessidade de consulta externa, enquanto os humanos frequentemente buscam conselhos.
O plano de Deus é absoluto e determina tudo, incluindo eventos que parecem ser aleatórios e as escolhas humanas, enquanto os planos humanos têm um controle limitado sobre os eventos.
Quem deu conselhos a Deus quando ele elaborava o seu plano? Por quê?
Ninguém deu conselhos a Deus quando ele elaborava o seu plano, porque Deus é onisciente e infinitamente sábio. Ele não precisa de conselho de ninguém; ele forma seus planos segundo o conselho de sua própria vontade.
Quais os dois tipos de eventos ou acontecimentos que as pessoas costumam considerar “fora” do controle de Deus? Prove que eles estão incluídos em seu plano.
Os dois tipos de eventos que as pessoas costumam considerar "fora" do controle de Deus são o "acaso" ou "sorte" e o "livre-arbítrio" do homem.
Acaso/Sorte: Provérbios 16:33 afirma que "A sorte se lança no regaço, mas do Senhor procede toda decisão". O exemplo do rei Acabe e da flecha lançada a esmo que o matou (1 Reis 22) também ilustra que mesmo eventos aparentemente aleatórios estão dentro do plano de Deus.
Livre-arbítrio: Atos 2:23 declara que a crucificação de Jesus ocorreu "pelo determinado desígnio e presciência de Deus", mesmo sendo realizada por mãos iníquas. Atos 13:48 afirma que em Listra "creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna", indicando que até mesmo a fé é preordenada. Efésios 2:10 também menciona que as boas obras em que andamos foram preparadas por Deus de antemão.
Quando foi que Deus arquitetou o seu plano?
Deus arquitetou o seu plano desde a eternidade, antes da fundação do mundo. Seu propósito é eterno.
Por que razão Deus arquitetou o seu plano?
Deus arquitetou o seu plano para sua própria glória. Ele é o Alfa e o Ômega, e todas as coisas são para ele, por meio dele e dele.
Isso não significa que Deus está centrado em si mesmo? Se sim, por que isso não é errado para Deus, sendo, contudo, errado para o homem?
Sim, isso significa que Deus está centrado em si mesmo. Não é errado para Deus porque Ele é o único Deus verdadeiro, infinitamente mais digno do que tudo o que existe além dele. Sendo supremo, para ser fiel a si mesmo, Ele deve buscar sua própria glória acima de todas as coisas. É errado para o homem buscar sua própria glória acima de tudo porque o homem é uma mera criatura e fazê-lo seria negar sua dependência de Deus.
Quais são as duas inferências falsas (comuns) geralmente extraídas dessa doutrina dos “decretos”?
As duas inferências falsas comuns são:
Que Deus é o autor do pecado.
Que os seres humanos são tratados como meros "peões" sem responsabilidade.
Responda a essas duas inferências falsas.
Deus não é o autor do pecado: Embora o plano de Deus inclua o pecado, a Bíblia ensina que Deus criou os anjos e os homens bons, e o pecado surgiu através da escolha dessas criaturas, sendo Satanás o verdadeiro autor do pecado. O plano de Deus inclui o pecado, mas não de maneira que o torne seu autor.
Os seres humanos são responsáveis: Embora Deus tenha preordenado o destino de cada pessoa, a Bíblia ensina que aqueles que se perdem o fazem por sua própria escolha e que o decreto de Deus não anula a responsabilidade humana. Aqueles que estão perdidos não querem ser salvos, e aqueles que são salvos creem voluntariamente.
PERGUNTA 12 - RESPOSTAS
A palavra "único" é fundamental porque ensina uma das verdades mais importantes para a salvação: Jesus Cristo é o único Redentor dos eleitos. Isso significa que "não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (Atos 4.12). Ele é o único caminho que conduz à vida.
Os universalistas ensinam que há uma verdade salvadora em todas as religiões para aqueles que são sinceros e honestos.
O movimento que tem promovido essa visão é o moderno movimento ecumênico, especificamente entre as igrejas que pertencem a organizações como o Concílio Mundial de Igrejas.
O "diálogo" é uma conversa de mão dupla que o movimento ecumênico usa, na qual as pessoas estão dispostas tanto a ouvir quanto a pregar (a aprender tanto quanto a ensinar).
O propósito implícito desse diálogo é, por vezes, resultar em uma religião completamente nova que incorporará tudo o que for "bom" das várias religiões (incluindo o cristianismo).
Jesus é o único Redentor porque somente Ele é qualificado para sê-lo, devido à Sua eterna deidade e verdadeira humanidade. Ele é Deus e homem em duas naturezas distintas, e uma só pessoa.
Sabemos que Jesus Cristo é Deus a partir de quatro pontos na Escritura:
Ele é chamado de Deus (Isaías 9.6; João 20.28).
Ele tem os atributos de Deus (João 1.1; 2.24-25).
Ele é capaz de fazer as obras poderosas de Deus (João 5.21; Colossenses 1.16).
A Ele é dada a adoração que só é devida a Deus (João 20.28; Apocalipse 5.12-14).
Exemplos de negações da deidade de Cristo incluem:
Aqueles que creem que Jesus apenas se tornou divino (como as Testemunhas de Jeová), dizendo que Ele foi criado pelo Pai e é apenas "um deus".
Muitos modernistas que creem que Jesus se tornou divino, mas que Ele não é tão verdadeiramente Deus quanto o Pai e o Espírito Santo.
Cristãos evangélicos que agem como se não cressem que Jesus é Deus no mesmo sentido elevado, como é evidenciado pelo fato de fabricarem ou usarem imagens de Jesus.
Sim, é errado fazer ou usar imagens de Cristo.
Por quê: Porque Jesus é, em todo o tempo, igual ao Pai e ao Espírito em poder e glória, e é da mesma substância com eles. O texto argumenta que se é idolatria fazer qualquer imagem do Pai ou do Espírito, também é para o Filho, pois Ele é Deus no mesmo sentido elevado.
A Figura 16.1 ilustra o mistério da união das naturezas em Cristo:
O traço (DIVINO) com a descrição "... sem princípio mas sem fim..." representa a natureza divina de Cristo (Sua eterna deidade).
O outro traço (humano) com a descrição "... princípio e sem fim..." representa a natureza humana de Cristo, que Ele assumiu na encarnação e manterá para sempre.
O ensino de que Jesus foi e continua a ser Deus e homem em duas naturezas distintas e uma só pessoa (sem conversão, composição ou confusão) tem sido negado pelos seguintes erros:
Mudança de Naturezas ("Conversão"): A ideia de que a natureza divina foi reduzida ao se tornar homem, ou que a natureza humana foi tão elevada que Ele não é mais "um de nós".
Mistura de Naturezas ("Composição" ou "Confusão"): A crença de que a encarnação resultou em uma nova natureza que seria um meio-termo entre a divina e a humana (como a mistura de dois gases para formar um líquido).
Duas Personalidades Separadas: O equívoco de que Cristo deve ter duas personalidades diferentes (o Cristo divino e o Jesus humano), em vez de uma só pessoa divina que tomou a natureza humana.
O falso ensino do catolicismo romano e do luteranismo (em relação a esta lição) é que a natureza humana de Cristo é agora capaz de estar presente em muitos lugares diferentes ao mesmo tempo (que Sua natureza humana é agora ubíqua).
O ensino da ubiquidade da natureza humana de Cristo é falso conforme a Escritura:
Após a ressurreição, foi dito: "Ele não está aqui, mas ressuscitou" (Lucas 24.6), indicando que Seu corpo não estava em todos os lugares.
A Bíblia afirma que Jesus está em um lugar físico: "Jesus, ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as coisas" (Atos 3.21).
A Ceia do Senhor é "em memória de" Cristo, o que implica a ausência de Sua presença física.
A expressão "o Senhor Jesus Cristo" resume o ensino da lição da seguinte forma:
Senhor (lavé/Eu Sou): Indica a eterna deidade de Cristo, que é o eterno Filho de Deus.
Jesus (Josué): Indica a Sua verdadeira natureza humana, o fato de Ele "se fez homem".
Cristo (O Ungido/Messias): Indica a Sua pessoa única, que é Deus e homem em duas naturezas distintas, e uma só pessoa, cumprindo o papel de único Redentor.
PERGUNTA 19 - RESPOSTAS
A grande verdade que os incrédulos odeiam admitir é que a raça humana está perdida e que toda a criação dá testemunho da ira e maldição de Deus como resultado da Queda.
Em razão desse ódio, eles tentam encontrar alguma explicação das coisas (como a teoria da evolução) que deixem de fora qualquer referência à ira e maldição de Deus. Eles tentam se convencer de que o mundo pode ser um lugar feliz e que o homem, por sua própria força, pode um dia banir a morte, doença, guerra e conflitos.
As quatro partes da miséria do homem, conforme destacadas no texto, são:
Perda da comunhão com Deus e estar debaixo de Sua ira e maldição.
Sujeição a todas as misérias nesta vida.
Sujeição à própria morte.
Sujeição às penas do inferno para sempre (punição eterna para os perdidos).
Podemos ver que o homem perdeu a comunhão com Deus pelo fato de que o coração do homem é agora vazio e inquieto. Ele foi criado com uma vocação e sede por vida eterna (Eclesiastes 3.11), mas com a Queda, essa necessidade não é mais satisfeita, resultando em um grande vácuo no coração. Isso se manifesta na vaidade (vazio, nulidade) da existência humana longe de Deus, onde as pessoas buscam preencher esse vazio com coisas vazias deste mundo (entretenimento, fama, riquezas, etc.), o que só torna mais evidente a insatisfação.
O homem está sob a ira e maldição de Deus porque a ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens (Romanos 1.18). O sofrimento universal e inescapável, as misérias nesta vida, a morte, e a punição eterna para os perdidos são manifestações do fato de o homem estar debaixo da ira e maldição de Deus.
Algumas das misérias desta vida incluem:
Doença
Fome
Guerra
Desastre
Dores no corpo
Tristezas da alma
O fato de que o homem "nasce para a tribulação" (Jó 5.7)
O livro da Bíblia que descreve vividamente a perda de conexão com Deus e o vazio resultante é Eclesiastes.
O livro de Eclesiastes quer dizer por "vaidade" (Vaidade de vaidades, tudo é vaidade - Ec 1.2) aquilo que é vão, vazio, ou nulidade na existência humana longe de Deus (ou "debaixo do sol").
As pessoas tentam compensar sua perda (o vácuo no coração) buscando preenchimento em coisas vazias deste mundo, como:
Entretenimento
Fama
Riquezas
Diversão e riso (que duram apenas um breve instante).
Não, nem todos os homens experimentam exatamente as mesmas misérias. O texto observa que as experiências variam (uma doença mortal ferirá a um, outro cairá em batalha). Um homem piedoso pode estar sofrendo (como Jó), enquanto um perverso não é afligido (Salmo 73.5). No entanto, o sofrimento é a porção universal e inescapável de todos os homens (a miséria é comum, mas as experiências específicas diferem).
A imagem da Figura 14.1 faz uma referência direta "Aqui jaz Brevinho / Chamas do inferno". Portanto, a Figura 14.1, com este epitáfio, ensina a respeito da miséria do homem que ele está sujeito à morte e à punição eterna no inferno ("Chamas do inferno") para os perdidos.
Sim, ambos experimentam miséria, mas de maneiras e com propósitos diferentes.
O crente ainda não está completamente liberto do estado de miséria nesta vida (ainda tem fraquezas, pecados, doenças, sofrimento, e a morte), mas está livre da ira e maldição de Deus e do castigo eterno.
O incrédulo está totalmente debaixo da ira e maldição de Deus, experimentando miséria nesta vida e na eternidade.
Nesta Vida:
Crente
Comunhão com Deus restaurada (por Cristo e o Espírito Santo).
Incrédulo
Perda da comunhão com Deus (coração vazio e inquieto).
A ira e maldição de Deus são retiradas.
Está debaixo da ira e maldição de Deus.
Sofrimentos e punições são disciplina corretiva (Hb 12.6).
Sofrimentos e punições são expressão da ira e maldição de Deus.
Na Morte:
Crente
A morte não tem aguilhão.
A alma é liberta do poder da morte e separada de Cristo.
O corpo morre "por um pouco" (até a ressurreição).
Incrédulo
O corpo e a alma experimentam a "morte" (separação de Deus).
A alma não passou da morte para a vida (Ef 2.1).
O corpo morre "por um pouco" (até a ressurreição).
Passa a experimentar a ira de Deus em medida ainda maior.
No Mundo Vindouro (Último Dia):
Crente
Liberto de maneira completa de todas as misérias.
Trazido a um estado de felicidade plena (corpo e alma).
Incrédulo
Entregue a um estado de completa miséria que não terá fim.
Lançado no inferno, onde perecerão a alma e o corpo.
Sabemos que realmente existe inferno porque essa solene verdade foi ensinada de um modo claro e particularmente abrangente pelo próprio Senhor Jesus Cristo. Ele falou:
Do "fogo inextinguível" (Mt 3.12).
De um lugar "onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga" (Mc 9.48).
Do tormento "com fogo e enxofre" (Ap 14.10).
Das "trevas exteriores" e do "choro e ranger de dentes" (Mt 8.12).
Ele usou as mesmas palavras para descrever a punição eterna dos perdidos e a bem-aventurança eterna dos salvos (Mt 25.46).
A Bíblia quer dizer que o crente já passou da morte para a vida no sentido de que, no momento em que ele foi conduzido a Cristo (durante a vida aqui), a sua alma foi, naquele momento, liberta da morte à vida. Sua alma já está livre do poder da morte (do aguilhão da morte e da separação eterna de Deus), embora o seu corpo físico ainda morra temporariamente.
Sim, Deus tem um bom propósito. Os sofrimentos do crente (doença, dificuldades, etc.) não advêm mais como uma expressão da ira e da maldição de Deus, mas sim como uma disciplina corretiva. O Senhor "corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe" (Hebreus 12.6). Esses castigos e provações momentâneas para o justo contribuem para o bem, ao final.
A eleição incondicional significa que Deus, unicamente pela Sua boa vontade, escolheu alguns indivíduos, dentre a totalidade de pecadores perdidos, para a vida eterna. Esta escolha é incondicional porque a razão para a seleção não está na pessoa escolhida (não há nada de bom no eleito que não se encontre no não eleito), mas sim inteiramente em Deus (Sua graça e misericórdia).
Deus escolheu aqueles que escolheu unicamente pela Sua boa vontade, misericórdia e graça. A razão para a escolha não pode ser encontrada nas pessoas (pois todos merecem a condenação), mas está somente em Deus.
Deus os escolheu desde toda a eternidade, ou seja, antes da fundação do mundo e antes mesmo que eles nascessem.
A Figura 15.1 (com o exemplo de Brevinho escolhendo um brinquedo) ilustra a verdade de que a eleição de Deus é incondicional. A ilustração mostra que:
Todos os brinquedos são iguais e nenhum merece ser escolhido mais do que o outro (não há diferença entre eles).
A razão para a escolha de "este aqui" e não "aquele ali" deve ser encontrada inteiramente em Brevinho (o eleitor), e não no brinquedo (o eleito).
Isso significa que a razão para a escolha divina de um indivíduo não está no indivíduo, mas em Deus somente.
Sim, a doutrina da eleição é ensinada muito claramente na Escritura.
Exemplo:
"Assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo (...) e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos..." (Efésios 1.4-5).
Jesus disse: "Não fostes vós que me escolhestes a mim, pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros" (João 15.16).
Não, a eleição incondicional não é injusta com aqueles que não são eleitos.
Razão: Todos os homens merecem a condenação. Se todos merecem a punição, não é injusto que recebam o que merecem. Deus não age mal com ninguém quando dá a alguns a punição merecida, enquanto a outros dá a misericórdia (que eles não merecem). "Não me é lícito fazer o que quero do que é meu?" (Mateus 20.15).
Não, a eleição não torna a salvação uma "certeza automática" para o eleito.
Razão: A Bíblia ensina que Deus escolheu pessoas para serem salvas por meio de Jesus Cristo somente ("nos escolheu nele, isto é, em Cristo"). Deus escolheu um destino, mas também escolheu um relacionamento e um processo que conduz a esse fim. A salvação não ocorre "não importa o que eu faça," pois o eleito deve, no devido tempo, se arrepender dos seus pecados e crer no Senhor Jesus Cristo.
Os eleitos são salvos por meio de um pacto de graça (ou novo pacto) feito entre o Pai e o Filho (como Redentor e representante). O eleito só recebe o benefício da salvação em união com Cristo, o qual cumpriu todas as exigências da lei em seu lugar. Eles são salvos ao serem trazidos a Cristo, justificados, adotados, etc., o que requer, normalmente, que se arrependam e creiam.
Os eleitos certamente irão, passo a passo, a um destino designado em união com Cristo. Essas coisas incluem:
Serem chamados.
Serem justificados.
Serem glorificados (Romanos 8.30).
Arrependerem-se de seus pecados e crerem no Senhor Jesus Cristo.
O eleito certamente irá a Cristo porque o próprio Deus concede a ele um novo coração, capacitando-o e tornando-o disposto. O salmista diz: "Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no dia do teu poder" (Salmo 110.3).
Sim, a Bíblia ensina que nenhum homem que quer ser salvo do modo de Deus — isto é, que está disposto a ir a Cristo em arrependimento e fé — se perderá.
O texto, contudo, esclarece que nenhum homem quer ser salvo do modo que Deus exige, a menos e até que Deus conceda a ele um novo coração.
As duas grandes verdades que a doutrina da eleição incondicional nos ajuda a ver são:
Não há motivo para se vangloriar (por coisa nenhuma de si mesmo): Aqueles que são salvos dirão: "Devo tudo isto a Deus. Eu não mereço. Mas Deus me escolheu, e somente ele deve ser louvado."
Não há motivo para reivindicar (para negar a culpa): Aqueles que se perdem só serão capazes de dizer: "Tudo isso é culpa minha. Eu mereço... porque não quis ir a Cristo em verdadeiro arrependimento e fé. Não escolhi a Cristo, e a culpa é toda minha."
PERGUNTA 22 - RESPOSTAS
A Figura 17.1 (que mostra Maria ligada à expressão "Mãe de Deus" e Cristo ligado a "Filho do homem") em si não apresenta pontos falsos, mas o texto explica que a ênfase católica romana recai sobre a palavra "virginal" e exalta Maria, elevando-a a Mãe de Deus e Rainha do Céu. O ponto falso é o uso da expressão "Mãe de Deus" para exaltar Maria ao nível de Deus, tornando a honra a Deus em Seu Filho falsa e contrária à Sua honra.
No ensino reformado, a atenção recai sobre Cristo e a palavra "nascimento". Os pontos corretos são:
Cristo (o eterno Filho de Deus) nasceu como filho do homem.
Isso significa que Ele se humilhou e desceu ao nível das criaturas, Ele que é o Criador e Deus de todas.
O filho que Maria trouxe à luz era o Deus-homem (Jesus era Deus, bem como homem, quando nasceu).
Sim, é adequado e até mesmo necessário dizer que Maria é a mãe de Deus, desde que não seja usado para elevá-la ao nível de Deus. É adequado porque Jesus Cristo é uma só Pessoa com duas naturezas (Deus e homem), e o filho que Maria trouxe à luz (Jesus) era o Deus-homem. Nesse sentido, Maria é a mãe de Jesus, que é Deus.
A Igreja Católica Romana confunde a virgindade de Maria com impecabilidade (falta de pecado) e ensina que ela permaneceu sempre virgem (nunca teve relações sexuais com seu marido José, mesmo após o nascimento de Jesus).
Não, Maria não permaneceu virgem após o nascimento de Jesus.
Justificativa: A Bíblia diz que José "não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito" (Mateus 1.25, ACF), o que claramente mostra que ele a conheceu (teve relações sexuais) depois que Jesus nasceu. O ensino da virgindade perpétua é considerado um erro e pecado contra o marido e Deus (1 Coríntios 7.3-5).
O erro dos liberais é que eles não aceitam nada que seja milagroso (o nascimento virginal) e insistem que Cristo não precisava do nascimento virginal para ser sem pecado. Eles defendem que, mesmo que fosse filho natural de Maria e José (por geração ordinária), ainda poderia ter sido sem pecado e Deus encarnado em natureza humana.
Era necessário que Cristo nascesse de uma virgem porque somente por meio de um milagre Jesus Cristo poderia ter nascido com uma verdadeira natureza humana e, ainda assim, sem pecado. Se Ele tivesse nascido por geração ordinária (de pai e mãe humano), teria uma natureza pecaminosa, pois "o que é nascido da carne é carne" (João 3.6).
O Espírito Santo cobriu Maria (o poder do Altíssimo a envolveu com Sua sombra) para providenciar que o filho dela nascesse Santo (sem pecado). Isso demonstra que o milagre vinha do Espírito Santo, e não de qualquer santidade ou virtude pertencente a Maria.
"Corpo verdadeiro" significa que Jesus tomou para Si o mesmo tipo de corpo que possuímos (mas sem pecado).
A heresia que nega que Cristo possui um corpo verdadeiro é o docetismo, que afirmava que Cristo apenas parecia (aparentava) ter um corpo físico, e que Deus não poderia realmente ter um corpo humano, sofrer e morrer.
"Alma racional" significa que, assim como nós, Cristo também tem uma alma humana bem como um corpo humano.
Os primeiros hereges negaram isso porque pensavam que a natureza divina (Cristo como Deus) tomava o lugar de uma alma dentro de Seu corpo.
Corpo Verdadeiro: A Bíblia fala de Cristo tendo fome, sede, dor, etc., e Ele participou "comum de carne e sangue" (Hebreus 2.14).
Alma Racional: A Bíblia fala que Ele se entristeceu e sofreu (Mateus 26.38 - "A minha alma está profundamente triste até à morte"), e fala de Seu crescimento em sabedoria, o que prova que Ele tinha uma alma humana.
Sim, essa doutrina (a de que o Mediador é Deus e homem em uma só pessoa) é essencial para a nossa salvação, conforme as seguintes razões:
Necessidade de ser Deus: Para que pudesse sustentar a natureza humana contra a ira e a morte, para tornar válidos e eficazes Seu sofrimento e obediência, para satisfazer a justiça de Deus e derrotar todos os inimigos (uma obra enorme que só Deus poderia fazer).
Necessidade de ser Homem: Para que pudesse resgatar a nossa natureza (a natureza que pecou), submeter-se à obediência da lei em nosso lugar, e para que pudesse compadecer-se e interceder em nosso favor em nossa natureza, compreendendo as nossas fraquezas (Hebreus 2.17-18).
Necessidade de ser Deus e Homem em Uma Pessoa: Para que as obras peculiares a cada uma dessas duas naturezas pudessem ser aceitas por Deus em nosso favor e para que pudéssemos confiar nelas como obras de uma única pessoa (o Salvador capaz de chegar até o homem e chegar até Deus).
PERGUNTA 23 - RESPOSTAS
Sim, Adão foi originalmente (com efeito, ou praticamente) um profeta, sacerdote e rei.
Explicação: Quando Deus o criou à Sua própria imagem, o homem tinha verdadeiro conhecimento (ofício profético), justiça (ofício sacerdotal, podendo ter comunhão com Deus), e santidade (ofício real, com domínio).
As consequências da Queda foram que o homem se tornou ignorante (perda do ofício profético), culpado (perda do ofício sacerdotal) e pecador (perda do ofício real/santidade).
Boa parte da história do Antigo Testamento se concentra em torno de homens que foram escolhidos por Deus para servirem como profetas, sacerdotes e reis. Isso serviu como preparação para o dia em que Ele enviaria Seu Filho.
Nos dias de Abraão, os ofícios não estavam tão claramente distintos. Abraão era profeta, ofereceu sacrifícios (sacerdote) e parece ter sido um rei.
Posteriormente, quando a família de Abraão cresceu, Deus determinou que homens diferentes exercessem esses ofícios paralelamente.
O primeiro profeta especialmente designado: Moisés (com a promessa de que outros lhe sucederiam).
O primeiro sacerdote especialmente designado: Arão (e seus filhos).
O primeiro rei especialmente designado (com a promessa da linhagem Messianica): Davi.
Houve sucessores em cada um desses ofícios (outros profetas, os filhos de Arão, e a casa de Davi).
Não, nem todos foram fiéis. Existiram homens infiéis nestes ofícios, assim como fiéis (e mesmo os melhores nem sempre foram fiéis).
Deus realizou o seguinte:
Por meio de profetas fiéis, Deus entregou Sua palavra verdadeira.
Por meio de sacerdotes fiéis, Deus mostrou como não há perdão de pecados sem derramamento de sangue.
Por meio de reis fiéis, Deus mostrou como Seu povo deveria obedecer-Lhe em todas as coisas.
Por meio dos infiéis, Deus fez os homens entenderem que a salvação nunca seria plena e perfeitamente alcançada até que o Messias prometido viesse.
Estes três ofícios apontam para Jesus Cristo, que viria para consumar (ou cumprir) cada um deles.
Provas Bíblicas citadas no texto:
Profeta: "O Senhor Deus vos suscitará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser" (Atos 3.22, citando Moisés).
Sacerdote: "Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque" (Hebreus 5.6).
Rei: "Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião" (Salmo 2.6, referindo-se à casa de Davi).
Cristo cumpriu estes três ofícios tanto no seu estado de humilhação como no de exaltação.
Durante Seu Ministério Terreno (Humilhação):
Profeta: Falou como nenhum outro, sendo a plena revelação de Deus.
Sacerdote: Fez um sacrifício final e suficiente na cruz, oferecendo-se a Si mesmo.
Rei: Reivindicou completa autoridade sobre os homens e mostrou Seu poder sobre a natureza.
Neste Exato Momento (Exaltação - dos céus):
Profeta: Pelo Espírito Santo, Ele nos deu as Escrituras e as aplica ao coração dos homens.
Sacerdote: Ele aplica os benefícios de Seu sacrifício único em favor dos eleitos (por meio da Palavra e selado pelos sacramentos).
Rei: A Ele pertence toda a autoridade no céu e na terra, Ele subjuga pecadores e destrói as obras do maligno.
Sim, um pecador só é salvo se, e quando, Cristo somente se torna seu profeta, sacerdote e rei.
Por quê: O homem, em sua queda, se tornou ignorante, culpado e pecador, e só pode ser salvo quando:
Sua ignorância é substituída por conhecimento (Ofício Profético).
Sua culpa é substituída pela justiça (Ofício Sacerdotal — pelo Seu sangue purificador).
Sua pecaminosidade é substituída pela santidade (Ofício Real — quando o pecador deixa a escravidão ao pecado e aceita a autoridade de Cristo).
As marcas de uma verdadeira igreja são necessárias porque Cristo não age em favor de nenhuma igreja que falhe em reconhecê-Lo como o único profeta, sacerdote e rei. As marcas são:
A fiel pregação da Palavra de Deus: Necessária para que a doutrina ensinada esteja de acordo com a Bíblia e os homens possam conhecer seus pecados, misérias e a obra de Cristo (Ofício Profético).
A correta administração dos sacramentos: Significa batizar os crentes e seus filhos, e ministrar a Ceia do Senhor aos que professam a verdadeira religião e vivem corretamente (Ofício Sacerdotal).
O adequado exercício da disciplina: Necessário para que os membros sejam alertados contra falsa doutrina e vida errada, e impedidos de continuar como membros caso persistam em pecado (Ofício Real). (O texto afirma que somente em uma igreja onde todas as três marcas são evidentes é que se pode dizer que Cristo está realmente presente.)
PERGUNTA 24 - RESPOSTAS
O apóstolo quis dizer que a Igreja foi construída sobre os ensinamentos fundamentais (o fundamento) dados pelos profetas (do Antigo Testamento) e pelos apóstolos (do Novo Testamento), sendo que Jesus Cristo é o elemento mais importante e essencial (a pedra angular) que une e sustenta toda essa fundação. Ou seja, a Igreja é solidamente baseada na revelação de Deus, que encontrou sua plenitude e completude em Cristo.
A palavra profética (no sentido de nova revelação) deixou de ser dada porque a revelação da Palavra de Deus chegou à sua plenitude em Cristo. Cristo é aquele "em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos" (Colossenses 2.3). Com a obra consumada de Cristo, a Bíblia está completa, e não há profeta ou apóstolo na igreja hoje.
Existiram profetas por um curto espaço na era apostólica para "preencher as lacunas" (por assim dizer) até que o Novo Testamento estivesse completamente escrito. Eles forneciam instruções inspiradas que agora temos registradas na Bíblia.
A marca característica da verdadeira religião, mostrada na Figura 19.1, é "Somente a Bíblia". A visão cristã histórica é que somente Cristo é o profeta da igreja e Ele fala somente por meio da Bíblia.
A marca característica da falsa religião é a tendência de adicionar outras autoridades religiosas ou "nova revelação" à Bíblia como regra de fé e prática. A figura lista exemplos de adições como: O Papa, Tradição, O Livro de Mórmon, Os especialistas, Torre de Vigia, O Corão ou Chave para a Escritura.
A doutrina da sucessão apostólica (ensinada pela Igreja Católica Romana) consiste na crença de que os apóstolos transmitiram sua autoridade aos seus sucessores (os papas e bispos). Por essa visão, esses sucessores têm poder para falar a palavra de Deus, e Cristo não completou Sua revelação divina.
A expressão ex cathedra (da cadeira de Pedro) significa que o Papa fala de sua prerrogativa oficial e, ao fazê-lo, alega falar sem erro (infalivelmente).
Os ministros (evangelistas, pastores e mestres) são um dom permanente de Cristo para a igreja. A utilidade deles é estudar e proclamar a revelação que já foi dada (a Bíblia). Eles não são instrumentos para novas revelações, mas trabalhadores que manejam "bem a palavra da verdade" (2 Timóteo 2.15).
Não, estamos em uma posição mais plenamente abençoada (ou superior).
Prova e Explicação: Pedro diz que "temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética" na palavra escrita de Deus. O texto explica que isso ocorre porque:
A Bíblia é a Palavra de Deus escrita e completa.
A Bíblia é clara e interpreta a si mesma.
O Espírito Santo foi dado para capacitar o povo de Deus a entendê-la.
Jesus disse que "o menor no reino dos céus é maior do que ele [João Batista]" (Mateus 11.11), indicando que o cristão mais humilde hoje tem um nível maior de conhecimento, pois Cristo revela a vontade de Deus diretamente a cada crente por Sua Palavra e Espírito.
O valor nos credos, confissões e catecismos está no fato de que são sumários da fé cristã escritos por homens não inspirados. Eles são valiosos somente na medida em que são fiéis às Escrituras e nos ajudam a aprender mais rapidamente o que a Bíblia como um todo ensina.
O perigo é que as pessoas podem colocar esses auxílios acima (ou mesmo em pé de igualdade) com a própria Bíblia. As pessoas podem seguir esses escritos, ou o que o ministro, professor ou os pais ensinam, sem nem mesmo entender que estão indo na mesma direção da Igreja Católica Romana ou de falsos cultos, e não terão um conhecimento correto e seguro a menos que sua razão para crer seja que Cristo lhe ensinou em Sua Palavra.
O texto apresenta uma visão cautelosa. Embora os eruditos não sejam inúteis, muitas vezes têm sido justamente eles que negam ou desviam a igreja da Bíblia. O fato é que muitas vezes pessoas sem instrução podem entender o que a Bíblia ensina (com o auxílio do Espírito Santo) melhor do que eruditos que são incrédulos. No final, o cristão jamais deve colocar coisa alguma acima da própria Bíblia, e deve lê-la com oração contínua para que o Espírito Santo o capacite a entendê-la.
A pergunta feita no Salmo (Salmo 119.9) citado é: "De que maneira o jovem poderá salvar puro o seu caminho?"
A resposta dada pelo salmista é que o jovem pode manter o seu caminho puro "Observando-o [o caminho] segundo a tua palavra". Isso envolve buscar a Deus de todo o coração, não fugir dos mandamentos, guardar as palavras de Deus no coração para não pecar contra Ele, regozijar-se e meditar nos Seus preceitos e veredas.
PERGUNTA 25 - RESPOSTAS
1. A palavra "limitada" é o melhor termo para descrever a morte de Cristo? Por quê?
Não, a palavra "limitada" não é a mais desejável.
Por quê: Seria melhor falar de uma "expiação particular". No entanto, o termo "limitada" é usado por ter o mérito de chamar a atenção para a verdade de que Jesus Cristo morreu como substituto por alguns homens, e não por todos os homens.
Na expressão "expiação limitada", a palavra "limitada" refere-se ao propósito (ou desígnio do Pai) do sacrifício de Cristo. Significa que os salvos pelo sangue de Jesus Cristo são somente aqueles que o Pai quis salvar pela morte de Seu Filho (os eleitos), e aqueles que Cristo quis salvar morrendo no lugar deles.
A palavra "limitada" não se refere ao valor do sacrifício de Cristo. O sangue de Jesus é de valor ilimitado, e Seu valor não seria exaurido mesmo que todos os homens aceitassem a oferta de salvação.
"Dou a minha vida pelas ovelhas" (João 10.15).
"...a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste" (João 17.2).
"É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste" (João 17.9).
O universalismo absoluto ensina que Deus deseja (ou decreta) a salvação de todos os homens, que Cristo veio para salvar todos os homens, e que todos os homens serão salvos no fim.
Tão poucos têm sustentado esse ensino porque a Bíblia é clara ao ensinar que algumas pessoas perecerão eternamente (Mateus 25.31-46, etc.). Portanto, não se pode sustentar essa visão e, ao mesmo tempo, considerar a Bíblia como a verdade de Deus.
A denominação conhecida por ter sustentado essa visão é a Igreja Universalista. Hoje, a visão é forte nas denominações liberais e no Concílio Mundial de Igrejas.
As duas visões ilustradas na Figura 20.1 são:
Universalismo Condicional (Arminianismo - "A PONTE LARGA"): Ensina que não há decreto de Deus para salvar pessoas específicas. A vontade de Deus é salvar parcialmente todos os homens, exigindo uma contribuição da própria pessoa (um ato de livre vontade) para completar a salvação. É como uma ponte que cruza só parte do rio, exigindo que o homem escale por sua própria força.
Particularismo (Calvinismo - "A PONTE ESTREITA"): Ensina que Jesus Cristo se ofereceu como substituto para certas pessoas em particular (os eleitos). Este é o plano do Pai para salvar completamente alguns homens, cobrindo toda a travessia.
Deve-se rejeitar o universalismo condicional porque ele não é realmente vantajoso (pois a salvação só beneficia alguns, mesmo que seja possível para todos), e porque é necessário negar que somente Jesus Cristo é o autor da salvação (Ele não pode salvar sem a contribuição da pessoa) a fim de obter a falsa aparência de "benefício para todos".
Particularismo significa que Jesus Cristo se ofereceu como um substituto para certas pessoas em particular (os eleitos). Foi o plano do Pai enviar Seu Filho para salvar completamente alguns homens.
O sacerdote do Antigo Testamento ilustra esse ponto porque ele levava em seu peitoral "os nomes dos filhos de Israel" (Êxodo 28.21) quando fazia expiação no Tabernáculo. Da mesma forma, Jesus Cristo representou somente Seu povo eleito, e não todos os homens.
Sim, há um aspecto verdadeiramente universal no particularismo. É universal porque Jesus Cristo representa gente de toda língua, tribo e nação (alguns de toda tribo e nação). O termo "universal" não se refere a toda e cada pessoa, mas sim a pessoas de todas as nações do mundo.
Em textos como 1 João 2.2, onde se diz que Cristo é a propiciação "não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro", a expressão significa que Cristo morreu por muitos, de todas as nações do mundo, e não só por uns poucos de uma só nação (como Israel).
Não, a doutrina da expiação limitada não é um obstáculo.
Por quê: É com base nesse verdadeiro universalismo (que é particular) que se pode oferecer uma salvação completa a todos os homens, no Evangelho. Devemos pregar o Evangelho a todas as nações, porque Deus tem alguns em cada nação por quem Cristo morreu, e ninguém sabe quais nomes estão escritos no Livro da Vida, então devemos chamar cada indivíduo ao arrependimento e fé.
Obediência Ativa: Cristo obedeceu a todos os mandamentos de Deus em nome do crente, como o crente mesmo deveria ter feito.
Obediência Passiva: Cristo sofreu em lugar do crente todo o castigo que cabia ao crente (sofreu a punição).
A expiação limitada (particularismo) é necessária para que tenhamos segurança porque ela garante que:
Cristo morreu por mim em particular e como um substituto pessoal.
Ele realmente pagou completamente a dívida do meu pecado ao prestar obediência ativa e passiva em meu lugar.
É por Ele ter feito isso por mim que posso ter a certeza de que Deus jamais irá lançar-me de Sua presença.
PERTUNTA 26 - RESPOSTAS
Sim, Jesus é rei agora, e Seu reinado é uma atividade espiritual presente.
Provas baseadas no texto:
Transporte para o Reino: Deus "nos libertou do império das trevas", e "nos transportou para o reino do Filho do seu amor" (Colossenses 1.13), indicando que o reino já existe.
Natureza Espiritual: Jesus disse: "O meu reino não é deste mundo" (João 18.36), e "Não vem o reino de Deus com visível aparência” (Lucas 17.20).
Autoridade Soberana: O Catecismo afirma que Ele exerce o ofício de Rei, sujeitando-nos a si mesmo, governando, protegendo e subjugando todos os inimigos (1 Coríntios 15.25).
O texto afirma que muitos que sustentam o ensino dispensacionalista são ortodoxos quando se trata de muitas doutrinas fundamentais de nossa fé (presumivelmente incluindo o nascimento de Jesus).
O erro principal dos dispensacionalistas, segundo o texto, é que eles sustentam um sistema artificial de interpretação bíblica e ensinam que:
Cristo ainda não é rei agora. Dizem que Ele postergou Seu reinado após ser recusado pelos judeus.
Ele estabelecerá Seu reino apenas quando voltar, reinando sobre a terra por mil anos ao estilo dos reis terrenos.
O erro básico é que eles separam o reino de Jesus Cristo da igreja.
Os três grandes princípios que provam o erro dispensacionalista (de que Cristo não é rei agora) são:
O reino de Cristo já existe (Colossenses 1.13).
O reino de Cristo é espiritual e invisível ("não é deste mundo," João 18.36).
É um reino que nunca findará (Daniel 2.44), embora vá dar lugar a um estado mais perfeito (1 Coríntios 15.24).
O grande erro da Igreja Católica Romana é dizer que o reino é a igreja (que a Igreja Católica Romana se apresenta como o reino de Cristo neste mundo). Daí o esforço em pôr tudo (escolas, sindicatos, política, etc.) debaixo do controle dessa igreja e de seu vigário, o Papa.
Visão Católica Romana: O reino é idêntico à igreja (a Igreja Católica Romana), que deve exercer controle sobre todas as outras organizações da vida.
Visão Reformada: O reino e a igreja não são idênticos, mas estão intimamente relacionados. Cristo é Rei e Cabeça da igreja, mas também reina sobre um reino que inclui muito mais do que a igreja. A igreja ensina o povo, mas o povo deve trabalhar os princípios bíblicos sob o reinado direto de Cristo em cada esfera da vida, concretizando o reino (o governo de Cristo) por meio de suas atividades no mundo.
Na visão reformada, igreja e reino são idênticos nisto:
Somente Cristo é Rei e Cabeça de ambos.
Somente os verdadeiros crentes pertencem a ambos (em um sentido salvador).
Ninguém pode se tornar membro de uma instituição sem, ao mesmo tempo, se tornar membro da outra.
Na visão reformada, igreja e reino são diferentes nisto:
A igreja tem uma forma visível distinta, enquanto o reino não tem.
A igreja tem as chaves do reino (o poder de admitir ou excluir pessoas pela Palavra e disciplina), enquanto o reino não tem as chaves da igreja.
A igreja se preocupa com uma tarefa mais "restrita" (pregar a Palavra e administrar a disciplina, trazendo homens ao reino), enquanto o reino exige que, uma vez trazidos, os crentes ordenem toda a sua vida sob a autoridade de Cristo (toda a vida sob o governo de Cristo).
Pré-milenistas: Creem que Cristo retornará para ressuscitar os crentes, estabelecerá um reino literal que durará mil anos (Milênio) na Terra, e após isso virá a ressurreição dos incrédulos, o juízo e a eternidade.
Pós-milenistas: Creem que o presente reino espiritual de Cristo avançará (por meio da igreja) até que o mundo seja evangelizado. Após isso, se seguirá um período extenso de justiça e paz (o Milênio). Então, Cristo retornará visivelmente, ressuscitará todos os mortos, julgará o mundo e instaurará a eternidade.
Amilenistas: Não creem que a Bíblia promete qualquer Milênio. Creem que o bem e o mal crescerão juntos ("joio e trigo") até o dia da colheita. Cristo retornará (sem aviso), ressuscitará todos os mortos, trará a juízo e, em seguida, se segue o estado de eternidade.
Os argumentos a favor da visão amilenista são:
Retorno Inesperado: As Escrituras dizem que ninguém poderá saber quando Cristo retornará (Atos 1.7; Mateus 24.36ss), o que não seria verdade se soubessem que Ele retornará depois de mil anos de paz.
Estes são os Últimos Dias: A Escritura diz que estes são os últimos dias (Hebreus 1.2; 2 Timóteo 3.1), o que impossibilita esperar por um Milênio após o fim destes dias, antes da vinda de Cristo.
O Joio e o Trigo: A parábola do joio e do trigo diz que "ambos nascem juntos até a colheita", o que se concilia com o crescimento do bem e do mal juntos, e não com um tempo de completa justiça e paz antes do retorno de Cristo.
Sim, é possível ser considerado um cristão ortodoxo e sustentar qualquer uma das três visões (pré-milenista, pós-milenista, ou amilenista), exceto pelos dispensacionalistas.
Não, não é possível ser considerado ortodoxo abraçando a visão dispensacionalista, pois seu erro básico é negar a verdade de que Cristo é rei agora ao separar o reino de Jesus Cristo da igreja, o que é um erro fundamental contra o ofício de Rei de Cristo.
PERTUNTA 27 - RESPOSTAS
1. Por que aqui o Catecismo repete aquilo que (em parte) já foi dito antes?
O Catecismo repete (em parte) aquilo que já foi dito antes porque é necessário ver esses temas de forma sumária para que se possa entender que nosso Senhor se humilhou profundamente por nossa salvação.
Tomando a natureza humana: Deus veio a este mundo e tomou a natureza humana.
Vindo em uma condição humilde: Nasceu pobre, sem riqueza ou posição social, em uma manjedoura.
Sujeitando-se à lei: O Doador da lei se pôs sob o dever de guardar perfeitamente Seus próprios mandamentos.
Experimentando o sofrimento: Conheceu fome, dor, tristeza, pobreza, ódio e ridículo, exceto a culpa pelo pecado.
Sofrendo a ira de Deus: Tornou-se objeto da ira de Deus, experimentando o desamparo e a maldição do pecado.
Morrendo: Pagou totalmente o preço pelo pecado na cruel morte de cruz e permaneceu sob o poder da morte por um tempo.
C. S. Lewis compara a vinda de Cristo em natureza humana a um pastor que se torna uma ovelha para se sacrificar com o objetivo de salvar o restante do rebanho.
Foi uma humilhação porque, sendo Deus, Ele era o Doador da lei (ou seja, estava acima dela). Ao se tornar homem, Ele se sujeitou a essa lei e tornou-se Seu dever guardá-la perfeitamente, sendo tentado em todas as coisas, o que foi terrivelmente difícil para Ele.
Cristo experimentou:
Fome.
Dor.
Tristeza.
Pobreza.
Ser odiado injustamente e ridicularizado.
Tomou sobre Si as nossas enfermidades e as nossas dores (Isaías 53.4).
A experiência de Cristo ao provar da ira de Deus ("Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?") pode ser comparada ao mesmo tipo de coisa que os perdidos experimentarão no dia do juízo (ser lançado fora da presença de Deus e ir para as "trevas exteriores" onde há choro e ranger de dentes).
A interpretação correta da frase no Credo, "desceu ao Hades", é que Cristo sofreu as dores do inferno em sua morte na cruz, e permaneceu sujeito ao poder da morte durante certo tempo, tal como os crentes.
O significado de "subsistindo em forma de Deus" é que Cristo era "o mesmo em substância" com o Pai e o Espírito Santo, e "igual em poder e glória". Em outras palavras, Jesus era simplesmente Deus.
Não foi "usurpação" para Cristo ser igual a Deus porque a igualdade já Lhe pertencia; Ele era "o mesmo em substância" com o Pai e o Espírito Santo, e, portanto, tinha o direito de reivindicar igualdade com Deus.
O erro da teoria da kenosis (baseada na tradução de "esvaziar-se") é ensinar que Jesus se esvaziou de Seus atributos divinos, que Ele deixou Sua natureza divina, ou ao menos Seus poderes divinos, quando se tornou homem. O erro é que essa visão sugere uma subtração de Sua deidade.
Em contraste com a teoria da subtração, a humilhação de Cristo (o que a palavra kenosis se refere no contexto) consistiu não em que Sua natureza ou atributos divinos Lhe foram subtraídos, mas sim no fato de que uma verdadeira natureza humana Lhe foi adicionada.
As razões para rejeitar a teoria da kenosis são:
Sugere que a natureza divina de Cristo era mutável, mas Deus é imutável.
A Escritura claramente ensina que Jesus era Deus mesmo em Seu estado de humilhação ("o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus," Lucas 1.35).
A teoria não resolve o "mistério" da encarnação, mas apenas o torna ininteligível.
Sim, a natureza divina de Cristo se manifestou, mas esteve de algum modo "velada" (coberta) por um tempo.
Explicação: Jesus não manifestou Seu poder e glória divinos até que iniciou Sua obra pública e oficial. Seus milagres (como o sinal em Caná da Galileia) foram uma demonstração do fato de que Ele possuía os atributos da divindade e manifestou "a sua glória, glória como do unigênito do Pai" (João 2.11; 1.14).
Sim, toda blasfêmia é errada.
Blasfêmia é falar contra (ou injuriar) a Deus (Seu ser ou Seus atributos).
A blasfêmia contra Jesus Cristo é perdoável (enquanto a blasfêmia contra o Espírito Santo não é) porque Jesus não é somente Deus, mas também homem. Uma vez que Sua natureza divina esteve, por assim dizer, velada durante o tempo de Sua humilhação, essa deve ser a razão pela qual a blasfêmia contra Ele é perdoável (Mateus 12.31-32).
"Permanecendo aquilo que era, tornou-se aquilo que não era."
PERGUNTA 28 - RESPOSTAS - figura ao final do questionário.
Os passos da exaltação de Cristo são:
Ressurgir dos mortos no terceiro dia.
Subir ao Céu (Ascensão).
Estar sentado à mão direita de Deus Pai.
Vir para julgar o mundo no dia final (Segunda Vinda).
Cristo foi sujeito aos céus com o mesmo corpo que antes havia sido crucificado e sepultado.
Explicação: O corpo era o mesmo em identidade, mas diferente em qualidade. Ele o provou aos discípulos dizendo: "Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho" (Lucas 24.39).
As teorias inventadas pelos homens para explicar a ressurreição e ascensão são:
Os discípulos creram com tanta vontade que Jesus ressuscitaria que imaginaram algo nesse sentido (visões).
Os discípulos mentiram deliberadamente, espalhando a história para manter o movimento.
A ascensão e ressurreição são apenas uma "história de milagre" que não pode ser aceita.
Tais teorias conduzem à apresentação de que os discípulos eram loucos (insanos, por imaginarem tudo) ou perversos (por terem mentido deliberadamente para manter o movimento).
Tais teorias sempre falham porque:
Os discípulos não esperavam pela ressurreição, mas mal puderam crer nela.
A história é tão sóbria que ninguém foi capaz de provar que foi produzida por homens loucos ou perversos em quase dois mil anos.
Os discípulos preferiam morrer a negar que Jesus ressurgiu dos mortos.
As "aparições" terminam após quarenta dias, o que é inexplicável se fossem apenas imaginárias ou visionárias.
A história não pode ser fruto de insanidade porque os discípulos não esperavam a ressurreição, e mal puderam crer, ao contrário do que se esperaria de alguém que alucina.
A história não pode ser fruto de perversidade porque os discípulos preferiam morrer a negar que Jesus ressuscitou dos mortos.
Os liberais se opõem porque zombam da ideia, alegando que agora sabem (enquanto as pessoas nos tempos bíblicos supostamente não sabiam) que a terra é redonda, e que, portanto, o céu não é literalmente "lá em cima".
Sim, o corpo e a alma de Jesus realmente subiram.
Prova: O texto afirma que, em determinado momento e local, a carne e os ossos (e, obviamente, a alma) de Jesus foram erguidos deste mundo, tão verdadeiramente como um astronauta sobe à atmosfera terrestre. Se fosse filmado, teria sido capturado como um evento real.
Não, não deveríamos tomar literalmente, pois esta é uma descrição figurativa.
Por quê: Deus não tem partes corporais. A "mão direita do Pai" é simplesmente "o lugar de honra".
Podemos explicar que Cristo foi exaltado a um lugar de honra porque, quando retornou para o Pai, Ele era não somente Deus, mas também homem. E porque também era homem, Ele pôde receber essa honra quando Deus Lhe deu (Filipenses 2.9-10). Essa honra é devida a Ele como o Deus-homem.
O erro é que eles ensinam que a natureza humana de Cristo está presente na terra em muitos lugares distintos ao mesmo tempo (onipresença da natureza humana), especialmente durante a Ceia do Senhor. O texto afirma que isso é uma negação da verdadeira natureza humana de Cristo, pois uma natureza onipresente não é realmente humana.
A vinda de Cristo será repentina (e pública).
Todos os mortos ressurgirão de seus túmulos (João 5.28).
Aqueles que estiverem vivos serão instantaneamente transformados (1 Tessalonicenses 4.17).
O Senhor então separará a raça humana em dois grupos: os salvos e os perdidos (Dia do Juízo).
Não, o momento em que "aquele dia" ocorrerá não pode ser predito.
Por quê: O próprio Senhor Jesus Cristo disse: "Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe" (Mateus 24.36) e que não compete a nós conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou (Atos 1.7). É um erro buscar sinais que indiquem o tempo, pois Jesus disse que os sinais que indicavam Sua primeira vinda já se cumpriram na geração que O ouviu (Mateus 24.34).
Isso nos ensina que a vinda de Cristo será repentina (como o dilúvio de Noé e um ladrão durante a noite) e pública/universalmente visível (como um raio que sai do Oriente e se mostra até o Ocidente).
Cristo entrou em Seu presente estado de exaltação para:
Nos preparar morada (João 14.3).
Continuar a conquistar todos os Seus e os nossos inimigos (1 Coríntios 15.25).
Fazer intercessão por Seu povo (Hebreus 7.25).
As atividades atuais de Cristo em favor de Seu povo são:
Fazer intercessão por eles (Hebreus 7.25).
Preparar morada para eles (João 14.3).
Continuar a reinar e a conquistar todos os Seus e os nossos inimigos (1 Coríntios 15.25).
Não, Cristo não será sempre o mediador entre Deus e os homens, como agora o é.
Por quê: O tempo da presente mediação de Cristo findará quando Ele houver posto todos os inimigos debaixo dos pés e entregar o reino ao Deus e Pai (1 Coríntios 15.24). Depois disso, o povo desfrutará de uma comunhão com Deus que é mais direta.
PERGUNTA 29 - RESPOSTAS
Esta lição focou no Espírito Santo, especificamente na Sua obra de aplicação eficaz da redenção adquirida por Cristo.
Não, o Espírito Santo não é uma mera força ou poder. Ele é uma pessoa, igual ao Pai e ao Filho em poder e glória, e o mesmo em substância (essência) com eles.
Todo sistema de ensino que reivindica ser cristão deve ser julgado pela fidelidade (ou falta de fidelidade) à honra e glória do Deus Trino (Pai, Filho e Espírito Santo).
Outros nomes para o tipo de ensino básico do modernismo incluem unitarismo, socianismo e pelagianismo.
O modernismo (visão naturalista) ensina que o homem se torna seu próprio salvador. Ele não crê na necessidade de algo sobrenatural.
O arminianismo leva o nome de Jacó Armínio, que morreu em 1609.
A pessoa da Divindade que recebe um testemunho completamente inadequado no ensino arminiano é o Espírito Santo, pois o sistema falha em reconhecer a Sua obra de regeneração da alma de uma maneira adequada.
Os arminianos ensinam que a salvação dos pecadores depende de Deus o Pai (que deu Cristo) e de Jesus Cristo (que se sacrificou), mas eles também dependem de uma ação do próprio pecador (um ato de livre vontade, arrependimento e fé) para que a salvação aconteça.
Sim, o modernismo pode falar da necessidade de "conversão" e "santificação", mas estas são apenas uma mera semelhança exterior com as etapas bíblicas.
Explicação: O modernista usa "conversão" para significar que o pecador deve "começar de novo" na vida, "virando a página" por sua própria vontade e poder. Não há lugar para a obra do Espírito Santo como o primeiro ato capacitador.
Não, o calvinismo (ou fé reformada) não se originou no tempo da Reforma. Ele foi fielmente ensinado por teólogos como Agostinho na antiga igreja católica, sendo chamado de agostinianismo. Foi apenas recuperado no tempo da Reforma por grandes reformadores como Lutero, Zuínglio, Knox e Calvino, e recebeu o nome de calvinismo por Calvino ter dado a ele a expressão mais clara.
O cristão reformado busca salvação somente em Deus (no Deus Trino: Pai no planejamento, Filho na aquisição, e Espírito Santo na aplicação) e ensina que o homem pecador é completamente dependente de Deus para a salvação.
As etapas (Ordem Salutis) na aplicação da redenção são:
Chamado eficaz (Chamado e Regeneração).
Conversão (Arrependimento e Fé).
Justificação.
Adoção.
Santificação.
Glorificação.
Sim, como mencionado na questão 9, o modernismo pode ter semelhanças superficiais com a conversão (virar a página) e a santificação (tentar se manter firme), mas sem a necessidade da obra do Espírito Santo, pois eles creem que o homem pode realizar isso por seu próprio poder.
O texto sugere que, na visão arminiana, a atividade do pecador deve preceder a do Espírito Santo, de modo que:
O pecador primeiro se arrepende e crê (atividade do pecador).
Só então, depois disso, ele é regenerado pelo Espírito Santo (atividade de Deus).
Arminiano: Explica que Apocalipse 3.20 (Cristo batendo à porta) é o Espírito Santo pedindo para entrar no coração, e que o pecador deve abrir a porta por seu próprio poder natural (livre arbítrio) para que o Espírito Santo possa entrar e regenerar a alma.
Calvinista (Visão Reformada): Afirma que é Cristo quem pede para entrar, mas é o Espírito Santo que dá ao pecador a capacidade de abrir a porta por meio do milagre da regeneração. O pecador, por natureza morto em pecados, só quer abrir a porta e deixar Cristo entrar depois que o Espírito Santo o vivifica.
O último parágrafo resume a visão reformada da salvação como um processo inteiramente dependente de Deus: O pecador, que está espiritualmente morto, é confrontado com o Evangelho e luta contra ele. Então, o Espírito Santo opera um milagre, regenerando o pecador, fazendo-o odiar o pecado e desejar a Cristo. Isso leva ao arrependimento e fé (conversão). Imediatamente, ele é justificado e adotado. Daí em diante, ele vive em constante santificação, lutando pelo Senhor. Finalmente, na glorificação, ele será aperfeiçoado. O resultado eterno é que todo o louvor pertence somente a Deus, pois nada em sua salvação veio dele mesmo.
PERGUNTA 30-31 - RESPOSTA
As duas exceções propostas à regra da salvação pela pregação do evangelho são:
Infantes que morrem na infância.
Pessoas com deficiência mental que são incapazes de captar o significado das palavras.
"Aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura da pregação" (1 Coríntios 1.21).
"A fé vem pela pregação, e a pregação pela palavra de Cristo" (Romanos 10.17).
"O evangelho... é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1.16).
Não, a grande questão é que alguns aceitam o evangelho quando o ouvem, enquanto outros não.
O que é oferecido: Jesus Cristo e a salvação.
O mesmo é oferecido a todos: Sim. Jesus Cristo é livremente oferecido no evangelho a todos os pecadores sem exceção.
O erro é que, embora essa ideia possa parecer razoável para a mente humana, ela não é verdade. A salvação é oferecida a todos, pois "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Romanos 10.13), e não há nada no evangelho que impeça qualquer pessoa de aceitar a oferta.
Não, não existe uma diferença natural nos homens.
Explicação: A Bíblia diz que todos os homens estão mortos em seus delitos e pecados (Efésios 2.1). O homem natural "não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura" (1 Coríntios 2.14). Se Deus deixasse os homens entregues à sua própria vontade e desejo naturais, ninguém neste mundo jamais aceitaria o evangelho.
A resposta invariável dos não regenerados é que o evangelho lhes parece tolice, e eles não podem entendê-lo ou crer nele porque estão mortos em pecado.
O que torna o chamado do evangelho eficaz (no caso de alguns) é a obra poderosa do Espírito Santo que os regenera. Isso se chama "vivificar" (Efésios 2.5), "criar" (Efésios 2.10) ou "nascer de novo" (João 3.4, 7).
Figura 25.1 (CHAMADO somente): Ilustra o chamado externo do evangelho sobre o pecador não regenerado ("o homem natural"). A mensagem "Entra por um ouvido e sai pelo outro" porque ele está espiritualmente morto e não a aceita.
Figura 25.2 (CHAMADO EFICAZ): Ilustra a regeneração pelo Espírito Santo, que dá aos pecadores a habilidade de ouvir o evangelho e obedecer-lhe, compungindo o coração e fazendo com que a Palavra seja recebida como Palavra de Deus que opera eficazmente.
A ressurreição de Lázaro ilustra o chamado eficaz porque:
Lázaro estava morto e incapaz de ouvir ou fazer qualquer coisa (semelhante ao pecador morto em delitos).
Cristo disse: "Lázaro, vem para fora!" (semelhante ao chamado externo do Evangelho).
Cristo deu a Lázaro o poder de ouvir Sua voz e obedecer (semelhante ao Espírito Santo que regenera e dá aos pecadores a habilidade de ouvir e aceitar o Evangelho).
Não, essa doutrina não nos torna "meros peões no tabuleiro de xadrez".
Por quê:
Ninguém está "perdido contra sua própria vontade", pois o homem natural não quer ser salvo da maneira que Deus exige.
A regeneração não é um ato de coerção (forçar o homem a agir contra sua vontade), mas um ato de criação (criando no homem uma nova vontade), fazendo com que ele queira fazer o que antes não queria.
Falso Conceito: A ideia de que Deus faz com que as pessoas façam o que elas não querem fazer (coerção), ou seja, que alguém é salvo contra sua própria vontade.
Verdadeiro Conceito (Obra da Graça Irresistível): Não significa que Deus força, mas que Deus muda as pessoas para que queiram fazer o que antes não queriam (criação de uma nova vontade).
O chamado eficaz é "irresistível" porque a obra do Espírito Santo resulta necessariamente em:
A pessoa verá a verdade do evangelho e sua beleza.
A pessoa sentirá uma profunda compunção sobre sua indignidade e culpa, e sua necessidade de Jesus.
A pessoa se arrependerá do seu pecado e crerá no Senhor Jesus Cristo, pois agora ela entende e quer isso.
Os dois perigos a se evitar são:
Tornar algum sentimento emocional ou alguma crise particular em nossa experiência religiosa como a base de nossa garantia, pois homens podem ter sentimentos fortes sem serem regenerados.
A tentação de nos desviarmos do nosso dever de aceitar o evangelho porque achamos que não fomos regenerados. É somente obedecendo ao convite do evangelho (arrependimento e fé) que podemos ter certeza de que fomos regenerados.
PERGUNTA 32-33 - RESPOSTA
PERGUNTA 34 - RESPOSTA
PERGUNA 35 - RESPOSTA
PERGUNTA 36 - RESPOSTA
PERGUNTA 37 - RESPOSTA
PERGUNTA 38 - RESPOSTA
PERGUNTA 39 - RESPOSTA
PERGUNTA 40 - RESPOSTA
PERTUNTAS 96-97 - RESPOSTAS
QUESTÕES PARA REVISÃO
1. O que significa transubstanciação? Quem ensina essa doutrina?
2. O que significa consubstanciação? Quem ensina essa doutrina?
3. Qual a diferença entre a genuína transubstanciação registrada em João 2.1-11 e a falsa reivindicação da Igreja Católica Romana?
4. Demonstre, a partir da primeira celebração deste sacramento, que não ocorreu consubstanciação.
5. O que não seria necessário caso a visão católica romana ou luterana da Ceia fossem corretas?
6. O que não significa a palavra "indigno"?
7. O que torna uma pessoa digna de participar deste sacramento?
8. Como descobrimos se somos ou não dignos?
9. Por que isso muitas vezes é um problema sério para os cristãos?
10. Qual a solução adequada para esse problema?
11. Quem é a pessoa que está em maior perigo nesse sacramento?
12. Como a parábola do fariseu e do publicano nos ajuda a entender esse problema?
13. Qual deve ser nosso pensamento ou convicção mais profunda ao nos aproximarmos da mesa do Senhor?
BCW-P98
QUESTÕES PARA REVISÃO
1. Qual é a principal diferença entre a oração verdadeira e a falsa?
2. A oração falsa é encontrada somente na religião pagā? Explique.
3. Explique como as figuras 55.1 e 55.2 ilustram a diferença entre a oração verdadeira e a falsa.
4. É possível orar sem palavras? Explique.
5. O desejo sincero basta para tornar a oração aceitável a Deus? Por quê?
6. Por que é pecado orar a Maria?
7. O que significa orar "em nome de Jesus"?
8. Por que é errado participar de uma "oração ecumênica"?
9. Que elemento, mencionado na definição do Catecismo de oração verdadeira, deve ser enfatizado hoje? Por que isso precisa ser enfatizado?
10. Por que é sábio discutir o tema da oração após tratar da lei e do evangelho (como na estrutura do Catecismo Menor)?
11. Em suas próprias palavras, tente explicar por que não pode haver oração (como o Catecismo define) sem uma experiência cristã.
12. Cite uma pessoa (ou Salmo) que mostre que a "confissão dos nossos produtos e o conhecimento das práticas de Deus" são enfatizados nas Escrituras
PERTUNTA 99 - RESPOSTAS
QUESTÕES PARA REVISÃO
1. Por que o título comum para essa oração é um tanto quanto inadequado?
2. O que Cristo quis dizer quando disse: "vós orareis assim"?
3. Qual é o conceito básico ensinado nessa oração? Onde mais podemos aprender esse mesmo conceito básico?
4. Com suas palavras, resuma o pensamento apresentado na Figura 56.1.
5. Esse conceito é contra a tendência natural do coração humano? Explique.
6. Que falsa ideia é ensinada pelas estrofes do conhecido hino citado na lição?
7. Contra isso, que princípio importante precisamos ter diante de nós?
8. O que significa dizer que a oração dominical se caracteriza pela simplicidade? O que significa dizer que é breve? O que se afirma ao dizer que é abrangente?
9. Quais algumas das características que a oração tende a assumir quando realizada para benefício dos homens?
10. Por que Jesus enfatiza a oração secreta?
11. Há algo de errado quando temos dificuldade para nos expressar com palavras na oração secreta? Por quê?
12. Qual é a coisa principal a ser lembrada quando tentamos aplicar as lições da distribuição dominical à nossa própria vida?